PENSANDO

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

BANDIDOS MORREM JOVENS.

Trabalhei muitos anos de minha vida em empresas familiares, ou aquelas em que os membros de uma família são ao mesmo tempo os proprietários e diretores executivos. Você fica próximo ao poder e as vezes próxima a vida pessoal dos poderosos. É o tipo de emprego mais difícil que existe porque toda família se enfrenta e você, que tem um interesse diverso do deles, fica no meio da briga. Foi regra em todas as empresas e em todos os momentos de minha vida profissional.
Num grupo de empresas onde trabalhei por muitos anos, a fogueira ardia dia e noite e sendo a prática da empresa um espécie de sobrevivencia na selva das empreiteiras aliadas a governos corruptos, acabava-se vendo muita coisa que parecia suspeita. Mas o fato é que mais cedo do que pensavamos vimos os bancos estatais darem um rasteira no grupo, vimos o grupo sendo pego em práticas vexatórias e dai não deu prá não rotular os famíliares de quadrilha.
Mas Brasil é Brasil e todos pareciam que iam se dar bem...
Estranhamente não foi assim, um membro rebelde meteu-se a delator e acabou em cana, mas depois sucederam-se algumas mortes estranhas e o ápice foi com o suicidio do rebelde, viram que é coisa grossa nè?
Os demais membros da familia estão morrendo muito jovens, niguém esta chegando ao 50 anos... mas pasmem, morrem de vícios. Morrem meio que como mendigos morrem debaixo dos viadutos nas noites de frio, de tanto beber.
Tanto potencial, tantos centavos que me roubaram e roubaram de meus colegas - meu pobre FGTS...
Deram de graça prá um gatuno do interior de São Paulo que a pouco morreu de cancêr.
Assisto eu aqui a cada um deles morrer sem glória, poderiam ao menos ter feito bom uso das pilhagens.

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