A coerência maltrata a alma.
Eu tenho uma trajetória sinuosa, mas é solida em muitos pontos. Acho com muita convicção, e isso é muito gostoso. Diferente de se achar por achar eu acho depois de ter vivido e experimentado. Mas não é uma coisa de causar espanto. Eu fui atravessando minhas fases, pulando algumas e depois voltando atrás. Isso foi confuso prá mim também, mas com o tempo pude observar que aquilo tudo que vivi formava um conjunto, mas não um conjunto harmonico, estava mais prá um banco de dados de onde todas as informações eram válidas mas só algumas me eram úteis ou davam sustentação aos meus sentimentos mais atuais.
Escrevendo minha lembranças no blog pude notar, prá meu espanto, que tive uma vida muito mais repleta do que me parecia ter sido. Um ou dois anos atrás acharia que minha vida tinha sido inferior a de muitas outras pessoas que conheci, mas depois de contabilizar as coisas percebo que tenho validado minha existência por aqui. Mas a coerência não é notada mesmo como me fez perceber a MaRy JoE. Acho que isso se deve á falta de ordem cronológica das coisas que conto e também porque algumas boas histórias só se tornam boas quando contadas na hora certa. Dai causam mais impacto e até prá mim ganham um brilho melhor. Outro fator de enorme risco é sintetizar demais os fatos prá tornar a leitura mais agradável aos seguidores e visitantes.
Sempre acabo dano amostra grátis apenas, e com isso fica vendido o gato pela lebre.
Mas alguns aprofundamentos que prometo virão, irão dar mais vida a certos acontecimentos e acredito que me darão alguma coerência, coerência essa que eu também sinto falta as vezes.
PS. Agradeço muito a todos que comentam minhas postagens e gostaria de poder estreitar com todos minha amizade. Quem puder me escreva em:
vitorioborella@gmail.com e assim nos conhecermos melhor.
Um abração pro Arqui, Sel, Creuzitaprimita, MaRy JoE, Francisco, Andréa, Tata, Léo, França, Rodrigo, Babette, Galateia, Elcio, Moncola, e tantos outros que sempre me alegram com seus comentários.
PENSANDO
sábado, 31 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
BAGAGEM
Você pode viver uma vida inteira e nunca adquirir a bagagem certa. Bagagem é uma coisa muito complexa. Você vai acumulando uma serie de experiências, vai tomando conhecimento das coisas, vai aprendendo o significado de algumas palavras importantes, aprende a gostar de um tipo de musica e passa a saber tudo sobre alguns artistas e muitas letras de musicas, passa a saber como fazer um bocado de coisas, o ponto de algumas comidas, os truques pra consertar coisas e situações, as artimanhas que usam com você já não são mais segredos e você detecta uma mentira ou artificialidade de longe, também passa a entender claramente o significado de vários sentimentos bons e de atitudes que toma a seu favor, troca a marcha do carro sem pensar, toma decisões corretas sem sofrer e corrige as coisas e os filhos de forma tão natural que nem percebe que esta fazendo, escapa das armadilhas da paixão e das bajulações, aprende a dizer não sem sofrer, pode entrar em qualquer roda de amigos ou de estranhos e do meio do assunto em diante demonstrar toda a familiaridade e conhecimento dele, fala facilmente com estranhos na rua e entende outras línguas, sabe sobre quem estão falando, entende o significado real de uma noticia, sabe se vai chover ou parar de chover, qual a fruta que vai ser colocada a venda e se é hora de podar tal e tal planta. Isso é bagagem. Se o programa de final se semana prolongado falhar você fica e se diverte ainda mais gastando menos, não teme a solidão nem as multidões, sua casa tem tudo o que você precisa prá se divertir ou pra ir prá cozinha de surpresa, você entende os pequenos sinais que as pessoas de sua casa te dão, gosta dessas pessoas e tem chavões deliciosos em comum. Você não presisa de ninguém mais para ser feliz.
Bagagem é bastar-se.
Bagagem é bastar-se.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
E PORQUE NÃO APENAS A MENSAGEM?
Um pastor iniciou sua pregação no domingo fazendo perguntas as fieis.
Ele perguntou:
- Vocês sentem em vocês a necessidade do amor ao próximo?
Todos responderam a plenos pulmões:
- Sim!
- Vocês acreditam na igualdade entre as pessoas?
- Sim!
- Vocês acreditam que entendem a mensagem de Cristo de dar a outra face?
- Sim!
- Vocês tem dentre de si a compreensão de que o que fazemos aos outros estamos fazendo a nós mesmos, tem essa convicção?
- Sim!
- Então, porra, porque vocês saem como loucos depois do culto e quase se matam prá passar primeiro pelo portão com seus carros?
Falo com muita tranquilidade sobre meu ateísmo.
Vivenciei as religiões e sei que há dentro das igrejas na hora das missas, cultos, reuniões, seções e seja lá como for que chamem, uma clima de muita cordialidade e apreciação entre as pessoas.
Pois isso me agrada, mas não os dogmas e os ritos.
Participaria de algo que fosse apenas o encontro sincero das pessoas para mostrar que estão juntas, unidas e solidárias, mas não para fingir que sou bom e em seguida sair ignorando o cara do banco ao lado.
Vivenciei este bem estar, mas isso era apenas uma parte da coisa, a outra era ter que ter fé em algo que realmente não acredito.
E por incrível que pareça a questão dá fé esta muito bem colocada num filme patético e inferior chamado O guia do mochileiro das Galáxias. Lá se explica que Deus não oferece provas de sua existência porque suas existência é baseada na fé e não nas provas, e a fé não pode prescindir de provas. Pois é, não tenho fé, preciso de provas.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
MARCHA SOLDADO...
Eu não queria ir, mas não havia opção, chegava minha idade de alistamento.
Foi aquela rotina de sempre, fila na madrugada, longa espera, burocracia e data para voltar e iniciar um lotérico processo seletivo.
Depois de voltas e esperas que levaram meses e testes e exames médicos coletivos, um belo dia estamos em fila aleatória por ordem de chegada o Robson, o Zé Carlos e eu. Havia uma mesinha onde um soldado carimbava a ficha da gente, e como todo mundo só contava mentiras e pregava peças ninguém sabia se era verdade ou não que aquele era o dia em que saberíamos se iríamos servir ao Exercito ou não. O Robson teve sua ficha carimbada e virou-se para nós fechando um dos olhos com um sorriso muito amarelo no rosto, em seguida o Zé Carlos virou-se pálido para nós, depois eu ouvi o barulho do carimbo e a frase: Dia tal, 6 horas da manhã, aqui com o cabelo cortado e barba feita.
Estavamos dentro...
No principio achávamos que era uma gelada. Voltamos prá casa no Corcel amarelo do Robson em profundo silêncio e sem saber o que seria de nós.
Marcamos o dia para cortar o cabelo juntos, escolhemos o barbeiro que cortava o meu cabelo no quarteirão onde eu morava, 6 da tarde depois que todos saímos do trabalho. Debaixo de urros e vaias eu fui o primeiro. No dia seguinte levantar 5 da manhã e as 6 horas mais perdidos que não sei o quê e apavorados pisamos pela primeira vez no quartel na condição de soldados do Exército Brasileiro. No dia seguinte recebemos o fardamento e os coturnos. Na manhã seguinte andavamos feito uns deformados com aquelas botinas enormes, duras e absurdamente pesadas.
