PENSANDO

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

APAGUE A LUZ E FALE COMIGO!


Quem é o negro na foto acima?Sou a favor de que todos aqui no Brasil tenham consciência de que somos uma nação de maioria negra. Isso parece fora do alcance da crença da maioria das pessoas. Mas que importância tem isso?A meu ver nenhuma, se levado em consideração que todos somos iguais independente da cor da pele. Mas se usamos a cor da pele prá barrar a liberdade e os direitos de quem achamos que é diferente da gente, ou seja, se promovemos a injustiça social baseados no preconceito racial isso é muito importante.A minoria esta lutando prá se manter no topo, não por seus méritos mas por razões outras que não lhes dá o direito de permanecer em seu status corroído e falido.Sou contra o dia da consciência negra, porque isso divide ao invés de nivelar.Acreditaria mais num dia da consciência daquilo que esta errado e injusto e que deveria ser colocado em nossas rotinas para que pudéssemos conscientemente fazer algo para mudar isso.Seria legal se fosse um dia da igualdade de direitos e da justiça plena.Aqui no Brasil tá tudo muito confuso e misturado, e o preconceito racial é uma das poucas coisas erradas que os brasileiros não assumem ainda. Mas vai mudar, ou por conta do dia da consciência negra que eu não endosso mas pode dar certo ou por conta da pressão mesmo que as pessoas de todas as raças farão prá terem direito a uma fatia melhor e mais saboroso do rico bolo que sempre foi tão mau dividido.Questões finais:Como saber quem é o negro na foto se são todos iguais por dentro. Apague a luz e fale comigo e você também não saberá qual é minha raça.

5 comentários:

Francisco disse...

Embora esta foto dos esqueletos me parece uma da seleção argentina de futebol 9em uma das bricadeiras de nós brasileiros),e o que está com a perna direita levantada parece o Javier Zanetti, concordo com você que é impossível distinguir a cor da pessoa. Discordo de você quanto ao dia da Consciência Negra, pois estou convicto que no Brasil existe um "Apartheid" mesmo que disfarçado, e não tão radical quanto ao da Africa do Sul ou dos EUA no século passado.
Continuo achando que a escravidão no Brasil não acabou, pois nos foi imposto uma data (l3 de maio com a lei Áurea), acabou a escravidão e daí, como faço a partir de hoje, saio da fazenda vou para onde? Como posso comprar comida?
Enfim vou parando por aqui pois isso me revolta.
abçs

Família Meneghel disse...

Olá Francisco
É sempre muito bom te-lo por aqui.
Realmente o assunto mexe com a gente e dá muito pano prá manga.
É uma questão que diz respeito não só ao Brasil mas sim ao mundo inteiro. A escravidão foi interrompida e não terminada em todos os lugares do mundo e aqui não foi diferente, sobram obrigações não cumpridas e omissões de toda sorte. Mas é inegável que os negros arrancados de suas terras tem todos os direitos aqui nesta nova terra e sempre tiveram, embora nunca tenham sido plenamente reconhecidos esses direitos e essa dupla nacionalidade.
Achei exemplar sua postura sincera e fiquei muito feliz por saber que quando alguma coisa que eu escrever não corresponder ao pensamento dos leitores eu ficarei sabendo disso pela colocação e ponderação de cada um de forma amigável e participativa.
Sempre que possivel voltarei ao tema para que possamos aprofundar nossas opiniões e ter a oportunidade de expo-las.
Um forte abraço em você amigão.

Mary Joe disse...

Bom, e eu naõ sei se concordo com um ou com outro? Estou meio misturada. Nada verdade, deixa eu tentar explicar minha lógica...
Venho de uma família muito pobre. Lutadora, aguerrida... meu pai era branco feito leite, com olho claro inclusive. E sofri preconceitos durante boa parte de minha vida, por ser pobre, por morar longe, por naõ ter condição de acompanhar financeiramente a turma que estudava comigo.

Será que mereço um dia também de feriado?
Acho que o racismo existe sim, mas naõ é apenas contra negros. É contra pobres de todas as cores, raças e religiões.
Eu era chamada de pé vermelho, porque na região pobre onde eu morava era cheia de barro.

Será que me sentir vítima ajudaria alguma coisa? Usei a arma que pude. Estudei feito uma doida, e consegui melhorar a condiçaõ da minha família. Naõ tanto quanto eu gostaria, mas naõ tive bolsa nada pra me ajudar.
E nem mesmo um feriado pra chamar de meu.
Porque se fosse hoje, nem acesso a cota alguma eu teria.


Consegui ser clara?

Francisco disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Francisco disse...

Mary Joe, assim como você eu também vim de uma familia pobre, e tal como você também fui discriminado por ser pobre, e ainda por cima filho de nordestinos, e como você bem disse não é só negro que sofre preconceito como você bem enumerou.
abçs
PS. Eu não sou negro, embora os amigos me dizem que sou branco com alma de negro.