Ela é Maria Luisa Meneghel, que chamávamos de Mariana e ele é Paulo Meneghel, meus avós maternos. Moramos juntos durante o tempo em que estavam vivos. Ela nascida em Itapecirica da Serra, lugar pelo qual sou apaixonado, meio pela beleza da região e meio por um num sei oquê que me atraia para lá. Tenho um forte centro de atração naquele lugar. Como moro perto vou sempre lá. Ele acho que era de São Caetano do Sul, ele ia buscar carvão que o pai dela produzia e assim se conheceram e casaram. Ele tinha uma capacidade de cozinhar coisas deliciosas e uma receita de pastelão de carne moída com molho de tomates que se perdeu para sempre. Ela fazia tralharim cortado na faca, bem largo e as porpetas eram absolutamente divinas, e essas eu sei fazer absolutamente idênticas. Fiz uma vez para uma festa e as pessoas adoraram porque o segredo - vou contar - é ficar duas horas esmagando os ingredientes na munheca até ter tendinite. Ela fazia isso conversando, contando histórias ou falando de suas preocupações com a gente em com mãos fortes de quem tinha que trabalhar duro.
Ele era um touro, aos 72 anos conseguia carregar duas latas de 20 litros cheias de areia por uma distância de 400 ou 500 metros, coisa que eu nunca consegui igualar e conheço poucos que conseguem fazer, mesmo os puxadores de ferros das academias. Eles eram fortes, eram simples, religiosos, medrosos e exemplares sempre. Davam um conselho a cada 10 segundos, não paravam de aconselhar a gente. Tinham tudo muito arrumadinho na vida, tinham pouco e o pouco estava em ordem. Eram atenciosos mas não eram carinhosos, eram endurecidos pela vida, mas eram compreensivos e de uma sabedoria básica, de quem não sabia ler nem escrever e de quem morando tão perto nunca vira o mar. Ela tinha medo de andar de carro e isso complicava a vida dela, já o irmão dela aos 73 anos andava de moto no transito de São Paulo, dá pra acreditar?
Aqui eles são um foto mal tirada, mas nós, os netos e filhas olhando para essa raridade conseguimos ver tanta coisa que fica impossível descrever tu
PENSANDO
quarta-feira, 29 de julho de 2009
CADÊ?
Muito parecido com este acima era o presépio que meu pai montava todos os anos.
Ocupava nossa pequena sala de estar e tinha 3 metros de frente por quase 1 metro de profundidade. Levava um saco de serragem, um monte de tijolos apanhados de ultima hora e embrulhados em papel imitação de pedra amarrotado, musgo, galhos secos e o principal: tinha essas figurinhas de gesso que eram uma perfeição. E eram porque eram, não porque minha memória adocicada da infância quer que seja. Lembro de uma prima de meu pai comprar algumas peças para o presépio dela que não eram nada bem pintadas e eram muito artificiais.
As nossas eram perfeitas. Mas ele colocava um menino Jesus enorme que eu não gostava, tinha uma pick-up de tocar disco que ficava dentro de uma gruta espelhada com dois anjos rodando sobre ela. Um lago feito de vidro e abaixo dele peixinhos vermelhos com um pescador na beirada, tinha um poço e uma tal de Therezinha que carregava dois baldes numa canga, tinha o Seu Belarmino com um realejo e um papagaio, tinha um soldado romano, muitos carneiros, um lindo burrico e um boi na gruta onde ficava o centro do presépio. A árvore de natal era de uma árvore seca enorme pintada de branco com alvaiade e com algodão e bolas vermelhas colocada dentro de uma lata de areia que era camuflada de colina. Muita serragem colorida com pó Xadrez verde, areia colorida de amarelo e um sujeirada danada para desmontar.
Muita gente vinha ver, era uma festa e nunca ninguém tirou nenhuma foto. Isso é lamentável.
Hoje eu e minha filha já chegamos a fazer 1100 fotos num único dia, e naquela época fotos desse tipo eram coisa rara. Lamento outra vez.
Mas o que mais lamento é saber que as peças sumiram, onde teriam ido parar as quase 100 peças que compunham aquela obra de arte? Todas eram guardadas com muito cuidado embrulhadas em jornal e protegidas numa caixa enorme de papelão. Quando meu pai morreu minha mãe deve ter doado para a igreja.
Isso é muito chato, saber que alguém recebeu e não sabe a história e a lembrança que aquilo tinha. Hoje tento preservar comigo tudo que possa virar história da família. Quantas coisas perdi.
Estava pensando nas esculturas de meu bisavô, no álbum de figurinhas de minha tia, nos manuais de mecânica de trator de meu pai ( prá que cuernos tinha ele manuais de trator? ).
É impossível ter espaço para guardar tudo, mas temos que nos esforçar prá preservar o mais simbólico. Manter vivas as histórias da família, porque outros vão querer saber e ver depois de nós.
Ocupava nossa pequena sala de estar e tinha 3 metros de frente por quase 1 metro de profundidade. Levava um saco de serragem, um monte de tijolos apanhados de ultima hora e embrulhados em papel imitação de pedra amarrotado, musgo, galhos secos e o principal: tinha essas figurinhas de gesso que eram uma perfeição. E eram porque eram, não porque minha memória adocicada da infância quer que seja. Lembro de uma prima de meu pai comprar algumas peças para o presépio dela que não eram nada bem pintadas e eram muito artificiais.
As nossas eram perfeitas. Mas ele colocava um menino Jesus enorme que eu não gostava, tinha uma pick-up de tocar disco que ficava dentro de uma gruta espelhada com dois anjos rodando sobre ela. Um lago feito de vidro e abaixo dele peixinhos vermelhos com um pescador na beirada, tinha um poço e uma tal de Therezinha que carregava dois baldes numa canga, tinha o Seu Belarmino com um realejo e um papagaio, tinha um soldado romano, muitos carneiros, um lindo burrico e um boi na gruta onde ficava o centro do presépio. A árvore de natal era de uma árvore seca enorme pintada de branco com alvaiade e com algodão e bolas vermelhas colocada dentro de uma lata de areia que era camuflada de colina. Muita serragem colorida com pó Xadrez verde, areia colorida de amarelo e um sujeirada danada para desmontar.
Muita gente vinha ver, era uma festa e nunca ninguém tirou nenhuma foto. Isso é lamentável.
Hoje eu e minha filha já chegamos a fazer 1100 fotos num único dia, e naquela época fotos desse tipo eram coisa rara. Lamento outra vez.
Mas o que mais lamento é saber que as peças sumiram, onde teriam ido parar as quase 100 peças que compunham aquela obra de arte? Todas eram guardadas com muito cuidado embrulhadas em jornal e protegidas numa caixa enorme de papelão. Quando meu pai morreu minha mãe deve ter doado para a igreja.
Isso é muito chato, saber que alguém recebeu e não sabe a história e a lembrança que aquilo tinha. Hoje tento preservar comigo tudo que possa virar história da família. Quantas coisas perdi.
Estava pensando nas esculturas de meu bisavô, no álbum de figurinhas de minha tia, nos manuais de mecânica de trator de meu pai ( prá que cuernos tinha ele manuais de trator? ).
É impossível ter espaço para guardar tudo, mas temos que nos esforçar prá preservar o mais simbólico. Manter vivas as histórias da família, porque outros vão querer saber e ver depois de nós.
terça-feira, 28 de julho de 2009
BUSCADORES.
Assim como eu, muitas outras pessoas buscam conhecimento interior e participação integral nessa aventura que é a vida.
De uma forma geral todos buscam algo melhor.
Mas alguns buscam com muita persistencia entender de forma mais completa o que é a vida.
Muitos escrevem sobre isso em infinitos blogs salpicados pela internet.
Neles vou colhendo fragmentos e tentando montar o mosaico da forma como me parece ser a verdade.
Muitos conhecidos escrevem, alguns de forma mais aprofundada e reflexiva e outros apenas meio que por desabafo.
Antes esses escritos ficavam restritos a cadernos guardados dentro de armarios que nunca vinham à luz e que um dia iam direto para a lixeira.
Com as ideias circulando, conhecemos melhor os nossos já conhecidos e descobrimos nossos similares espalhados por ai.
De uma forma geral todos buscam algo melhor.
Mas alguns buscam com muita persistencia entender de forma mais completa o que é a vida.
Muitos escrevem sobre isso em infinitos blogs salpicados pela internet.
Neles vou colhendo fragmentos e tentando montar o mosaico da forma como me parece ser a verdade.
Muitos conhecidos escrevem, alguns de forma mais aprofundada e reflexiva e outros apenas meio que por desabafo.