Quem não deixou absolutamente brilhante o seu par já entrou pelo cano no primeiro dia. Era dureza, tinha que fazer a barba de madrugada porque se ela despontasse já dava encrenca.
Veio a primeira guarda, ou seja ficar no quartel vigiando não sabiamos o que, eu e o Robson em pleno Carnaval. Neste dia resolvemos arrepiar queríamos mandar e muito. Nos inscrevemos no curso de Cabo. Ralamos, treinamos e dois meses depois recebíamos nossas divisas em nossa primeira promoção. Eu com um honroso 2º lugar na prova escrita atrás apenas do Cabo Ogawa e em primeiro no comando de ordem unida ( comandar as tropas em marcha ). Na prova de armamento ( desmontar e montar uma arma e reconhecer cada peça ) tirei nota máxima mas achei que todo mundo foi bem também, só um aspirante foi reprovado e não foi promovido.
Mas a maior surpresa foi que eu seria em seguida promovido novamente, agora para xerife, ou seja, o cabo que colocava os cabos em ordem para apresenta-los ao comando. E mais, aos Sábados meu sargento não vinha ao quartel então eu recebia o comando da Segunda turma, 120 soldados, diretamente do Sub-Tenente, e antes das 3ª a 5ª turmas que era passadas para sargentos. Em seguida fui dispensado das guardas, ou seja eu não precisava mais dormir no quartel a cada mês, e transferido para o serviço burocrático. Virei patrão. Conquistei a amizade de meu sargento, o maravilho Mario Ribeiro 1º Sargento e um dos melhores amigos que já tive na vida, saiamos para beber, para ir em bailes, eu morria de rir das piadas e micagens dele. Ele era muito engraçado e todos invejavam nossa turma por termos um homem assim nos instruindo, na verdade ele cursava Odontologia na USP e não tinha muito tempo prá gente.
Nossa turma era boa, a gente trabalhava direitinho mas olhando de fora parecia uma zona.
O tempo passou rápido, peguei fama de ruim, mas no exercito ou você esta de um lado ou do outro, ou faz certo ou toma porrada. Integrei a equipe que foi campeã de tiro embora eu tenha contribuído para piorar a média da equipe. Um Sábado fui chamado pelo sub-tenente para assumir o comando do quartel porque ele ia sair para almoçar com os sargentos, eles dobraram a esquina e um carro desgovernado invadiu o quartel indo parar no meio na quadra de futebol.
Tava armado o circo, não acreditei naquele azar. Foi um rolo, o motorista tava muito nervoso achando que eu ia manda-lo prá cadeia por ter feito aquilo, tivemos que chamar a polícia prá fazer BO e o cara jurou por Deus que ele mesmo ia reparar tudo. O cara tava tão apavorado que ralou o Domindo todo com os amigos e na Segunda tava tudo novinho em folha, mureta, alambrados e pinturas.
Rolou de alguns amigos serem expulsos por indiciplina ou faltas ( um deles seria mandado para servir na amazônia e se tornaria Dragão da Independência e faria a Guarda pessoal do General que era o Presidente da República), eu fazendo muitas amizades, meus patrões prometendo me demitir no dia quer eu desse baixa e o tempo correndo como louco.
Provas finais, marcha de 20 e tantos quilometros, um dos momentos mais gostoso de minha vida, e enfim a festa de despedida. Parentes, lágrimas, muita, mas muita tristeza e duas surpresas: Um consagrador diploma de melhor Cabo e continência em posição de sentido e aplauso dos quase 450 colegas e mais outros 1000 e tantos convidados incluindo o prefeito da cidade e um convite para continuar trabalhando no quartel a serviço do Exército como civil contratado pela prefeitura, vaga que agradeci mas recusei.
No inicio morri de medo de entrar, não me achava capaz, fiz tudo certinho e sai com o numero 1.
No dia seguinte perdi meu emprego que eu gostava tanto e onde estava já a 7 anos, ironia ter reciusado um emprego no dia anterior, mas o salário era muito baixo mas consegui um de vendedor de cine-foto-som que foi um dos períodos profissionais mais deliciosos de minha vida.
Poucos anos depois o Sargento Mario Ribeiro morreu em um acidente aéreo no Mato Grosso.
20 anos depois tentamos nos reencontrar mas não tivemos sucesso. Hoje faço parte apenas da comunidade do Quartel no Orkut, mas é tudo muito disperso.
Servi durante o regime militar, na época o Coronel Erasmo Dias saiu as ruas em perseguição aos estudantes da PUC e achavamos que ia dar merda, não deu. Conheci dentro do exército uma família totalmente afetuosa e respeitosa, onde todos eram tratados com rigor e dignidade, onde os de bem eram contemplados e os malandros punidos. Não havia sargento bobo e eu nunca vi ou ouvi dizer de nenhuma injustiça. O filho do vice prefeito era meu subordinado e ninguém lá sabia quem era rico ou pobre, todos eramos iguais, absolutamente, havia um senso de justiça profunda. Foi a minha passagem de adolescente para homem. Devo isso a eles.
Por 5 anos voltei, não ao quartel mas à junta para carimbar a reservista e lamentava estar fora daquilo. Como lamentei também não ter comprado minha farda para guarda-la.
Foi aquela rotina de sempre, fila na madrugada, longa espera, burocracia e data para voltar e iniciar um lotérico processo seletivo.
Depois de voltas e esperas que levaram meses e testes e exames médicos coletivos, um belo dia estamos em fila aleatória por ordem de chegada o Robson, o Zé Carlos e eu. Havia uma mesinha onde um soldado carimbava a ficha da gente, e como todo mundo só contava mentiras e pregava peças ninguém sabia se era verdade ou não que aquele era o dia em que saberíamos se iríamos servir ao Exercito ou não. O Robson teve sua ficha carimbada e virou-se para nós fechando um dos olhos com um sorriso muito amarelo no rosto, em seguida o Zé Carlos virou-se pálido para nós, depois eu ouvi o barulho do carimbo e a frase: Dia tal, 6 horas da manhã, aqui com o cabelo cortado e barba feita.
Estavamos dentro...
No principio achávamos que era uma gelada. Voltamos prá casa no Corcel amarelo do Robson em profundo silêncio e sem saber o que seria de nós.
Marcamos o dia para cortar o cabelo juntos, escolhemos o barbeiro que cortava o meu cabelo no quarteirão onde eu morava, 6 da tarde depois que todos saímos do trabalho. Debaixo de urros e vaias eu fui o primeiro. No dia seguinte levantar 5 da manhã e as 6 horas mais perdidos que não sei o quê e apavorados pisamos pela primeira vez no quartel na condição de soldados do Exército Brasileiro. No dia seguinte recebemos o fardamento e os coturnos. Na manhã seguinte andavamos feito uns deformados com aquelas botinas enormes, duras e absurdamente pesadas.
Quem não deixou absolutamente brilhante o seu par já entrou pelo cano no primeiro dia. Era dureza, tinha que fazer a barba de madrugada porque se ela despontasse já dava encrenca.
