PENSANDO

PENSANDO

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

IMAGINO QUE DEVE HAVER...

um solução para cada questão, assim como uma explicação para cada mistério.
Eu aqui já me referí ao tempo e a vida como sendo uma linha, uma curva, um circulo, ou uma dobra, ou um laço, oualgo que se tangencia ou se cruza ou da qual se entra e sai o tempo todo, esta última idéia não é minha, li recentemente num livro não recente.
Imagine seu primeiro segundo de vida dentro de um universo. No segundo seguinte você continua no mesmo universo, mas como alguém em algum lugar tomou uma decisão que implicaria em uma mudança no curso de sua vida, você passou a também existir num outro universo onde uma mudança foi requerida, mas no terceiro segundo uma outra coisa implicou em seu destino e vai você existir triadimente em outro universo, e assim por diante eternamente se replicando em infinitos universos, em infinitos você cada um com um destino diferente, cada um sem saber da existência do outro.
Mas em alguns momentos acontece um Dejavuzinho e você cruza com você mesmo em outro universo por conta de uma escolha ou decisão sua ou de algum danado que não para de implicar e de influenciar toda a paz dos infinitos universos. Nesse momento você percebe e pensa: (Bolhinhas... Já passei por isso...Bolhinhas), e fica uma sensação mística na cabeça da gente que existe algo inesplicável acontecendo o tempo todo. Bom, explicação deve haver, talvez seja esta que estou oferecendo agora, talvez seja algo inatingível para nossas cabecinhas limitadinhas e cheias de coisas miudinhas que tomam o lugar das coisas de real valor.
Mas é gostoso imaginar que num universo seu time perdeu o jogo mas nos demais pode ter ganho. Que aquela sua decisão de atravessar a rua te levou à morte por atropelamento mas que nos outros universos você decidiu diferente e não foi atropelado, lá você apenas viu o carro passar. E quantas vezes teremos visto apenas passar os infinitos carros que infinitas vezes nos levaram a vida. Estranho? Nem tanto, acho que até bem possível. Eu quando criança sonhava em trocar de lugar e vida com um outro garoto que estava se dando muito bem na vida, ao passo que eu estava me lascando. Na época achei que não tinha trocado de vida com ele pois minha vida continuou tal e qual como estava e em minha consciência nada mudo. Mas e se mudei de vida com ele e estou lá e ele cá, mas desafortunadamente com a minha consciência sem saber que foi trocado por minha vontade. É séria a coisa, imagine as coisas que você sofreu ou foi forçado a fazer sem querer e sem saber.
Talvez você seja uma pessoa bem sucessida em outra vida, talvez tenha ganho um Oscar, ou ganho na loteria, talvez tenha tido uma perna amputada por trombose, talvez tenha morrido no parto. Se não houver um Dejavu não há como saber. Toda vez que você cruza com você mesmo pode estar certo que percebe o cruzar e leva um susto, não leva?  Mas não se preocupe, você não faz nada prá você mesmo que seja definitivo porque tudo vai se desdobrando, curvando, entrelaçando - é uma zona, mas zona organizada - e você vai apenas pulando para varios outros universos simultânemente e seguindo em novas versões, umas esticadas outras resumidas de você mesmo, e só não existe isso tudo porque você não sente e não pode reter o tempo.
Tem como provar? Acho que sim.
Veja um exemplo: Eu tenho uma amiga que trabalhava comigo em 1985, daí eu sai da empresa e fui viver longe um outro tipo de vida. Nesta semana ela me achou no Facebook e reatamos a conversa como se ela nunca tivesse parada de existir, estamos cheios de novidades para contar um para o outro. Onde estivemos este tempo todo? Bem, neste universo estivemos fisicamente próximos e distantes varias vezes sem sabermos, mas isso não replicou, mas quando nestes anos todos que se passaram eu lembrava dela ou ela lembrava de mim, a memória buscava num universo impalpável uma passagem de nossas vidas onde existiamos de verdade, e estavamos lá, porque podíamos ser alcançados ao menos pela forma da mente ou memória. Não convenceu né? Nem a mim, mas o fato é que existimos tenhamos ou não explicação para isso, existimos na mente e no coração das pessoas, na forma de saudades ou rancor, e um dia por acaso ou esforço de alguém que implica em nossas vidas tornamos a existir na vida da pessoa, e pior é que isso inclue tambem os cobradores de dívidas...
Esta semana tive deliciosos momentos ao reencontrar a Marcia que por sua vez me fez reencontrar o Celso e a Elaine que foram amigos doces, suaves e humanos - tremendamente humanos - num momento muito bom e feliz de minha vida. A Marcia especialmente, que soube de forma única em minha vida demonstrar amizade, carinho e gratidão plenos no último dia em que trabalhamos juntos (especialmente nesse dia mas não exclusivamente nele). A vida dela foi plena até aqui de fortes emoções, nem sempre boas mas de plena densidade e eu sou grato a vida por te-la encontrado novamente. Sinto pura felicidade em constatar que cada um deixou no outro uma marca boa e saudável, que nos permite agora desfrutar de algo que é verdadeiramente sólido, porque sobreviveu por 26 anos alimentado apenas pela força que teve, e que nos avalia como pessoas do bem, trilhando um caminho certo em direção aos infinitos universos que ainda nos aguardam sem que tenhamos, pelo que sabemos de nossas atitudes passadas, que temer o futuro.
Marcia, Celsinho e Elaine todo o meu carinho para vocês. 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O TEMPO NÃO DIRÁ SE VOCÊ NÃO SOUBER OUVIR.

