Educar um filho é um prazer e um drama ao mesmo tempo. Quem convive comigo sabe de minha insegurança e dificuldade nesse campo. Aos poucos estou tento a impressão de que não se pode fazer tudo, não se consegue fazer muito, mas que é importante estar proximo e atento. E estando próximo é importante separar os mundos de pai e filho. Pai tem uma missão e uma responsabilidade, filho tem uma atitude de se livrar do pai, sempre que possivel. Mas os mundos são diferentes, bem como as visões e expectativas. Um quer que o outro entenda o mundo à sua maneira, e nesse empurra dali e acomoda daqui, vão sobrando momentos de convivência muito gostosos. Eu faço tudo prá esta sempre junto de minha filha, mas estando junto nem sempre nos entendemos, e isso é meio pesado, doi e incomoda um pouco.
Mas um dia desses deparei com a foto acima, uma visita de familiares aos alunos internos de um colégio, e eis que vejo duas coisas gritantes, berrantes, ululantes: uma - o absoluto desprazer de estarem juntos, mesmo sendo o momento uma oportunidade rara; duas - o delegar a educação de um filho de forma integral a um terceiro. Jamais teria um filho prá viver assim. Quando eles enchem muito o saco dá mesmo vontade de internar num colégio no Tibet, mas depois você vê que estar juntos é a grande razão de ter um filho. É trocar aquilo que você aprendeu com a vida com aquilo que só a juventude deles consegue perceber e captar do mundo e que nossa maturidade nos dá uma certa cegueira para certos tipos de novidades. E mesmo você depois estando expostos aos memos estimulos os percebem diferentes. É dramatico e arduo o trabalho, mas tem instantes de recompensa.
2 comentários:
Fiquei curiosa.
Bom, já que o texto ampliou, e ficou lindo, aliás, cá estou eu novamente para comentar.
No caso, só me resta dizer que estou no mesmo barco. Que tento estar junto, muito embora tenha horas que sinto vontade de estar num desses ônibus espaciais rumo a lua ou a um planeta qualquer.
Acho que as diferenças de opinião são parte importante da história. Somos exemplos fortes demais, e como tal, a tendência é sermos questionados e criticados em igual proporção. Afinal, todo mundo precisa descobrir quem é e se diferenciar dos pais. Logo... é bem mais fácil ser pedra, do que vidraça, amigo Vitório.
Mas acho que o simples fato de vc tentar já faz toda a diferença para ela. Pode crer. Ainda que naõ hoje, ou nem nos próximos dez anos... Digamos que como adolescente rebelde qeu fui, posso te falar de cadeira o quanto hoje eu valorizo os pais que tive.
Bacci mille
Mary
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