Veio a primeira guarda, ou seja ficar no quartel vigiando não sabiamos o que, eu e o Robson em pleno Carnaval. Neste dia resolvemos arrepiar queríamos mandar e muito. Nos inscrevemos no curso de Cabo. Ralamos, treinamos e dois meses depois recebíamos nossas divisas em nossa primeira promoção. Eu com um honroso 2º lugar na prova escrita atrás apenas do Cabo Ogawa e em primeiro no comando de ordem unida ( comandar as tropas em marcha ). Na prova de armamento ( desmontar e montar uma arma e reconhecer cada peça ) tirei nota máxima mas achei que todo mundo foi bem também, só um aspirante foi reprovado e não foi promovido.
Mas a maior surpresa foi que eu seria em seguida promovido novamente, agora para xerife, ou seja, o cabo que colocava os cabos em ordem para apresenta-los ao comando. E mais, aos Sábados meu sargento não vinha ao quartel então eu recebia o comando da Segunda turma, 120 soldados, diretamente do Sub-Tenente, e antes das 3ª a 5ª turmas que era passadas para sargentos. Em seguida fui dispensado das guardas, ou seja eu não precisava mais dormir no quartel a cada mês, e transferido para o serviço burocrático. Virei patrão. Conquistei a amizade de meu sargento, o maravilho Mario Ribeiro 1º Sargento e um dos melhores amigos que já tive na vida, saiamos para beber, para ir em bailes, eu morria de rir das piadas e micagens dele. Ele era muito engraçado e todos invejavam nossa turma por termos um homem assim nos instruindo, na verdade ele cursava Odontologia na USP e não tinha muito tempo prá gente.
Nossa turma era boa, a gente trabalhava direitinho mas olhando de fora parecia uma zona.
O tempo passou rápido, peguei fama de ruim, mas no exercito ou você esta de um lado ou do outro, ou faz certo ou toma porrada. Integrei a equipe que foi campeã de tiro embora eu tenha contribuído para piorar a média da equipe. Um Sábado fui chamado pelo sub-tenente para assumir o comando do quartel porque ele ia sair para almoçar com os sargentos, eles dobraram a esquina e um carro desgovernado invadiu o quartel indo parar no meio na quadra de futebol.
Tava armado o circo, não acreditei naquele azar. Foi um rolo, o motorista tava muito nervoso achando que eu ia manda-lo prá cadeia por ter feito aquilo, tivemos que chamar a polícia prá fazer BO e o cara jurou por Deus que ele mesmo ia reparar tudo. O cara tava tão apavorado que ralou o Domindo todo com os amigos e na Segunda tava tudo novinho em folha, mureta, alambrados e pinturas.
Rolou de alguns amigos serem expulsos por indiciplina ou faltas ( um deles seria mandado para servir na amazônia e se tornaria Dragão da Independência e faria a Guarda pessoal do General que era o Presidente da República), eu fazendo muitas amizades, meus patrões prometendo me demitir no dia quer eu desse baixa e o tempo correndo como louco.
Provas finais, marcha de 20 e tantos quilometros, um dos momentos mais gostoso de minha vida, e enfim a festa de despedida. Parentes, lágrimas, muita, mas muita tristeza e duas surpresas: Um consagrador diploma de melhor Cabo e continência em posição de sentido e aplauso dos quase 450 colegas e mais outros 1000 e tantos convidados incluindo o prefeito da cidade e um convite para continuar trabalhando no quartel a serviço do Exército como civil contratado pela prefeitura, vaga que agradeci mas recusei.
No inicio morri de medo de entrar, não me achava capaz, fiz tudo certinho e sai com o numero 1.
No dia seguinte perdi meu emprego que eu gostava tanto e onde estava já a 7 anos, ironia ter reciusado um emprego no dia anterior, mas o salário era muito baixo mas consegui um de vendedor de cine-foto-som que foi um dos períodos profissionais mais deliciosos de minha vida.
Poucos anos depois o Sargento Mario Ribeiro morreu em um acidente aéreo no Mato Grosso.
20 anos depois tentamos nos reencontrar mas não tivemos sucesso. Hoje faço parte apenas da comunidade do Quartel no Orkut, mas é tudo muito disperso.
Servi durante o regime militar, na época o Coronel Erasmo Dias saiu as ruas em perseguição aos estudantes da PUC e achavamos que ia dar merda, não deu. Conheci dentro do exército uma família totalmente afetuosa e respeitosa, onde todos eram tratados com rigor e dignidade, onde os de bem eram contemplados e os malandros punidos. Não havia sargento bobo e eu nunca vi ou ouvi dizer de nenhuma injustiça. O filho do vice prefeito era meu subordinado e ninguém lá sabia quem era rico ou pobre, todos eramos iguais, absolutamente, havia um senso de justiça profunda. Foi a minha passagem de adolescente para homem. Devo isso a eles.
Por 5 anos voltei, não ao quartel mas à junta para carimbar a reservista e lamentava estar fora daquilo. Como lamentei também não ter comprado minha farda para guarda-la.
sábado, 24 de outubro de 2009
POSTO QUE...
...ninguém é perfeito, podemos falar então sobre o tolerável, o intolerável, o apreciável, o desejável e o reconhecível.
O reconhecivel é meu estado neste momento.
Busco valorizar nas pessoas aquilo que elas tem de relevante em relação a superar adversidades.
Gosto de gente que sabe contornar problemas, encara-los apenas como questões do dia a dia e não como razões para choramingar e estragar o dias dos outros.
Falava dia desses sobre isso, sobre como é bom alguém participar com a gente de forma serena na superação de uma questão.
Se o pneu fura num dia de chuva, numa rua de barro, vai ter que ser trocado enquanto contamos piadas e minimizamos os efeitos da sujeira em que estamos nos metendo, e só.
É um peso a menos não ter que além de enfrentar o dano ter que consolar pessoas inconsoláveis que não usam contrariedades para aprender uma outra forma de viver.
O reconhecivel é meu estado neste momento.
Busco valorizar nas pessoas aquilo que elas tem de relevante em relação a superar adversidades.
Gosto de gente que sabe contornar problemas, encara-los apenas como questões do dia a dia e não como razões para choramingar e estragar o dias dos outros.
Falava dia desses sobre isso, sobre como é bom alguém participar com a gente de forma serena na superação de uma questão.
Se o pneu fura num dia de chuva, numa rua de barro, vai ter que ser trocado enquanto contamos piadas e minimizamos os efeitos da sujeira em que estamos nos metendo, e só.
É um peso a menos não ter que além de enfrentar o dano ter que consolar pessoas inconsoláveis que não usam contrariedades para aprender uma outra forma de viver.
PROVOCAÇÕES
Eu sempre fui amigo.
Nunca provoquei, mas fui sempre muito provocado, até porque a passividade estimula isso nos outros, tornamo-nos aparentemente mais fáceis de humilhar.
Mas minha filha estava no MSN com uma amiga de uma séria acima dela na escola.
Não precisavam estar no MSN mas estavam uma dizendo, de brincadeira, que a série da outra é isso ou aquilo, sempre de forma pejorativa ou competitiva.
Dirão: usam isso para adquirir ferramentas de defesa, aprimorar o raciocínio, mostrar valores, preferências ou simplesmente para brincar de uma forma dura mas não portadora de sentimentos reais.
Eu sempre fui cordial, nunca fui ironico com meus colegas e nunca fui de tratar por apelidos, principalmente aqueles pejorativos e nunca, absolutamente nunca por aqueles que definiam uma caracteristica física, como : baixinho, gordinha, sardento, magrelo e por ai vai.