As pessoas vem e vão em sua vida.
Algumas marcam profundamente, permanecem, outras apenas "relam".
Existe um talento ou uma capacidade ou talvez um oitavo sentido que penetra pelo olhar e busca por trás dele uma confissão. Se você tem esse oitavo sentido, pode de orgulhar de estar vivendo plenamente.
Eu não tenho, eu só percebo algumas coisas muito tempo depois, mas muito tempo depois mesmo. Ainda assim percebo apenas a existência de uma dúvida sobre qual teria sido realmente a confissão não traduzida.
Tapado a ponto de mesmo ouvindo cada palavra não conseguir junta-las e delas tirar a essência e o sentido exato.
Resulta numa dor fininha e triste, que levo para o escuro de meu quarto e lá fico tentando remediar aquilo que não será nunca mais remediado, nem em mim nem na outra pessoa, agora tão distante do momento e do sentimento.
Reconheço essa capacidade de lidar com o oitavo sentido, as vezes, nas pessoas mais toscas e imediatistas.
Aquelas que apenas raspam na vida dos outros, são as linhas que vão tangenciar as infinitas parábolas que vão encontrar ao longo de suas sempre longas existências imediatistas. E com isso eclipsarão os que queriam estabelecer relações sérias, honestas, profundas e reciprocas.
Mas a culpa é de quem não tem e não de quem tem e usa mal.
É apenas frustrante constatar que passou pela vida e não conseguiu perceber as confissões que tentaram te fazer, que você continua vivo e continua incapaz de saber de tanta coisa que sentem a seu respeito e que seria tão importante saber. Faria você mais feliz, te daria mais combustível prá turbinar sua vida, te faria crescer e ter maior auto-estima.
Uma grande parte da vida perdida. Um lapso, uma fenda, uma lacuna importante que não deveria existir.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O CINEMA VAI AO TEATRO

Nosso grupo que se reúne prá ver filmes variou neste final de semana e fomos ao teatro.
Da outra vez fomos ver a Glória Menezes em "Ensina-me a viver" e gostamos, mas gostamos pouquinho.
Neste Sábado fomos ver o monólogo "Doido" de/e com Elias Andreato e daí gostamos bastantão.
Dá um gostinho daquele tempo que a gente era mais ingênuo, daquele tempo em que ainda ouvíamos e suspirávamos com poesia. O texto flui, flui muito bem, o modelo da montagem é corajoso, pois ele permanece a peça toda sentado na cadeira e nem assim há um segundo sequer de monotonia.
O ator é uma simpatia e pura gentileza, pena não ter aceito prá jantar com a gente na casa de uma amiga, mas nós somos entrões demais, mas ele aceitaria não estivesse de carona e tão longe de casa.
O ator é ótimo, o texto emociona, a generosidade de vir tão longe trazer seu trabalho nos deixou muito felizes, e estou aqui recomendando. Se você é de São Paulo ele se apresenta num circuito dos CEU da prefeitura de São Paulo, procure se informar, ou pode ser que qualquer hora ele passe por sua cidade.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

ARREFECIMENTO

Sou de um geração que prometeu mas não cumpriu.
Na época ninguém estava sendo cobrado de nada, mas mesmo assim, indignados, muitos saíram às ruas e revolucionaram, conseguiram algumas coisas, bem poucas, e depois transformaram toda a luta em mera poesia. Havia uma peça de teatro com um ótimo nome para isso: Um grito parado no ar, se você é meio velhinho deve lembrar ao menos do nome.
Hoje o mundo opera pela individualidade e por regras de consumo que oscilam entre a pura futilidade e a completa ostentação. Sempre houveram pessoas fúteis e ostentativas, mas hoje incrementaram-se as estatísticas.
Recebo sempre emails da revista "Pequenas empresas grandes negócios", e vejo lá nas resenhas que a energia para lutar é uma coisa que se torna maior a cada dia. Pessoas se tornam cada vez mais competitivas e buscam por novos maneiras de no mínimo ficarem milionárias. Não há meio termo, é sucesso ou morte.
Em parte vejo o momento pelo retrovisor em outra parte engulo poeira.
Sonhei, realizei, mas fiz pouco, meus melhores momentos estão muito aquém do que fazem hoje os novos empreendedores. Neste ponto como poeira.
Achei meu lugar na vida, e tenho infinitas oportunidades de manobras, mas honestamente, bem pouca vontade de sair à luta como se sai atualmente. Mas me abate as vezes sentir que deixo passar tantas oportunidades e tantas chances de sentir frio na barriga, arrefeci.
Saltei da adolescencia direto para a velhice de alma; ou será maturidade de alma?
Aprendi a muitos anos que é um grande erro querer abraçar o mundo, essa atitude nos desnuda em nossa verdadeira face: a da ingenuidade e pretensão desmedida.
É preciso saber parar, é preciso saber usufruir os verdadeiros presentes que a vida nos dá.
Saber sair de cena é certamente um dos maiores valores de uma pessoa.

sábado, 20 de agosto de 2011

PODRE, DESEQUILIBRADA E CRUEL.

