PENSANDO
sábado, 5 de fevereiro de 2011
A ESTRADA
A ESTRADA
Vimos o trailler e achei o filme suspeito, mesmo assim alugamos o filme estrelado pela Charlize Teron e o Vigo Mortessem e um garoto que me impressionou um bocado.
O filme como filme não é grande coisa, é monótono, noite dos mortos vivos, canibalismo, a Charlize não aparece nua e por ai vai, meio sem sal.
Mas depois passei a pensar na situação: um clarão repentino, uns tremores e morre quase todo mundo no planeta, não sobra nem uma planta ou animal, e poucos humanos sobrevivem, a civilização se perde, perde seus instrumentos e seu conhecimento e ninguém fica sabendo o que foi que causou tudo isso. Zera tudo, ta tudo cinza, selvagem e tem tronco de árvore queimada caindo o tempo todo na cabeça de quem tenta achar comida e fugir para não ser comido. Assustador.
Pensei na perda irreparável, repentina e na falta de aptidão do individuo para sobreviver isolado dos meios tecnológicos disponíveis hoje.
Onde arranjar comida, remédio, abrigo...
Como ver todo mundo morto, não ter água limpa para beber, saber em que direção seguir, como conseguir ajuda, não ter tomada USB para plugar...
No filme o pai vive ensinando o filho a se suicidar caso ele (o pai) morra ou caso o menino se veja na eminência de ser devorado pelos famintos e eu não acho isso besteira não, acho até bem razoável e estamos sempre vendo grupos isolados chegarem bem próximos destas situações. Faz pensar, eu cheguei a conclusão que no caso de minha filha uma maneira fácil dela se suicidar é tirar o celular dela... ela morre.
Mas voltando, qualquer um por mais preparado que seja para a vida que leva, não esta preparado para a vida adversa. Diante das adversidades só nos restam valores; nosso caráter, nossa habilidade e sangue frio na hora de decidir sobre condições extremas, nossa certeza em fazer escolhas naturais e não influenciadas por emoções.
Filme morno, mas vale a pena ver para pensar, para tomar como base se: e se um dia... acontecer comigo.
VARIAS SOBRE VARIOS E SOBRE A SEL
1 – Tenho feito muitos quadros, vou publicar as fotos deles todos em ordem cronológica, e vocês vão ver que alem de eu não ter uma linha de trabalho, nada fazer muito sentido no conjunto e produzir uma mistureba de pintura com esculturas emolduradas, o caos impera de forma permanente em meu trabalho.
Conclusão: faço aquilo que gosto, na hora que gosto e não dou ouvidos às criticas mas sou aberto a algumas sugestões e observações.
2 – Um trabalho meu apareceu em telejornais do estado de São Paulo, via Rede Globo e Rede Record ontem nos telejornais da noite e foram vistos por algo entre 7 e 11.000.000 de pessoas segundo cálculos feitos pelo matemático Oswald de Souza, por conta do prefeito de Embu-Guaçu escolher dar entrevista para os telejornais sobre falta crônica de água na cidade diante de um quadro meu que estava até hoje emprestado para a Secretaria da Cultura. Eu não vi mas minha mulher e filha viram e disseram que não foi uma aparição de relance mas uma longa entrevista diante do quadro, o Padre Jean, que é o secretário da cultura, acha que aquele trabalho dobrou de preço, o local foi escolhido porque fica na maior praça da cidade e assim também ficava mais fácil para entrevistar o povo... o importante é que tenho sempre alguns trabalhos meus a disposição da secretária para decorá-la e assim muita gente pode ver meu trabalho todos os dias, e em breve faremos a grafitagem de uma viela de uns 200 metros de parede no centro da cidade, que já é uma passagem muito charmosa atualmente e vai ficar algo muito simpática.
3 – Encontrei hoje um ex-colega de trabalho que me disse que as coisas lá onde eu trabalhava estão uma bagunça e que eu era a única pessoa que não deveria ter sido demitida... fazer o quê? Ta feito, ta feio e eu estou muito bem obrigado, fazendo o que gosto, quando gosto e ganhando para isso. Obrigado babacas que me demitiram... serei eternamente grato a vocês, mas por enquanto desejo que vocês se lasquem todinhos.