Joguei limpo. Valorizei as amizades, nunca tive iniciativas para provocar, nunca entendi a gratuidade das coisas.
Mas fui minoria. Nadei contra a corrente, não fiquei fora dela, sempre fui muito apelidado, provocado e diria que até humilhado, mas sobrevivi e não me tornei um igual.
Portanto venci.
Nunca provoquei, mas fui sempre muito provocado, até porque a passividade estimula isso nos outros, tornamo-nos aparentemente mais fáceis de humilhar.
Mas minha filha estava no MSN com uma amiga de uma séria acima dela na escola.
Não precisavam estar no MSN mas estavam uma dizendo, de brincadeira, que a série da outra é isso ou aquilo, sempre de forma pejorativa ou competitiva.
Dirão: usam isso para adquirir ferramentas de defesa, aprimorar o raciocínio, mostrar valores, preferências ou simplesmente para brincar de uma forma dura mas não portadora de sentimentos reais.
Eu sempre fui cordial, nunca fui ironico com meus colegas e nunca fui de tratar por apelidos, principalmente aqueles pejorativos e nunca, absolutamente nunca por aqueles que definiam uma caracteristica física, como : baixinho, gordinha, sardento, magrelo e por ai vai.
Joguei limpo. Valorizei as amizades, nunca tive iniciativas para provocar, nunca entendi a gratuidade das coisas.
Mas fui minoria. Nadei contra a corrente, não fiquei fora dela, sempre fui muito apelidado, provocado e diria que até humilhado, mas sobrevivi e não me tornei um igual.
Portanto venci.
O PRAZER DE LIDAR.
Lidar com materiais e ferramentas é algo me que seduz absolutamente.
Meu espírito de colecionador de ferramentas, de aperfeiçoador de ferramentas e gabaritos e de pesquisador de novos matérias e novas aplicações para os antigos não perdem o valor em mim. Não me canso disso. Eu poderia ser um pouco mais organizado e frequente, mas acho que chegarei a isso mais adiante em minha vida. Neste momento gosto de oficinas e estúdios meio bagunçados e com um pouco de poeira e pelos de gato. Um dia será impecavelmente limpo e tudo organizado e etiquetado, e se possível com um assistente.
Ter ferramentas e preserva-las é algo que esta em algumas pessoas de minha família.
Essa herança de habito e a herança de ferramentas físicas que ficam é o ponto chave da questão. Minha família sempre teve artesãos, artistas e pessoas ligadas em manipular materiais e obter artefatos.
Eu coleciono ferramentas e guardo restos de materiais até o dia da faxinona, quando vejo pela memória que aquele material já esta a muito parado e prá ele não me vem nenhuma ideia de usos. Mas nada deveria ser descartado, tudo poderia virar parte de uma colagem.
Faltariam paredes para se pendurar tantas obras.
Mas o tempo deixa de existir quando estou absorvido pelas ferramentas e materiais.
Tem duas coisas que fazem com que eu não me interesse por uma pessoa:
1) Uma pessoa que não tem livros em casa, e/ou;
2) Uma pessoa que não tem boas ferramentas ( servem utensilios de cozinha, darei uma chance ). Pronto, falei!
Meu espírito de colecionador de ferramentas, de aperfeiçoador de ferramentas e gabaritos e de pesquisador de novos matérias e novas aplicações para os antigos não perdem o valor em mim. Não me canso disso. Eu poderia ser um pouco mais organizado e frequente, mas acho que chegarei a isso mais adiante em minha vida. Neste momento gosto de oficinas e estúdios meio bagunçados e com um pouco de poeira e pelos de gato. Um dia será impecavelmente limpo e tudo organizado e etiquetado, e se possível com um assistente.
Ter ferramentas e preserva-las é algo que esta em algumas pessoas de minha família.
Essa herança de habito e a herança de ferramentas físicas que ficam é o ponto chave da questão. Minha família sempre teve artesãos, artistas e pessoas ligadas em manipular materiais e obter artefatos.
Eu coleciono ferramentas e guardo restos de materiais até o dia da faxinona, quando vejo pela memória que aquele material já esta a muito parado e prá ele não me vem nenhuma ideia de usos. Mas nada deveria ser descartado, tudo poderia virar parte de uma colagem.
Faltariam paredes para se pendurar tantas obras.
Mas o tempo deixa de existir quando estou absorvido pelas ferramentas e materiais.
Tem duas coisas que fazem com que eu não me interesse por uma pessoa:
1) Uma pessoa que não tem livros em casa, e/ou;
2) Uma pessoa que não tem boas ferramentas ( servem utensilios de cozinha, darei uma chance ). Pronto, falei!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
SiSENOR - ALIBRIGE
SiSENOR - ROCK BAR MEXICANO
Inaugurou Terça-feira dia 20 de Outubro o Rock Bar SiSenor de Santo André-SP.
Nele trabalhei entre Junho e inicio de Outubro, onde fiz 4 painéis com temas mexicanos somando 20 metros quadrados, 4 esculturas de Alibriges ( híbridos de tudo quando é bico real ou imaginário ) duas pequenas esculturas e uma escultura de uma caveira em tamanho natural. Na primeira foto: Eu diante do terceiro painel da das caveiras. Na segunda foto: O segundo painel com as caveiras indo ao bar para o casamento numa possante moto HD. Na terceira foto: O painel do jardim de inverso para os clientes serem fotografados como mariatis e na última foto a caveira em tamanho natural sentada no balcão do bar.
Fica na Rua das Figueiras esquina com Castanheiras, Bairro Jardim - Santo André-SP.
Nele trabalhei entre Junho e inicio de Outubro, onde fiz 4 painéis com temas mexicanos somando 20 metros quadrados, 4 esculturas de Alibriges ( híbridos de tudo quando é bico real ou imaginário ) duas pequenas esculturas e uma escultura de uma caveira em tamanho natural. Na primeira foto: Eu diante do terceiro painel da das caveiras. Na segunda foto: O segundo painel com as caveiras indo ao bar para o casamento numa possante moto HD. Na terceira foto: O painel do jardim de inverso para os clientes serem fotografados como mariatis e na última foto a caveira em tamanho natural sentada no balcão do bar.
Fica na Rua das Figueiras esquina com Castanheiras, Bairro Jardim - Santo André-SP.
EM ANDAMENTO...
Aqui temos um trabalho meu em andamento.
Fragmento de um trabalho maior do artista Julien Dupre, estou fazendo este trabalho nas horas de entusiasmo com a pintura. Como já trabalho com pincéis e lápis ou dia todo, ter como hobby justamente a pintura é um pouco redundante, mas o meu hobby é o mesmo de minha profissão.
A passo de tartaruga vou levando este trabalho que deveria ser feito em 2 ou no máximo 3 dias honestos de trabalho e dedicação. Mas já estou nele a um mês e só dei duas pegadas honestas.
Vamos acompanhar juntos estas odisseia, porque assim o constrangimento me forçara a ser mais rápido com ele.
Acrilico sobre lona emprecada montada em bastidor de madeira de 1,35 x1,35 metros.
Fragmento de um trabalho maior do artista Julien Dupre, estou fazendo este trabalho nas horas de entusiasmo com a pintura. Como já trabalho com pincéis e lápis ou dia todo, ter como hobby justamente a pintura é um pouco redundante, mas o meu hobby é o mesmo de minha profissão.