A SEGUIR REPRODUZO MATÉRIA DA FOLHA ON LINE DESTE SÁBADO 20 DE AGOSTO DE 2011.
"Pelo menos 500 caixas eletrônicos foram roubados ou furtados neste ano no Estado de São Paulo, segundo levantamento dos órgãos de inteligência da polícia, informa André Caramante, em reportagem disponível para assinantes da Folha e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

Análise parcial feita pela Folha revela que os principais alvos são as máquinas instaladas em agências bancárias (37%), seguidas por supermercados (22%) e postos de gasolina (10%).

Em média, cada caixa tem de R$ 70 mil a R$ 100 mil. Os ladrões intensificaram ataques às máquinas, em geral com explosivos ou maçaricos, para evitar os tiroteios em assaltos a banco.

Até junho, a Polícia Civil havia conseguido rastrear quatro quadrilhas. Em todas, foi detectada participação de policiais militares _atualmente, 35 estão sob investigação"

Agora meu texto:
Não adianta ligar para a policia, eles não aparecem.
Se aparecerem pode ter certeza que ou querem tirar o seu dinheiro ou invertem a realidade prendem você e liberam, o ladrão.
Adoram comer de graça e obter doações dos comerciantes.
Cantam as balconistas e cometem assédio sexual em pleno serviço com a maior naturalidade.
Onde?
Parece coisa da Africa né?
Como cantava o Chico Buarque nos anos 70/80: "Chame o ladrão, chame o ladrão".

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

NÃO ESTAMOS NEM AI...

Pesquisa do Datafolha publicada hoje no Folha on.line diz que 61% dos paulistanos ( torcedores de qualquer time ) querem a construção do Itaquerão, ou Fielzão ou o estádio do Corinthians onde alguém pretende que seja feita a abertura da Copa do Mundo de 2014, mas na mesma pesquisa saiu também que 60% dos entrevistados disseram que não dão a minima para a Copa ter sua abertura em São Paulo, acham que não é importante e que não muda em nada a vida da cidade, só 17% acham que é importante.
Todos não querem ver dinheiro público sendo gasto na construção do estádio, embora o governo vá torrar milhões para alegria dos políticos e empreiteiras, nas obras complementares no entorno do novo estádio.
O Bairro de Itaquera vai ganhar com isso, vai ficar melhor em muitos sentidos e principalmente em auto-estima e isso prá mim já justifica o gasto que vai ser enorme, concentrado num único ponto e para poucos já que São Paulo é muito grande e não há dinheiro que chegue para solucionar todos os deus dodois.
Moral da história: bom saber que o pessoal todo não entra mais tão de cabeça nessa história de Copa do  Mundo.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

HORA EXATA

Tchannn!! Surge a inspiração.
É a hora exata, mas você nunca esta na possibilidade de fixar a idéia precisa.
A essencia dura só um lampejo, se você não conseguir memorizar a sensação, já era.
A arte é perversa, as boas idéia sempre nos vem nos piores momentos.
Sentar para trabalhar um idéia que esta na cabeça mas não se materializa é uma das piores sensações que existem, ou pior, só poder lidar com a idéia muito tempo depois quando você já não esta mais no clima e ela também não se materializa.
Não adianta fotografar com o celular, anotar no bloquinho de notas, a essência e muito fugaz.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

GALINHA FOGE AO SER OFERECIDA EM SACRIFÍCO NUM VULCÃO

Parabéns dona galinha, depois dizem que galinha é o bicho mais burro que existe...
Subir um puta morro desses prá deixar a galinha fugir... frangamente.

Ontem assaltaram o treinador Zacallo. Quando os ladrões ( 4 ao todo ) reconheceram o treinador optaram por roubar apenas um cordão de ouro e a carteiar com  os documentos e o cartão de crédito, desistindo de levar o carro.
Uma pena que os ladrões não tivesse apenas pedido descultas e se retirado sem nada roubar. Mostrariam que mesmo entre bandidos é possível ter alguma forma de nobresa e respeito.

Alguns dias ou semanas passadas um assaltante abriu a porta de um carro blindado e colocou o revolver na cabeça do motorista anunciando o assalto, no banco de trás estava Michel Temer - vice-presidente da república. Os seguranças que vinham no carro de trás renderam e prenderam o bandido.
Ladrão burro...

