Ao mesmo tempo em que leio 3 livros que esbarram nisso... um ( já terminei quando fiz esta postagem ) é "O afeto que se encerra" do jornalista falecido Paulo Francis, outro é "As avós" da escritora prêmio Nobel de literatura de 2007 Doris Lessing e o outro é "Como enfrentar a velhice" de José Ângelo Gaiarsa, e que olham a velhice como uma coisa que não pode ser compreendida por quem ainda não a viveu.
Paulo Francis esboça um auto biografia onde mostra o quanto a falta de recebimento de amor na infância o fez dele um "maduro" ( morreu com 67 anos ) que acredita-se isento de afetividade na retomada da juventude, ele entendia bem desse negócio de usar a experiência adquirida na juventude para usar e abusar da segunda juventude oferecida depois dos 50 ou 60 anos de idade. Ele por não ter ligações afetivas importantes vivia de uma forma plena a sua própria vida sem se ocupar dos outros ou dos problemas dos outros ( em sua vida pessoal, que fique bem entendido )... já Gaiarsa trata de um aspecto aterrador, fala sobre a vingança emocional dos mais jovens contra os mais velhos... quem um dia suprimiu, humilhou, foi duro demais ou deu pouco afeto que se prepare, pois concordo com ele, que é certo que terá uma terceira idade solitária ou pior, vai levar lambadas e mais lambadas de volta... melhor cortar os laços, não ser dependente e nem supridor material ou emocional de ninguém... por fim Lessing noveleia divertidamente sobre a cumplicidade de duas amigas que fazem bom uso da maturidade ( mas este eu não terminei de ler ainda... ) e encaixa mais uma abordagem nas outras que tenho, por mero acaso, lido.
Sem dúvida, escolho não entrar na terceira idade... mesmo que para isso tenha que passar por imaturo, ridículo e distante.