PENSANDO

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

MUITOS CAVALOS, MUITAS REDEAS E NENHUM DESTINO.



Meu mundo é insignificante em termos de poder, minha vida se resume a coisas prosaicas como cuidar da família e tentar educar uma filha adolescente, além de esticar e esticar o dinheiro, mas sou feliz.
Mas o gran monde da política e da administração deste nosso país e do resto do planeta é infinitamente mais complexo, mas tremendamente mais mal conduzido, e não por falta de talentos dentro e fora do comando, mas por conta de que cada um pensa a seu modo e tem vontades próprias. Todos querem as mesmas coisas, mas cada um quer por um caminho diferente, por um volume diferente, com uma cor diferente - salve-se quem puder...
O ministro Nelson Jobim disse o que todo mundo já sabia: ...que a tal ministra é fraquinha.
E bota fraquinha nisso, e bota maria vai com as outras, e bota falta de simancól, mas o fato é que o governo precisa de conjunto, e quando um destoa, mesmo que seja o melhor dos músicos, tem que cair fora - no caso a banda opta por tocar mal com os piores, mas é o que lhes resta.
Não era o melhor dos músicos, mas fico imaginando a presidente gerir esse bando de doidos que esta sob sua responsabilidade, cada um fazendo a loucura que lhe da na cabeça, como fazem nossos filhos adolescentes, só que com resultados catastróficos que nenhum adolescente consegue fazer, e pior, a presidente tem que prestar contas das cagadas todas.
Isso toma muito tempo, altera o ritmo, enche o saco e só faz consolidar a idéia já fortemente arraigada de que no governo só tem louco ou ladrão, e não é verdade.
Eu conheci algumas pessoas que por um modo ou outro entraram no governo ou chegram ao poder e que eram competentes antes, mas neutralizaram suas competências em contato com a máquina existente, que é eternamente antiga, completamente insensata e ingênua no que toca a sua imagem pública.
O mundo é governado por loucos, sempre foi, não se ajustam em seus grupos nem com os outros grupos, cada coisa corre para um lado numa velocidade diferente da outra, umas em curva, outras em zigue-zague, outras quicando. Caos.
Não sei como algumas coisas boas acontecem, mas coisas acontecem por sí, por uma força invisível que move a humanidade sempre em direção à sobrevivencia - sempre. Não falo de deus não!
Assim como nossos filhos pedem um laptop novinho, carézimo no dia em que estamos estourados no banco e no cartão, batemos o carro e fomos multados, o ministro da defesa chuta a canela de todo mundo, na maior inocência, como se não fosse mais certo, ele, ler O Principe de Maquiavél, colocar a ministra fraquinha num avião e fazê-la pousar num pouso forçado no centro da amazônia, perto do nada, para lá ficar por alguns anos enquanto o ministro públicamente lamentava a perda da colega - seria um grande serviço à nação, poupava a presidente de perder um ministro importante e de ter que agir como um pai que tem que negar o obvio a um filho que não se toca.
Agora vai o ministro embora e ficamos nós com a ministra fraquinha, sem hipocresias - a coisa escancarou e fim, no papel de otários por saberem (?) que nós sabiamos que ela tocava mal na bandinha e nada faziamos.
Fica assim exposta a nossa covardia nacional, a nossa pouca atenção ao que é nosso de fato e nossa eterna falta de responsabilidade para com o futuro coletivo deste pedaço confuso de mundo.

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