Novamente meus parabéns a galinha.

sábado, 13 de agosto de 2011

LUCIDEZ

Digamos que lucidez seja a capacidade que você tem de perceber com razoável acerto a realidade que te cerca. Digamos que não é possível ser 100% lúcido em nenhum momento da vida. Digamos ainda que talento para viver é conseguir interagir com pessoas nos mais variados níveis de lucidez e obter resultados produtivos com um mínimo de estresse.
Mas você tem certeza que é lúcido?
As vezes me pego viajando numa ideia ou pior em atitudes impensadas que fogem ao padrão acima.
Quando você bate boca com alguém certamente esta num momento de estresse e pouca lucidez, ou quando tudo dá errado em seu dia e você começa a se tocar que as coisas estão acontecendo por sua culta e falta de habilidade em planejar e administrar o plano.
Quem tem filhos e uma tia velha por perto sabe que lucidez tá passando longe, neste caso você nunca consegue obter resultados produtivos e embarca em grande estresse, sem contar que acaba, na maioria das vezes para minimizar a tensão geral, baixando seu nível de lucidez satisfazendo a demanda dos outros.
O quê você me diz de morar na periferia de uma grande cidade como eu onde tem um bando de jovens se estourando com suas motos, tomando todas, se drogando, ouvindo em som absurdamente alto as piores "músicas" - você chama isso de música - enquanto mamães e papais acham os filhinhos umas gracinhas.
Falta absoluta de lucidez, com todo o preconceito que digo não ter, diria como dona Florinda: Gentalha, gentalha, gentalha...
E um pais como o nosso onde todo mundo rouba, entenderam, todo mundo.
Quem não rouba e se omite, técnicamente é cúmplice, portando faz parte do roubo mesmo não ficando com algo da partilha. Vi por estes dias no Facebook um frase que circulou bastante, mais ou menos assim:
Que em São Paulo juntamos 4 milhões de pessoas para uma parada do Orgulho Gay, 2 milhões para uma parada evangélica, 40 mil pessoas numa parada para legalizar a maconha, mas que ninguém sai às ruas para protestar contra a corrupção. Pura falta de lucidez.
O mundo não é coerente, por isso me acomodo no anarquismo onde não preciso nem ser lúcido, nem prestar contas e nem ter argumentos lógicos.
O mundo é bastante infantilizado, a infância não é lúcida, e isso parece ser falsamente bom pára todos...
Hoje me omito, quando aqui em casa vejo que a conversa baixou muito na escala de lucidez, despisto e caiu fora, vou brincar com os cães e a minha gata.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

BANDIDOS MORREM JOVENS.

Trabalhei muitos anos de minha vida em empresas familiares, ou aquelas em que os membros de uma família são ao mesmo tempo os proprietários e diretores executivos. Você fica próximo ao poder e as vezes próxima a vida pessoal dos poderosos. É o tipo de emprego mais difícil que existe porque toda família se enfrenta e você, que tem um interesse diverso do deles, fica no meio da briga. Foi regra em todas as empresas e em todos os momentos de minha vida profissional.
Num grupo de empresas onde trabalhei por muitos anos, a fogueira ardia dia e noite e sendo a prática da empresa um espécie de sobrevivencia na selva das empreiteiras aliadas a governos corruptos, acabava-se vendo muita coisa que parecia suspeita. Mas o fato é que mais cedo do que pensavamos vimos os bancos estatais darem um rasteira no grupo, vimos o grupo sendo pego em práticas vexatórias e dai não deu prá não rotular os famíliares de quadrilha.
Mas Brasil é Brasil e todos pareciam que iam se dar bem...
Estranhamente não foi assim, um membro rebelde meteu-se a delator e acabou em cana, mas depois sucederam-se algumas mortes estranhas e o ápice foi com o suicidio do rebelde, viram que é coisa grossa nè?
Os demais membros da familia estão morrendo muito jovens, niguém esta chegando ao 50 anos... mas pasmem, morrem de vícios. Morrem meio que como mendigos morrem debaixo dos viadutos nas noites de frio, de tanto beber.
Tanto potencial, tantos centavos que me roubaram e roubaram de meus colegas - meu pobre FGTS...
Deram de graça prá um gatuno do interior de São Paulo que a pouco morreu de cancêr.
Assisto eu aqui a cada um deles morrer sem glória, poderiam ao menos ter feito bom uso das pilhagens.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

CHUTE-ME OU CONSTRUA UM PALÁCIO COMIGO



FERDINAND CHEVAL


Carteiro francês nascido em 1836, teve uma idéia ao tropeças em uma pedra - fato real. Poderia apenas ter dito: - Puta que o pariu... ou Le Puté que le parriô... mas não, ele então recolheu aquela pedra e nos 33 anos seguintes prosseguiu recolhendo pedras pelos caminhos de seu trabalho e com elas construiu um palácio. Seu Palácio Ideal em estilo classificado como naif, tem um ar de hinduísta e logicamente é meio caótico. Em placas incrustadas nas paredes lê-se “ Trabalho de um homem só “ e “ É proibido não tocar “. Ele queria ser sepultado no palácio mas autoridades francesas não permitiram, então ele construiu um mausoléu próprio em um cemitério (Hauterives) oficial ao longo de oito anos. Quando ficou pronto bastou apenas um ano para o carteiro morrer e poder ocupá-lo, acho que ele deveria ter demorado mais na obra.

Invejável não? Quero dizer: a obra não a sorte e a morte. Ele morreu em Agosto de 1924, mas isso não faz importância prá gente, mas caso você queira ir até lá tocar no palácio, já que não é proibido, ele fica num lugar chamado: CHÂTEAUNEUF-DE-GALAURE, no départemente de Drôme na França.

Não sei se é fácil de achar, mas se você for até lá por favor arranque um pedrinha e me traga, é que sempre me amarrei em aventuras de pessoas malucas assim e gostaria de ter um lembrancinha.

