PENSANDO

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sábado, 19 de setembro de 2009

MARA E DIONE


Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso e vindo do interior.
Eis que reencontro a Mara Silvia, depois de, vejamos... 32 anos. Um bocado de tempo.
Como sempre o papo segue como se nunca tivesse parado, 32 anos não foram nada, ela continua sendo a Mara.
Feitas as primeiras atualizações e relatórios sobre o que fizemos nesse tempo todo e sobre o que estamos fazendo da vida, sobrou palavras prá perguntar da Dione, que eu gostava tanto e se perdeu da gente pelo mundo, prá lembrar que a gente descia a Avenida Caminho do Mar cantando as músicas do Belchior. Amávamos aquelas músicas dele, e por coincidencia ele entrou na mídia por ter sumido e eu por isso fui buscar em minha adega transformada em depósito de coisas boas o disco dele. Ouvi, adorei, estão atualissimos e a onda metal me trouxe a Mara.
A Mara foi um pessoa que passou de forma muito alegre em minha vida.
Atrevida, esperta, compenetrada.
Lembro muito dela na campanha eleitoral que fizemos prum certo vereador pilantra prá caramba. Ela era o centro, sabia cativar, envolver e tinha um sorriso avassalador.
Andávamos muito juntos, nem sei qual era nossa afinidade, mas a gente andou um tempo juntos fazendo coisas ligadas à escola e um porrada de coisas de nossa idade. Mas cantávamos com alegria aquilo tudo que o Belchior escrevia, fomos ver um show dele em Santo André e vimos que o cara era fera mesmo.
A Dione foi uma paixão minha e teve encontros e desencontros. Ficou com uma ótima imagem em minha lembrança. Negra, linda, inteligente, meio timida, uma família muito legal e era tanta areia pro meu caminhãozinho que eu perdi a cabeça e não soube lidar. Como dizem eu poderia ter dados muitas viagens, mas não soube fracionar o tamanho do sentimento.
Mas a Mara esta de volta, estaremos reconstruindo nossa amizade e acho que quando for me reencontrar com ela vou levar as letras das musicas do Belchior prá ver se ela ainda gosta de cantar junto comigo.

5 comentários:

Francisco disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Francisco disse...

Gostei deste seu artigo, pois também me fez retornar a minha adolescencia, pois também curtia Belchior e outros da época. Gostei muito deste flash back, e tal como você também tive a minha Dione na vida que no meu caso era Regina, mas como a sua Dione era também negra, linda, inteligente e também tímida,e talvez devido a falta de experiência e tal como você, era muita areia p/meu caminhão e também não soube fracioanar os meus sentimentos, e ficou somente uma ótima lembrança. Onde andará Regina hoje, soube que mudou para o exterior.
abçs

Família Meneghel disse...

Francisco
Fiquei feliz de saber que vc viveu o mesmo que eu. Acho quer realmente as vidas das pessoas se parecem muito, acho que existe um numero reduzido de eventos, de atitudes, de acertos e erros. Na verdade todos nos parecemos muito.
Espero que um dia vc tenha a felicidade de reencontrar seus amigos como eu tenho feito com grande sorte.
Um forte abraço em vc.

Mary Joe disse...

Também gostei muito. Gosto da celebração ao passado que é encontrarmos velhos amigos.

Lembro de uma frase do filme "A partilha" que sempre me acompanha vida afora.

E diz mais ou menos o seguinte: no livro da vida, as primeiras páginas foram escritas em comum. Então, reencontrar essas pessoas é como se voltássemos de alguma forma a ver esse livro e a retomar sua escrita conjunta. Com novas páginas.

Parabéns Vitório por reencontrar pessoas legais e por nos brindar com esse texto tão bacana.
Beijo carinhoso
Mary Joe

Família Meneghel disse...

MaRy JoE
Eu pensava que não havia vivido intensamente as minhas relações com os amigos das varias épocas.
Mas sempre que reencontro alguém sinto o quanto fui fundo em muitas amizades e quantas lembranças deixei.
Eu pensava até a pouco tempo que a grama do outro lado da cerca era mais gostosa.
ab~çs.