Antes esses escritos ficavam restritos a cadernos guardados dentro de armarios que nunca vinham à luz e que um dia iam direto para a lixeira.
Com as ideias circulando, conhecemos melhor os nossos já conhecidos e descobrimos nossos similares espalhados por ai.
NUNCA ANTES...
...vivemos dias aqui de tanta humidade no ar. Em 17 anos aqui, já vimos dias de ter água escorrendo na parede e vidros embaçados, mas nunca tivemos uma semana inteira assim.
Tem uma névoa permanente entre as árvores, tudo esta molhado, qualquer coisa que se toque ou se tire do lugar esta molhado. Livros e revistas estão amolecidos.
E chove o dia inteiro. E é noite o dia inteiro.
Trabalho só pode ser realizado parcialmente.
Deveríamos estar comendo poeira nesta época do ano com o chão de terra rachado.
Tem água demais nesse planeta. E dizem que é um bem escasso, garanto e afirmo não é.
É abundante nos lugares certos. É exageradamente abundante em muitos lugares.
Quero morrer no deserto.
Tem uma névoa permanente entre as árvores, tudo esta molhado, qualquer coisa que se toque ou se tire do lugar esta molhado. Livros e revistas estão amolecidos.
E chove o dia inteiro. E é noite o dia inteiro.
Trabalho só pode ser realizado parcialmente.
Deveríamos estar comendo poeira nesta época do ano com o chão de terra rachado.
Tem água demais nesse planeta. E dizem que é um bem escasso, garanto e afirmo não é.
É abundante nos lugares certos. É exageradamente abundante em muitos lugares.
Quero morrer no deserto.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
A ARTE DE PRODUZIR ARTE
Você poderia levar uma vida comum.
Ou produzir arte, qualquer forma de arte.
Arte é criada nos lugares e das formas mais inesperadas.
Esta arte pública, que não visa lucro, visa apenas sensibilizar é uma arte acima da média.
Como não ter valor venal, é algo que tem sua inspiração no bom humor e no inusitado e na maior parte das vezes choca, não tendo compromisso com nada.
É arte de rua, é arte que fica a espera de alguém que a descubra.
Ou produzir arte, qualquer forma de arte.
Arte é criada nos lugares e das formas mais inesperadas.
Esta arte pública, que não visa lucro, visa apenas sensibilizar é uma arte acima da média.
Como não ter valor venal, é algo que tem sua inspiração no bom humor e no inusitado e na maior parte das vezes choca, não tendo compromisso com nada.
É arte de rua, é arte que fica a espera de alguém que a descubra.
domingo, 26 de julho de 2009
ELAS INVENTAM....
Junte duas meninas e algo será inventando imediatamente.
Junte mais algumas e acontece uma revolução fútil.
Elas não se aquietam, elas tem vontades a cada segundo.
Não param, falam, agitam e migram.
Junte alguns recursos e a coisa começa a ficar preocupante.
De-lhes alguns trocados e um tico de liberdade e elas somem e voltam com milhares de histórias.
Deixe uma garota sozinha, e saiba o que é tédio.
Junte mais algumas e acontece uma revolução fútil.
Elas não se aquietam, elas tem vontades a cada segundo.
Não param, falam, agitam e migram.
Junte alguns recursos e a coisa começa a ficar preocupante.
De-lhes alguns trocados e um tico de liberdade e elas somem e voltam com milhares de histórias.
Deixe uma garota sozinha, e saiba o que é tédio.
A MINHA IDEIA PENSADA EM OUTRA CABEÇA.
Minha mulher tinha um restaurante. Era simples.
Cuidávamos da limpeza como a coisa mais importante de todas.
Os banheiros eram os alvos especiais de nossa atenção.
Mas é impossível lidar com o público. Quem encontra uma banheiro limpo para usar sabe o quanto é bom estar num ambiente confiável e hospitaleiro. Queriamos isso.
Mas a cada usuário uma decepção. O comportamento privado é algo inominável.
Pensei então em fazer uma obrinha de arte para o banheiro dos homens que colocaria na parede acima do vaso sanitário, e que seria obrigatóriamente vista pelos moços que fossem fazer xixi, algo como a que encontrei a algum tempo na internet pensado por outra cabeça, mas que certamente pensa sobre as coisas que eu penso e como eu penso.
Na minha ideia o final da sequencia acima seria o porco sobre duas penas mijando fora do vaso sanitário.
Cuidávamos da limpeza como a coisa mais importante de todas.
Os banheiros eram os alvos especiais de nossa atenção.
Mas é impossível lidar com o público. Quem encontra uma banheiro limpo para usar sabe o quanto é bom estar num ambiente confiável e hospitaleiro. Queriamos isso.
Mas a cada usuário uma decepção. O comportamento privado é algo inominável.
Pensei então em fazer uma obrinha de arte para o banheiro dos homens que colocaria na parede acima do vaso sanitário, e que seria obrigatóriamente vista pelos moços que fossem fazer xixi, algo como a que encontrei a algum tempo na internet pensado por outra cabeça, mas que certamente pensa sobre as coisas que eu penso e como eu penso.
Na minha ideia o final da sequencia acima seria o porco sobre duas penas mijando fora do vaso sanitário.
DIZIA QUE ENCANTAR-SE LOGO DE CARA...
pelas primeiras boas aparências, tira-nos a oportunidade de prosseguir na avaliação do todo, e que esse todo é composto de uma infinidade de pequenos detalhes e sabores que muito mais nos agradariam, mas que deles não usufruimos dado que não os percebemos quando ficamos fixados naquilo que de cara nos agradou. Grande perda essa, causada certamente pela covardia em avançar para um terreno mais perigoso e desconhecido da alma humana. Já ter gostado dos olhos basta, não precisa arriscar conhecer o resto. E fica lá o tal resto desmerecido e não apreciado por conta da dúvida e do medo de perder algo que embora seguro não é o todo, é fração, fração de algo incerto e do incerto fugimos e nos protegemos. Ora, esse incerto poderia nos oferecer muito mais. Ficamos assim quietos e conformados no pequeno espaço de beleza que nos cativou a atenção e dele não desgrudamos porque a tragetória pelo derredor pode ser perigosa, até que um dia nos cai na cabeça com um peso fenomenal que aquele belo já não é mais belo, e que o tal resto que era muito melhor não foi apreciado ao tempo em que era oportuno aprecia-lo e ele ou já não mais existe ou não mais existe para nós, fui claro?
NORMAIS
Nelson Gonçalves cheirou 50 kg de cocaína durante seu período de vício, segundo sua próprias contas. E foi um cantor que emocionou a todos de sua época.
Janis Joplin foi absolutamente ousada na vida e original na forma de interpretar e morreu por não saber controlar a química.
Jimi Hendrix, tocou como poucos até então, e se acabou quimicamente.
John Lennon, foi adorado em vida, construiu uma obra extraordinária, consumiu drogas o suficiente para matar uma manada de elefantes. Morreu de bala, de uma forma besta.
Cazusa era um poeta cortante, displicente, lúcido e também mimado, que teve a sua carreira e vida facilitadas, bebia um litro de 51 em minutos quando vivia a angustia de saber de sua morte certa e próxima.
Raul Seixas deixou frases que sintetizam verdades absolutas sobre a sociedade e sobre o comportamento humano, consumiu-se.
Michael Jackson fez do próprio corpo uma laboratório, tanto para criar coreografias exuberantes como para transformar-se, deformar-se e matar-se.
Elvis Presley inventou o rock como espetáculo, influencio a todos que produziriam rock depois dele, esses mudariam a cultura do mundo ocidental, depois se tornaria alem do Rei-do-Rock no Rei-do-Brega e numa massa disforme alterada quimicamente. Ver o vídeo de sua última apresentação em publico é de causar pena.
Elis Regina que cantou de forma tão brilhante, que foi a melhor, deixou-se levar bestamente num coquetel de álcool-depressão-drogas.
A lista é interminável.
A burrice também.
Embora todos tenham sido às suas maneiras expoentes de algo relevantemente muito bom, todos foram também claramente impulsionados por uma força que só obtinham quimicamente.
Eram especiais, mas muito mais fracos do que nós normais.
Janis Joplin foi absolutamente ousada na vida e original na forma de interpretar e morreu por não saber controlar a química.
Jimi Hendrix, tocou como poucos até então, e se acabou quimicamente.
John Lennon, foi adorado em vida, construiu uma obra extraordinária, consumiu drogas o suficiente para matar uma manada de elefantes. Morreu de bala, de uma forma besta.
Cazusa era um poeta cortante, displicente, lúcido e também mimado, que teve a sua carreira e vida facilitadas, bebia um litro de 51 em minutos quando vivia a angustia de saber de sua morte certa e próxima.