Vamos ao que importa, eu teria chingado e ficado puto da vida com a pedra, jamais pensaria em dedicar os próximos 45 anos de minha vida para construir um palácio e um túmulo, nunquinha.
Mas depois que vi uma montagem sobre o tal carteiro numa das Bienais de São Paulo lá pelos anos 70 ou 80 me inspirei e passei a dar valor às pedras, tampinhas de garravas, arruelas e parafusos que encontrava pelos caminhos. Passei mesmo a trazer pedras para casa das estradas ao redor de onde moro e já construi um pequeno muro em torno de uma amoreira com elas. Eu acho que ele me inspirou a dar utilidade aos objetos tidos como sem valor, a aproveitar tudo que me caia as mãos e a perceber que soltos em torno da gente existem recursos desperdiçados aos montes, sem falar nas duas maiores lições: 1) que uma obra é construida de pedrinha em pedrinha ao longo de anos de dedicação e persistência; 2) que cada um deve disperdiçar sua vida como quiser, mas que alguns a disperdiçam bem melhor que os outros.
Não acho que o carteiro era um cara de mente simples, penso que era uma pessoa simples com um mente muito especial, humilde na profissão, mas com grandeza interior reservada só para ele e seus objetivos, alias isto é mais que claro.
Aprenda com ele, como eu aprendi a muitos anos - não quer dizer que eu venha praticando este tempo todo - e aproveite tudo: seu tempo, seus sonhos, suas sobras, as sobras alheias e tudo que você puder arrancar e levar para casa para dar bom uso.

Nota: Naïf é um estilo de arte, ou no caso arquitetura, construida de forma primitiva por realizadores que não frequentaram cursos, acadêmias ou receberam orientação de alguém formado. Na verdade é um discriminação dos que se formaram em acadêmias e não tem talento, contra os que são artistas natos e não sentaram em um banco de escola, tipo assim uma puta dor de cotovelo.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

DEU VONTADE, FAZ... TEM CORAGEM?

Sempre alguém se enche o saco da vida e resolve pensar em mudar tudo, ou pelo menos largar tudo por um tempo e sumir, ou no mínimo mudar a cor de uma parede da casa. O fato é que sacos se enchem o tempo todo, levam a sonhos de mudança e liberdade mas quase ninguém leva nada a cabo, quase ninguém chuta o balde.
Normalmente uma mudança radical é sempre resultado de um forte crise pessoal, e em alguns casos é uma semente que já nasceu dentro da gente e que vai germinando ao longo de anos de caminhos que não nos agradam até que um dia você sente que ou muda, ou perde sua vida sonhada, ou vai se tornar um velho amargo e frustrado.
Aconteceu comigo aos 25 anos, depois aos 32 anos e nas duas vezes as mudanças foram radicais. Na primeira houve um recuou, e foi horrivel ter que recuar, na segunda parti mais amparado materialmente, mas preparado emocionalmente, mais bem direcionado pela experiência anterior e estou na mudança a já quase 20 anos... mas percebo que há um nível ou um possibilidade de mudança um pouco mais elevada. Neste momento penso como um alpinista que vai de acampamento de adaptação em acampamento de adaptação até chegar ao ponto mais alto, sempre com a possibilidade de retornar quando se fizer necessário.
Mudanças radicais como queima de navios são muito difíceis, fechar todas as possibilidades de volta envolvem um grau de coragem elevado demais para simples mortais como nós.
Quem viu o filme de Sean Penn "Na natureza selvagem" e tem na alma a inquietação da qual falo aprendeu muitas lições. Uma delas é de que a felicidade só é felicidade quando compartilhada com alguém. Outra é de que o sofrimento da opção é mais que recompensado pelo que você vai receber, conhecer e viver na jornada. Outra, ainda, é que pular sobre o fio da vida, faze-lo balançar é o minimo que se espera de pessoas que não se ligam em materialidade, casa, família reunida, natal e amizades firmes.
O filme tem final trágico, não precisa ser assim. Você pode mudar radicalmente também por períodos muito curtos como um final de semana prolongado ou mesmo um comum. Mas a atitude tem que ser radicalmente inversa à sua rotina, você tem que ralar, fazer aquilo que não cabe em seu dia a dia. Não pense em conforto, comida, banho, calor, carinho e sorrisos... a recompensa é outra, é um tipo sagrado de coisa que não há nem como descrever... você faz parte do bando ou não.
Dê onde você tiraria coragem para romper? Da vontade de viver mais ou da angustia de viver contrariado?
É preciso coragem, conhecimento e conteúdo pessoal para embarcar neste rumo...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

IDÉIAS ERRADAS

Falo não sobre placas com erros de português ou irônicamente instaladas, mas sobre o erro de idealização da informação. Em Itapecirica da Serra há ou havia uma placa com a seguinte informação: PODO ÁRVORES A DOMICILIO, e uma amiga comentou que era um alívio saber que não seria preciso levar a árvore para ser podada no local de trabalho do podador... daí falei sobre as entregas à domicilio que são anunciadas nas fachadas dos supermercados de bairro aqui de São Paulo, existe outro local a se fazer a entrega senão no domicilio?

