Quando iniciei este blog comentei que colocaria a mochila nas costas e partiria,
pois bem, acho que a contagem regressiva vai começar.
Não sei dizer de onde surgiu a ideia, sei que ela foi se formando e se completando na medida em que pesquisava os mapas e na medida em que a sorte me colocava nas mãos materiais e informações que iam me ajudando a lapidar melhor minha ideia. O objetivo sempre foi o Chile via Argentina por terra. Meu amigo Élcio pensou depois e saiu na frente e já esta a caminho, e sem duvida lendo o site dele a motivação começa a subir rapidamente de temperatura.
Quero ir até a capital e depois descer sem muito planejamento até o extremo sul em Uchuaia. É quase a pontinha do continente. E o que tem lá? Para mim nada de especial, a não ser que esta lá e é longe.
Vou só, vou para sentir, vou para desenhar e pintar vitrais nas janelas de quem me deixar. Imagino poder fazer isso da casa mais simples à mais sofisticada e assim ir me inteirando com as pessoas aos longo das semanas que vai durar a aventura.
Imagino que não deveria voltar antes de 3 meses, tempo mínimo para desprender daqui e conseguir dar um mergulho nas possibilidades.
O inesperado é o que existe, não existe a rotina, a hora marcada, o guia esperando a coisa certa. Evitar os roteiros turísticos e arriscar esticadas e paradas nos lugares mais improváveis, aprender ficando.
Planejar somente o essencial, prever apenas o resgate.
Levou informação e coragem, e espero ter gosto pela aventura e pela superação.
Saber, vendo, o quê existe do outro lado da cordilheira, ver um outro oceano que não o nosso já tão batido e conhecer o frio que eles sentem lá.
Vou marcar inicialmente de forma secreta a data de ida, depois contarei para me ver na situação de não mais poder voltar atrás.
Não é o maior sonho de minha vida, é apenas algo que sinto esta ao alcance neste momento.