4 – Assistam a um filme chamado Fora do mapa.
É muito legal, é meio anti-natural, tem ótimos atores e me identifiquei com uma porrilhada de coisas que vi nele.
5 – Torci muito para que o Silvio Santos conseguisse se sair bem da crise em que estava metido. Ele é genial, conseguiu vender por R$ 450.000.000,00 um banco enfiado num buraco de R$ 4.000.000.000,00 e saiu sem ganhar nem perder um centavo de um negócio do qual ele disse não entender nada. Seu patrimônio pessoal e empresarial ficou intacto, sua imagem ficou intacta e um pool de bancos particulares assumiu a dívida que será paga com parte de um fundo criado por eles para essas coisas que afinal podem acontecer com qualquer um (deles), o tal fundo não mutila os mais de R$ 30 Bi de lucro dos 3 maiores bancos particulares do Brasil.
Admiro o Silvio, um garoto pobre que era camelô na barca Rio - Niterói, depois foi camelô em São Paulo, entrou para o rádio, comprou o Baú da Felicidade falido e o levantou, depois virou dono de um império e de uma rede de televisão para ter com o que brincar e com isso tornou-se em alguns momentos o maior contribuinte brasileiro do imposto de renda.Admiro sua capacidade de permanência, imagem que mesmo anos e anos de propaganda enganosa americana não conseguem mudar. Fora esse negócio dos caras não se amarrarem em mulher de biquíni, de matarem algumas apedrejadas e não beberem cerveja são um povo normal.
8 – Tenho uma amiga poetiza que tem um blog listado aqui ao lado. Pois a Sel, tem escrito coisas que me impressionam muito. Já conversamos longamente várias vezes e eu a acho sempre muito amadurecida, em dia com seu momento e seu mundo e muito preparada para enfrentar um teclado e um público de bom nível.
Mas tem me impressionado sua visão clara e arredondada de verdades que ela tem escrito ultimamente. Ela tem acertado na mosca em cada frase.
Poesia é uma coisa muito difícil de fazer, poesia de qualidade é algo para pouquíssimos, poesia lúcida, útil e saborosa é para predestinados.
Sel não pense que estou puxando teu saco, não estou inventando nem aumentando, eu acho que você esta num momento glorioso de sua poesia e provavelmente de sua vida. Sei que isso não veio do nada e nem é sorte, sei que tem estudo, trabalho e elaboração nos bastidores. Gosto de sua coragem, de sua capacidade de traduzir idéias, que alguns nem sabem definir, em frases precisas do tipo que a gente guarda para ler sempre para aprender a enfrentar a vida (com mais poesia).
9 – Estou com a mão boa para desenhar e para plantar.
Tudo que eu planto vinga. Em minha lista de plantações pessoais consta um Sapatinho de judia, que esta se desenvolvendo a mil por hora, ano que vem farei fotos dele florido, a Lagrima de cristo que sofreu com a mudança mas esta brotando firme e forte, o Brinco de princesa também sentiu a mudança mas esta vingando vigorosamente, a Coroa de cristo custou uma tremenda dor nas costas para separar e preparar as mudas, eu dispunha de uma caçamba de pick-up de mudas e estou plantando aos poucos mas com regularidade 280 metros lineares, a Lança de São Jorge ta com mais um broto, e meus cactos estão todos se desenvolvendo naquela lerdeza deles mas eu os olho todos os dias e sei de cada mínimo desenvolvimento que eles apresentam, dancei com o Alisso que demorei para replantar e perdi praticamente duas caixas de mudas e amanhã vou ralar plantando uma sebe que dá flores amarelinhas e da qual dispomos de mudas prá fazer trinta metros de cercas.
Parabéns Vitorio, você merece.