Aqui próximo tem um caso mais raro, uma oficina bem boqueta, que "lubrifica suspensão de Kombi", por que só de Kombi, e se eu tiver um fusca?
E uma outra amiga lembrou de algo que embora não tenha a ver com texto tem a ver com localização, era uma portinha modesta onde funcionava um unidade da AAA Associação dos Alcólicos Anônimos, vizinha de parede pelos dos lados com botegos e quase em frente a uma adega ( aqui em São Paulo = uma distribuidora de bebidas )... luta de gigantes.

ORGULHO E PRECONCEITO

Vitorio, estou pensando em lançar a parada do orgulho obeso... sim porque apesar de não sermos tão minorias, somos discriminadas pela mídia, esse mundo que acha que o belo tem que ter o manequim da Giselle Bundchen.
Acha que eu conseguiria alguma coisa em Sampa?
Já que abrimos as portas da esperança para toda sorte de orgulho, quero o meu também!!!!!!!!!!!

Beijokas
Mary

8 de agosto de 2011 10:00


Na época em que eu frequentava a faculdade Metodista, no curso de Publicidade e Propaganda, sai com minha mãe para fazer compras, e no caminho encontramos uma amiga que me cumprimentou com festa e um escandaloso beijo na boca. Só o beijo já seria suficiente para matar minha mãe do coração, mas a descrição de minha amiga vem a seguir: ela tinha quase 1,80m pesava uns 100 kgs e é negra escura.
Uma mãe italiana não digere certas coisas, mas eu em verdade vos digo: a amiga era uma das pessoas mais adoraveis que já conheci na vida, um companhia sempre alegre, grandes tiradas, bom humor inabalável e capaz de socar qualquer um para defender um amigo. Tinha ( deve ter ainda pois faz muito tempo que não a vejo ) tudo de bom e ótimo que uma pessoa deve ter. Inclusive a capacidade de olhar no espelho e ver o reflexo de uma pessoa normal.
Na mesma época e na mesma faculdade numa aula de filosofia da inesquecível professora Cleopatra Poli, debatiamos sobre preconceito e uma garota bem loirinha, bonita, secretária em uma montadora americana de veículos, dizia-se isenta de qualquer preconceito, e na verdade no dia a dia parecia sim ser, mas ao ser perguntada se se casaria com um negro foi categórica na resposta: -Não.
Cresci entre pobres, entre gente sem dente e com dor de dente, andei de ônibus e ainda anda bastante a pé e de ônibus, tinha gente de nossa família bem obesa, depois tivemos a inclusão de negros e nordestinos na família, ou seja, eu tinha todas as razões do mundo para não ser preconceituoso e nunca fui, não sou, mas as vezes escorrego.
Só depois de começar a escrever este blog passei a ter orgulho de meu passado, sinal de que nem eu conhecia direito os significados implicitos em minha história. Percebi então que tive a oportunidade - muitas vezes perdida - de conviver com pessoas maravilhosas, e, infelizmente só se tornaram maravilhosas com a distância do tempo, quando então pude amadurecer e julgar adequadamente cada um que passou por minha vida.
Quem conhece pessoas e gosta de se dedicar a elas sem segundos interesses, que afirmo é o meu caso, fatalmente encontra pessoas maravilhosas.
Eu conheci muitas, venho conhecendo e tenho certeza vou ainda colecionar infinitas boas amizades - lamentando sempre não poder conviver próxima e adequadamente com cada uma delas.

MaRy acho que devemos sim fazer a Parada do Orgulho Obeso aqui em São Paulo.
Encheremos a Avenida Paulista com muito poucos, engordarei só para isso.
Seremos ridicularizados, seremos espinafrados e comparados, mas mostraremos que nosso espelho quando olhamos para ele reflete pessoas normais, corretas, dignas, produtivas e decentes, que a Gisele é bonita sem dúvida mas a MaRy JoE também é, e eu posso afirmar porque atestei isso pessoalmente, e comentei quando cheguei em casa:
- Gente, ela é muito bonita...
O mundo é esse, não vai ser fácil mudar, ser superior aos preconceitos doi tanto quanto sucumbir a eles, eu já sofri por ser magro, pobre e dizer que estava com dor de dente, já fui maltrado em ônibus, levei banho de carro que passou em possa dágua e já me perguntaram uma vez se eu tomava banho.
Estou aqui, belo, feliz, morando num lugar lindo, com mulher e filha lindas, cercado de coisas que gosto. Quem me torrou, como será que está agora?

MaRy vamos fazer a Parada, distribuir bacon frito prá todo mundo, fodam-se todos, somos o que somos mesmo que não seja fácil enfrentar, vamos encher a avenida...
convidar a Gisele... convidar os Gays, os vereadores, os Carecas de Santo André, os Heteros Orgulhosos, os negros, os brancos que se fingem de negro prá entrar na faculdade por cota e os corruptos, inclusíve os corruptos obesos... vai virar uma zona, mas mostraremos que nada na vida faz sentido, então diremos: - DESPREZE-ME, MAS NÃO ME APONTE O DEDO.

domingo, 7 de agosto de 2011

CINEMA NO SOFÁ DA SALA.









