PENSANDO

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

NAVALHA NA CARNE


Minha língua virou uma navalha. Já não era de levar desaforos para casa, mas por alguma razão que não consigo demarcar com muita precisão, e incomodado por uma determinada conjuntura recente e pressionado pelos meus quase 53 anos passei a dizer na lata.
Eu sempre disse na lata, mas antes eu poupava algumas pessoas em algumas situações, agora não, agora ponho tudo a perder na mesma hora em que as palavras me entram pelos ouvidos.
Sou bem surdo, eu sempre fui surdo, mas ultimamente tenho notado uma acentuada perda de audição, mas mesmo assim do pouco que ouço, quando o conteúdo tem algo que é captado como impropriedade, me dá um curto-circuito e minha feição se transforma, eu escolho as palavras certas, mais certas para ser o mais preciso possível na crueza e perfeição no ataque.
No domingo a noite interrompi a fala de um amigo para com feição mudada lhe dizer que ele levianamente torcia o que dizia para atingir o meu lado pessoal, ao invés de meus argumentos. Ele replicou que eu havia atacado primeiro o lado pessoal dele, e eu o chamei de leviano novamente por tentar confundir avaliando de forma igual graus absolutamente diversos de colocação.
Enfim bateu levou, não bateu leva também, e se não levou ainda não vai demorar a hora de levar.
Estou belicoso.

PS.: Eu gostaria de ser um cara suave, tento às vezes. Mas se um dia assim me transformasse eu não seria mais eu.

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