As Ilhas da corrente foi o primeiro romance dele que me caiu nas mãos.
Achado por acaso numa caixa de ferro, biblioteca ambulante do SESI, lá estava o livro com o nome sonoro de um autor totalmente desconhecido.
Escolhi porque achei que Ernest Hemingway era um nome e tanto para um escritor e merecia ser lido. Me faltava critério, me faltava conhecimento e cultura para escolher de outra maneira.
O romance é maravilhoso, acontece no Caribe e é envolvente. Autobiográfico e com todos os cheiros e sabores do mar, das bebidas, das pescarias e de cuba.
Daí as coisas me foram sendo entregues rapidamente. Os nomes não menos atraentes de outras obras dele ( recebeu o Nobel de literatura em 1954 ), me faziam desejar ler tudo de uma só vez. Por quem os sinos dobram; Paris é uma festa; O velho e o mar ( premio Pulitzer de 1953);
O sol também se levanta; Adeus as armas; O jardim do Eden; As neves do Kilimanjaro e muitos outros foram se tornando acessíveis e eu os fui lendo e relendo.
Sempre muita ação, violência, mortes brutais, perdas irreparáveis e bebidas, sabores, amores, paixões... tudo que de fato aconteceu de verdade na vida dele.
Não há nada igual na literatura por conta da mistureba que ele faz da ficção com a realidade da vida vivida por ele.
Uma figura muito forte e assustadora as vezes, um cara que gostava de confusão e de estar no meio da confusão. Como era jornalista, estava sempre no meio de alguns importantes acontecimentos como a Guerra Civil Espanhola ( 1937 ) de onde saiu Por quem os sinos dobram... mas foi meio que voluntário para a sangrenta e cara a cara primeira guerra mundial, onde na Itália foi ser motorista de ambulância já que não o aceitaram armado no front.
É tudo muito denso e sensual na obra dele, passagens arrepiantes como o corredor polonês em Por quem os sinos dobram, tornam-se inesquecíveis leia você quantos livros ler depois dele.
Por mais de vinte anos viveu em Cuba e arredores, pescando, escrevendo e bebendo.
Difícil imaginar um homem tão grandalhão, cheio de certezas e vivências, pescador, beberão sentado disciplinadamente diante de uma máquina de escrever compondo uma obra tão bem medida e elaborada, são coisas que não casam, não imagino onde ele regulava adrenalina para baixa-la e poder se acalmar para então sentar-se, escrever e faze-la escorrer para as palavras.
Filho de um suicida, suicidou-se em 1961, dia 2 do mês de Julho, de forma brutal, com um tiro de um fuzil, algo desproporcional para se terminar uma vida tão única. Corajoso na atitude mas convenhamos, matou covardemente seu melhor personagem.
Achado por acaso numa caixa de ferro, biblioteca ambulante do SESI, lá estava o livro com o nome sonoro de um autor totalmente desconhecido.
Escolhi porque achei que Ernest Hemingway era um nome e tanto para um escritor e merecia ser lido. Me faltava critério, me faltava conhecimento e cultura para escolher de outra maneira.
O romance é maravilhoso, acontece no Caribe e é envolvente. Autobiográfico e com todos os cheiros e sabores do mar, das bebidas, das pescarias e de cuba.
Daí as coisas me foram sendo entregues rapidamente. Os nomes não menos atraentes de outras obras dele ( recebeu o Nobel de literatura em 1954 ), me faziam desejar ler tudo de uma só vez. Por quem os sinos dobram; Paris é uma festa; O velho e o mar ( premio Pulitzer de 1953);
O sol também se levanta; Adeus as armas; O jardim do Eden; As neves do Kilimanjaro e muitos outros foram se tornando acessíveis e eu os fui lendo e relendo.
Sempre muita ação, violência, mortes brutais, perdas irreparáveis e bebidas, sabores, amores, paixões... tudo que de fato aconteceu de verdade na vida dele.
Não há nada igual na literatura por conta da mistureba que ele faz da ficção com a realidade da vida vivida por ele.
Uma figura muito forte e assustadora as vezes, um cara que gostava de confusão e de estar no meio da confusão. Como era jornalista, estava sempre no meio de alguns importantes acontecimentos como a Guerra Civil Espanhola ( 1937 ) de onde saiu Por quem os sinos dobram... mas foi meio que voluntário para a sangrenta e cara a cara primeira guerra mundial, onde na Itália foi ser motorista de ambulância já que não o aceitaram armado no front.
É tudo muito denso e sensual na obra dele, passagens arrepiantes como o corredor polonês em Por quem os sinos dobram, tornam-se inesquecíveis leia você quantos livros ler depois dele.
Por mais de vinte anos viveu em Cuba e arredores, pescando, escrevendo e bebendo.
Difícil imaginar um homem tão grandalhão, cheio de certezas e vivências, pescador, beberão sentado disciplinadamente diante de uma máquina de escrever compondo uma obra tão bem medida e elaborada, são coisas que não casam, não imagino onde ele regulava adrenalina para baixa-la e poder se acalmar para então sentar-se, escrever e faze-la escorrer para as palavras.
Filho de um suicida, suicidou-se em 1961, dia 2 do mês de Julho, de forma brutal, com um tiro de um fuzil, algo desproporcional para se terminar uma vida tão única. Corajoso na atitude mas convenhamos, matou covardemente seu melhor personagem.
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