  • Se na sua cidade tiver a promoção da Folha de São Paulo sobre cinema europeu, informo que alguns títulos são imperdíveis, ontem assistimos ao "Fitzcarraldo", ótimo filme, muito doido e que vale a pena não só pela proeza da filmagem em plena amazonia mas principalmente pela cara de doido do Klaus Kinski, o cara é uma figura única no cinema.




  • No primeiro número vem junto com "A Doce vida" de Fellinni, que ainda não assisti, mas devo fazê-lo nos próximos dias ou horas.




  • Assisti na quinta "O Concerto" ( hoje sem saco para dar detalhes técnicos, digamos: foi feito por um francês) e que fala de um maestro principal do Teatro Bolshoi que é destituido do cargo no meio de um concerto pelo primeiro ministro Bregnev e elevado ao cargo de faxineiro do teatro por 30 anos, por conta de abrigar em sua orquestra um grupo de músicos judeus, até que um dia ( uma noite ) enquanto fazia a faxina cruza com a chega de um fax vindo da França convidando a orquestra para se apresentar em Paris, o maestro surrupia o fax, monta uma orquestra Bolshoi pirata com os músicos judeus expulsos a 30 anos e vai a Paris terminar o conserto interrompido em Moscou... muito legal no todo, cheio de pequenas falhas plenamente suportáveis e vale ser visto.

COM INVEJA DO ORGULHO GAY

Ouço cada coisa que não acredito, vejo coisas acontecendo que pasmo.


Agora a cidade de São Paulo tem o "Dia do orgulho Heterosexual" por autoria do vereador Carlos Apolinario... parece-me que é da bancada evangélica e já cruzei com notas a respeito dele sempre em questões moralistas, no caso: dos enfoques morais de sua ótica conservadora.



Como todos sabem a parada do Orgulho Gay leva de 3 a 4 milhões de participantes para a Avenida Paulista todos os anos, e agora teremos outra parada de Orgulhosos, mas onde será que eles vão encontrar tantos heterosexuais dispostos a desfilar em carros alegóricos e inflamando a massa popular? Quem irá compor a massa popular avida por ver um bando de machos atravessando a avenida para que todos saibam qual sua opção sexual?


Acho que vai ser um fracasso.


A parada gay só tem público porque é um espetáculo colorido, alegre e atrevido, e só.


A maioria das pessoas que vão não são militantes de verdade, vão pela farra, e só.


O vereador certamente esta de provocação porque é contra gay, quer ser o pioneiro em algo e fica cuidando de assuntos que não são relevantes para a maioria da população da cidade que precisaria de um quadro de vereadores e administradores mais capacitados e envolvidos com coisas realmente sérias, porque problemas a cidade tem muitos, alguns extremamente graves e aparentemente ninguém com nenhuma ideia brilhante para solucioná-los.


O vereador deveria entender que ganha para ocupar um cargo importante onde deveria trabalhar de forma correta e voltado para os interesses da maioria.


Vereador: o Sr. esta ferrado na boca da bicharada.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

MUITOS CAVALOS, MUITAS REDEAS E NENHUM DESTINO.



Meu mundo é insignificante em termos de poder, minha vida se resume a coisas prosaicas como cuidar da família e tentar educar uma filha adolescente, além de esticar e esticar o dinheiro, mas sou feliz.
Mas o gran monde da política e da administração deste nosso país e do resto do planeta é infinitamente mais complexo, mas tremendamente mais mal conduzido, e não por falta de talentos dentro e fora do comando, mas por conta de que cada um pensa a seu modo e tem vontades próprias. Todos querem as mesmas coisas, mas cada um quer por um caminho diferente, por um volume diferente, com uma cor diferente - salve-se quem puder...
O ministro Nelson Jobim disse o que todo mundo já sabia: ...que a tal ministra é fraquinha.
E bota fraquinha nisso, e bota maria vai com as outras, e bota falta de simancól, mas o fato é que o governo precisa de conjunto, e quando um destoa, mesmo que seja o melhor dos músicos, tem que cair fora - no caso a banda opta por tocar mal com os piores, mas é o que lhes resta.
Não era o melhor dos músicos, mas fico imaginando a presidente gerir esse bando de doidos que esta sob sua responsabilidade, cada um fazendo a loucura que lhe da na cabeça, como fazem nossos filhos adolescentes, só que com resultados catastróficos que nenhum adolescente consegue fazer, e pior, a presidente tem que prestar contas das cagadas todas.
Isso toma muito tempo, altera o ritmo, enche o saco e só faz consolidar a idéia já fortemente arraigada de que no governo só tem louco ou ladrão, e não é verdade.
Eu conheci algumas pessoas que por um modo ou outro entraram no governo ou chegram ao poder e que eram competentes antes, mas neutralizaram suas competências em contato com a máquina existente, que é eternamente antiga, completamente insensata e ingênua no que toca a sua imagem pública.
O mundo é governado por loucos, sempre foi, não se ajustam em seus grupos nem com os outros grupos, cada coisa corre para um lado numa velocidade diferente da outra, umas em curva, outras em zigue-zague, outras quicando. Caos.
Não sei como algumas coisas boas acontecem, mas coisas acontecem por sí, por uma força invisível que move a humanidade sempre em direção à sobrevivencia - sempre. Não falo de deus não!
Assim como nossos filhos pedem um laptop novinho, carézimo no dia em que estamos estourados no banco e no cartão, batemos o carro e fomos multados, o ministro da defesa chuta a canela de todo mundo, na maior inocência, como se não fosse mais certo, ele, ler O Principe de Maquiavél, colocar a ministra fraquinha num avião e fazê-la pousar num pouso forçado no centro da amazônia, perto do nada, para lá ficar por alguns anos enquanto o ministro públicamente lamentava a perda da colega - seria um grande serviço à nação, poupava a presidente de perder um ministro importante e de ter que agir como um pai que tem que negar o obvio a um filho que não se toca.
Agora vai o ministro embora e ficamos nós com a ministra fraquinha, sem hipocresias - a coisa escancarou e fim, no papel de otários por saberem (?) que nós sabiamos que ela tocava mal na bandinha e nada faziamos.
Fica assim exposta a nossa covardia nacional, a nossa pouca atenção ao que é nosso de fato e nossa eterna falta de responsabilidade para com o futuro coletivo deste pedaço confuso de mundo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

