
pelas primeiras boas aparências, tira-nos a oportunidade de prosseguir na avaliação do todo, e que esse todo é composto de uma infinidade de pequenos detalhes e sabores que muito mais nos agradariam, mas que deles não
usufruimos dado que não os
percebemos quando ficamos fixados naquilo que de cara
nos agradou. Grande perda essa, causada certamente pela covardia em avançar para um terreno mais perigoso e desconhecido da alma humana. Já ter gostado dos olhos basta, não precisa arriscar conhecer o resto. E fica lá o tal resto desmerecido e não apreciado por conta da dúvida e do medo de perder algo que embora seguro não é o todo, é
fração,
fração de algo incerto e do incerto fugimos e nos protegemos. Ora, esse incerto poderia nos oferecer muito mais. Ficamos assim quietos e conformados no pequeno espaço de beleza que nos cativou a atenção e dele não
desgrudamos porque a
tragetória pelo
derredor pode ser perigosa, até que um dia nos cai na cabeça com um peso fenomenal que aquele belo já não é mais belo, e que o tal resto que
era muito melhor não foi apreciado ao tempo em que era oportuno aprecia-lo e ele ou já não mais
existe ou não mais
existe para nós, fui claro?
Um comentário:
Sim foi. Um belo libelo contra a superficialidade, seja nas relações, seja no que for.
Bonito seu texto, Vitorio. Como sempre, aliás...
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