PENSANDO

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terça-feira, 11 de setembro de 2012

DA MEDIOCRIDADE DOS SENTIMENTOS HUMANOS

DA SÉRIE: PRIMEIROS CHUTES NA BUNDA DOS SENTIMENTOS ATROFIADOS.
A humanidade é medíocre em seus sentimentos. Alguns, muito poucos, se salvam da mediocridade plena, mas a maioria não domina nada e se afunda no campo dos sentimentos. O certo seria que por essa falta de capacidade evolutiva a humanidade fosse levada à sua quase completa extinção, mas, por alguma lógica ou falta de lógica, isso não acontece e ao contrário a humanidade cresce em número e minimiza cada vez mais sua capacidade de controle dos sentimentos. Seguimos cada vez mais aparelhados em direção ao futuro e cada vez mais selvagens e toscos. Mudou muito tudo e mudou em muito pouco tempo. Não se chora mais a morte... nem em profundidade nem em tempo de duração do sofrer. Não se sente mais a perda de coisas importantes como o tempo sem fazer nada de útil, ou de se fazer mudanças relevantes na vida. A vida segue inútil e nós não ligamos mais para isso, viver longamente e inutilmente essa longevidade não afeta nenhuma consciência. Não é algo próprio só dos humanos dos grandes centros, dos centros mais civilizados, dos centros mais desenvolvidos, é um algo mais ligado à época que ao lugar.
Nada de novo que denuncie uma mudança se enxerga no horizonte.
Uns poucos são sentimentalmente relevantes.
Uns, mais poucos ainda, são relevantes em algum aspecto para o todo.
Há um sonoro eco no vazio... há um vazio imenso, um descaminho imenso.
Há uma imensa nuvem que paira sem fazer sombra... sem fazer chuva, sem formar figuras de coelhos fofinhos ou cachorros com a língua de fora... trata-se de uma nuvem que pode ser vista como nuvem, mas que não funciona como nuvem.
Há um imenso espaço sendo ocupado por um nada absoluto.
E isso não é justo... a vida requer mais, o milagre da vida deveria cobrar mais dessa humanidade que apatetou-se e conformou-se.

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