A passo de tartaruga vou levando este trabalho que deveria ser feito em 2 ou no máximo 3 dias honestos de trabalho e dedicação. Mas já estou nele a um mês e só dei duas pegadas honestas.
Vamos acompanhar juntos estas odisseia, porque assim o constrangimento me forçara a ser mais rápido com ele.
Acrilico sobre lona emprecada montada em bastidor de madeira de 1,35 x1,35 metros.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
DIA 20 DE OUTUBRO
Já a trinta e nove anos eu acho que o dia 20 de Outubro é o meu dia favorito no ano.
Em 1970 esse foi meu primeiro dia de trabalho em uma empresa e de lá prá cá não só o dia vinte mas o próprio mês de Outubro passou a ser um mês muito diferente.
Os dias 6 e 14 de Outubro tem grandes significados também.
O dia 6 porque marcou coisas estranhas e divertidas em minha vida. Certa vez fui nesse dia ao litoral com meu primo, eu menor de idade e sem documentos, pegamos o trem em Santo André e descemos em Santos, atravessamos a zona portuária e o puteiro em plena manhã de Sábado.
Ficamos sanzando pela praia de Santos até chegarmos a São Vicente, só que na hora de voltar não me deixavam subir no onibus porque eu era menor e não tinha documentos. Terminei o dia detido no Juizado de Menores de Santos.
Nesse mesmo dia estourou uma guerra em Israel e morreu o piloto de formula 1 Françoise Cevert da equipe Tyrrel, e eu era apaixonado na época por formula 1.
O dia 14 é o dia marcado para o final do mundo, e eu que não sou místico passei a acreditar muito convenientemente que será o dia de minha morte, assim no dia 14 tomo todos os cuidados do mundo e dele em diante relaxo porque sei que tenho mais um ano pela frente para aproveitar.
Mas o dia 20 é sempre marcado por coisas boas e divertidas.
Hoje fiz ótimos negócios pela manhã, atolei meu carro e aprendi a sair de atoleiro em subida e a noite tenho uma festa legal de inauguração de uma trabalho que levei 3 meses fazendo.
Enfim, Outubro prá mim sempre promete e cumpre. Me enche de energia para o próximo período de um ano. É uma festa, um mês de boas lições e de magia.
Bom Outubro para todos.
Em 1970 esse foi meu primeiro dia de trabalho em uma empresa e de lá prá cá não só o dia vinte mas o próprio mês de Outubro passou a ser um mês muito diferente.
Os dias 6 e 14 de Outubro tem grandes significados também.
O dia 6 porque marcou coisas estranhas e divertidas em minha vida. Certa vez fui nesse dia ao litoral com meu primo, eu menor de idade e sem documentos, pegamos o trem em Santo André e descemos em Santos, atravessamos a zona portuária e o puteiro em plena manhã de Sábado.
Ficamos sanzando pela praia de Santos até chegarmos a São Vicente, só que na hora de voltar não me deixavam subir no onibus porque eu era menor e não tinha documentos. Terminei o dia detido no Juizado de Menores de Santos.
Nesse mesmo dia estourou uma guerra em Israel e morreu o piloto de formula 1 Françoise Cevert da equipe Tyrrel, e eu era apaixonado na época por formula 1.
O dia 14 é o dia marcado para o final do mundo, e eu que não sou místico passei a acreditar muito convenientemente que será o dia de minha morte, assim no dia 14 tomo todos os cuidados do mundo e dele em diante relaxo porque sei que tenho mais um ano pela frente para aproveitar.
Mas o dia 20 é sempre marcado por coisas boas e divertidas.
Hoje fiz ótimos negócios pela manhã, atolei meu carro e aprendi a sair de atoleiro em subida e a noite tenho uma festa legal de inauguração de uma trabalho que levei 3 meses fazendo.
Enfim, Outubro prá mim sempre promete e cumpre. Me enche de energia para o próximo período de um ano. É uma festa, um mês de boas lições e de magia.
Bom Outubro para todos.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
O HOMEM E A NATUREZA.
O homem sempre enfrentou a natureza.
Pouco se importou com ela, e já tomou belas bordoadas dela.
Hoje vivemos em São Paulo um fenomeno muito estranho.
A meses não vemos o sol. Não tem mais sol em São Paulo a seis meses, só temos umidade e chuva. Choveu durante todo o outono, e durante todo o inverno e já vamos completar um mês de primavera com chuva.
Mudou a vida das pessoas, as coisas estão se estragando, os humores estão estranhos e a vida e muitas tarefas estão paradas. Obras estão atrasadas e mal feitas, tem algo de muito estranho acontecendo.
Era prá termos falta de água e no entanto estamos com excesso de água, reservatórios transbordando, árvores apodrecendo, solo saturado e tudo embolorado.
Acho que entramos pelo cano com a natureza.
Melhor começar a rezar.
Pouco se importou com ela, e já tomou belas bordoadas dela.
Hoje vivemos em São Paulo um fenomeno muito estranho.
A meses não vemos o sol. Não tem mais sol em São Paulo a seis meses, só temos umidade e chuva. Choveu durante todo o outono, e durante todo o inverno e já vamos completar um mês de primavera com chuva.
Mudou a vida das pessoas, as coisas estão se estragando, os humores estão estranhos e a vida e muitas tarefas estão paradas. Obras estão atrasadas e mal feitas, tem algo de muito estranho acontecendo.
Era prá termos falta de água e no entanto estamos com excesso de água, reservatórios transbordando, árvores apodrecendo, solo saturado e tudo embolorado.
Acho que entramos pelo cano com a natureza.
Melhor começar a rezar.
PONHAM O LIXO PARA FORA.
Olhem os moços da foto.
Jovens, famosos, milionários.
E também, e sem duvida, e incontestávelmente o retrato do que é o Brasil.
O quê será que eles querem nos dizer com esses sorrisos diversos?
O da direita com uma tremenda cara de Maluf, deve estar querendo dizer: Eu só me dou bem!
O da esquerda por sua vez deve estar querendo dizer: Eu sempre me dou bem!
Não é a falta de resultados práticos em suas atividades que me incomoda.
É a maneira como eles exemplificam aos que ainda sonham como se deve ganhar o dinheiro.
Um ganha tirando o pé na reta de chegada e não se importando com a opinião do publico que paga para vê-lo nem com o exemplo que fica. Será que o filho dele já viu as imagens dele perdendo de propósito a despeito de todas as regras e ética no esporte.
E o outro, com seu completo vazio cultural, sua falsa modéstia e simpatia, seu remediamento da pobreza a lá reformas automobilisticas e residenciais entre uma e outra escolha da melhor bunda.
São jovens que se tornaram poderosos, vitoriosos em amealhar fortunas e são imagens usadas pela midia como sucesso a serem seguidos.
Exemplo completo e acabado de prêmio sem disputa, resultado sem trabalho honesto e duro.
Anti-exemplos a serem sumariamente esquecidos pela história.
Rebaixadores dos níveis aceitáveis de dignidade.
Produtores de marmeladas, farsas, feiticeiras e tiazinhas.
Mas o que incomoda é ve-los juntos, num tipo de elite intocável, felizes e rindo de nós.
O que querem dizer os sorrisos diversos?
Querem dizer: seus otários!
Jovens, famosos, milionários.
E também, e sem duvida, e incontestávelmente o retrato do que é o Brasil.
O quê será que eles querem nos dizer com esses sorrisos diversos?
