Num livro do Gabriel Garcia Marques ele diz: Você não é de um lugar enquanto não tem um morto enterrado nele. Achei o máximo quando li isso. Depois amadureci emocionalmente e não só passei a não achar mais isso como passei a entender que o autor, no que pese o prêmio Nobel de literatura que ganhou, tem que ser lido com cautela.
Você é de um lugar quando sente que a casa que você tem nele é a última casa que terá na vida.
Ela supera as escolhas anteriores, e merece toda sua atenção e cuidados.
Sempre que você vai fazer alguma coisa nova nela, ou reparar algo faz com o maior capricho e usa o melhor material. Não tem dó em ocupar muito tempo e dinheiro fazendo o melhor. Será sua obra prima, será a casa que você vai deixar de herança para a filha.
Morei muitos anos numa casa simples que sempre tratei de colorir de forma especial, nada do que fiz restou, embora ainda seja minha, mas 20 e tantos anos longe dela tiraram-lhe todo o encanto e hoje quando converso com amigos de longa data, todos se lembram com carinho e saudades de minha casa. Era realmente um lugar muito legal para beber, ouvir música e conversar.
Depois fui morar numa cidade histórica - Paraty - e o lugar era um cenário. Minha casa ficava no centro histórico e era uma gracinha com uma vista maravilhosa... não fui feliz naquela casa, por várias razões e em suas paredes nunca pendurei um mísero quadro, mesmo vivendo eu lá de pintar quadros, aquilo nunca foi um lugar que eu tenha achado como sendo definitivo, foi o lugar mais provisório que já vivi na vida.
Hoje tenho uma outra casa. Esta, difícil de lidar mas com uma cara de "é o meu lugar"... nela faço as coisas de forma mais sólida, mais bem arranjada e não era assim até a algum tempo atrás.
O sentimento esta chegando devagarinho e se implantando de forma permanente em mim.
Acho que você passa a pensar diferente na vida quando esta morando em sua casa definitiva.
Penso em viajar, penso em viajar muito ainda, mas penso em voltar, voltar sempre...
Você é de um lugar quando sente que a casa que você tem nele é a última casa que terá na vida.
Ela supera as escolhas anteriores, e merece toda sua atenção e cuidados.
Sempre que você vai fazer alguma coisa nova nela, ou reparar algo faz com o maior capricho e usa o melhor material. Não tem dó em ocupar muito tempo e dinheiro fazendo o melhor. Será sua obra prima, será a casa que você vai deixar de herança para a filha.
Morei muitos anos numa casa simples que sempre tratei de colorir de forma especial, nada do que fiz restou, embora ainda seja minha, mas 20 e tantos anos longe dela tiraram-lhe todo o encanto e hoje quando converso com amigos de longa data, todos se lembram com carinho e saudades de minha casa. Era realmente um lugar muito legal para beber, ouvir música e conversar.
Depois fui morar numa cidade histórica - Paraty - e o lugar era um cenário. Minha casa ficava no centro histórico e era uma gracinha com uma vista maravilhosa... não fui feliz naquela casa, por várias razões e em suas paredes nunca pendurei um mísero quadro, mesmo vivendo eu lá de pintar quadros, aquilo nunca foi um lugar que eu tenha achado como sendo definitivo, foi o lugar mais provisório que já vivi na vida.
Hoje tenho uma outra casa. Esta, difícil de lidar mas com uma cara de "é o meu lugar"... nela faço as coisas de forma mais sólida, mais bem arranjada e não era assim até a algum tempo atrás.
O sentimento esta chegando devagarinho e se implantando de forma permanente em mim.
Acho que você passa a pensar diferente na vida quando esta morando em sua casa definitiva.
Penso em viajar, penso em viajar muito ainda, mas penso em voltar, voltar sempre...
Nenhum comentário:
Postar um comentário