PENSANDO

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sábado, 22 de dezembro de 2012

COMO VAI VOCÊ?

Vou bem... quero dizer... estou meio enterrado em coisas... assim, acho que deixei juntar muitas coisas e agora não sei quanto trabalho preciso para resolver isso.
Não são coisas para concertar, ou contas para pagar, ou obrigações com os clientes, são coisas inúteis empilhadas por todas as partes, que eu pasmo, outra hora tentei classificar.
Primeira classificação: Dê onde veio isto?... 90% das origens me fogem à memória... por que teria eu buscado, recebido ou aceito tantas coisas.
Segunda classificação: Para quê serve isto?... 95% não serve para mais nada, dado o estado de empoeiramento e abandono em que se encontram. Para quê guardei tudo isso, a impressão que tenho é que eu acordei de um sono e enquanto dormia andei coletando coisas e guardando em todos os cantos possíveis.
Terceira classificação: Como se livrar agora? 99% de não sei como fazer estas coisas sumirem de meu território.
Vamos comparar. Se você mora em um bom apartamento então estamos falando de 140 metros quadrados, se você mora numa casa muito boa estamos falando de 500 metros quadrados... em meu caso estamos falando de um território de 5000 metros quadrados que precisam de soluções. Exagero, não é assim, não são os 5000 metros que estão ocupados, na verdade estou falando de uma pequena parte, digamos assim: uns 100 metros... ou 2 semanas trabalhando como um doido levando o incinerável para uma fogueira em local apropriado, algo como queimar umas 60 Santas Joanas Darc's, imagine eu carregando Joanas nos ombros, lançando-as à fogueira e voltando rapidinho para pegar outra, depois pego a esmerilhadeira com disco de corte e vou cortando tudo o que for de ferro como se eu fosse o autor do crime da mala, e picando vou em pedacinhos a secadora que não liga mais, o aquecedor que enferrujou, as janelas apodrecidas, as ferramentas de jardim gastas e cortando e picando até completar pelo menos uma dúzia de crimes da mala.
Ao final de tanto serviço um prêmio, uma cerveja e uma lata vazia par ser amassada e destinada...
UMA REFLEXÃO E UM TOMBO.
Cada mísero objeto sem destino empoeirado ou entrelaçado nas tramas de uma era são um gritante apelo a que pares de errar. Acerte na dose. Consegui demais, não dei conta de ter tanto, fui ganancioso e por outro lado um imbecil. Coisas materiais desperdiçadas são o equivalente a tempo desperdiçado trabalhando para consegui-las. Tá certo que algumas encrencam e se perdem, mas a maioria foi trocada por uma nova versão ou comprada em proporção acima do necessário e ficaram a espera de serem usadas, coisa que nunca ira acontecer. Refletir em quanto isso me custou me dará um tombo, quanto gastei para obter, trazer até aqui neste local tão distante e depois abandona-las para serem devoradas pela natureza. Como posso ser tão imbecil.
Vamos lembrar o que disse Nelson Rodrigues - estará na moda neste blog por algum tempo - "Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia. ( O óbvio ululante ).
Assim para tudo... ter pouco e ter domínio sobre o que se possui. Assim, não naufrague em seus próprios delírios, em sua imbecilidade em acumular... consuma a vida sentado numa cadeira de praia vendo as nuvens se tornarem e não quebrando as costas prá conseguir aquilo que nunca te fará diferença.

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