Raul Seixas deixou frases que sintetizam verdades absolutas sobre a sociedade e sobre o comportamento humano, consumiu-se.
Michael Jackson fez do próprio corpo uma laboratório, tanto para criar coreografias exuberantes como para transformar-se, deformar-se e matar-se.
Elvis Presley inventou o rock como espetáculo, influencio a todos que produziriam rock depois dele, esses mudariam a cultura do mundo ocidental, depois se tornaria alem do Rei-do-Rock no Rei-do-Brega e numa massa disforme alterada quimicamente. Ver o vídeo de sua última apresentação em publico é de causar pena.
Elis Regina que cantou de forma tão brilhante, que foi a melhor, deixou-se levar bestamente num coquetel de álcool-depressão-drogas.
A lista é interminável.
A burrice também.
Embora todos tenham sido às suas maneiras expoentes de algo relevantemente muito bom, todos foram também claramente impulsionados por uma força que só obtinham quimicamente.
Eram especiais, mas muito mais fracos do que nós normais.
SOBRE O QUÊ SONHAM AS PESSOAS...
O que quer da vida uma pessoa que tem um sonho?
Sonhar o sonho certo ajuda a realiza-lo, já o oposto ajuda a ser infeliz.
Ontem numa festa na casa da Tereza e do Marcondes - amigos estimados e carismáticos - conversei longamente com varias pessoas. Ficamos incríveis 9 horas na festa e só saímos porque estava frio demais e eu com sono demais. Numa das conversas perguntei a uma conhecida: Com o quê sonha sua filha? ( 25 anos, bonita, formada, trabalhadora e solteira) E a resposta veio em forma de tantas dúvidas que eu fiquei pensando em como fazer para saber o que exatamente ou próximamente querermos da vida.
Sempre digo que minha experiência de 51 anos de vida me diz tudo o que não quero, mas nada do que eu realmente, com certeza e segurança possa querer.
Esse tempo todo de vida deveria me dar algumas certezas, a conhecida com quem conversava deve ter a mesma idade que eu. Mas não conseguiu me dizer com o que a filha sonha e nem ela conseguiu formular claramente um sonho para a filha. Deu indicações, mas em forma de uma colcha de retalhos e não de um tecido continuo, homogéneo e integral.
Entendo perfeitamente a mãe e a filha. A mãe é muito bem articulada, sensível a detalhes, experiente de vida, inteligente e amadurecida para enfrentar desafios. A filha não conheço.
Mas entendo não conhecendo, porque entendo as pessoas que conheço e também não sabem como formular um sonho exequível. Todos querem o melhor, mas não sabem o que é esse melhor. Não é falta de experiência de vida o que nos falta, acho que é um leque muito grande de opções que fica abanando em nosso olhos e não nos deixa enxergar direito lá na frente.
Sonhar o sonho certo ajuda a realiza-lo, já o oposto ajuda a ser infeliz.
Ontem numa festa na casa da Tereza e do Marcondes - amigos estimados e carismáticos - conversei longamente com varias pessoas. Ficamos incríveis 9 horas na festa e só saímos porque estava frio demais e eu com sono demais. Numa das conversas perguntei a uma conhecida: Com o quê sonha sua filha? ( 25 anos, bonita, formada, trabalhadora e solteira) E a resposta veio em forma de tantas dúvidas que eu fiquei pensando em como fazer para saber o que exatamente ou próximamente querermos da vida.
Sempre digo que minha experiência de 51 anos de vida me diz tudo o que não quero, mas nada do que eu realmente, com certeza e segurança possa querer.
Esse tempo todo de vida deveria me dar algumas certezas, a conhecida com quem conversava deve ter a mesma idade que eu. Mas não conseguiu me dizer com o que a filha sonha e nem ela conseguiu formular claramente um sonho para a filha. Deu indicações, mas em forma de uma colcha de retalhos e não de um tecido continuo, homogéneo e integral.
Entendo perfeitamente a mãe e a filha. A mãe é muito bem articulada, sensível a detalhes, experiente de vida, inteligente e amadurecida para enfrentar desafios. A filha não conheço.
Mas entendo não conhecendo, porque entendo as pessoas que conheço e também não sabem como formular um sonho exequível. Todos querem o melhor, mas não sabem o que é esse melhor. Não é falta de experiência de vida o que nos falta, acho que é um leque muito grande de opções que fica abanando em nosso olhos e não nos deixa enxergar direito lá na frente.
MULHER É FODA.
Hoje teríamos um filme maravilhoso para assistir mas a namorada de uma amigo esqueceu o filme alugado a duras penas na casa dela a 40 quilómetros daqui.
Minha mulher resolveu lavar roupas hoje , domingo, e colocou minha calça com duas folhas de anotações sobre assuntos a tratar aqui no blog na maquina de lavar, umas 15 postagens vão ter que rebrotar de minha memória, já que ela diz que não há indícios de papie-maché nos bolsos da calça nem no filtro da máquina de lavar.
Para o primeiro caso temos alguns bons filmes para colocar no lugar.
Para o segundo caso confio em minha memória e sei que vou reconstituir os 15 temas.
Para o caso das mulheres, não tem solução.
Minha mulher resolveu lavar roupas hoje , domingo, e colocou minha calça com duas folhas de anotações sobre assuntos a tratar aqui no blog na maquina de lavar, umas 15 postagens vão ter que rebrotar de minha memória, já que ela diz que não há indícios de papie-maché nos bolsos da calça nem no filtro da máquina de lavar.
Para o primeiro caso temos alguns bons filmes para colocar no lugar.
Para o segundo caso confio em minha memória e sei que vou reconstituir os 15 temas.
Para o caso das mulheres, não tem solução.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
ATREVIDOS E FORTES.
Pessoas atrevidas em sua vida tornam você mais apto a vencer e ampliar seus horizontes.
Relacionar-se com pessoas que tem coragem de tomar iniciativas, que são claramente superiores a você em alguns campos só podem te fazer bem. Mesmo que sejam muito competitivas e persuasivas, mesmo que incomodem um pouco, mesmo que te tirem a paz de vez em quando.
Estar próximo a elas e fazendo coisas parecidas com que as que elas fazem e estar principalmente observado como agem pode lhe trazer uma enorme vantagem na vida.
Pessoas fortes e corajosas que não amolecem, tem cara de pau, seguem em frente mesmo quando tudo esta contra elas podem ser uma aparente ameaça mas na verdade são um tremendo vento a favor em sua vida. Elas quebram a cara, e quase sempre quebram a cara, mas acertam e sempre acertam algo. Esse acertar é que é o caso.
Paga ganhar na MegaSena é preciso 1) Jogar, 2) Ter sorte e 3) Saber o que fazer depois que ganhar.
Para conviver com atrevidos e fortes é preciso: 1) Jogar, 2) Ter sorte e 3) Saber o que fazer depois de ganhar.
Relacionar-se com pessoas que tem coragem de tomar iniciativas, que são claramente superiores a você em alguns campos só podem te fazer bem. Mesmo que sejam muito competitivas e persuasivas, mesmo que incomodem um pouco, mesmo que te tirem a paz de vez em quando.
Estar próximo a elas e fazendo coisas parecidas com que as que elas fazem e estar principalmente observado como agem pode lhe trazer uma enorme vantagem na vida.
Pessoas fortes e corajosas que não amolecem, tem cara de pau, seguem em frente mesmo quando tudo esta contra elas podem ser uma aparente ameaça mas na verdade são um tremendo vento a favor em sua vida. Elas quebram a cara, e quase sempre quebram a cara, mas acertam e sempre acertam algo. Esse acertar é que é o caso.
Paga ganhar na MegaSena é preciso 1) Jogar, 2) Ter sorte e 3) Saber o que fazer depois que ganhar.
Para conviver com atrevidos e fortes é preciso: 1) Jogar, 2) Ter sorte e 3) Saber o que fazer depois de ganhar.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
SUSPENSOS NA DUVIDA.
Para alguns deve ser um filme monótono. A versão espanhola para cinema da peça O metodo Gronholm de Jordi Galceran é muito bem elaborada. A linha básica é a duvida permanente sobre tudo. Ninguém nunca tem certeza de nada. Durante a disputa para um vaga em uma empresa os candidatos finalistas são colocados numa única sala onde atuarão para desclassificar seus concorrentes. Num clima meio kafkiano e com bastante humor as duvidas vão só aumentando até o último segundo do filme.
Bons atores, boas situações, roteiro dentro do possivel por ser uma versão de peça para teatro.
Recomendo ver e pensar.
Bons atores, boas situações, roteiro dentro do possivel por ser uma versão de peça para teatro.
