Ele mora dentro de mim, mas não é eu. Não sou eu. Eu não sou ele, mas somos em alguns momentos a mesma pessoa, ou somos então pessoas muito parecidas e pensamos igual.
Discordo dele sempre. Não concordo com seu jeito de pensar as coisas e estou aprendendo a desliga-lo. Ele não se enfurece, ao contrário agradece.
Aprendi a entender o cérebro não como sendo eu, mas como sendo um órgão meu, igual ao meu dedinho do pé esquerdo, só que muito mais útil e importante. Aquelas partes distantes da gente, como as unhas dos pés não são tão queridas como os olhos ou a boca. Antes, são meio que desprezadas e tratadas como se existissem só pra dar trabalho.
Mas o cérebro tem vida própria dentro da gente, sonha o que quer, pensa por conta própria, esquece quando não devia, não entende quando deveria. É um rebelde, se você tem febre alta ele fica doidão, se você tiver azar ele vai te castigar com azhaeimer que é o seu lento esfarelamento ou parkinson que é o seu descontrole.
Enfim, não confunda, ele não é você, você não é ele, você é algo mais que sua memória e forma de pensar.
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