PENSANDO

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domingo, 28 de fevereiro de 2010

ABAIXO DA LINHA

Imagine que exista uma linha.
Acima da linha acontecem as coisas normais.
Abaixo da linha as coisas são imaginadas.
Tudo é possivel e nada é contraditório. Não existe o anormal e não exitindo tudo se torna normal.
Mas o movimento das pessoas é em direção a um comportamento comum a todos.
Cada qual vai imitando o do lado e tentando sem fazer grandes variações reproduzir o que viu e emitindo ao próximo observador o movimento que deve ser feito.
Com isso a massa se move aos poucos, mas nunca esta parada. Move-se hora para um lado, hora para o outro e no final a trajetória é sempre bem pequena e pouco sai do lugar. Se o movimento fosse acelerado observariamos que a massa apenas treme parada do mesmo lugar.
Porem, a massa espirra. E o espirro cai abaixo da linha, e abaixo da linha são imaginadas as ações destoantes. Lá onde o normal é mais amplo, pode tudo. E o pensamento vai copiando em fragmentos os movimentos que observa ao seu lado. Com isso o próximo movimento induzido pelo pensamento é muito incomum e dificil de ser assimilado pelo individuo do lado, que limitado percebe apenas um fragmento que junta aos seus outros fragmentos e forma um outro movimento diverso.
Sobre a linha apenas uma tremedeira, abaixo dela uma vibração que não tem padrão e não é fácil de reproduzir.
Retire a linha e vire de cabeça para baixo.
Deixe misturar os dois conteúdos.
Você terá uma massa que treme e em alguns pontos vibra e espirra.
Mas o que vibra e não treme complica o movimento do resto por isso incomoda um pouco, mas também diverte. Mas o volume maior é meio burro e não sabe assimilar os movimentos mais complexos dos que vibram e por isso se atem aos mais simples e com isso corrompe aquilo que era prá ser uma grande mudança. Neste caos sem linhas divisórias a coisa se mexe, não sabe por quê, prá onde e nem por conta de quê. O movimento então é inútil porque nada constroi, não traça uma trajetória.

Observado a partir do outro lado do universo por alguém que sabe onde deve chegar a massa só faz brotar uma questão: "- Que porra de meleca é aquela que sacode e não faz mais nada além disso?"

Enquanto isso dentro da meleca, alguém com alma poética, vai enfeitando tudo com flores e borboletas.

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