Recomendo ver e pensar.
VACILOU... SUMIU.
Os dias atuais não estão para vacilos.
Antigamente ( la vem ele com antigamente outra vez ), tínhamos vizinhos estáveis, quero dizer, que passavam uma vida inteira sendo nossos vizinhos e só deixavam de ser vizinhos quando casavam e deixavam de morar na mesma rua porque arranjavam outra casa em algum outro lugar, sempre próximo, mas vinham nos finais de semana ver os pais.
Os colegas de emprego também eram bastante permanentes, o comércio era permanente e as mudanças tinham razões para acontecer.
Hoje basta um vacilo e o seu vizinho continua sendo seu vizinho mas parece que some e da a impressão que não e mais, no emprego é um tremendo entra e sai e se você não se mantiver em absoluta evidência trocam você por algum incompetente que ganhe menos ou por um novo periférico da rede que custa muito mais barato e não enche tanto o saco como a gente, se você no entanto, ficar muito evidente puxam seu tapete.
Namorado que não aparece, perde a namorada, se aparece demais perde mais rápido ainda.
Se você fica muito tempo sem ver um amigo ele arranja outro e descobre que você era uma chato, se você aparece o tempo todo ele descobre por você mesmo que você é um chato.
É o fio da navalha, temos que andar sobre ele. Vacilou dança.
Mas funciona também no sentido inverso, quando percebemos que aquelas pessoas que somem não fazem falta, que aquele amigo que não veio em sua festa deixou todos mais descontraídos e a festa foi melhor. O vizinho que viajou deixou a rua mais calma.
O vacilo é não notar que as vezes nos saturamos de gente, de atividades, de acontecimentos.
Antigamente ( porra novamente ), as pessoas eram mais calmas, mais acentadas, cuidavam de menos coisas e não queriam e não precisavam socializarem-se tanto.
Mudou a forma de interação, mudou a velocidade, mudou o tempo de duração do interesse.
E por fim mudou o critério de permanência no foco, a luz ficou mais fraca e infinitamente mais estreita e basta o tal vacilo para sair dela.
Antigamente ( la vem ele com antigamente outra vez ), tínhamos vizinhos estáveis, quero dizer, que passavam uma vida inteira sendo nossos vizinhos e só deixavam de ser vizinhos quando casavam e deixavam de morar na mesma rua porque arranjavam outra casa em algum outro lugar, sempre próximo, mas vinham nos finais de semana ver os pais.
Os colegas de emprego também eram bastante permanentes, o comércio era permanente e as mudanças tinham razões para acontecer.
Hoje basta um vacilo e o seu vizinho continua sendo seu vizinho mas parece que some e da a impressão que não e mais, no emprego é um tremendo entra e sai e se você não se mantiver em absoluta evidência trocam você por algum incompetente que ganhe menos ou por um novo periférico da rede que custa muito mais barato e não enche tanto o saco como a gente, se você no entanto, ficar muito evidente puxam seu tapete.
Namorado que não aparece, perde a namorada, se aparece demais perde mais rápido ainda.
Se você fica muito tempo sem ver um amigo ele arranja outro e descobre que você era uma chato, se você aparece o tempo todo ele descobre por você mesmo que você é um chato.
É o fio da navalha, temos que andar sobre ele. Vacilou dança.
Mas funciona também no sentido inverso, quando percebemos que aquelas pessoas que somem não fazem falta, que aquele amigo que não veio em sua festa deixou todos mais descontraídos e a festa foi melhor. O vizinho que viajou deixou a rua mais calma.
O vacilo é não notar que as vezes nos saturamos de gente, de atividades, de acontecimentos.
Antigamente ( porra novamente ), as pessoas eram mais calmas, mais acentadas, cuidavam de menos coisas e não queriam e não precisavam socializarem-se tanto.
Mudou a forma de interação, mudou a velocidade, mudou o tempo de duração do interesse.
E por fim mudou o critério de permanência no foco, a luz ficou mais fraca e infinitamente mais estreita e basta o tal vacilo para sair dela.
terça-feira, 21 de julho de 2009
INVENTAM O PECADO MAS NÃO INVENTAM O PERDÃO.
Falta alguma coisa prá ligar o tudo ao tudo.
Inventam essa tal de internet e nossa dependencia a ela, mas não inventam um modo dela funcionar direito. Dai tudo vai sendo transferido para ela e sem ela você passa a não poder existir.
Mas ela não comporta a demanda e ainda vão incrementando novas necessidades a ela.
Quando ela para, tudo para, só nosso coração não para, mas quase para.
Tenho vivido dias de caos com a lentidão dela e com suas quedas constantes.
Não tenho com quem reclamar, a Cia me me explora o bolso diz que é problema de umidade no fio. Anos de pesquisas e progressos para terminar numa simples umidade, eu não acredito nisso?
Perguntaram me se a linha tem ruído, disse não tem, não tem mesmo? Eu lá vou saber de ruído eu pago a conta ( com 30 dias de atraso ) que é para não ter que me preocupar com ruídos.
Olhando assim parece que estamos muito avançados, mas acreditem estamos na pré-história da informática e da internet, um dia nosso tataranetos rirão de nossa experiência das cavernas como hoje rimos do Atari e dos primeiros tijolões celulares.
Mas bem que podiam melhorar essa coisa aqui porque depois que dão o doce ficam tirando da boca da gente o tempo todo.
Inventam essa tal de internet e nossa dependencia a ela, mas não inventam um modo dela funcionar direito. Dai tudo vai sendo transferido para ela e sem ela você passa a não poder existir.
Mas ela não comporta a demanda e ainda vão incrementando novas necessidades a ela.
Quando ela para, tudo para, só nosso coração não para, mas quase para.
Tenho vivido dias de caos com a lentidão dela e com suas quedas constantes.
Não tenho com quem reclamar, a Cia me me explora o bolso diz que é problema de umidade no fio. Anos de pesquisas e progressos para terminar numa simples umidade, eu não acredito nisso?
Perguntaram me se a linha tem ruído, disse não tem, não tem mesmo? Eu lá vou saber de ruído eu pago a conta ( com 30 dias de atraso ) que é para não ter que me preocupar com ruídos.
Olhando assim parece que estamos muito avançados, mas acreditem estamos na pré-história da informática e da internet, um dia nosso tataranetos rirão de nossa experiência das cavernas como hoje rimos do Atari e dos primeiros tijolões celulares.
Mas bem que podiam melhorar essa coisa aqui porque depois que dão o doce ficam tirando da boca da gente o tempo todo.
ELA SÓ FAZ O QUE ELA QUER...
Hoje quase tive um enfarto com ela.
Ela só faz o quê ela quer e na hora que ela quer, ou vive repetindo aquilo que não quero mais e torrando o meu dinheiro.
Cheguei hoje a dar um murro nela. Ela não me obedecia e ficou calada sem obedecer depois da porrada.
Tentei tudo para fazer ela realizar minhas vontades, mas nada.
Por fim desisti, tenho outra mais completa, multi funcional que faz tudo o que eu quero.
Juro que por um bom tempo não vou nem olhar para a cara dela.
Essa tranqueira de impressora HP não me merece.
Ela só faz o quê ela quer e na hora que ela quer, ou vive repetindo aquilo que não quero mais e torrando o meu dinheiro.
Cheguei hoje a dar um murro nela. Ela não me obedecia e ficou calada sem obedecer depois da porrada.
Tentei tudo para fazer ela realizar minhas vontades, mas nada.
Por fim desisti, tenho outra mais completa, multi funcional que faz tudo o que eu quero.
Juro que por um bom tempo não vou nem olhar para a cara dela.
Essa tranqueira de impressora HP não me merece.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
PAIXÃO X PESSOA CERTA
Tenho dado alguns conselhos. Sobre os mais variados assuntos para diversas pessoas.
Mas a síntese tem sido de que existe a pessoa certa e a pessoa pela qual nos apaixonamos, assim como existem as coisas certas e as coisas que queremos.
Na maioria das vezes queremos ou nos apaixonamos pelo que nós é mais atraente, e não pelo que nós é mais gratificante. Paramos no principio da avaliação que deveríamos fazer de forma completa e aprofundada. Contentamo-nos com os primeiros encantos e esquecemos dos demais detalhes que acabariam com ele. E assim padecemos.
Comprar um carro zero é bom, arcar com os custos a comer nosso rendimento são os tais detalhes.
Querer a pessoa mais bonita e simpática é bom, mas não conhecer suas perversidades e armadilhas é um enrosco.
Mas a síntese tem sido de que existe a pessoa certa e a pessoa pela qual nos apaixonamos, assim como existem as coisas certas e as coisas que queremos.
Na maioria das vezes queremos ou nos apaixonamos pelo que nós é mais atraente, e não pelo que nós é mais gratificante. Paramos no principio da avaliação que deveríamos fazer de forma completa e aprofundada. Contentamo-nos com os primeiros encantos e esquecemos dos demais detalhes que acabariam com ele. E assim padecemos.
Comprar um carro zero é bom, arcar com os custos a comer nosso rendimento são os tais detalhes.
Querer a pessoa mais bonita e simpática é bom, mas não conhecer suas perversidades e armadilhas é um enrosco.
O AMOR ESTA NO AR
Assistam.
É o tipo do filme gostoso de ver. Com uma cara traumatizado, um amigo engraçado e fiel e duas garotas bonitas para dividir o coração e a razão de uma cara que não sabe dizer não e tem medo de voar e com um bocado de azar.
Marion Cotillard como sempre esta maravilhosa, ótima atriz ( veja Piaf ) sempre uma gracinha.
O roteiro é muito dinâmico, com soluções excelentes, cheio de poesia e de situações em que nos enxergamos.
Filminho bom prá cacete.
É o tipo do filme gostoso de ver. Com uma cara traumatizado, um amigo engraçado e fiel e duas garotas bonitas para dividir o coração e a razão de uma cara que não sabe dizer não e tem medo de voar e com um bocado de azar.
Marion Cotillard como sempre esta maravilhosa, ótima atriz ( veja Piaf ) sempre uma gracinha.
O roteiro é muito dinâmico, com soluções excelentes, cheio de poesia e de situações em que nos enxergamos.
Filminho bom prá cacete.
MISTÉRIOS
Bosques são lugares muito misteriosos.
Adoramos mistérios, queremos desvenda-los mas também queremos que sejam difíceis de o serem.
Todo mistério desvendado perde a graça.
O bom é que surjam a cada dia novos mistérios.
Caminhar num bosque mexe com a imaginação e com a sensibilidade, você se sente observado, não sabe exatamente o que esta oculto nele e se terá alguma surpresa naquele dia.
Tudo conspira a favor do insolucionavel.
Um ruído ao longe soa como um perigo fatal, o silêncio soa como um grande perigo eminente.
Um galho pode cair, um buraco pode estar oculto, um bicho ou um inseto podem surgir.
Mas o que alucina mesmo é a possibilidade de haver entidades ocultas vagando por ali.
Coisas em que não se quer acreditar mas que podem surpreender a qualquer momento.
A vida também é cheia de mistérios que não querermos solucionar.
A nossa vida é um bosque, onde insistimos em andar para ter aquele friozinho na barrinha.
Adoramos mistérios, queremos desvenda-los mas também queremos que sejam difíceis de o serem.
Todo mistério desvendado perde a graça.
O bom é que surjam a cada dia novos mistérios.
Caminhar num bosque mexe com a imaginação e com a sensibilidade, você se sente observado, não sabe exatamente o que esta oculto nele e se terá alguma surpresa naquele dia.
Tudo conspira a favor do insolucionavel.
Um ruído ao longe soa como um perigo fatal, o silêncio soa como um grande perigo eminente.
Um galho pode cair, um buraco pode estar oculto, um bicho ou um inseto podem surgir.
Mas o que alucina mesmo é a possibilidade de haver entidades ocultas vagando por ali.
Coisas em que não se quer acreditar mas que podem surpreender a qualquer momento.
A vida também é cheia de mistérios que não querermos solucionar.
A nossa vida é um bosque, onde insistimos em andar para ter aquele friozinho na barrinha.
domingo, 19 de julho de 2009
ELE...
...caminhou lentamente até onde achou que encontraria a ancora e só lamentou pelos cigarros.
Concluiu que ela estava no lugar certo e ele no errado. Mas também que ele estava certo e que la assim era inútil. Apalpou-a e sentiu saudades da época em que era mais jovem e livre, e do quanto não soubera aproveitar as oportunidades que pintavam em sua vida.
Por fim lamentou sua eterna preguiça, denunciada ali por aquele raro momento de iniciativa e contabilizou seus dias plenos de inutilidade. Que pouco uso dava para sua vida.
Depois saiu dali e nunca mais voltou a pensar naquilo, naquelas coisas por fazer, no tempo jogado fora. Tornou-se inútil sem dramas de consciência convencido de que era tão somente igual aos demais. Causo-lhe apenas um certo desconforto esse constatar-se igual aos demais , coisa que ele não sabia ainda aceitar.
Concluiu que ela estava no lugar certo e ele no errado. Mas também que ele estava certo e que la assim era inútil. Apalpou-a e sentiu saudades da época em que era mais jovem e livre, e do quanto não soubera aproveitar as oportunidades que pintavam em sua vida.
Por fim lamentou sua eterna preguiça, denunciada ali por aquele raro momento de iniciativa e contabilizou seus dias plenos de inutilidade. Que pouco uso dava para sua vida.
Depois saiu dali e nunca mais voltou a pensar naquilo, naquelas coisas por fazer, no tempo jogado fora. Tornou-se inútil sem dramas de consciência convencido de que era tão somente igual aos demais. Causo-lhe apenas um certo desconforto esse constatar-se igual aos demais , coisa que ele não sabia ainda aceitar.
TUDO DEMAIS.
Domingo a gente come demais.
Fala demais sobre muitas coisas, é uma piração. Muita churrasco, muita cerveja, muita gritaria de criança, assunto emendado em assunto. Depois café, mais café e transito prá voltar prá casa.
Tem carro demais em São Paulo, eles estão brotando do chão, notamos a diferença de volume de um mês para o outro. Tem coisa demais de tem gente demais nas ruas os tempo todo.
Tem muito barulho, tem muita igreja e muito culto, tá tudo fervilhando exageradamente.
As pessoas se juntam em todos os lugares, tem um clima de tudo acontecendo ao mesmo tempo.
Ficar numa esquina parado vendo os carros passarem da uma medida, é muita gente indo e vindo prá todos os cantos.
Meu, até aqui no mato a coisa tá que é um agito só.
Acho que isso tudo aqui vai explodir.
Fala demais sobre muitas coisas, é uma piração. Muita churrasco, muita cerveja, muita gritaria de criança, assunto emendado em assunto. Depois café, mais café e transito prá voltar prá casa.
Tem carro demais em São Paulo, eles estão brotando do chão, notamos a diferença de volume de um mês para o outro. Tem coisa demais de tem gente demais nas ruas os tempo todo.
Tem muito barulho, tem muita igreja e muito culto, tá tudo fervilhando exageradamente.
As pessoas se juntam em todos os lugares, tem um clima de tudo acontecendo ao mesmo tempo.
Ficar numa esquina parado vendo os carros passarem da uma medida, é muita gente indo e vindo prá todos os cantos.
Meu, até aqui no mato a coisa tá que é um agito só.
Acho que isso tudo aqui vai explodir.
40 ANOS DEPOIS.......
...de chegarmos a lua, aqui estamos nós. Como assim? Chegarmos a Lua? Eu nunca fui à Lua.
Os americanos foram e é incrível saber que isso foi 40 anos atrás. De qualquer modos, quase nada mudou. Ganhamos o velcro a caneta roller-ball e uma certa sensação de ter vencido um desafio da época.
Um telefone celular tem mais processadores que a nave que os levou até lá. Foram na louca, na raça, guiados pelo cheiro. Morro de medo de pensar. Quem viu o filme Apollo 13 sabe da precariedade da aventura.
Mas vamos comemorar o feito, o atrevimento e o !"ufa, deu certo".
Os americanos foram e é incrível saber que isso foi 40 anos atrás. De qualquer modos, quase nada mudou. Ganhamos o velcro a caneta roller-ball e uma certa sensação de ter vencido um desafio da época.
Um telefone celular tem mais processadores que a nave que os levou até lá. Foram na louca, na raça, guiados pelo cheiro. Morro de medo de pensar. Quem viu o filme Apollo 13 sabe da precariedade da aventura.
Mas vamos comemorar o feito, o atrevimento e o !"ufa, deu certo".
segunda-feira, 13 de julho de 2009
RESPOSTAS
Tenho procurado formular respostas adequadas para perguntas muito difíceis que me tem sido feitas.
Para algumas já sei que não tenho competência para responder.
Para outras dou lá meus palpites, mas depois me pego pensando se fiz bem ou mal em responder.
Com fazer para pensar uma questão que é muito abrangente. Para entende-la eu fraciono mas para pensa-la não posso fracionar. Pensar o todo é um encargo que se torna confuso e cansativo.
Já passei por essas dificuldades antes, mas desta vez me causa constrangimento não ter respostas para questões pelas quais já passei na vida. Ou seja, passei mal, passei de forma superficial, empurrei de barriga, porque agora que preciso de extidão estou escorregando.
Para algumas já sei que não tenho competência para responder.
Para outras dou lá meus palpites, mas depois me pego pensando se fiz bem ou mal em responder.
Com fazer para pensar uma questão que é muito abrangente. Para entende-la eu fraciono mas para pensa-la não posso fracionar. Pensar o todo é um encargo que se torna confuso e cansativo.
Já passei por essas dificuldades antes, mas desta vez me causa constrangimento não ter respostas para questões pelas quais já passei na vida. Ou seja, passei mal, passei de forma superficial, empurrei de barriga, porque agora que preciso de extidão estou escorregando.
domingo, 12 de julho de 2009
DOU DE FRENTE...
ALGUMAS...
A LENDA DE 1900
Do mesmo diretor de O novo cinema Paradiso, tão bom quanto.
Um grande filme do qual nunca havia ouvido falar e o filme é de 1998.
Um bebe abandonado num navio que trazia imigrantes italianos para a América.
Criado escondido no navio por um operário da casa de máquinas, ele cresce sem documentos e nunca pode desembarcar. Torna-se um pianista incomparável e insuperável e disso tira seu sustento dentro do navio. Tem uma cena dele tocando piano durante uma tempestade em alto mar que é uma das coisas mais bonitas que já vi no cinema.
O filme envolve e faz pensar.
A trilha é Enio Morricone, o mesmo que fez a trilha de Cinema Paradiso, e recebeu um Oscar honorário por sua imensa obra de trilhas para filmes, que é maravilhosa.
Se você gosta mesmo de cinema, precisa ver esse filme.
Um grande filme do qual nunca havia ouvido falar e o filme é de 1998.
Um bebe abandonado num navio que trazia imigrantes italianos para a América.
Criado escondido no navio por um operário da casa de máquinas, ele cresce sem documentos e nunca pode desembarcar. Torna-se um pianista incomparável e insuperável e disso tira seu sustento dentro do navio. Tem uma cena dele tocando piano durante uma tempestade em alto mar que é uma das coisas mais bonitas que já vi no cinema.
O filme envolve e faz pensar.
A trilha é Enio Morricone, o mesmo que fez a trilha de Cinema Paradiso, e recebeu um Oscar honorário por sua imensa obra de trilhas para filmes, que é maravilhosa.
Se você gosta mesmo de cinema, precisa ver esse filme.
sábado, 11 de julho de 2009
MULHERES ATREVIDAS
Sempre tive a sorte de ter mais amigas que amigos.
Sempre tive a sorte maior ainda de conhecer mulheres muito bonitas e muito atrevidas.
Definindo atrevimento : Aquela atitude de ir buscar aquilo que quer. Não ficar dependendo de um homem. Se atrevida não define direito não importa, você entendeu o que quer falar, pronto!
Acho que isso assusta tanto aos homens quanto atrai a inveja das outras mulheres.
Não sei por quê algumas tem atitude e outras não. O que distingui é que umas verbalizam enquanto outras praticam.
Mas os machos murcham perto dessas mulheres, recolhem-se à posição de filhotes desprotegidos ou de maiores carentes. Não poderiam fazer coisa pior.
Mas no meu secreto acreditar, não contem a ninguém, toda mulher forte tem ao seu lado um homem fraco. Dois fortes não ficam juntos. Disputam, se aniquilam e se separam.
Mas estou falando de atrevidas não de santas.
Mulheres autónomas sempre serão vistas como imorais.
Sempre pesara sobre elas a dúvida sobre suas verdadeiras intenções e sobre quais seriam seus limites. Quais seriam seus meios de obtenção.
Ninguém coloca nunca em primeiro lugar que possam ser trabalhadoras e competentes.
Os resultados serão sempre desmerecidos.
É preciso fazer essa nuvem de fumaça para esconder o mérito, e isso é feito sem escrúpulos.
Sempre tive a sorte maior ainda de conhecer mulheres muito bonitas e muito atrevidas.
Definindo atrevimento : Aquela atitude de ir buscar aquilo que quer. Não ficar dependendo de um homem. Se atrevida não define direito não importa, você entendeu o que quer falar, pronto!
Acho que isso assusta tanto aos homens quanto atrai a inveja das outras mulheres.
Não sei por quê algumas tem atitude e outras não. O que distingui é que umas verbalizam enquanto outras praticam.
Mas os machos murcham perto dessas mulheres, recolhem-se à posição de filhotes desprotegidos ou de maiores carentes. Não poderiam fazer coisa pior.
Mas no meu secreto acreditar, não contem a ninguém, toda mulher forte tem ao seu lado um homem fraco. Dois fortes não ficam juntos. Disputam, se aniquilam e se separam.
Mas estou falando de atrevidas não de santas.
Mulheres autónomas sempre serão vistas como imorais.
Sempre pesara sobre elas a dúvida sobre suas verdadeiras intenções e sobre quais seriam seus limites. Quais seriam seus meios de obtenção.
Ninguém coloca nunca em primeiro lugar que possam ser trabalhadoras e competentes.
Os resultados serão sempre desmerecidos.
É preciso fazer essa nuvem de fumaça para esconder o mérito, e isso é feito sem escrúpulos.
PECADORES
Quem nunca pecou que atire a primeira pedra.
O pecado não tira de você a chance de ir para o paraíso.
O pecado trás o paraíso mais rápido até você, pois o pecado esta diretamente associado a algum tipo de prazer imediato.
Não é pecado viver, nem viver bem, nem escolher apenas o que é melhor, nem escolher o melhor escondido dos outros, nem conspirar para que o melhor seja seu.
Pecado é deixar passar as oportunidades, voltar as costas para as coisas boas da vida; pecado é ficar emburrado, enclausurado só porque esta chovendo e você queria sol.
Saia na chuva, cometa este pecado.
Peque e tenha o paraíso agora.
O pecado não tira de você a chance de ir para o paraíso.
O pecado trás o paraíso mais rápido até você, pois o pecado esta diretamente associado a algum tipo de prazer imediato.
Não é pecado viver, nem viver bem, nem escolher apenas o que é melhor, nem escolher o melhor escondido dos outros, nem conspirar para que o melhor seja seu.
Pecado é deixar passar as oportunidades, voltar as costas para as coisas boas da vida; pecado é ficar emburrado, enclausurado só porque esta chovendo e você queria sol.
Saia na chuva, cometa este pecado.
Peque e tenha o paraíso agora.
LISPECTOR
sexta-feira, 10 de julho de 2009
A FUGA DO PARAISO
Ocorreu-me que eventualmente o paraíso terrestre não era algo assim tão absolutamente desejado. Que o tédio é mais inimigo do ser humano que a morte. E que alguém que fosse condenado a viver todos os seus dias num lugar de profunda paz, comendo frutinhas e bebendo água puríssima não aguentaria muito tempo.
Fugir seria inevitável.
O mundo real, com todos os seus problemas e desconfortos oferece no entanto uma sucessão limitada de eventos que tornam a vida uma incógnita. Mas estar diante de incógnitas e mistérios é muito mais estimulante que viver eternamente um mesmo dia sem variação ou diferenças todos os dias.
Todos vivemos vidas relativamente parecidas, com problemas parecidos e, como disse, um numero limitado de eventos, por isso alguns se cansam e vão saltar de para quedas, vão fazer viagens químicas ou ariscar a vida numa escalada do Everest.
Se você colocar reparo vai ver que mesmo uma vida agitada é rotineiramente agitada.
É agitada mas os eventos são sempre os mesmos, e um final de semana longo se torna mais longo ainda quando você descansa fazendo aquilo que sempre faz.
A novidade e a incerteza é que são o paraíso.
A adrenalina gerada pelo inesperado é que põe gosto na coisa, a sensação de correr riscos é que faz com que o sabor seja melhor.
Prá este final de semana que caí na armadilha do tédio, resta-me apenas o consolo de ter descoberto que o paraíso não é objeto de meu desejo.
No estado de São Paulo, estamos tendo um feriado prolongado por conta das comemorações do dia 9 de Julho, aniversário da Revolução Constitucionalista, que é coisa que nem paulista sabe o que é.
Fugir seria inevitável.
O mundo real, com todos os seus problemas e desconfortos oferece no entanto uma sucessão limitada de eventos que tornam a vida uma incógnita. Mas estar diante de incógnitas e mistérios é muito mais estimulante que viver eternamente um mesmo dia sem variação ou diferenças todos os dias.
Todos vivemos vidas relativamente parecidas, com problemas parecidos e, como disse, um numero limitado de eventos, por isso alguns se cansam e vão saltar de para quedas, vão fazer viagens químicas ou ariscar a vida numa escalada do Everest.
Se você colocar reparo vai ver que mesmo uma vida agitada é rotineiramente agitada.
É agitada mas os eventos são sempre os mesmos, e um final de semana longo se torna mais longo ainda quando você descansa fazendo aquilo que sempre faz.
A novidade e a incerteza é que são o paraíso.
A adrenalina gerada pelo inesperado é que põe gosto na coisa, a sensação de correr riscos é que faz com que o sabor seja melhor.
Prá este final de semana que caí na armadilha do tédio, resta-me apenas o consolo de ter descoberto que o paraíso não é objeto de meu desejo.
No estado de São Paulo, estamos tendo um feriado prolongado por conta das comemorações do dia 9 de Julho, aniversário da Revolução Constitucionalista, que é coisa que nem paulista sabe o que é.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
IMAGINO
Numa tarde fresca
Não ter nada prá fazer
Inventar de andar
E na ponte encontrar um amigo
Com a mesma falta do quê fazer
E parar para falar de tudo
Falar sobre tudo
Sem discordar, só prá poder complementar
Ele mais jovem e mais esperto
Você mais velho e precavido
Jogar infantilmente pedrinhas lá em baixo
Concluir que nada pode ser mudado
Que o tempo esta parado
Contentar-se com isso e não dar maior importância ao fato
Depois, dar meia volta e voltar para casa.
Não ter nada prá fazer
Inventar de andar
E na ponte encontrar um amigo
Com a mesma falta do quê fazer
E parar para falar de tudo
Falar sobre tudo
Sem discordar, só prá poder complementar
Ele mais jovem e mais esperto
Você mais velho e precavido
Jogar infantilmente pedrinhas lá em baixo
Concluir que nada pode ser mudado
Que o tempo esta parado
Contentar-se com isso e não dar maior importância ao fato
Depois, dar meia volta e voltar para casa.
ESTREITO
Alimentar-se de si mesmo faz seu mundo tornar-se estreito.
Odeio pedir perdão e odeio na mesma medida perdoar.
Mas meu mundo fica cada vez mais estreito por conta dessa minha forma de pensar.
Perdoar é dar a oportunidade da reincidência.
É deixar claro ao opositor quais são seus pontos fracos e ter que contar com a honestidade do outro para não ser ferido novamente. Mas e se... o outro não for honesto e usar essa vantagem.
E se... você estiver nas mãos de uma pessoa aproveitadora.
Não há o perdão absoluto.
Há um realinhamento onde os havidos nunca serão descuidados.
Com isso abre-se o mundo, você mantém relacionamentos, mas amplia sua visão das possibilidades de riscos e danos em que esta incorrendo. E se... não amplia?
Grandes riscos, grandes danos virão.
Quem não perdoa morre de cancer. Me falaram. Diz que você chama a doença. Me mandaram isso por escrito, deve ser verdade senão não colocariam no papel.
Eu acho que a gente não deve pedir perdão nem perdoar porque uma coisa nunca acontece por si só ou por conta de um único agente. Se te enganam, é porque você deixou te enganarem, se revelam um segredo seu para outros é porque você confidenciou para a pessoa errada. E por ai vai, de modos que você sempre tem parte da culpa.
Antes de ficar com babaquices de ficar perdoando e pedindo perdão por tudo e melhor fingir que não aconteceu nada, ficar mais esperto e menos estreito e entender que ninguém é pior do que você.
Odeio pedir perdão e odeio na mesma medida perdoar.
Mas meu mundo fica cada vez mais estreito por conta dessa minha forma de pensar.
Perdoar é dar a oportunidade da reincidência.
É deixar claro ao opositor quais são seus pontos fracos e ter que contar com a honestidade do outro para não ser ferido novamente. Mas e se... o outro não for honesto e usar essa vantagem.
E se... você estiver nas mãos de uma pessoa aproveitadora.
Não há o perdão absoluto.
Há um realinhamento onde os havidos nunca serão descuidados.
Com isso abre-se o mundo, você mantém relacionamentos, mas amplia sua visão das possibilidades de riscos e danos em que esta incorrendo. E se... não amplia?
Grandes riscos, grandes danos virão.
Quem não perdoa morre de cancer. Me falaram. Diz que você chama a doença. Me mandaram isso por escrito, deve ser verdade senão não colocariam no papel.
Eu acho que a gente não deve pedir perdão nem perdoar porque uma coisa nunca acontece por si só ou por conta de um único agente. Se te enganam, é porque você deixou te enganarem, se revelam um segredo seu para outros é porque você confidenciou para a pessoa errada. E por ai vai, de modos que você sempre tem parte da culpa.
Antes de ficar com babaquices de ficar perdoando e pedindo perdão por tudo e melhor fingir que não aconteceu nada, ficar mais esperto e menos estreito e entender que ninguém é pior do que você.
O OVO E O CHORO
Esta noite não dormi por conta de um e-mail que li por volta das 23:30 horas.
Ele me fez lembrar algo que aconteceu de fato e me ligou ao presente de forma cruel.
Minha mãe tinha uma única galinha, essa galinha era minúscula, mesmo eu em minha ingenuidade dos 8 ou 9 anos percebi que se tratava de uma criatura inferior. Mas era a única que tínhamos. Um dia ela botou o seu primeiro ovo. E peguei o ovo e explodi de alegria, aquilo era o máximo. Minha avó chegou para mim e disse em voz baixa e com muito jeitinho: - Esse ovo é meu, porque sua mãe me vendeu a galinha. E eu tive que entregar o ovo.
Dei as costas sem graça e perdi o rebolado por não saber que minha mãe estava num estado de penúria tão grande que havia vendido aquela galinha esqualida. Andei até minha casa, acreditem, fiz hoje um esboço para calcular qual fora o tamanho de minha caminhada com base em minas remotas lembranças da localização do galinheiro e do sofá da sala onde fui parar, deu 8 metros.
Pareceu 80 kms na ocasião. Sentei encolhido no sofá e chorei pela perda do ovo, pela perda do direito de colher os próximos ovos, pela perda da alegria, pela perda do carinho e generosidade de minha avó, por saber que éramos miseravelmente pobres que nem uma galinha fracassada conseguíamos manter e finalmente chorei por saber que estava sozinho chorando e ninguém notou minha tristeza. Não lembro de mais nada da ocasião sobre esse fato. Ele se apagou de minha mente.
Tem uma musica que diz:
Sofri imensamente para chegar até aqui
Atravessei um enorme temporal com muita luta
As lágrimas que chorei as gotas da chuva lavaram
Estou aqui e ninguém nota o quanto sofri.
Ontem chorei novamente lembrando isso. E me perguntando:
Será que minha filha chora e sofre sem que eu perceba?
Ele me fez lembrar algo que aconteceu de fato e me ligou ao presente de forma cruel.
Minha mãe tinha uma única galinha, essa galinha era minúscula, mesmo eu em minha ingenuidade dos 8 ou 9 anos percebi que se tratava de uma criatura inferior. Mas era a única que tínhamos. Um dia ela botou o seu primeiro ovo. E peguei o ovo e explodi de alegria, aquilo era o máximo. Minha avó chegou para mim e disse em voz baixa e com muito jeitinho: - Esse ovo é meu, porque sua mãe me vendeu a galinha. E eu tive que entregar o ovo.
Dei as costas sem graça e perdi o rebolado por não saber que minha mãe estava num estado de penúria tão grande que havia vendido aquela galinha esqualida. Andei até minha casa, acreditem, fiz hoje um esboço para calcular qual fora o tamanho de minha caminhada com base em minas remotas lembranças da localização do galinheiro e do sofá da sala onde fui parar, deu 8 metros.
Pareceu 80 kms na ocasião. Sentei encolhido no sofá e chorei pela perda do ovo, pela perda do direito de colher os próximos ovos, pela perda da alegria, pela perda do carinho e generosidade de minha avó, por saber que éramos miseravelmente pobres que nem uma galinha fracassada conseguíamos manter e finalmente chorei por saber que estava sozinho chorando e ninguém notou minha tristeza. Não lembro de mais nada da ocasião sobre esse fato. Ele se apagou de minha mente.
Tem uma musica que diz:
Sofri imensamente para chegar até aqui
Atravessei um enorme temporal com muita luta
As lágrimas que chorei as gotas da chuva lavaram
Estou aqui e ninguém nota o quanto sofri.
Ontem chorei novamente lembrando isso. E me perguntando:
Será que minha filha chora e sofre sem que eu perceba?
terça-feira, 7 de julho de 2009
ABANDONO
Alguns lugares muito legais são um dia abandonados. Aqui já passou uma linha de trem. Esse prédio já foi uma estação inglesa. Aqui pessoas viveram as emoções próprias de uma estação de partidas e chegadas.
Mas um dia, por um motivo alheio ao lugar ele foi abandonado, perdeu a importancia para a maioria e tornou-se importante apenas para algumas frações de memórias, ou para algum afortunado que desfruta justamente desse abandono local para ter sua pacatitude preservada.
Queria poder parar num lugar desses e desfrutar a paz que hoje ali impera.
Eu sou fixado em lugares bucólicos, cantos desprezados, lugares desertificados pela ação dos avidos por outras opções ou lugares pouco habitados.
O abandono não finaliza a história, apenas tira dela a velocidade que tinha e cria novas possibilidades para ela será contada.
Mas um dia, por um motivo alheio ao lugar ele foi abandonado, perdeu a importancia para a maioria e tornou-se importante apenas para algumas frações de memórias, ou para algum afortunado que desfruta justamente desse abandono local para ter sua pacatitude preservada.
Queria poder parar num lugar desses e desfrutar a paz que hoje ali impera.
Eu sou fixado em lugares bucólicos, cantos desprezados, lugares desertificados pela ação dos avidos por outras opções ou lugares pouco habitados.
O abandono não finaliza a história, apenas tira dela a velocidade que tinha e cria novas possibilidades para ela será contada.
IMPENETRÁVEL!!!
Existem ambientes que são impenetráveis.
Existem grupos que são impenetráveis.
Pessoas também. Negócios e soluções completamente impenetráveis.
Mundos fechados propositalmente por quem sacou que é assim que se consegue as coisas que os outros não devem conseguir.
Guetos. Sempre falo de guetos com os amigos. Detectem os guetos e não percam tempo tentando. Eles são estruturas formadas com alicerces sólidos e históricos, onde transitam livremente os eleitos. Aos demais é possível em casos raros dar um espiadinha para dentro, e conforme o caso ser aceito, mas tem iniciação com prova de fogo, sangue, suor, dor e lágrimas.
Marilyn Monroe conseguia seus melhores papeis de joelhos usando os lábios para destrancar a porta de um mundo que seria impenetrável para ela. Ela pagava o preço e penetrava, morreu de tristeza e solidão, morreu dentro de um desses mundos.
Quando tentei iniciar minha carreira no ramo da publicidade de gente grande, das agências que produziam coisas de verdade e não dos meros balcões de anúncios classificados, logo notei que o jogo ali era pesado e eu não tinha nada de atraente para abrir a porta, alias nunca nem descobri onde ficavam as portas. Um mundo impenetrável e denso, cheio de perigos e prazeres ( deles ).
Um mundo venal. Não que eu tivesse pudores, alias nem sabia o que eram pudores, o que eu não tinha era simancol, bagagem, bunda atraente, discrição, beleza física ou sei lá o que que a praça estava requerendo naquela ocasião. Não entendi as regras, os requerimentos básicos, acharam que eu estava me fazendo de besta e nunca passei da portaria.
Assédio é requisito elementar no mundo de sempre. Seja você homem ou mulher.
Faça-se de besta de desentendido e tchau.
Sabia que não poderia um dia usar isso como desculpa por não ter conseguido, ninguém ainda conseguiu se justificar assim. Por isso é preciso de garra. A capacidade de superar pelo talento, pela capacidade de fazer, fazer rápido, barato e muito bem feito. É coisa de de Mandrake.
Por isso existem dois mundos impenetráveis, e um oprime o outro por puro prazer.
Os dos que conseguiram chegar a um patamar de poder que lhes permite impor as condições de acesso, e outro dos que possuem algum tipo de capital ( financeiro ou avanço técnico ) que lhes
permite impor ao primeiro o seu elevado preço para que esses tenham o que só eles sabem e podem fazer. Ninguém compra fácil, ninguém dá de graça. E os dois mundos vão se tornando cada vez mais difíceis de penetrar.
Um modo que as pessoas desenvolveram para carimbar a palavra incompetente na testa de quem não é igual a elas, não sonha os mesmos sonhos e não sente os mesmos prazeres.
Existem grupos que são impenetráveis.
Pessoas também. Negócios e soluções completamente impenetráveis.
Mundos fechados propositalmente por quem sacou que é assim que se consegue as coisas que os outros não devem conseguir.
Guetos. Sempre falo de guetos com os amigos. Detectem os guetos e não percam tempo tentando. Eles são estruturas formadas com alicerces sólidos e históricos, onde transitam livremente os eleitos. Aos demais é possível em casos raros dar um espiadinha para dentro, e conforme o caso ser aceito, mas tem iniciação com prova de fogo, sangue, suor, dor e lágrimas.
Marilyn Monroe conseguia seus melhores papeis de joelhos usando os lábios para destrancar a porta de um mundo que seria impenetrável para ela. Ela pagava o preço e penetrava, morreu de tristeza e solidão, morreu dentro de um desses mundos.
Quando tentei iniciar minha carreira no ramo da publicidade de gente grande, das agências que produziam coisas de verdade e não dos meros balcões de anúncios classificados, logo notei que o jogo ali era pesado e eu não tinha nada de atraente para abrir a porta, alias nunca nem descobri onde ficavam as portas. Um mundo impenetrável e denso, cheio de perigos e prazeres ( deles ).
Um mundo venal. Não que eu tivesse pudores, alias nem sabia o que eram pudores, o que eu não tinha era simancol, bagagem, bunda atraente, discrição, beleza física ou sei lá o que que a praça estava requerendo naquela ocasião. Não entendi as regras, os requerimentos básicos, acharam que eu estava me fazendo de besta e nunca passei da portaria.
Assédio é requisito elementar no mundo de sempre. Seja você homem ou mulher.
Faça-se de besta de desentendido e tchau.
Sabia que não poderia um dia usar isso como desculpa por não ter conseguido, ninguém ainda conseguiu se justificar assim. Por isso é preciso de garra. A capacidade de superar pelo talento, pela capacidade de fazer, fazer rápido, barato e muito bem feito. É coisa de de Mandrake.
Por isso existem dois mundos impenetráveis, e um oprime o outro por puro prazer.
Os dos que conseguiram chegar a um patamar de poder que lhes permite impor as condições de acesso, e outro dos que possuem algum tipo de capital ( financeiro ou avanço técnico ) que lhes
permite impor ao primeiro o seu elevado preço para que esses tenham o que só eles sabem e podem fazer. Ninguém compra fácil, ninguém dá de graça. E os dois mundos vão se tornando cada vez mais difíceis de penetrar.
Um modo que as pessoas desenvolveram para carimbar a palavra incompetente na testa de quem não é igual a elas, não sonha os mesmos sonhos e não sente os mesmos prazeres.
A imagem que ilustra esta postagem é Lowbrow, dentro do espírito deste mês neste blog.
FUNDERA GRÖNT
Fora se sí.
Resolvo colocar em meu blog um link para um blog chamado Fundera.
Encontrei por acaso e achei ótimo o blog e mais ótimo ainda o nome.
Se você é fraco dos nervios já vou te avisando que é um blog nórdico, e portanto quem é mais velhinho sabe que dinamarca é sinonimo de sexo pesadissimo.
Mas neste caso se tiver algum sexo selvagem deve ser atrás de alguma árvore, nada estará explicito nem você terá a chance de entender quase nada do que esta escrito.
Nem alfabeto em meu teclado eu tenho prá tentar postar no tal blog, tem trema prá cacete e uns as com ganchinho em cima que são gracinhas.
Mas por ser divertido, permitido e estar dentro de minha linha de anormalidades aqui vai o link:
http://funderagront.blogspot.com/
Depois na vá dizer que te desencaminhei.
Resolvo colocar em meu blog um link para um blog chamado Fundera.
Encontrei por acaso e achei ótimo o blog e mais ótimo ainda o nome.
Se você é fraco dos nervios já vou te avisando que é um blog nórdico, e portanto quem é mais velhinho sabe que dinamarca é sinonimo de sexo pesadissimo.
Mas neste caso se tiver algum sexo selvagem deve ser atrás de alguma árvore, nada estará explicito nem você terá a chance de entender quase nada do que esta escrito.
Nem alfabeto em meu teclado eu tenho prá tentar postar no tal blog, tem trema prá cacete e uns as com ganchinho em cima que são gracinhas.
Mas por ser divertido, permitido e estar dentro de minha linha de anormalidades aqui vai o link:
http://funderagront.blogspot.com/
Depois na vá dizer que te desencaminhei.
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