PENSANDO

PENSANDO

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

AINDA NAQUELA COISA CHATA DA MEDIOCRIDADE DOS HUMANOS

O inseto pode ser esmagado num simples gesto, mas não tem dono.
Não ter dono conta muito no quesito dar bom proveito à vida.
Vender a alma ao diabo, ou algo assim é o que você faz quando quer muito alguma coisa, ou, quando quer muito alguém. Não vende não tem? Sim, obter é consequência de vender-se de alguma forma e uma vez vendido você passa a ser propriedade ou de alguém, ou de uma situação, ou de uma engrenagem social qualquer... O desapego liberta, e liberta mais do que você pensa, liberta também dos sentimentos mais mesquinhos que eu pelo menos, contra a minha vontade, vivo incorrendo, se bem que minha vontade de não incorrer não tem sido tão forte assim...
Mas eu me esforço para não fazer parte da imensa massa de humanos medíocres absolutamente; ser mediana ou razoavelmente medíocre é o minimo que se pode esperar de quem pensa um pouquinho no que esta fazendo naquele momento da vida e no que esta prestes a fazer dela.
Procuro passar a limpo minha vida quase sempre e dela subtraio algumas pessoas, situações e mesmo objetos que me escravizam... não odeio quase ninguém, nem odeio muito a quem odeio, apenas tenho como principio que as vezes é preciso lavar os pratos que usamos, quando jogamos a sujeira pelo ralo da pia, não estamos necessariamente odiando a sujeira, estamos apenas querendo ter um prato limpo para usar a qualquer momento, a limpeza portanto nada tem a ver com a sujeira. Assim, lavo os partos e jogo pelo ralo aquelas pessoas que me complicam a vida e nem são tão engraçadas ou generosas assim a ponto de merecerem um nicho em minha vidinha babaca. Assim também, jogo na pilha de recicláveis para que seja útil para alguém aquelas velharias que guardo empoeirando na garagem e no porão e que só me escravizam...
Olho para os excluídos e penso aquilo que tantos já pensaram antes: " Como pude me prender a isso, como pude ser tão medíocre?"
Até agora não joguei pelo ralo nada nem ninguém de que me arrependesse, ainda não ocorreu... ou sou medíocre demais para perceber as perdas?

Nenhum comentário: