Não acredito em horoscopo, nem em numerologia, nem em feng shui, nem em tarot nem em nada... mas acredito que não deva me meter com pessoas que se chamem S* ou M*.
Não há explicação, mas pessoas com esses dois nomes em vários lugares e varias épocas de minha vida só me causaram problemas. E se não causaram mais, foi porque me liguei e passei a evitar pessoas com esses nomes.
É estranho e não encontro a razão.
O primeiro S era um sujeito gozador que não sabia a diferença entre brincadeira e humilhação.
Abusava de minha ingenuidade e de meu baixo escalão hierárquico, hoje responderia processo por danos morais, mas em 1970 valia tudo. Um outro S era meu amigo pela frente e me esculhambava e calunia por trás. Inventava mentiras deslavadas apenas para me diminuir. Foi grandemente responsável pelo final de meu primeiro casamento. Sempre amara secretamente minha mulher e quando ela ficou livre ele não a quis, vai entender. Um terceiro S me perseguiu profissionalmente por anos. Foi fechando portas e criando obstáculos. Também sempre dissimulado de amigo e admirador. Este causou-me profundos prejuízos materiais.
Dos M, um era um sinico dissimulado, outro M era um invejoso neurótico, outro um terrível egocêntrico que roubava minhas ideias e me explorava sem dó.
Não dou conta disso.
Não sei dizer porque foi assim.
Nunca mais encontrei pessoas com esses nomes.
Se encontrar não sei se serei precipitadamente injusto ou se ficarei totalmente alerta.
* Obviamente não posso escrever os nomes, mas são nomes bastante comuns.
E o quê tem a ver as bicicletas com isso?
Ora, eu adoro andar de bicicleta.
PENSANDO
sábado, 29 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
A IMENSA CURVA.
A vida é uma imensa curva.
Quando você se despede da necessidade de ser protegido e inicia seu voo solo em busca da afetividade que transborda pelo mundo afora, começa a fazer a jornada pela imensa curva.
Um pouco baseado no hinduísmo, tão antigo, esquecido e parcialmente na moda, acredito desde a muito, que a vida não é uma reta, e que por não sabermos onde é exatamente o destino, erramos por beiradas e variantes, mas que sempre tornamos à imensa curva.
Quando pela primeira vez você descobre-se gostando de alguém passa a se expor para a pessoa de seu interesse de modos a facilitar a criação de vínculos, acreditando que os vínculos criados gerarão as possibilidades necessárias para realizar a plenitude de seus sentimentos.
Mas os sentimentos nunca chegam ao limite de suas possibilidades, há interferências, e a plenitude nunca acontece. Mas dentro do universo limitado em que se encontra a pessoa em seu principio de vida afetiva exterior, as crenças são ferramentas para justificar as atitudes. Você acredita que será amado igualmente e na mesma intensidade e isso justifica os riscos. Elabora então as técnicas para a conquista. Com poucas ferramentas, quase nenhuma experiência e sem rumo certo lança-se nas trevas da conquista achando que terá que fazer malabarismos muito complexos para conseguir aquilo que todos já conseguiram. É como uma corrida de espermatozóides, no entanto haverá interferencias. Não é um caminho reto, é cheio de alternativas e as escolhas terão que ser feitas. Nessa hora, das escolhas, sempre ocorre um travamento total. Faltam as ferramentas e as experiências para balizarem as escolhas. E os erros vem em avalanches, causando catástrofes interiores, machucando e ensinando.
Desistências, outros apelos até então ignorados e muitas novidades nos roubam a atenção e nos excitam, levando para dentro da gente um turbilhão de emoções com as quais não temos a menor ideia de como lidar. Nisso os hormônios começam a confundir amor com desejo, e trocamos e destrocamos uma bela bunda por uma essência, um sorriso amigo por uma roupa mais provocante. Oquê queremos? Não sabemos. Queremos sair disso tudo com alguma vantagem, com alguma conquista, queremos não ficar sós. Queremos ter algum troféu, nossa aventura precisa de uma gratificação, nosso orgulho e auto-estima precisa da certeza de que alguém gosta da gente, de que somos capazes de atrair, seduzir, conquistar, garantir nossa parte no borbulhante mundo afetivo. Entre confusos, campeões por pequenas vitorias que logo se mostram como sendo coisa alguma, e sempre carentes de novas conquistas arrebatadoras, nunca nos passa pela cabeça a condição de estabilidade, porque nessa idade ninguém quer ser estável, na verdade o que interessa é justamente a variedade. E lutar pela variedade é angariar mais angustia.
A questão de aprofundar-se na essência de alguém virá a seguir e causara medo. Medo de se fisgado e ficar preso acreditando que a escolha final esta feita. Um pequeno pedaço da curva já foi feito e agora não se vê mais o ponto de partida e muito menos o possível ponto de chegada.
Tudo são duvidas. E a essência da outra pessoa, a coisa mais importante de todas é trocada pela aparência e pelo que a outra, camufladamente, tenta dizer e fazer acreditar que é. Nesse engano sofremos e recuamos, vamos aprendendo a reconhecer a enganação e a falsidade e um dia com um pouco mais de ferramentas e experiências finalmente fazemos uma escolha meio definitiva - só o tempo dirá.
Mas e a essência?
A escolha pode já ter sido feita; mesmo por um carater definitivo por uma aparência ou por uma percepção de gosto imediato, esquecendo que a curva prossegue e que lá na frente o que hoje era bom, já não será mais. A essência pouco muda ao longo da vida, não importa o tamanho da curva.
O fato é que: nunca fazemos nossa lição de casa de forma correta. Cedemos ao imediato, suprimos nossas necessidades do agora e desistimos de buscar o mais importante. Com o tempo pagamos caro por isso. Mas acredito eu, quando já chegando ao final da grande curva, embora não divisando claramente o objetivo final, já conseguimos ver, pasmem, nosso ponto de partida e descobrimos abestalhados que a vida não é uma reta, mas uma circunferência, e que tendemos sempre ao ponto de partida. Aqui voltamos ao hindusmo onde o conceito de tempo é circular e não linear. É na verdade como reencarnar em vida em sua própria vida.
Mas sem ser pretensioso, acredito que a única lição a ser aprendida, depois de tantas idas e vindas, é que...
... amar é fazer tudo o que é preciso!
Quando você se despede da necessidade de ser protegido e inicia seu voo solo em busca da afetividade que transborda pelo mundo afora, começa a fazer a jornada pela imensa curva.
Um pouco baseado no hinduísmo, tão antigo, esquecido e parcialmente na moda, acredito desde a muito, que a vida não é uma reta, e que por não sabermos onde é exatamente o destino, erramos por beiradas e variantes, mas que sempre tornamos à imensa curva.
Quando pela primeira vez você descobre-se gostando de alguém passa a se expor para a pessoa de seu interesse de modos a facilitar a criação de vínculos, acreditando que os vínculos criados gerarão as possibilidades necessárias para realizar a plenitude de seus sentimentos.
Mas os sentimentos nunca chegam ao limite de suas possibilidades, há interferências, e a plenitude nunca acontece. Mas dentro do universo limitado em que se encontra a pessoa em seu principio de vida afetiva exterior, as crenças são ferramentas para justificar as atitudes. Você acredita que será amado igualmente e na mesma intensidade e isso justifica os riscos. Elabora então as técnicas para a conquista. Com poucas ferramentas, quase nenhuma experiência e sem rumo certo lança-se nas trevas da conquista achando que terá que fazer malabarismos muito complexos para conseguir aquilo que todos já conseguiram. É como uma corrida de espermatozóides, no entanto haverá interferencias. Não é um caminho reto, é cheio de alternativas e as escolhas terão que ser feitas. Nessa hora, das escolhas, sempre ocorre um travamento total. Faltam as ferramentas e as experiências para balizarem as escolhas. E os erros vem em avalanches, causando catástrofes interiores, machucando e ensinando.
Desistências, outros apelos até então ignorados e muitas novidades nos roubam a atenção e nos excitam, levando para dentro da gente um turbilhão de emoções com as quais não temos a menor ideia de como lidar. Nisso os hormônios começam a confundir amor com desejo, e trocamos e destrocamos uma bela bunda por uma essência, um sorriso amigo por uma roupa mais provocante. Oquê queremos? Não sabemos. Queremos sair disso tudo com alguma vantagem, com alguma conquista, queremos não ficar sós. Queremos ter algum troféu, nossa aventura precisa de uma gratificação, nosso orgulho e auto-estima precisa da certeza de que alguém gosta da gente, de que somos capazes de atrair, seduzir, conquistar, garantir nossa parte no borbulhante mundo afetivo. Entre confusos, campeões por pequenas vitorias que logo se mostram como sendo coisa alguma, e sempre carentes de novas conquistas arrebatadoras, nunca nos passa pela cabeça a condição de estabilidade, porque nessa idade ninguém quer ser estável, na verdade o que interessa é justamente a variedade. E lutar pela variedade é angariar mais angustia.
A questão de aprofundar-se na essência de alguém virá a seguir e causara medo. Medo de se fisgado e ficar preso acreditando que a escolha final esta feita. Um pequeno pedaço da curva já foi feito e agora não se vê mais o ponto de partida e muito menos o possível ponto de chegada.
Tudo são duvidas. E a essência da outra pessoa, a coisa mais importante de todas é trocada pela aparência e pelo que a outra, camufladamente, tenta dizer e fazer acreditar que é. Nesse engano sofremos e recuamos, vamos aprendendo a reconhecer a enganação e a falsidade e um dia com um pouco mais de ferramentas e experiências finalmente fazemos uma escolha meio definitiva - só o tempo dirá.
Mas e a essência?
A escolha pode já ter sido feita; mesmo por um carater definitivo por uma aparência ou por uma percepção de gosto imediato, esquecendo que a curva prossegue e que lá na frente o que hoje era bom, já não será mais. A essência pouco muda ao longo da vida, não importa o tamanho da curva.
O fato é que: nunca fazemos nossa lição de casa de forma correta. Cedemos ao imediato, suprimos nossas necessidades do agora e desistimos de buscar o mais importante. Com o tempo pagamos caro por isso. Mas acredito eu, quando já chegando ao final da grande curva, embora não divisando claramente o objetivo final, já conseguimos ver, pasmem, nosso ponto de partida e descobrimos abestalhados que a vida não é uma reta, mas uma circunferência, e que tendemos sempre ao ponto de partida. Aqui voltamos ao hindusmo onde o conceito de tempo é circular e não linear. É na verdade como reencarnar em vida em sua própria vida.
Mas sem ser pretensioso, acredito que a única lição a ser aprendida, depois de tantas idas e vindas, é que...
... amar é fazer tudo o que é preciso!
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
A FELICIDADE É...
... não ter nada pendente na vida.
A felicidade é terminar tudo que se começa.
Parece muito simples a frase mas não é. E é tão complexa que por si só mostra o como é difícil ser feliz.
Tudo o que não esta acabado e completo tem uma parcela de pendencia. Logo, produz infelicidade ou não te permite ser completamente feliz.
Você começa a juntar dinheiro para comprar algo que quer muito, mas enquanto isso não se completa a felicidade não vem. Ou, você começa a reformar a casa, a felicidade só vira quando a obra terminar. Você interrompe o curso da faculdade, isso te deixa feliz? Você desistiu porque não gostava mais da escolha feita, precisa agora tomar um novo rumo na vida e exorcizar o curso inacabado senão será comido por dentro pela frustração da interrupção. Você saiu para ir a um aniversário mas o carro quebrou, essa pendencia rouba seus momentos de felicidade. Você terminou o seu namoro, mas ele só terminara mesmo quando você tirar o namorado da cabeça e ele tirar você da dele, se houver pendencias, a felicidade não vem.
Poderia escrever a tarde toda aqui e não esgotaria as possibilidades.
Aquela sensação de deitar na cama e saber que o dever foi cumprido, trás o sono mais reparador.
Aquele momento que você pode se sentar e relaxar bebendo algo, sabendo que tudo o que precisava ser feito foi feito é o momento da mais pura felicidade. Mas é preciso saber que se esta feliz, pois muita gente cumpre o dever e fica esperando a gratificação para ser feliz, e muitas vezes a gratificação não vem ( até porque a gratificação num certo sentido completa o algo feito ), mas não vem porque a gratificação é o dever de outro e você não vai poder ficar triste ou infeliz porque o outro não cumpri o seu dever.
Cuide apenas de sua parte e seja feliz por isso. O mundo é assim. Você não vai ser mais feliz se fizer a parte dos outros, pelo contrário, vai é ficar mais desejoso de querer gratificação e mais infeliz.
Portanto só comece algo se tiver certeza que vai poder acabar no prazo certo.
Faça menos, mas faça melhor e completo tudo.
Você será feliz.
A felicidade é terminar tudo que se começa.
Parece muito simples a frase mas não é. E é tão complexa que por si só mostra o como é difícil ser feliz.
Tudo o que não esta acabado e completo tem uma parcela de pendencia. Logo, produz infelicidade ou não te permite ser completamente feliz.
Você começa a juntar dinheiro para comprar algo que quer muito, mas enquanto isso não se completa a felicidade não vem. Ou, você começa a reformar a casa, a felicidade só vira quando a obra terminar. Você interrompe o curso da faculdade, isso te deixa feliz? Você desistiu porque não gostava mais da escolha feita, precisa agora tomar um novo rumo na vida e exorcizar o curso inacabado senão será comido por dentro pela frustração da interrupção. Você saiu para ir a um aniversário mas o carro quebrou, essa pendencia rouba seus momentos de felicidade. Você terminou o seu namoro, mas ele só terminara mesmo quando você tirar o namorado da cabeça e ele tirar você da dele, se houver pendencias, a felicidade não vem.
Poderia escrever a tarde toda aqui e não esgotaria as possibilidades.
Aquela sensação de deitar na cama e saber que o dever foi cumprido, trás o sono mais reparador.
Aquele momento que você pode se sentar e relaxar bebendo algo, sabendo que tudo o que precisava ser feito foi feito é o momento da mais pura felicidade. Mas é preciso saber que se esta feliz, pois muita gente cumpre o dever e fica esperando a gratificação para ser feliz, e muitas vezes a gratificação não vem ( até porque a gratificação num certo sentido completa o algo feito ), mas não vem porque a gratificação é o dever de outro e você não vai poder ficar triste ou infeliz porque o outro não cumpri o seu dever.
Cuide apenas de sua parte e seja feliz por isso. O mundo é assim. Você não vai ser mais feliz se fizer a parte dos outros, pelo contrário, vai é ficar mais desejoso de querer gratificação e mais infeliz.
Portanto só comece algo se tiver certeza que vai poder acabar no prazo certo.
Faça menos, mas faça melhor e completo tudo.
Você será feliz.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
FOTOS ANTIGAS DA FAMÍLIA
-Quem é esse orelhudo nesta foto?
-Deixa eu pegar meu óculos... ah, esse eu sei quem é... é o... não é o filho dá... depois eu lembro.
-Olha essa aqui, como eu estava magra.
-Essa magra não é você, sou eu.
-Imagina, sou eu, essa saia era minha, ou então você estava usando minha saia.
-Sou eu com a roupa que comprei pro casamento da prima Isabel.
-Mas nós não temos nenhuma prima Isabel.
-Claro que temos uma prima Isabel, a filha da Maria.
-Mas a filha da Maria não é solteirona?
-Não, solteirona é a amiga dela que namorou com o Paulo.
-Onde é essa foto?
-Não é na casa do tio lá no Riacho Grande?
-Não, não, lembrei é o sitio de Ribeirão Pires.
-Olha a nona como tá bonita nessa foto.
-Nossa como ela era bonita né?
-Olha essa foto, eu nem lembrava mais dela, e olha que eu tenho uma memória e tanto.
-Quem é?
-É o Lusinho com o uniforme do Palmeiras...
-Mas já tinha foto colorida naquela época?
-Acho que as crianças pintaram com lápis de cor.
-Olha a Chuin, que lindinha. Quem diria que ela iria virar veterinária...
-Mas ela não é nutricionista, ou fisioterapeuta?
-Não ela trabalha de não sei o quê num navio, acho que na China...
-Não é na China é na Africa.
-Deixa eu pegar meu óculos... ah, esse eu sei quem é... é o... não é o filho dá... depois eu lembro.
-Olha essa aqui, como eu estava magra.
-Essa magra não é você, sou eu.
-Imagina, sou eu, essa saia era minha, ou então você estava usando minha saia.
-Sou eu com a roupa que comprei pro casamento da prima Isabel.
-Mas nós não temos nenhuma prima Isabel.
-Claro que temos uma prima Isabel, a filha da Maria.
-Mas a filha da Maria não é solteirona?
-Não, solteirona é a amiga dela que namorou com o Paulo.
-Onde é essa foto?
-Não é na casa do tio lá no Riacho Grande?
-Não, não, lembrei é o sitio de Ribeirão Pires.
-Olha a nona como tá bonita nessa foto.
-Nossa como ela era bonita né?
-Olha essa foto, eu nem lembrava mais dela, e olha que eu tenho uma memória e tanto.
-Quem é?
-É o Lusinho com o uniforme do Palmeiras...
-Mas já tinha foto colorida naquela época?
-Acho que as crianças pintaram com lápis de cor.
-Olha a Chuin, que lindinha. Quem diria que ela iria virar veterinária...
-Mas ela não é nutricionista, ou fisioterapeuta?
-Não ela trabalha de não sei o quê num navio, acho que na China...
-Não é na China é na Africa.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
REMOTO
Revimos por esses dias um filme que queríamos que outros amigos vissem sobre uma comunidade remota, que vivia numa ilha para a qual ninguém ligava.
Eles estavam à margem da economia e precisavam reverter isso.
Se unem para enganar um médico cuja decisão, se ele a tomar, de também morar na ilha, alteraria a vida de todo mundo para melhor.
Conhecendo, como conheço, pessoas que moram isoladas, eu parcialmente vivo assim, vejo sempre com grande fascínio a aventura de morar, ao menos parte do tempo, numa região mais isolada. Do quanto você é capaz nessas horas de se provar, de demonstrar habilidades de autosuficiencia e coragem mental de enfrentar o desafio de manter-se saudável emocionalmente.
A sensação de não fazer parte de algo grande que esta acontecendo é a coisa mais enganosa que pode acontecer nessas condições. Normalmente achamos que o mundo só acontece nos grandes centros, e isso é em partes verdade, mas nos grandes centros ele acontece para poucos. Você isolado do mundo continua um desenvolvedor potencial e viável. Dá pra desenvolver muita coisa interessante nesses momentos sabáticos. E de forma até melhor, mais concentrada, sem as influências nocivas e hipermidiáticas dos grandes centros. Com um ritmo e rotinas mais lentos o tempo se dilata e a vida flui de forma mais lúcida. Pode ocorrer alguma improdutivida em função da necessidade de aderir ao ócio, mas isso é superável se você for forte.
Só vejo vantagens em pertencer a uma comunidade diminuta e remota, desde que com algumas investidas ocasionais aos grandes centros para respirar um pouco de fumaça.
Eles estavam à margem da economia e precisavam reverter isso.
Se unem para enganar um médico cuja decisão, se ele a tomar, de também morar na ilha, alteraria a vida de todo mundo para melhor.
Conhecendo, como conheço, pessoas que moram isoladas, eu parcialmente vivo assim, vejo sempre com grande fascínio a aventura de morar, ao menos parte do tempo, numa região mais isolada. Do quanto você é capaz nessas horas de se provar, de demonstrar habilidades de autosuficiencia e coragem mental de enfrentar o desafio de manter-se saudável emocionalmente.
A sensação de não fazer parte de algo grande que esta acontecendo é a coisa mais enganosa que pode acontecer nessas condições. Normalmente achamos que o mundo só acontece nos grandes centros, e isso é em partes verdade, mas nos grandes centros ele acontece para poucos. Você isolado do mundo continua um desenvolvedor potencial e viável. Dá pra desenvolver muita coisa interessante nesses momentos sabáticos. E de forma até melhor, mais concentrada, sem as influências nocivas e hipermidiáticas dos grandes centros. Com um ritmo e rotinas mais lentos o tempo se dilata e a vida flui de forma mais lúcida. Pode ocorrer alguma improdutivida em função da necessidade de aderir ao ócio, mas isso é superável se você for forte.
Só vejo vantagens em pertencer a uma comunidade diminuta e remota, desde que com algumas investidas ocasionais aos grandes centros para respirar um pouco de fumaça.
PARECE SIMPLES, MAS....
... não é nada fácil chegar a uma definição tão complexa como esta acima. Penso nas horas e horas queimando a mufa, entrando por caminhos que inevitavelmente terão que ser abandonados e retomados, nas horas e horas distante da família comendo sanduiches frios e coca sem gelo num laboratório de ciência do pensar, distante, distante prá caramba, em algum lugar remoto do planeta.
Acreditem, é foda.
Acreditem, é foda.
SÓ COISAS BOAS.
Até porque o budismo prega isso e não outras coisas, resolvi me condicionar a só pensar coisas boas, soluções satisfatórias para as questões e finais felizes para tudo.
Desta forma meu exercício consiste em não prosseguir com um pensamento que não seja bom.
Se tiver um traço de rancor, paro e apago. Procuro outra coisa para pensar, se tiver algum desejozinho de vingança ou algum odiozinho escondido bem lá no fundinho, para e apago. Procuro pensar em outra coisa, se tiver alguma maldade ou segunda intenção na ideia, para e apago. Procuro pensar em coisas simples, fáceis, felizes, boas lembranças; pintou uma lembrança ruim ou triste, paro esqueço. Resultado: não consigo pensar em mais nada até o final. Impressionante como sou negativo. Grande travessia tenho pela frente.
Desta forma meu exercício consiste em não prosseguir com um pensamento que não seja bom.
Se tiver um traço de rancor, paro e apago. Procuro outra coisa para pensar, se tiver algum desejozinho de vingança ou algum odiozinho escondido bem lá no fundinho, para e apago. Procuro pensar em outra coisa, se tiver alguma maldade ou segunda intenção na ideia, para e apago. Procuro pensar em coisas simples, fáceis, felizes, boas lembranças; pintou uma lembrança ruim ou triste, paro esqueço. Resultado: não consigo pensar em mais nada até o final. Impressionante como sou negativo. Grande travessia tenho pela frente.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
METALINGUAGEM
É um termo antigo usado em comunicação social e nas artes.
Basicamente: se eu usar esta postagem para descrever ao leitor como faço para escrever esta postagem, este método explicativo é metalinguagem, pois abri mão de escrever sobre um conteúdo para escrever sobre uma técnica de comunicação. Num filmão antigo chamado A mulher do tenente francês, do pouco que lembro, a mulher do tão tenente vai à margem de um mar tormentoso esperara pela volta do marido, numa filmagem de época. Ao mesmo tempo o filme mostra de forma intercalada, as filmagens da história da mulher do tenente francês onde justamente a atriz ( Meryl Streep ) esta se apaixonado pelo ator que faz o papel de seu marido na história de época, e assim o filme vai e volta mostrando duas histórias: uma no passado e outra a filmagem desse passado. Nas duas tramas os mesmos personagens estão apaixonados, só que na parte da filmagem é metalinguagem, é mostrar como o filme esta sendo feito, é denunciar que a trama no passado é uma ficção, embora também seja ficção a trama da filmagem.
Fellini em La Nave vá, mostra o tempo todo cenários pouco realistas e o publico é o tempo todo induzido a achar que a trama é verdadeira, mas cenas em alto-mar nitidamente rodadas em estúdio fazem o publico o tempo todo se dar conta que é uma farsa. Mas a história é tão envolvente que mesmo assim você acredita que aquilo é de verdade e cai na armadilha, até chegar noutra cena onde fica claro que é uma farsa, que não estão no mar, que tudo é cenário, mas o diretor vai te envolvendo e você volta a acredita que tudo é de verdade.Na cena final a essência da meta linguagem, o navio bombardeado esta indo a pique, confusão, aflição no publico e um recuo de camera mostrando o imenso cenário com equipamentos hidráulicos responsáveis por fazer o navio balançar e adernar, a equipe de filmagem sendo vista de costas entre a camera que agora filma e a cena do naufrágio, a certeza da farsa ocorrendo dentro dos estúdios da Cinecittá em Roma.
Quando escrevo, gostaria de dizer porque resolvi escrever tão coisa, gostaria de cometer a metalinguagem, mostrar o madeiramente que armei por trás da lona pintada para parecer uma paisagem verdadeira e envolver os leitores. E deixar claro, isso não é de verdade, eu escrevi prá motiva-los a sentir, a pensar a comentar.
NEM TODOS OS SUTIÃS FORAM QUEIMADOS.
Voltando parcialmente ao tema de alguns dias passados, fugindo das generalizações, e tentando perseguir um fio de ideia baseado em médias, vamos dividir em dois grupos as portadoras de calcinhas.
Grupo 1: A mulher que não queimou o sutiã nos anos 60/70, preferiu aguardar o tempo passar e ver como as coisas iam se ajeitando. Achou um partido e transformou-o em casamento instável e durável. O tal partido por sua vez foi deixando a coisa correr solta e num determinado momento se deu conta de que não estava dando conta do recado. Ou seja: fazia parte de um casal porqueira.
Ele trabalhando naquilo que não gosta, ganhando mal, educando mal os filhos, comendo mal a patroa, defasado moral, ética, intelectual e profissionalmente. Ou seja novamente: um bosta proporcionando uma vista de bosta para a família por conta de não ser eestimulado a fazer nada de melhor, cobrado sim, sempre, estimulado não, nunca.
Estimulado x cobrado?
Cobrança vem nas crises, nas conversas com as amigas e com a mãe, aquela coisa de não sei por que ele trabalha tanto e nunca tem dinheiro? Não sei por que ele não manda o chefe dele aumentar o salário dele? Ele não sabe se valorizar. Ele não faz nada direito, é muito folgado e preguiçoso.
Estimulo vem todo dia, toda hora, é atenção, recompensa, solidariedade, participação, cumplicidade. Não importando o clima, estar sempre fazendo parte de um mesmo projeto.
Quem não queimou o sutiã espera que algum homem, na verdade qualquer homem, coloque o mundo aos seus pés, de preferência o melhor dos mundos. Isso não acontecendo: cobrança nele.
Roda de amigas, afiação de línguas e comentários sobre a liquidação das Lojas Marisa. Pura futilidade aliada ao naufrágio de uma célula.
Grupo 2: A mulher que não precisa de homem, qualquer homem, para colocar o mundo aos seus pés. Ela estudou ou não, mas foi buscar o seu pedaço do mundo. Faz tudo que as outras fazem e mais uma porrada de outras coisas básicas, como complementar os estudos, fazer aperfeiçoamentos, se lançar em novos negócios, sentir saudades dos filhos, ter seu próprio carro, embora priorize comprar uma sandália a fazer a manutenção preventiva do motor dele, nem tudo é perfeito e chegou ao estado ideal. Mas, ou seja mais uma vez: homem no caso desse grupo só serve prá encher o saco.
Eu conheço mais integrantes do grupo 2 que do grupo 1.
Em média, já que falei que falaria de média, 90% no grupo 2, incrível né? Com algumas anjas caídas para o grupo 1 depois de acharem um partido que as livrou do grupo 2.
Mas causa-me espanto saber que a maioria queimou o sutiã, e que os babacas dos homens nem para sexo estão servido mais, na medida que as opções sexuais estão se ampliando e se tornando naturais e aceitáveis em outros círculos.
Não percebo no entando muita sensação de realização no grupo 2, por outra, percebo um enorme sofrimento e ainda uma angustia de não saber direito seu lugar na coisa toda e saber se esta valendo a pena. A verdade é que todo mundo acaba descobrindo um dia que ganhar dinheiro na quantia certa não é fácil prá ninguém, que o melhor dos mundos nem sempre vem sem esse danado desse dinheiro, que você deixa de ser escrava de um homem mas torna-se escrava de um chefe ou cliente e que no final das contas ter o dia livre pra reclamar da vida enquanto alguém rala por você não é lá tão ruim assim.
Tá um pouco desencontrado né?
Não tá não, é assim mesmo, com autos e baixos, com vacilos e recuos, com vontade de ficar com gripe só prá passar o dia na cama, mas agora o grupo 2 tem que sair prá luta com H1N1 e tudo, e o melhor dos mundos é só uma promessa, que poucas chegam lá, que poucas se mantém lá, que o mesmo mundo que era vilão com os homens é vilão também com mulheres, crianças, velhinhos e com qualquer um que queira conquista-lo.
Eu honestamente não gosto do grupo 1, embora por razões varias o tenha que suportar, mas acho que estar no grupo 2 e no final das contas um grande decepção, porque a vida deveria ser algo mais fácil depois de tantas reencarnações.
Grupo 1: A mulher que não queimou o sutiã nos anos 60/70, preferiu aguardar o tempo passar e ver como as coisas iam se ajeitando. Achou um partido e transformou-o em casamento instável e durável. O tal partido por sua vez foi deixando a coisa correr solta e num determinado momento se deu conta de que não estava dando conta do recado. Ou seja: fazia parte de um casal porqueira.
Ele trabalhando naquilo que não gosta, ganhando mal, educando mal os filhos, comendo mal a patroa, defasado moral, ética, intelectual e profissionalmente. Ou seja novamente: um bosta proporcionando uma vista de bosta para a família por conta de não ser eestimulado a fazer nada de melhor, cobrado sim, sempre, estimulado não, nunca.
Estimulado x cobrado?
Cobrança vem nas crises, nas conversas com as amigas e com a mãe, aquela coisa de não sei por que ele trabalha tanto e nunca tem dinheiro? Não sei por que ele não manda o chefe dele aumentar o salário dele? Ele não sabe se valorizar. Ele não faz nada direito, é muito folgado e preguiçoso.
Estimulo vem todo dia, toda hora, é atenção, recompensa, solidariedade, participação, cumplicidade. Não importando o clima, estar sempre fazendo parte de um mesmo projeto.
Quem não queimou o sutiã espera que algum homem, na verdade qualquer homem, coloque o mundo aos seus pés, de preferência o melhor dos mundos. Isso não acontecendo: cobrança nele.
Roda de amigas, afiação de línguas e comentários sobre a liquidação das Lojas Marisa. Pura futilidade aliada ao naufrágio de uma célula.
Grupo 2: A mulher que não precisa de homem, qualquer homem, para colocar o mundo aos seus pés. Ela estudou ou não, mas foi buscar o seu pedaço do mundo. Faz tudo que as outras fazem e mais uma porrada de outras coisas básicas, como complementar os estudos, fazer aperfeiçoamentos, se lançar em novos negócios, sentir saudades dos filhos, ter seu próprio carro, embora priorize comprar uma sandália a fazer a manutenção preventiva do motor dele, nem tudo é perfeito e chegou ao estado ideal. Mas, ou seja mais uma vez: homem no caso desse grupo só serve prá encher o saco.
Eu conheço mais integrantes do grupo 2 que do grupo 1.
Em média, já que falei que falaria de média, 90% no grupo 2, incrível né? Com algumas anjas caídas para o grupo 1 depois de acharem um partido que as livrou do grupo 2.
Mas causa-me espanto saber que a maioria queimou o sutiã, e que os babacas dos homens nem para sexo estão servido mais, na medida que as opções sexuais estão se ampliando e se tornando naturais e aceitáveis em outros círculos.
Não percebo no entando muita sensação de realização no grupo 2, por outra, percebo um enorme sofrimento e ainda uma angustia de não saber direito seu lugar na coisa toda e saber se esta valendo a pena. A verdade é que todo mundo acaba descobrindo um dia que ganhar dinheiro na quantia certa não é fácil prá ninguém, que o melhor dos mundos nem sempre vem sem esse danado desse dinheiro, que você deixa de ser escrava de um homem mas torna-se escrava de um chefe ou cliente e que no final das contas ter o dia livre pra reclamar da vida enquanto alguém rala por você não é lá tão ruim assim.
Tá um pouco desencontrado né?
Não tá não, é assim mesmo, com autos e baixos, com vacilos e recuos, com vontade de ficar com gripe só prá passar o dia na cama, mas agora o grupo 2 tem que sair prá luta com H1N1 e tudo, e o melhor dos mundos é só uma promessa, que poucas chegam lá, que poucas se mantém lá, que o mesmo mundo que era vilão com os homens é vilão também com mulheres, crianças, velhinhos e com qualquer um que queira conquista-lo.
Eu honestamente não gosto do grupo 1, embora por razões varias o tenha que suportar, mas acho que estar no grupo 2 e no final das contas um grande decepção, porque a vida deveria ser algo mais fácil depois de tantas reencarnações.
sábado, 15 de agosto de 2009
O LUGAR PERDIDO.
Temos planos de nos mudar de casa. Talvez de cidade.
Com isso algumas coisas importantes vão se perder porque pretendemos vender a casa que moramos atualmente. E me dei conta disso. Gosto de algumas coisas na propriedade mas desgosto de muitas outras, na média tem mais coisas que não gostamos. E as coisas que vamos perder são importantes para a gente. O porão onde trabalho, guardo meus livros, dormem os meus gatos e onde estão entulhados bagulhos intraduzíveis é também onde a Rê me informou que estava grávida. O quarto onde minha filha foi feita também vai pro embrulho. Aquelas tardes gostosos de outono em que cuidavamos da chácara, depois sentavamos bebendo cerveja para admirar o trabalho feito completamente exaustos ficarão só na memória, mas do trabalho exaustivo pretendemos nos livrar. O bambuzal que tem toda uma magia também será parte do passado. Nesses 17 anos que moramos aqui muitas coisas mudaram e não foram para melhor.
Mas nós aprendemos a querer. E o que queremos não é isso que temos.
Foi bom mas sabemos que é possível ter algo melhor, um lugar onde nossa vida flua de forma diferente, menos isolados, com recursos mais próximos, com amigos da idade de minha filha para ela poder interagir. nesse tempo passado aqui aprendemos que é mais fácil construir que reformar, que é mais fácil conservar algo bem feito que ficar gastando com coisas que não funcionam desde sua origem. Queremos luz, aqui temos sombra e cinza demais, isso deprime.
Quero ocupar os meus anos de vida útil que tenho para construir algo simples, na medida, devassado pela luz e que tenha a cara de algo que esta em minha cabeça a muitos anos e ainda não encontrei, então vou fazer.
Só que aqueles lugares sagrados vão se perder, portanto, nunca dê o primeiro beijo dentro de casa, nem conte aquela novidade entre quatro paredes, escolha uma praça, ou um lugar onde você possa sempre voltar. Um lugar que seja seu e de todos eternamente.
Com isso algumas coisas importantes vão se perder porque pretendemos vender a casa que moramos atualmente. E me dei conta disso. Gosto de algumas coisas na propriedade mas desgosto de muitas outras, na média tem mais coisas que não gostamos. E as coisas que vamos perder são importantes para a gente. O porão onde trabalho, guardo meus livros, dormem os meus gatos e onde estão entulhados bagulhos intraduzíveis é também onde a Rê me informou que estava grávida. O quarto onde minha filha foi feita também vai pro embrulho. Aquelas tardes gostosos de outono em que cuidavamos da chácara, depois sentavamos bebendo cerveja para admirar o trabalho feito completamente exaustos ficarão só na memória, mas do trabalho exaustivo pretendemos nos livrar. O bambuzal que tem toda uma magia também será parte do passado. Nesses 17 anos que moramos aqui muitas coisas mudaram e não foram para melhor.
Mas nós aprendemos a querer. E o que queremos não é isso que temos.
Foi bom mas sabemos que é possível ter algo melhor, um lugar onde nossa vida flua de forma diferente, menos isolados, com recursos mais próximos, com amigos da idade de minha filha para ela poder interagir. nesse tempo passado aqui aprendemos que é mais fácil construir que reformar, que é mais fácil conservar algo bem feito que ficar gastando com coisas que não funcionam desde sua origem. Queremos luz, aqui temos sombra e cinza demais, isso deprime.
Quero ocupar os meus anos de vida útil que tenho para construir algo simples, na medida, devassado pela luz e que tenha a cara de algo que esta em minha cabeça a muitos anos e ainda não encontrei, então vou fazer.
Só que aqueles lugares sagrados vão se perder, portanto, nunca dê o primeiro beijo dentro de casa, nem conte aquela novidade entre quatro paredes, escolha uma praça, ou um lugar onde você possa sempre voltar. Um lugar que seja seu e de todos eternamente.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
ELAS SÓ DIZIAM NÃO.
Buscando informações em minha memória para uma postagem já publicada deparei com algo que ocorria com frequência no ginásio em minha adolescência. As garotas que só diziam não.
Elas provocavam os garotos de todas as maneiras. Beijos na trave, minisaias muito minis, olhares perdidos, lagrimas inesperadas ou crises de choro inexplicáveis ( eu não imaginava que cabia tanta água dentro de uma mulher ), revoltas por banalidades ouvidas e uma porção de mecanismos e futilidades para incomodar-nos. Havia uma confraria delas que vazava informações falsas dizendo que tal garota estava apaixonada por você para você se sentir o tal e depois perder o chão. Depois que o cara ficava todo bobo e corria atrás delas elas diziam não. Estavam com um cara mais velho, que tinha carro, um cara casado ( isso era a heresia das heresias). E nós garotos que nos divertíamos em bandos, andando de ônibus, com o dinheiro contado, ficavamos apenas babando e sonhando, mas logo descobriamos que a farsa era generalizada. Sábado a noite a gente na rua e as tais garotas vendo novela. Na verdade elas também tinha entre 15 e 16 anos e não tinham autonomia prá sair de casa todos os sábados. Mas nos alugavam fazendo-nos endoidecer pelo que não conseguíamos nunca conquistar.
As que não faziam esse jogo, namoravam, beijavam muito e se divertiam.
Depois que inventaram o tal orkut começamos a redescobrir o paradeiro de nossos amigos de infância, iu da escola e junto com eles um bom pedaço de história que não acompanhamos.
E dentro dessa história um bocado de caídas na real. As garotas estavam solteironas ( ninguém quis ), ou separadas ( ninguém aguentou ) ou pior... muito pior... sabe com quem elas casaram????
Quá, quá, quá... com o pior dos piores ( ficaram com a sobra ).
Parece que quem queria só brincar acabou assumindo a brincadeira e encarnado o personagem.
Hoje ainda encontro facetas assim em algumas pessoas, jogam muito charme mas nunca estão disponíveis nem prá um cafézinho. Tem sempre algo muito, mas muito, mas muito mais interessante para fazer, e nunca aparecem.
Elas provocavam os garotos de todas as maneiras. Beijos na trave, minisaias muito minis, olhares perdidos, lagrimas inesperadas ou crises de choro inexplicáveis ( eu não imaginava que cabia tanta água dentro de uma mulher ), revoltas por banalidades ouvidas e uma porção de mecanismos e futilidades para incomodar-nos. Havia uma confraria delas que vazava informações falsas dizendo que tal garota estava apaixonada por você para você se sentir o tal e depois perder o chão. Depois que o cara ficava todo bobo e corria atrás delas elas diziam não. Estavam com um cara mais velho, que tinha carro, um cara casado ( isso era a heresia das heresias). E nós garotos que nos divertíamos em bandos, andando de ônibus, com o dinheiro contado, ficavamos apenas babando e sonhando, mas logo descobriamos que a farsa era generalizada. Sábado a noite a gente na rua e as tais garotas vendo novela. Na verdade elas também tinha entre 15 e 16 anos e não tinham autonomia prá sair de casa todos os sábados. Mas nos alugavam fazendo-nos endoidecer pelo que não conseguíamos nunca conquistar.
As que não faziam esse jogo, namoravam, beijavam muito e se divertiam.
Depois que inventaram o tal orkut começamos a redescobrir o paradeiro de nossos amigos de infância, iu da escola e junto com eles um bom pedaço de história que não acompanhamos.
E dentro dessa história um bocado de caídas na real. As garotas estavam solteironas ( ninguém quis ), ou separadas ( ninguém aguentou ) ou pior... muito pior... sabe com quem elas casaram????
Quá, quá, quá... com o pior dos piores ( ficaram com a sobra ).
Parece que quem queria só brincar acabou assumindo a brincadeira e encarnado o personagem.
Hoje ainda encontro facetas assim em algumas pessoas, jogam muito charme mas nunca estão disponíveis nem prá um cafézinho. Tem sempre algo muito, mas muito, mas muito mais interessante para fazer, e nunca aparecem.
PROIBIDO FUMAR... MESMO.
Agora aqui no Estado de São Paulo é proibido fumar em praticamente qualquer lugar.
Você só pode fumar na rua, em casa ou dentro da cadeia.
Logo esse fumar na rua também terá limitações pois é óbvio que será proibido fumar nos pontos de ônibus, em porta de escolas e em lugares onde a concentração forçada de pessoas por metro quadrado imponha ao não fumante aturar a fumaça terceirizada.
Em casa sempre há limitação e vejo muita gente fumar na janela, ou na varanda de modos a não deixar cheiro e fumaça intoleráveis aos parentes não fumantes.
Aqui na cidade o atual prefeito queria proibir quem estava dirigindo de fumar.
Agora a pérola é permitir que quem esteja preso possa fumar em recinto fechado.
A pessoa já é uma criminosa, e portanto pode não cumprir a lei.
Não seria o caso de proibir o fumo até pro fumante pensar antes de cometer um crime.
Você só pode fumar na rua, em casa ou dentro da cadeia.
Logo esse fumar na rua também terá limitações pois é óbvio que será proibido fumar nos pontos de ônibus, em porta de escolas e em lugares onde a concentração forçada de pessoas por metro quadrado imponha ao não fumante aturar a fumaça terceirizada.
Em casa sempre há limitação e vejo muita gente fumar na janela, ou na varanda de modos a não deixar cheiro e fumaça intoleráveis aos parentes não fumantes.
Aqui na cidade o atual prefeito queria proibir quem estava dirigindo de fumar.
Agora a pérola é permitir que quem esteja preso possa fumar em recinto fechado.
A pessoa já é uma criminosa, e portanto pode não cumprir a lei.
Não seria o caso de proibir o fumo até pro fumante pensar antes de cometer um crime.
IMPORTAR-SE DEMAIS COM O QUÊ OS OUTROS PENSAM.
Por um lado eu diria: ninguém paga minhas contas, pensem o que quiserem.
Por outro: quem vive em um grupo social, dependendo dele ou não, deve preservar os sentimentos e a harmonia do mesmo.
Vamos primeiro por um lado: devemos ter independência. Independência de pensar, de agir, de falar, de se comportar, de gostar ou não gostar e por isso a opinião dos demais, contra ou a favor, só servem para romper com sua liberdade. Importar-se com a opinião dos demais é portanto desimportar-se consigo mesmo. É deixar de ser aquilo que se quer para ser aquilo que agrada ou serve aos outros.
Vamos agora pelo outro lado: ninguém vive sozinho, ninguém sabe tudo sobre tudo, vivemos numa completa interdependência, portanto políticas de boa vizinhança são indispensáveis mesmo que roubem um parcela de nossa autonomia.
Então a questão deve ter um outro lado, já que por estes dois lados não se resolve.
A questão passa em seu aspecto mais extremo pela possibilidade de ofender gravemente alguém, depois por magoar, depois por incomodar, depois por provocar, depois por gerar hostilidades, depois por gerar comentários, depois por um monte de coisas, afinal nunca se sabe o que se pode estar provocando. Se você quer fazer o que bem entende e não quer perder sua plena liberdade saiba que se você ofende gravemente uma pessoa perdeu sua liberdade por conta de que você não esta mais livre para ir e vir, chegar e entrar, se alguém esta furioso com você. Sua liberdade sempre será relativa. Relativa ao dano que causa aos outros. Quanto maior o dano provocado por sua ação menor sua liberdade de praticá-lo.
Então abordarei pelo lado da coragem que cada um deve ter de atuar por suas próprias convicções desprezando um certo retardo comportamental que existe na sociedade. A sociedade sempre vende caro sua aceitação de mudanças, e os pioneiros é que tem que pagar. A sociedade segura o quanto pode os avanços comportamentais porque isso é genético, não tem lógica. A lógica diz que todas as vezes que pessoas avançadas puxam o comportamento social para frente a sociedade ganha. Mas a sociedade mesmo ciente disso reage contra. Agir avançadamente é então pagar o preço, ouvir opiniões contrárias, criticas pesadas e não ser bem recebido. Mas no final o grupo sempre se beneficia disso.
Importar-se demais com a opinião dos outros é uma escolha isolada.
Ou você opta por avançar ou por agradar.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
ISSO É MEU...
Este é o primeiro dos painéis que pintei para o restaurante mexicano.
Ainda não fizemos as fotos adequadas, tenho apenas fotos para documentar o trabalho, as fotos com boa definição e enquadramento serão feitas no local depois de tudo instalado.
Eu pinto sobre lona com tinta acrílica. Cada peça como esta tem 5 metros quadrados e leva em média 4 dias para ser feita. Mas não costumo trabalhar somente em uma peça, diversificando meu trabalho em outras peças e em algumas esculturas para o mesmo cliente.
No próximo dia 20 devo concluir a instalação, então terei as fotos apropriadas.
Ainda não fizemos as fotos adequadas, tenho apenas fotos para documentar o trabalho, as fotos com boa definição e enquadramento serão feitas no local depois de tudo instalado.
Eu pinto sobre lona com tinta acrílica. Cada peça como esta tem 5 metros quadrados e leva em média 4 dias para ser feita. Mas não costumo trabalhar somente em uma peça, diversificando meu trabalho em outras peças e em algumas esculturas para o mesmo cliente.
No próximo dia 20 devo concluir a instalação, então terei as fotos apropriadas.
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MARGINAL PINHEIROS
Se você não conhece pessoalmente saiba que é impressionante. A nova ponte, os prédios maravilhosos, os jardins às margens do rio cheio de árvores coloridas. A cada vez que passo lá um novo prédio brota do chão, e em formatos que você custa a entender como conseguem permanecer em pé.
Agora...
...se meu blog tivesse cheiro, vocês nunca mais entrariam nele.
Aquele luxo todo cheira ao pior cocô que possa existir no universo conhecido.
É horrível e insuportável.
É acima de tudo constrangedor para São Paulo.
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VIABILIZANDO-SE
A cidade de São Paulo só é viável para quem conhece alguém. É impossível viver nesta cidade de forma solitária. Você precisa saber o quê quer descobri a região onde esta sua tribo e frequenta-la. Caso contrário seus dias serão difíceis ou apenas impossíveis.
Mas falávamos no sábado enquanto atravessávamos um túnel ( acho que o Tribunal de Contas ) que em São Paulo só é solitário quem quer, porque aqui existem e coexistem todas as tribos possíveis e imagináveis do planeta. Mas é uma cidade de paredes, e as pessoas ficam por detrás delas. Se você andar por uma rua estará sempre só, não importa o tamanho da multidão.
Eu que já fui muito tímido, hoje não tenho problemas em conversar com ninguém que não conheça, mas não faço isso mo tempo todo.
Como minha imagem deve transmitir algum tipo de segurança e confiança sou muito abordado na rua ( talvez porque eu me pareça demais com o George Clooney ). E sempre sou muito receptivo nessas abordagens. Embora fuja dos chatos e carentes doentios.
Mas como ando em família ou grupo de amigos, sempre, não careço de ficar arrumando assunto com estranhos mas arrumo sempre que tenho oportunidade. Já engato um comentário envolvente e questionador que obriga o estranho a dar sua opinião e emendo com uma piada. Sempre rola uma conversa, para meu desespero, e acabo passando o dia na rua gastando meu tempo de trabalho.
Mas em São Paulo você carece de técnicas para se sentir bem. Não é difícil, mas você precisa saber que tem que usar técnicas, ou sai odiando o povo daqui.
Mas falávamos no sábado enquanto atravessávamos um túnel ( acho que o Tribunal de Contas ) que em São Paulo só é solitário quem quer, porque aqui existem e coexistem todas as tribos possíveis e imagináveis do planeta. Mas é uma cidade de paredes, e as pessoas ficam por detrás delas. Se você andar por uma rua estará sempre só, não importa o tamanho da multidão.
Eu que já fui muito tímido, hoje não tenho problemas em conversar com ninguém que não conheça, mas não faço isso mo tempo todo.
Como minha imagem deve transmitir algum tipo de segurança e confiança sou muito abordado na rua ( talvez porque eu me pareça demais com o George Clooney ). E sempre sou muito receptivo nessas abordagens. Embora fuja dos chatos e carentes doentios.
Mas como ando em família ou grupo de amigos, sempre, não careço de ficar arrumando assunto com estranhos mas arrumo sempre que tenho oportunidade. Já engato um comentário envolvente e questionador que obriga o estranho a dar sua opinião e emendo com uma piada. Sempre rola uma conversa, para meu desespero, e acabo passando o dia na rua gastando meu tempo de trabalho.
Mas em São Paulo você carece de técnicas para se sentir bem. Não é difícil, mas você precisa saber que tem que usar técnicas, ou sai odiando o povo daqui.
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CORRENDO PARA CRISTINA, CORRENDO DA NEUZA
Primeiro ato:
No ginásio por alguma razão precisávamos passar um recado de sala em sala, no grupo uma certa Cris tomou a dianteira e falou em todas as salas com desenvoltura e naturalidade. Eu nunca tinha percebido aquela garota na escola, me apaixonei na mesma hora. Corri atrás dela, arranjava pretextos e conseguia até ficar bastante tempo próximo a ela, o suficiente para descobrir:
1) Que a mãe dela gostava muito de mim.
2) Que a irmã dela era linda e muito inteligente, alguns anos mais tarde ela passaria em primeiro lugar no vestibular que me colocou na faculdade ( eu em 11º ).
3) Que ela tinha uma rede de amigas arquitetando planos para ajuda-la a conquistar um outro cara.
No entanto um dia convidei-a para assistir a apresentação da Banda Sinfônica de S.Bernardo tocar em seção solene do niver da cidade obras de Debussy, nada mal, ela topou, eu cheguei na porta da casa dela de táxi, paletó e gravata aos 15 anos de idade, e ela apareceu no portão e disse que não tinha roupa pra ir comigo. Dispensei o táxi, peguei um onibus, vi o concerto e tomei um porre de whisky no coquetel que foi servido em seguida e acabei a madrugada tomando glicose na veia. Nunca mais olhei na cara dela. Fui grande amigo da irmã dela no cursinho e na faculdade.
Segundo ato:
No mesmo ginásio um ano depois, penso eu, a Neuza corria atrás de mim, arranjava pretextos e conseguia ficar bastante tempo perto de mim, o suficiente para eu descobrir que:
1) Os pais delas não estavam nem ai nem prá mim nem prá ela.
2) Que os irmãos dela eram muito pirados
3) Que ela era muito mais pirada que os irmãos dela.
Mas eu trabalhei arduamente para dissuadila de gostar de mim. Até que um dia ela foi em minha casa numa hora que eu não estava e pegou de volta todos os discos legais que ela ia me emprestando e nunca mais nos falamos.
Terceiro ato:
Deveríamos ter um sintonizador ( quero dizer: um botão como o fogão de gás que gradua de alto a baixo e desligado ) para poder ajustar exatamente por quem poderíamos e gostaríamos de nos apaixonar. Assim eu não perderia tempo com Cristina e Neuza não perderia tempo comigo.
Mas salvou-se uma coisa muito importante. A Neuza me ensinou a ver com carinho e atenção as pessoas que gostam da gente mesmo que o sentimento que temos por elas não seja na mesma proporção. E a partir dai eu fiquei sempre muito atento a qualquer sinal de paixão oculta para não ferir ninguém. Mas falhei varias vezes. Sempre descobri muito tempo depois alguns casos de pessoas que se apaixonaram por mim e eu não correspondi nem percebi. Isso é uma merda. Não sei onde eu andava com a cabeça quando isso acontecia. Mas sei o que sofri nas vezes que não fui correspondido e citando apenas a Neuza que esta num passado muito distante e não identificável o quanto devo te-la feito sofrer. Sei que era chato a insistencia dela, a presença dela a todo tempo em minha casa meio que implorando prá ser aceita. O mesmo papel que eu fazia na casa da Cris.
Como tudo aconteceu muito junto, deu prá ligar os fatos e aprender uma lição.
Ultimo ato:
É impossível aproveitar todas as possibilidades e oportunidades que a vida nos oferece.
E o peso de uma escolha muitas vezes nos deixa curvados por toda uma vida.
No ginásio por alguma razão precisávamos passar um recado de sala em sala, no grupo uma certa Cris tomou a dianteira e falou em todas as salas com desenvoltura e naturalidade. Eu nunca tinha percebido aquela garota na escola, me apaixonei na mesma hora. Corri atrás dela, arranjava pretextos e conseguia até ficar bastante tempo próximo a ela, o suficiente para descobrir:
1) Que a mãe dela gostava muito de mim.
2) Que a irmã dela era linda e muito inteligente, alguns anos mais tarde ela passaria em primeiro lugar no vestibular que me colocou na faculdade ( eu em 11º ).
3) Que ela tinha uma rede de amigas arquitetando planos para ajuda-la a conquistar um outro cara.
No entanto um dia convidei-a para assistir a apresentação da Banda Sinfônica de S.Bernardo tocar em seção solene do niver da cidade obras de Debussy, nada mal, ela topou, eu cheguei na porta da casa dela de táxi, paletó e gravata aos 15 anos de idade, e ela apareceu no portão e disse que não tinha roupa pra ir comigo. Dispensei o táxi, peguei um onibus, vi o concerto e tomei um porre de whisky no coquetel que foi servido em seguida e acabei a madrugada tomando glicose na veia. Nunca mais olhei na cara dela. Fui grande amigo da irmã dela no cursinho e na faculdade.
Segundo ato:
No mesmo ginásio um ano depois, penso eu, a Neuza corria atrás de mim, arranjava pretextos e conseguia ficar bastante tempo perto de mim, o suficiente para eu descobrir que:
1) Os pais delas não estavam nem ai nem prá mim nem prá ela.
2) Que os irmãos dela eram muito pirados
3) Que ela era muito mais pirada que os irmãos dela.
Mas eu trabalhei arduamente para dissuadila de gostar de mim. Até que um dia ela foi em minha casa numa hora que eu não estava e pegou de volta todos os discos legais que ela ia me emprestando e nunca mais nos falamos.
Terceiro ato:
Deveríamos ter um sintonizador ( quero dizer: um botão como o fogão de gás que gradua de alto a baixo e desligado ) para poder ajustar exatamente por quem poderíamos e gostaríamos de nos apaixonar. Assim eu não perderia tempo com Cristina e Neuza não perderia tempo comigo.