NAVEGAR NÃO É PRECISO NEM É COMIGO.



Atraido que sou por veleiros, embora não ouse entrar em um pois jurei que nunca mais saio de terra firme, me deleitei com um filme do Kelvin Costner chamada "Carta de amor" passado na Carolina do Norte ou do Sul, vilarejo de pescadores, o personagem construindo um barco e aquele clima de beira mar em local frio de mar revolto.
O filme é legal mas mais legal é ver o cara reformando e construindo barcos, o clima todo que envolve o mundo nautico.
Sempre gostei de desenhar perfis de barcos e já fiz algumas maquetes, e estou sempre tentado a iniciar uma peça cada vez maior.
É estranho, mas gosto apenas dos modelinhos, dos brinquedos e desprezo os em tamanho real.
Material náutico também é algo apaixonante, adoro ver catalógos de peças e suas utilidades bem como cartas nauticas, tudo sem sair de terra.
Certamente eu seria um bom construtor de barcos de verdade.
Este é o ponto, gosto de construir, lidar com madeira e vernizes, instalar peças e acessórios, nada de onda, maresia ou coletes salva-vidas, só prancheta, martelo, formão e pincel.

SOMOS



Somos sem duvida a soma de nossas escolhas, bem ou mal feitas.
Mas ao longo de muitos anos praticando escolhas parece-me que ficamos meio alienados de nós mesmos, ou meio que mal informados a nosso respeito.
Eu vivo sendo lembrado para novos trabalhos e empregos.
Sinal de que minhas escolhas profissionais foram relativamente corretas, sinal também de que eu tenho qualidade final em meu trabalho, no mínimo me diferencio dos demais concorrentes, não percebo essa qualidade toda em mim, mas os outros percebem.
Batemos ai na questão da auto-estima ou na simples modestia descalibrada.
Nos últimos tempos tenho me lixado para prazos e me aplicado na qualidade total e absoluta, tornei-me milimétrico, perfeccionista ao extremo e não muito preocupado em pagar as contas... pareceu-me loucura a algum tempo, mas hoje colho bons resultados desse mergulho na perfeição.
Numa fase de mão-de-obra escassa e de correrias e falta de qualidade, meu trabalho passou a gritar, piscar e ofuscar os demais - modéstia à parte.
Somos sem duvida a soma de nossas escolhas, e neste momento de afobações escolhi certo, escolhi qualidade e me destaquei.
Mas vou pagar um preço, vou trabalhar muito mais horas, vou trabalhar longe de casa, vou ter menos tempo para caminhar pelas estradinhas nas manhãs ensolaradas, por este aspecto fiz escolha errada.
Mas não existe a escolha perfeita, a que nos agrada completamente.
E não se pode fugir delas.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

RAPIDAMENTE

O povo resolveu infernizar a vida do Ricardo Teixeira - da CBF.
Querem uma Copa do Mundo para o povo - todo mundo com direito a ir aos estádios.
Primeiro demoram séculos prá notar que o cara passou da hora no cargo.
Depois querem apenas que todos os 190 milhões de brasileiros assistam ao vivo os jogos da Copa.


Acho que se nossa Presidenta continuar batendo de frente com o povo do Ministério dos Transportes, logo logo teremos uma ex-presidenta, talvez até defunta.

Vai ter também uma guerra contra o Ministério da Agricultura que jácomeça a pipocar... vai ser um inferno a vida dela.

PAI E PAI


Vi no Fantástico um entrevista, que deve ser antiga, com a pai da Amy Winehouse e achei-o uma pessoal normal e digna.
Anos luz de diferença do pai de Michael Jackson que usou o filho na infancia, na carreira e no pós morte.
Quando o pai de Jackson veio no Faustão divulgar um livro sobre a morte do filho,logo a pós a morte do mesmo, o minimo que deu pra sentir foi asco do cara.
Vi uma mini série, certa vez, que mostrava o tirano que o cara era e o oportunista que sempre foi.
Já o pai da Amy, um taxista que agora tentava ser cantor, pareceu-me um pai normal que não soube lidar com os problemas da filha. Achei-o bastente humano, real e próximo a outros pais que conheci.