O da direita com uma tremenda cara de Maluf, deve estar querendo dizer: Eu só me dou bem!
O da esquerda por sua vez deve estar querendo dizer: Eu sempre me dou bem!
Não é a falta de resultados práticos em suas atividades que me incomoda.
É a maneira como eles exemplificam aos que ainda sonham como se deve ganhar o dinheiro.
Um ganha tirando o pé na reta de chegada e não se importando com a opinião do publico que paga para vê-lo nem com o exemplo que fica. Será que o filho dele já viu as imagens dele perdendo de propósito a despeito de todas as regras e ética no esporte.
E o outro, com seu completo vazio cultural, sua falsa modéstia e simpatia, seu remediamento da pobreza a lá reformas automobilisticas e residenciais entre uma e outra escolha da melhor bunda.
São jovens que se tornaram poderosos, vitoriosos em amealhar fortunas e são imagens usadas pela midia como sucesso a serem seguidos.
Exemplo completo e acabado de prêmio sem disputa, resultado sem trabalho honesto e duro.
Anti-exemplos a serem sumariamente esquecidos pela história.
Rebaixadores dos níveis aceitáveis de dignidade.
Produtores de marmeladas, farsas, feiticeiras e tiazinhas.
Mas o que incomoda é ve-los juntos, num tipo de elite intocável, felizes e rindo de nós.
O que querem dizer os sorrisos diversos?
Querem dizer: seus otários!
terça-feira, 13 de outubro de 2009
PLANOS E TRAGÉDIAS.
Sempre que uma pessoa se envolve com outra em seguida começam a aparecer planos em comum. Quando casamos o casamento é parte de um grande plano. Mas no geral duas ou mais pessoas juntas logo começam a querer elaborar algum projeto em comum.
A maioria é coisa simples, alguns dão muito certo, muitos não saem do zero e alguns resultam em grandes discórdias e muita confusão.
Obras são os grandes planos mais comuns e também os mais catastróficos.
Conheço muita gente que acaba com o amor e abala o relacionamento quando tem uma obra entre os dois. Obras envolvem uma série de variáveis que não estão sob o controle das partes.
A primeira e mais sinistra variável é o orçamento, tudo começa com um grande sonho um pequeno orçamento e em seguida a coisa se descontrola. Nunca é possível fazer tudo com o valor inicialmente planejado. As opções são: optar por algo mais barato ou cortar o projeto, mas cortar a ideia do outro sempre. A coisa vai se desfigurando, as pretensões vão se esvaziando e o sonho virando um frustração. O resultado final não é uma explosão de satisfação e sim a contemplação do que foi possível fazer e até onde foi possível chegar. Algumas pessoas inteligentemente param de falar no assunto e se perguntadas dão evasivas, é menos penoso doque encarar que o plano não foi cumprido, que o desgaste esta ali vivo e latente e que novos planos daqui prá frente ficam desacreditados.
Não estou falando de ninguém especificamente e nem de nenhum valor. Falo de minha vivência, de relacionamentos e de saber que tanto um planinho de R$ 1.500,00 não da lá muito certo quanto um planão de R$ 1.,500.000,00 também não.
A culpa?
A culpa é do pedreiro, da chuva que não para, do material que pararam de fabricar e não compramos o suficiente, da vida social que não nos deixa tempo prá cuidar de tudo, da grana que repentinamente parou de entrar e da incapacidade que temos de repartir uma decisão, aceitar o gosto do outro e de não conseguir convencer o outro de um detalhe técnico fundamental tipo: se tirar essa coluna dai a casa cai.
A maioria é coisa simples, alguns dão muito certo, muitos não saem do zero e alguns resultam em grandes discórdias e muita confusão.
Obras são os grandes planos mais comuns e também os mais catastróficos.
Conheço muita gente que acaba com o amor e abala o relacionamento quando tem uma obra entre os dois. Obras envolvem uma série de variáveis que não estão sob o controle das partes.
A primeira e mais sinistra variável é o orçamento, tudo começa com um grande sonho um pequeno orçamento e em seguida a coisa se descontrola. Nunca é possível fazer tudo com o valor inicialmente planejado. As opções são: optar por algo mais barato ou cortar o projeto, mas cortar a ideia do outro sempre. A coisa vai se desfigurando, as pretensões vão se esvaziando e o sonho virando um frustração. O resultado final não é uma explosão de satisfação e sim a contemplação do que foi possível fazer e até onde foi possível chegar. Algumas pessoas inteligentemente param de falar no assunto e se perguntadas dão evasivas, é menos penoso doque encarar que o plano não foi cumprido, que o desgaste esta ali vivo e latente e que novos planos daqui prá frente ficam desacreditados.
Não estou falando de ninguém especificamente e nem de nenhum valor. Falo de minha vivência, de relacionamentos e de saber que tanto um planinho de R$ 1.500,00 não da lá muito certo quanto um planão de R$ 1.,500.000,00 também não.
A culpa?
A culpa é do pedreiro, da chuva que não para, do material que pararam de fabricar e não compramos o suficiente, da vida social que não nos deixa tempo prá cuidar de tudo, da grana que repentinamente parou de entrar e da incapacidade que temos de repartir uma decisão, aceitar o gosto do outro e de não conseguir convencer o outro de um detalhe técnico fundamental tipo: se tirar essa coluna dai a casa cai.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
GODFREY REGGIO
Quem não viu o filme Koyaanisqatsi de 1982, um documentário em estilo muito original, tem uma lacuna emocional muito grande na vida.
Eu assisti no cinema em 1983, e ele só passou em uma única sala de cinema aqui em São Paulo,
poucos viram, mas a dois anos estavamos numa loja comprando um presente para uma amiga quando dei de cara com o DVD double-face com Koyaanisqatsi de um lado e Powaqqtsi o segundo filme da trilogia de documentário concebida e dirigida pelo norte-americano nascido em 1949 em New Orleans e que depois fez apenas mais três filmes também documentários. Bem, eu tenho o DVD, assisto quase sempre e acho que prá algumas pessoas estou falando algo absolutamente inteligível. Os documentários fazem um mergulho profundo e radical, além de visionário e antecipado da presença do ser humano neste planeta, algumas sequências são alucinogénas e deixam você tão grudado na tela que você sente uma tremenda corrente eletrica passando por seu corpo e o fantástico é que ele consegue mexer fisicamente com todos que assistem.
A música é de Phillipe Glass que é um craque absoluto na composição de trilhas cinematográficas. A união de imagens, músicas e micro histórias deduzíveis pelas expressões dos personagens reais que são mostrados numa velocidade alucinante, tão alucinante que me arrisco a dizer que em algumas sequencias são mostradas 100 ou 500 imagens em meros 15 segundos.
Por vezes a musica é lenta com imagens muito aceleradas, tipo 24 horas em 30 segundos, ou o oposto mostrando em camera lenta com música minimalista aceleradissima. É uma experiência cinematográfica única. Depois de ter visto este filme uma dúzia de vezes revi-o em tela grande com som de 1º mundo no sábado para um publico muito qualificado, e o resultado foi excelente.
E gostoso curtir junto com outras pessoas uma experiência alucinante como essa.
Esse filme mudou minha forma de ver a vida urbana e eu me mudei para Paraty grandemente influenciado por ele. Ele mostra como fazemos mal uso do planeta, de nosso tempo e como as cidades são um caos que vai sendo absorvido de forma não percebida pelas pessoas.