Finalmente 10 – Minha filha me mandou a pouco um torpedo dizendo que o carro da mamãe tinha caído o protetor do Carter e que o carro tava travado na estrada. Sai para fazer o socorro, mas quando chequei ao local tudo já estava resolvido. Uns rapazes pararam seus carros e solucionaram rapidamente o problema enquanto eu juntava ferramentas, alavancas, maçaricos, compressores, guindastes, galhos de arruda, flexas e tacapis. Neste mesmo tempo eles ergueram o carro e retiraram a peça quebrada, sinalizaram a estrada para evitar acidente, organizaram o transito e levaram o carro para um local seguro. Como tem gente boa e solidária neste mundo.
Cambada de filhos das putas, se fosse uma baranga tava lá na estrada até agora engolindo poeira.
NO REINO DA BIBALANDIA
Ontem estive na abertura de uma mostra de fotos.
Faltou um pouco de profundidade mas as que estavam lá eram boas fotos. Como a proposta era mostrar alguns tipos de atrevimentos, achei que faltou exatamente o atrevimento. Eram poucas fotos, num espaço simpático e promissor via-se, nas fotos, uma moça tomando as iniciativas sobre um rapaz, fotos de um transformista sósia da Lady Gaga que estava em carne e osso lá e nas fotos coberto de bifes crus como na entrega do premio Sei lá o quê da MTV. E uma boas fotos de umas garotas de programa da Rua Amaral Gurgel no centro de São Paulo, talvez travecos.
A inteligência resiste e se reúne modestamente pelo mundo. Tem sempre alguém propondo algo e tem sempre alguém avaliando a nova proposta. Considerando-se que é praticamente impossível ser original, recomendo fazer o que todo mundo já fez só que de forma melhor. Se não dá prá inovar no conteúdo nem na linguagem pelo menos dá prá por mais qualidade na coisa.
Comecei a escrever e ilustrar um livro que eu acreditava estaria pronto em pouco tempo porque estava inteiro pronto em minha cabeça, mas é preciso tempo prá materializar, e o trabalho necessário ao sustento da família consome a energia, então como tive mais tempo prá reflexão passei a desenhar muito mais rascunhos e ampliei muito minha idéia inicial que agora pretendo transformar numa grande história em quadrinhos feita em boxes para serem lidos numa espécie de galeria ou exposição, deste material virão as imagens e os textos para o livro que digitalizado poderá virar a animação sonorizada.
Num determinado momento passei a escolher as musicas e separei umas 400 que resultavam em algo como 2.000 minutos de som ou 33 horas de música. É algo totalmente fora da real, não vinga nem brota. Depois pensei nas quase 200 outras músicas que dispensei, deu uma dó. Mas em desenhos ainda não consegui ser tão prolifero assim.
A idéia básica continua intacta, a história também mas as possibilidades tornam-se inúmeras a cada momento. Tem sempre uma possibilidade brotando de uma ferramenta nova que você pode baixar de algum lugar free. Mas uma hora você tem que fazer uma opção e parar o processo criativo prá por energia e tempo no processo construtivo senão tudo vira poesia, poesia vira lágrimas, lágrimas evaporam e somem, lindo isto.
Mas eu e o povo estamos fazendo alguma coisa, as pessoas estão sempre fazendo, nem que seja só prá incomodar e gerar lixo.
EITA CAFÉZINHO BÃO
Eitá cafezinho bão.
Durante algum tempo em minha infância trabalhei com meu pai sempre em coisas ligadas a construção civil.
Ontem tive a oportunidade de passar diante de um prédio no centro de Santo André onde ele montou armários embutidos em todos os apartamentos. O prédio em fase de acabamento tinha dois elevadores precários sem portas, imundos e onde era preciso ficar apertando o botão de cima dentro dele para ele se movimentar para cima e obviamente o de baixo para fazê-lo descer. Não é um prédinho não, tem uns 20 andares, em minha memória vive o número 22.
Olhávamos para o poço do elevador e víamos se estava acima ou abaixo da gente então tínhamos que subir ou descer pelas escadas até chegar a ele e levá-lo então para o nível que se queria.
