Gostamos das mesmas coisas mas de forma diferente.
Eu gosto prá ver com calma e prestar atenção.
Outros gostam prá partir logo prá cima e resolver tudo muito rápido e dominar logo de vez.
Sou truculento com palavras, mas gosto de ações lentas e prolongadas.
Outros são truculentos nas ações, resolvem, quando resolvem, na ultima hora e vão saindo arrastando tudo, faltando pedaços mas nem ai com isso.
Gosto do mar para olhar e ficar parado perto dele muitas horas, absorver dele a tranquilidade que me transmite.
Outros pulam, afundam e se acabam fisicamente nele.
Ele é ao mesmo tempo meio físico e meio emocional.
Prá mim é um universo de mistérios e possibilidades.
Para outros apenas um desafio e uma temperatura.
Vejo-o como imagem e poucas vezes como tátil.
É o mesmo mar que conheço desde os 4 ou 5 anos de idade.
Nunca mudei minha impressão sobre ele, embora tenha aprendido muito mais sobre ele ao longo dos anos. Mas a impressão inicial foi tão forte, produziu uma marca tão profunda que mesmo esses adicionais nada conseguiram mudar.
Imaginem que antes de existir a fotografia conseguiram retrata-lo estático observado todas as suas possibilidades de movimentos, cores e luzes. Isso mostra que o fascínio tem uma imagem muito sólida e que o tátil vem bem depois.
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