A vida mecanizada das grandes cidades fica escancarada e você se sente realmente mexido por tudo aquilo.
Durante as quase duas horas de filme não é dito nenhuma palavra, apenas no final aparecem legendas traduzindo o significado do nome do filme, algo assim como " Mundo em caos, e em busca de uma nova forma de ordenação" em um dialeto africano.
Acredito que na Saravai.Com possa ser encontrado o DVD com os dois primeiros filmes, pois eu comprei o meu na Saraiva do Shopping Ibirapuera.
Eu assisti no cinema em 1983, e ele só passou em uma única sala de cinema aqui em São Paulo,
poucos viram, mas a dois anos estavamos numa loja comprando um presente para uma amiga quando dei de cara com o DVD double-face com Koyaanisqatsi de um lado e Powaqqtsi o segundo filme da trilogia de documentário concebida e dirigida pelo norte-americano nascido em 1949 em New Orleans e que depois fez apenas mais três filmes também documentários. Bem, eu tenho o DVD, assisto quase sempre e acho que prá algumas pessoas estou falando algo absolutamente inteligível. Os documentários fazem um mergulho profundo e radical, além de visionário e antecipado da presença do ser humano neste planeta, algumas sequências são alucinogénas e deixam você tão grudado na tela que você sente uma tremenda corrente eletrica passando por seu corpo e o fantástico é que ele consegue mexer fisicamente com todos que assistem.
A música é de Phillipe Glass que é um craque absoluto na composição de trilhas cinematográficas. A união de imagens, músicas e micro histórias deduzíveis pelas expressões dos personagens reais que são mostrados numa velocidade alucinante, tão alucinante que me arrisco a dizer que em algumas sequencias são mostradas 100 ou 500 imagens em meros 15 segundos.
Por vezes a musica é lenta com imagens muito aceleradas, tipo 24 horas em 30 segundos, ou o oposto mostrando em camera lenta com música minimalista aceleradissima. É uma experiência cinematográfica única. Depois de ter visto este filme uma dúzia de vezes revi-o em tela grande com som de 1º mundo no sábado para um publico muito qualificado, e o resultado foi excelente.
E gostoso curtir junto com outras pessoas uma experiência alucinante como essa.
Esse filme mudou minha forma de ver a vida urbana e eu me mudei para Paraty grandemente influenciado por ele. Ele mostra como fazemos mal uso do planeta, de nosso tempo e como as cidades são um caos que vai sendo absorvido de forma não percebida pelas pessoas.
A vida mecanizada das grandes cidades fica escancarada e você se sente realmente mexido por tudo aquilo.
Durante as quase duas horas de filme não é dito nenhuma palavra, apenas no final aparecem legendas traduzindo o significado do nome do filme, algo assim como " Mundo em caos, e em busca de uma nova forma de ordenação" em um dialeto africano.
Acredito que na Saravai.Com possa ser encontrado o DVD com os dois primeiros filmes, pois eu comprei o meu na Saraiva do Shopping Ibirapuera.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
ONTEM UM POVO LEGAL.
Ontem a noite encontramos um povo legal.
Todo mundo trabalhando por conta própria, correndo atrás.
Ninguém bobinho, achando que tem que ser levado no colo.
Uns biquinhos talvez da moça mais bonita, mas nem ela é menos batalhadora com vários empregos, faculdade e prestação de carro prá pagar.
Tem uma turma de jovens de uns 40 anos lutando com força.
Não tem ninguém parado não.
Aqui é a terra das oportunidades e não tem ninguém dando bobeira.
Não sei se tão lá muito felizes, pareciam.
Todo mundo trabalhando por conta própria, correndo atrás.
Ninguém bobinho, achando que tem que ser levado no colo.
Uns biquinhos talvez da moça mais bonita, mas nem ela é menos batalhadora com vários empregos, faculdade e prestação de carro prá pagar.
Tem uma turma de jovens de uns 40 anos lutando com força.
Não tem ninguém parado não.
Aqui é a terra das oportunidades e não tem ninguém dando bobeira.
Não sei se tão lá muito felizes, pareciam.
QUANDO ELA DIZ SIM É PORQUE É NÃO.
Este universo a ser nunca entendido das falta de explicitude é algo que eu passei a desconsiderar.
Cansei e me desencanei das pessoas que dizem sim querendo dizer não. Das que dizem uma coisa para ver se dá em outra, das simulações, dissimulações, negações e desmentidos.
Coloquei tudo isso no sei devido lugar, longe de meu alcance, longe de meus ouvidos.
Agora só sou sensível ao que é claramente feito e dito.
Se a coisa esta nublada, dou as costas, não tenho mais tempo nem energia para lidar com duvidas, duvidosos e fantasiados.
Perdi o gosto pelo jogo, pelos que sofrem e pelos que tentam me conquistar por suas duvidas.
Já tenho bastante com o que me ocupar.
Minha vida já tem um bom recheio.
Não é nada de excepcional, mas me basta.
Cansei e me desencanei das pessoas que dizem sim querendo dizer não. Das que dizem uma coisa para ver se dá em outra, das simulações, dissimulações, negações e desmentidos.
Coloquei tudo isso no sei devido lugar, longe de meu alcance, longe de meus ouvidos.
Agora só sou sensível ao que é claramente feito e dito.
Se a coisa esta nublada, dou as costas, não tenho mais tempo nem energia para lidar com duvidas, duvidosos e fantasiados.
Perdi o gosto pelo jogo, pelos que sofrem e pelos que tentam me conquistar por suas duvidas.
Já tenho bastante com o que me ocupar.
Minha vida já tem um bom recheio.
Não é nada de excepcional, mas me basta.
SEM MEDO DA MORTE.
Aos 63 anos ele não tinha mais medo de morrer. Dizia que Jesus o protegeria e se algo de ruim lhe acontecesse Jesus o levaria para junto de si, num lugar muito especial.
Vivia com a mãe de 88 anos e havia de todo perdido a vergonha na cara.
Sem renda fixa, vivia de biscates e de vender coisas velhas que pedia ou achava.
Vida ridícula e miserável, nem a sensação de fracasso ele tinha dignidade para ter.
Hipocrita passou a acreditar em Deus quando achou que era conveniente. A mãe ficou tão emocionada que soltou lágrimas. Dobrou com isso a generosidade que tinha pelo filho e esse resolveu acrescentar Jesus e alguns santinhos na parada.
Nenhum centavo guardado, nenhuma certeza de nada.
Nem biografia ele tinha.
domingo, 4 de outubro de 2009
ENQUANTO ESPERO...
Sentado à beira do caminho.
Enquanto espero o ônibus certo.
Ou a carona que me faça economizar.
Meus poucos e últimos trocados.
Penso.
E penso na obra que tenho por fazer.
Queira ou não queira.
Porque a vida segue.
E segue arrastando a todos.
Para um lugar de glória.
Ou para um compartimento escuro.
No fundo da consciência.
Onde somos nossos próprios torturadores.
A tentar arrancar-nos a verdade.
Do por quê não fizemos direito.
Por quê não vencemos direito.
Por quê aceitamos perder aquilo que era nosso.
E sentadinho, calmos e passivos.
Eu, minhas hemorroidas e minha obra.
Pensamos.
Na razão de sermos reféns.
De nós mesmos.