No térreo lotávamos o coitado com o máximo de madeira e peças de armário que era possível colocar em volume e ignorávamos o peso. Nunca passou pela cabeça de ninguém que aquilo podia cair. Íamos eu e meu irmão, eu com 7 anos e meu irmão com algo entre 8 ou 9 anos conforme a época, mas o maios provável é que eram 8 anos pois era inverno e durante o inverno temos apenas um ano de diferença na idade.
Eu nunca que deixaria uma criança de 7 anos chegar perto de um poço de elevador sem portas em nenhum andar para ver se o elevador esta acima ou abaixo. O mundo mudou, agir assim levaria hoje meu pai para a cadeia. Mas na época bastava fazer e se orgulhar da aplicação com que os meninos lançavam ao trabalho pesado.
Subimos um dia ao topo do mundo, não só no terraço do prédio mas subimos sobre o que seria a casa do zelador e depois por uma escada externa ao topo da caixa d’água. Fazia um frio dos diabos, era um sábado e de lá se via a linha do trem que passa no centro de Santo André e também boa parte do universo conhecido.
A recompensa era um chocolate quente no final do expediente que até hoje não encontrei igual ou que superasse aquele fantástico sabor. Acho que é porque era servido naqueles copinhos de fundo grosso onde se servia tanto o chocolate como o café como a pinga.
Vai ver que o restinho da marvada que ficava no copo sujo é que dava o sabor especial, ou a própria sujeira do copo – vale destacar que em 53 anos nunca fiquei doente, raramente tomei remédio e sempre que tomei foi no máximo uma aspirina ou Sonrisal, só tenho problemas na coluna, mas que nada tem a ver com a sujeira dos copos onde bebi.
Eu adorava aqueles dias, aquele inverno, aquela inconseqüente aventura e aquele chocolate.
Havia ainda umas lascas de carne seca fritas numa chapa de ferro imunda com uma pimenta ardida prá cacete que eram fantásticas.
Ontem constatei que o bar não esta mais lá, hoje é uma loja nem sei de quê. Mas a rua, apesar de central até que é bem tranqüila e na semana passada sofreu uma inundação de mais de dois metros de altura. Destruiu um sebo que dizem era maravilhoso e quase vitimou seus donos bem como muitas outras pessoas surpreendidas pela rapidez das águas. Mundo muito perigoso este o nosso. Muda a cara do perigo mas ele habita sempre a mesma redondeza.
Ps.: Dia destes tomei um café expresso no Shopping Anália Franco na Zona Leste de São Paulo pela bagatela de R$ 4,20 numa xícara aparentemente menor que o normal, mas foi impressão minha motivada pela chocante relação custo x benefício – vale lembrar que a zona leste é a região pobre de São Paulo, mas vem desenvolvendo redutos de riqueza (devem ser os jogadores do Corinthians que moram por lá – já que o Parque São Jorge fica ali perto e a abertura da Copa do Mundo vai ser lá) e o Shopping é tão luxuoso quanto os mais luxuosos de São Paulo. Como era um café aromatizado denominado creme Islandês que eu e a Regina sempre gostamos de tomar, resolvi perguntar o preço do quilo, talvez pudesse levar para fazer em casa, resposta R$ 55,00 – de qualquer forma o preço é o mesmo que eu encontrei dois anos atrás em Embu-das-Artes, pelo menos a infração tá sob controle na classe A+.
Ps do ps.: Normalmente em casa tomamos o 3 Corações a uns R$ 12 paus o quilo.
NUNCA VAI MUDAR
Do livro O Apanhador no campo de centeio tirei este parágrafo: “A característica do homem imaturo é aspirar a morrer nobremente por uma causa, enquanto que a característica do homem maduro é querer viver humildemente por uma causa.”
