PENSANDO

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A NÓS A LIBERDADE!

Você só se torna livre quando conhece a essência das coisas e dela se desapega, reconhece que o estado de liberdade dura pouco e tem compaixão pela coisa.
O que é a coisa? ...a coisa são pessoas, bens matérias, sonhos e realizações impermanentes.
Conhecer a essência revela o vazio de tudo ou o seu falso recheio. Dai em diante desapegar-se fica mais fácil, só mais fácil, e não fácil. Cicatrizar os sentimentos não é produzir o desapego. Desapego implica em entender, e pelo entendimento deixar de sentir, e se você nada sente não precisa curar o sentimento.
Mas por que uma coisa tão radical, negar-se o direito de sentir?
Porque a liberdade é um estado real e verdadeiro, e mais, sobre ele você não tem dúvidas.
Se você em algum momento de sua vida esteve livre, sabe que aquilo foi de verdade e que aquela verdade só deixou de existir quando você fraquejou e voltou a apegar-se.
Budismo prega o desapego material, emocional, afetivo e a compaixão pelas vidas e objetos.
É um estado de pleno respeito pessoal, onde você se permite ser dono de sua vida pelo tempo que consegue ficar no estado.
Quando um vendaval passa por sua vida, isole-se, não de continuidade, apenas pense na essência do que esta te destruindo e você verá que é sempre algo inferior a você. Mas este inferior a você se refere a um você centrado, adulto, dominado pela razão, não a um você passional, apaixonado, carente, desnorteado e infantilizado.
Nestes dias busquei conhecer a essência de varias pessoas com quem estive num final de semana que teve de tudo: trabalho, arte, desencontros profissionais, conversa com amigos adoráveis, descoberta de uma nova pessoa maravilhosa, feijoada, assalto e negligência da policia.
Exposto a tantas coisas, ou busco a essência e me desapego ou fico batendo de frente contra tudo e contra todos.
Tive sucesso?
Claro que não, meu sucesso foi parcial porque não é tarefa fácil pra ninguém sentir emoções e simplesmente colocar em cada uma uma etiqueta e guardar numa gaveta, não é assim.
Mas fui esperto o bastante para ver que em muitas coisas perdi definitivamente e irremediavelmente, e, em outras ganhei algo muito valioso.
Consequência: não estou livre neste momento, não senti o gosto, apenas descobri que tenho um trabalho a fazer antes de desfrutar.

Um comentário:

Mary Joe disse...

[i]Quando um vendaval passa por sua vida, isole-se, não de continuidade, apenas pense na essência do que esta te destruindo e você verá que é sempre algo inferior a você. Mas este inferior a você se refere a um você centrado, adulto, dominado pela razão, não a um você passional, apaixonado, carente, desnorteado e infantilizado.[/i]

Achei que nessa colocação vc se superou. O único problema é conseguir colocar em prática. Mas ter ciência do problema, já é um passo para a solução né?
Beijokas
Mary Joe