Por uma vida inteira.
Enquanto espero o ônibus certo.
Ou a carona que me faça economizar.
Meus poucos e últimos trocados.
Penso.
E penso na obra que tenho por fazer.
Queira ou não queira.
Porque a vida segue.
E segue arrastando a todos.
Para um lugar de glória.
Ou para um compartimento escuro.
No fundo da consciência.
Onde somos nossos próprios torturadores.
A tentar arrancar-nos a verdade.
Do por quê não fizemos direito.
Por quê não vencemos direito.
Por quê aceitamos perder aquilo que era nosso.
E sentadinho, calmos e passivos.
Eu, minhas hemorroidas e minha obra.
Pensamos.
Na razão de sermos reféns.
De nós mesmos.
Por uma vida inteira.
MERCEDES SOSA
Morreu hoje.
Uma vos única.
Musicas que falavam coisas que me faziam entender que as pessoas devem ser justas.
Porque justiça é possível de se aplicar em qualquer esfera e situação da vida.
Você pode ser justo com você mesmo, e isso é fundamental na vida.
Anarquistas lutam quase que exclusivamente por justiça, pelo equilíbrio das coisas.
A Mercedes cantava sobre justiça.
Uma vos única.
Musicas que falavam coisas que me faziam entender que as pessoas devem ser justas.
Porque justiça é possível de se aplicar em qualquer esfera e situação da vida.
Você pode ser justo com você mesmo, e isso é fundamental na vida.
Anarquistas lutam quase que exclusivamente por justiça, pelo equilíbrio das coisas.
A Mercedes cantava sobre justiça.
O PASSADO NÃO EXISTE!
O passado é uma imagem ou um som gravado.
Mas é também uma parede feita ou uma árvore cortada.
Mas pode ser um carro com o paralama amassado na garagem.
De algumas formas o passado esta materialisado no presente e estará presente no futuro se nada for feito para altera-lo.
Tirando essas provas de que o passado existe, não há mais nada que o comprove.
Mas e nossa memoria?
Nossa memória não conta, porque ela vê o passado da forma como gostaria que ele fosse.
Nossa memória acumula frações e não a história inteira, e essas frações estão impregnadas de mas intenções, mas intenções de contar a história de forma ideal, passando muito longe da realidade vivida.
Se o passado não existe, se só existem algumas frações, estamos muito próximos de desvendar um dos grandes mistérios na natureza, a inexistência do tempo.
Se você acreditar que o tempo não existe, você resolve tudo.
O presente é algo tão infinitesimalmente pequeno que não pode ser percebido.
Então o quê percebemos como o presente?
Talvez apenas uns pequenos resíduos de memória enfileirados prestes a se evaporarem.
Não fosse a louça suja na pia, não saberíamos que havíamos feito uma refeição.
Somos prisioneiros de uma mesma ilusão coletiva.
A ilusão de que existimos no tempo.
Mas não existimos naquilo que na verdade não existe.
O futuro é uma expectativa, não é uma realidade, podemos muda-lo mas não podemos evita-lo.
O passado é uma memória torta, podemos percebe-lo nos artigos materiais mas não pode-mos muda-lo. Podemos parcialmente reconstitui-lo com a ajuda de outras percepções obtidas por outras pessoas que vivenciaram os mesmos fatos, mas ainda assim não será o nosso passado mas o passado de um coletivo sobre o qual somos figurantes as vezes em escala muito diminuta.
O passado é um espelho retrovisor embaçado.
É uma ilusão, uma falta de certeza.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
RIO 2016
Parabéns ao Rio de Janeiro.
Que essa oportunidade sirva para acolher a todos os cariocas como parte de uma só cidade.
Desinvente a área VIP que é a coisa mais vergonhosa que existe neste Brasil.
Façam sem ter Exercito Brasileiro na rua para garantir segurança. Sejam grandinhos e resolvam a questão com sua própria justiça e competência.
Sejam arrojados na arquitetura e na tecnologia, esqueçam Niemeyer, façam com gente nova.
Duras provas esperam o Rio de Janeiro, não é fácil ter status, é preciso muito trabalho e seriedade.
Os Jogos Pan-Americanos foram um parto doloroso de obras pela metade e verbas indo pelo ralo, como será agora?
Vamos torcer mais para dar certo que pelos jogos.
Boa sorte Rio.
Vocês não ganharam um prêmio, ganharam uma obrigação.
Que essa oportunidade sirva para acolher a todos os cariocas como parte de uma só cidade.
Desinvente a área VIP que é a coisa mais vergonhosa que existe neste Brasil.
Façam sem ter Exercito Brasileiro na rua para garantir segurança. Sejam grandinhos e resolvam a questão com sua própria justiça e competência.
Sejam arrojados na arquitetura e na tecnologia, esqueçam Niemeyer, façam com gente nova.
Duras provas esperam o Rio de Janeiro, não é fácil ter status, é preciso muito trabalho e seriedade.
Os Jogos Pan-Americanos foram um parto doloroso de obras pela metade e verbas indo pelo ralo, como será agora?
Vamos torcer mais para dar certo que pelos jogos.
Boa sorte Rio.
Vocês não ganharam um prêmio, ganharam uma obrigação.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
OS DEUSES ESTÃO MORTOS.
Quando ouço algumas musicas de pessoas que já morreram sempre me pergunto o quê estariam fazendo hoje se ainda estivessem vivos?
Fred Mercury por exemplo foi prá mim uma gigantesca perda, com sua interpretação e inspiração únicas não deixou nenhum cover sequer à sua altura. Na real, eu acho que carreiras que terminam em alta, criam na gente a falsa impressão de que o melhor ainda estava por vir.
Minha percepção da verdade no entanto me diz que não é isso. Grandes figuras que ainda estão vivas sumiram de todos os panoramas, não só do musical como do intelectual, cultural e da midia de maneira geral. Aquilo que prometia ser eterno perdeu sua força e caiu num plano prá lá de secundário. Elis era maravilhosa, mas será que hoje estaria fazendo o mesmo que a Gal Costa?
Cazusa eu adorava, mas será que hoje estaria fazendo o mesmo que Belchior?
A dimensão do vazio é prá mim maior do que eu posso calcular. Há o vazio pelos que partiram e o vazio dos que ficaram. Ou então não há o vazio mas sim uma outra forma que não consegue me atrair. O novo sempre vem, o velho deixa de existir.
Fred Mercury por exemplo foi prá mim uma gigantesca perda, com sua interpretação e inspiração únicas não deixou nenhum cover sequer à sua altura. Na real, eu acho que carreiras que terminam em alta, criam na gente a falsa impressão de que o melhor ainda estava por vir.
Minha percepção da verdade no entanto me diz que não é isso. Grandes figuras que ainda estão vivas sumiram de todos os panoramas, não só do musical como do intelectual, cultural e da midia de maneira geral. Aquilo que prometia ser eterno perdeu sua força e caiu num plano prá lá de secundário. Elis era maravilhosa, mas será que hoje estaria fazendo o mesmo que a Gal Costa?
Cazusa eu adorava, mas será que hoje estaria fazendo o mesmo que Belchior?
A dimensão do vazio é prá mim maior do que eu posso calcular. Há o vazio pelos que partiram e o vazio dos que ficaram. Ou então não há o vazio mas sim uma outra forma que não consegue me atrair. O novo sempre vem, o velho deixa de existir.
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