PENSANDO

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domingo, 9 de dezembro de 2012

NÃO SE DEVE BRINCAR COM JACINTA

Não sei se você soube, mas uma enfermeira de nome Jacinta Saldanha matou-se depois de um incidente absolutamente sem importância para o resto do mundo menos para ela.
Ela foi quem atendeu ao telefonema originário de uma rádio australiana que por meio de um trote perguntava por informações sobre o estado de saúde da Duquesa de Cambridge Kate Middleton internado onde Jacinta trabalhava.
Não foi realmente importante, ela apenas atendeu ao telefone porque não havia telefonista de plantão naquele horário e passou a ligação para uma outra colega que deu as informações achando que falava diretamente com a rainha da Inglaterra e com o sogro da Duquesa. Ninguém advertiu ninguém, ninguém prestou queixa de nada, apenas que o fato repercutiu mundialmente apenas pelo peso da figura real envolvida. Kate nora de Diana vai seguir com o peso nos ombros que sacrificou a Lady Di por representar uma pessoa rara na face da terra, a da moça que vive o conto de fadas.
Mas Jacinta, sabe-se lá porque colocou um pessoalidade no caso e torturou-se. Viu-se à beira do abismo e hiper dimensionou os fatos.
Algo me diz que uma certa Jacinta Saldanha deve ser portuguesa e ou descendente de portugueses e como é mais que sabido portugueses sofrem e levam as coisas muito a sério por muito tempo.
Escrevo aqui apostando que falo de uma portuguesa que se levava a sério e não aceitava brincadeiras.
Só sendo boa profissional e pessoa séria para atender a pessoa mais em foco na mira mundana.
Maior o peso do erro, que não cometeu, e maior a dor de alma.
Caminhou Jacinta horas e horas numa escuridão total, transtornada por algo que só ela viu, e sofreu tanto que achou melhor parar de sofrer da forma mais radical possível.
Serve para as pessoas que levam as coisas da vida a sério demais. Séria é a vida, não as coisas da vida.
Vivemos um milagre inexplicável, a vida,  e nela uma série de pequenas chateações nos afrontam a cada esquina a cada momento. Deixar de perceber que a vida é o mais importante e não esses pequenos infortúnios é um Erro de Jacinta.
Jacinta, com todo o meu respeito por alguém que sofreu só e profundamente algo que só ela compreendeu assim, cometeu um erro banal de por fim a um milagre apenas porque não conseguiu distinguir alho de bugalho.



Um comentário:

Paulo SS Vilela disse...

Não é possível uma coisa dessas, exceto se: já ia mesmo fazer isso aquela noite e foi coincidência; ou se... melhor deixar pra lá, que tentar entender os motivos misteriosos que levaram Jacinta a dar cabo do seu sorriso. Ficou famosa, se não era o que queria tomou o ônibus errado.