O livro fala sobre alguém que expulso de um colégio interno fica enrolando para retornar para casa e enfrentar os pais. O personagem principal é um garoto já no finalzinho da adolescência, todo cheio de opiniões, descrente da humanidade, desdenhando a sociedade e totalmente mentiroso. Por outro lado tenta passar o tempo todo por alguém mais velho tentando consumir bebidas alcoólicas nos bares de Nova Iorque mas sempre tendo que se contentar com Coca-cola. Tudo se passa em dois dias, na véspera do natal e o livro foi lançado provavelmente em 1945, fez e faz ainda enorme sucesso na cultura norte-americana e seu autor virou um personagem enigmático por refugiar-se no momento de maior sucesso e de não ter produzido uma sólida sequência de boas obras. Ontem mesmo vi num sebo de Santo André um livro peso pesado sobre uma jovem que namorou o autor – J.D.Salinger – e depois saiu desnudando sua privacidade. O livro consta como sendo o motivador do assassinato do John Lennon, mas não é possível perceber em nenhum momento o que exatamente produziria essa motivação. O livro tem passagens de morrer de rir e é o tempo todo depressivo como são os adolescentes.
Tem aos montes nos sebos e acho que também nas boas livrarias, se você ler vai descobrir o quanto da adolescência você trás em seus comportamentos e julgamentos pós adolescente. Mas vai perceber também que existe uma profunda e clara linha divisória entre a infância, a adolescência e o resto de sua vida. Assim também como deve haver um marco preciso entre a idade madura e a velhice.
Eu e a maioria de vocês, instalados neste momento entre as duas mais importantes fases emocionais da vida, as fases em que precisamos de alguém e de ajuda, temos duas coisas básicas para refletir: uma, que quando era adolescentes julgávamo-nos preparados para viver mais do que estávamos vivendo mas éramos obstruídos pelo excesso de zelo dos pais, pela falta de dinheiro para realizar tudo, pela falta de confiança que tinham pela gente, pelas leis que proíbem o adolescentes de fazer tudo que era interessante de fato e pela merda que é ter que ficar estudando o tempo todo; outra, é que em relação a velhice plena hoje não passamos de adolescentes subestimando a realidade que vivemos e descuidando da realidade que nos espera.
Continuamos achando que nossas vidas estão obstruídas por outros, que a eterna falda de dinheiro nos impede de fazer tudo que sonhamos, que nunca conseguimos a confiança plena dos outros para nossas idéias e que o excesso de leis e impostos inibem nosso desenvolvimento e ainda buzinam na orelha da gente que não estudamos o suficiente, não sabemos tudo o que é possível que nosso pais não tem um nível cultural aceitável e, enfim, que temos que parar de brincar para ir fazer a lição de casa porque já esta tarde.
A causa.
Morrer pela causa, percebi lendo o livro, é o sinal mais gritante mesmo de imaturidade. A vida não é um tudo ou nada constante. Só muito raramente temos que tomar decisões que são absolutamente irreversíveis.
No mais podemos sempre reavaliar e reconduzir as coisas, nada de fazer marolas, melhor conduzir com serenidade, mas com honra, dignidade e opinião.
Porém o alerta aqui é prá perceber que a vida tem etapas, que algumas são extremamente específicas, com prazo de validade e que se não percebidas minimamente causam um transtorno enorme nas fases seguintes.
Dá prá atenuar alguns resquícios de adolescência, dá prá evitar algumas mortes pela causa enquanto você ainda anda, toma banho e se alimenta sozinho.Enquanto ainda lembra e ganha prá comprar remédios, mas num momento que você menos espera você perde uma das capacidades, perdeu, já era prá você, chegou a hora de ser humilde, abandonar as causas e viver pela ajuda dos outros.
Você voltou a adolescência, ganhou de volta a liberdade que tinha e não sabia usar, voltou a ter que pedir para poder fazer as coisas mas, talvez, quem sabe, com a sensação do dever cumprido, como exemplo; finalmente com o direito de morrer por uma causa sem parecer imaturo, porque os outros podem achar que você já sabe de alguma coisa que eles ainda não descobriram.
Leiam o livro, ele é meio frustrante no começo, no meio e no fim, não é bombástico, não tem emoções arrebatadoras e cenas tórridas mas é divertido, crítico e faz parte da história de grandes acontecimentos na vida de pessoas que desviaram levemente os rumos do comportamento humano, da liberdade de expressão e da produção de cultura de massa.
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