Mas salvou-se uma coisa muito importante. A Neuza me ensinou a ver com carinho e atenção as pessoas que gostam da gente mesmo que o sentimento que temos por elas não seja na mesma proporção. E a partir dai eu fiquei sempre muito atento a qualquer sinal de paixão oculta para não ferir ninguém. Mas falhei varias vezes. Sempre descobri muito tempo depois alguns casos de pessoas que se apaixonaram por mim e eu não correspondi nem percebi. Isso é uma merda. Não sei onde eu andava com a cabeça quando isso acontecia. Mas sei o que sofri nas vezes que não fui correspondido e citando apenas a Neuza que esta num passado muito distante e não identificável o quanto devo te-la feito sofrer. Sei que era chato a insistencia dela, a presença dela a todo tempo em minha casa meio que implorando prá ser aceita. O mesmo papel que eu fazia na casa da Cris.
Como tudo aconteceu muito junto, deu prá ligar os fatos e aprender uma lição.
Ultimo ato:
É impossível aproveitar todas as possibilidades e oportunidades que a vida nos oferece.
E o peso de uma escolha muitas vezes nos deixa curvados por toda uma vida.
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009
IRMÃOS LUMIÉRE
SORTIE DES OUVRIERS ET OUVRIÈRES DE L'USINE LUMIÈRE
Saída de operários e operárias da fábrica Lumière foi o primeiro filme a ser apresentado em tela de cinema no mundo, aconteceu em 22 de Março de 1895 em Paris pelos irmãos Auguste Louis Lumiére. Isso tudo foi amplamente comentado a 4 anos durante o centenário da industria cinematográfica. Mas neste sábado, 8 de Agosto fomos à Cinemateca Brasileira aqui em São Paulo, num prédio onde funcionou por muitos anos um matadouro e belamente restaurado para abrigar duas ótimas salas de cinema.
Vimos lá 74 filmes dos Irmãos Lumiére ao longo de 58 minutos, iniciando pela famosa sequência da saida da fabrica e seguida pela chegada da locomotiva à estação. É uma preciosidade ver a reunião dessas pequenas e curiosas obras sendo exibidas restauradas e com musica ao vivo, já que os filmetes são todos mudos.
Os temas são os mais variados, mas a maioria documenta momentos da vida diária francesa, como o almoço do bebê, babas levando bebes para passear, o movimento do transito da cidade,
acrobatas e palhaços se apresentando, soldados treinando ou dançando, batalha de bolas de neve,
uma enchente, desfile de policiais, desfile de carros alegóricos, marinheiros recolhendo roupas num varal em um veleiro, marinheiros remando e atividades de trabalhadores em funções diversas. As imagens são sempre muito nítidas, não há muita naturalidade, o cinema assombrava e duvido que muitas das pessoas que se deixaram filmar tenham assistido a algum filme na vida.
É único e emocionante poder ver os primeiros passos do cinema.
AMIGA ESCORPIÃO
Ela me surpreende sempre.
Sabe coisas que não consigo imaginar onde aprende.
Penso que ela vive num mundo muito diferente do meu, onde ela não se preocupa em ter muita proteção, ela se expõe às coisas de forma mais natural, aceita com muita normalidade um mundo meio deslocado para o lado da selvageria. Esse mundo deslocado é o mundo onde a luta pelas varias formas de sobrevivência é mais acentuada.
Eu na mesma fase da vida que ela não enfrentei as mesmas condições, não eram mais fáceis as minhas mas eram diferentes.
Ela tem uma radiografia social muito intensa. Conhece muita gente, e gente de comportamentos muito variados, aparentemente decifra todos os códigos com muita facilidade, e forma uma base para reação muito bem calibrada.
Dai chego ao ponto: quem fica mais exposto ao todo de um grupo social muito diversificado, consegue uma velocidade de tradução e compreensão muito grande. Embora as variáveis sejam muitas a técnica dela é simples: ou é ou não é. Este método binário parece que dá muito certo.
Ela tendo vivido ainda muito pouco tem uma bagagem invejável de conhecimento da alma humana. Esta muito antecipada e por isso mesmo um pouco descrente da vida. Já acha que amor é algo muito difícil de encontrar, que paixão não vale a pena, que é tempo que se perde na vida, e olhando pelo lado prático é mesmo.
Mas o quê será dessa escorpião que pica tão forte as vezes e que é tão amiga e próxima em outras vezes. Ela já completou a maioria dos ciclos principais da vida e parece não ter mais muito que aprender, acho que agora esta chegando a hora dela se aperfeiçoar, de selecionar, de se tornar ainda mais distante e exigente.
O escorpião esta sempre no cantinho escondida, esperando prá me atacar.
Cruel com seu doce veneno.
Sabe coisas que não consigo imaginar onde aprende.
Penso que ela vive num mundo muito diferente do meu, onde ela não se preocupa em ter muita proteção, ela se expõe às coisas de forma mais natural, aceita com muita normalidade um mundo meio deslocado para o lado da selvageria. Esse mundo deslocado é o mundo onde a luta pelas varias formas de sobrevivência é mais acentuada.
Eu na mesma fase da vida que ela não enfrentei as mesmas condições, não eram mais fáceis as minhas mas eram diferentes.
Ela tem uma radiografia social muito intensa. Conhece muita gente, e gente de comportamentos muito variados, aparentemente decifra todos os códigos com muita facilidade, e forma uma base para reação muito bem calibrada.
Dai chego ao ponto: quem fica mais exposto ao todo de um grupo social muito diversificado, consegue uma velocidade de tradução e compreensão muito grande. Embora as variáveis sejam muitas a técnica dela é simples: ou é ou não é. Este método binário parece que dá muito certo.
Ela tendo vivido ainda muito pouco tem uma bagagem invejável de conhecimento da alma humana. Esta muito antecipada e por isso mesmo um pouco descrente da vida. Já acha que amor é algo muito difícil de encontrar, que paixão não vale a pena, que é tempo que se perde na vida, e olhando pelo lado prático é mesmo.
Mas o quê será dessa escorpião que pica tão forte as vezes e que é tão amiga e próxima em outras vezes. Ela já completou a maioria dos ciclos principais da vida e parece não ter mais muito que aprender, acho que agora esta chegando a hora dela se aperfeiçoar, de selecionar, de se tornar ainda mais distante e exigente.
O escorpião esta sempre no cantinho escondida, esperando prá me atacar.
Cruel com seu doce veneno.
O MENINO DO PIJAMA LISTRADO
Um equivoco de uma criança leva a uma tragédia.
Tendo como fundo um face da segunda guerra mundial, a história filmada, mostra uma abordagem muito interessante do feitiço virando contra o feiticeiro. Um grande filme que vai tecendo a trama muito aos poucos e você em momento algum de ideia de que o final terá uma ocorrência onde não é possível desarmar os mecanismos que levarão à tragédia.
Assistimos num cinema particular e o filme gerou reações fortes em toda a plateia. Fortes e inesperadas. Pessoas de origem europeia preferiram deixar a sala antes do final do filme por acharem a trama bastante carregada, e todos achamos plenamente justificável. Temas como o genocídio do povo judeu parecem já ter esgotado as possibilidades cinematográficas. Mas este filme na verdade tem uma conotação, a meu ver, diferenciada, ele trata de moral e ética profissional, trata da ingenuidade infantil e de uma fatalidade. O pano de fundo é a guerra, mas não é um filme sobre a guerra.
Eu entendo tanto o sentimento de quem preferiu não ver o final do filme, como os que se desmancharam em lágrimas diante da fatalidade.
É que o autor montou de forma muito contundente um personagem de total ingenuidade e de como uma pessoa de alma pura vê e encara o mundo. É brutal ver que os puros sempre vão se dar mal em suas boas intenções. Que o mundo prepara armadilhas para aqueles que tratam a todos como iguais. O filme é tocante nesse ponto, ver os dois garotos discutindo suas sortes sem saber sobre o quê estão de verdade conversando. Essa dimensão do filme é incomoda, ver um garoto judeu trabalhando em serviços pesados e forçados, passando fome e tentando explicar ao filho de um oficial nazista por que ele vive aquela vida ruim que nenhum dos dois consegue compreender. Eles não viveram o suficiente para entender os mecanismos cruéis da vida e procuram uma solução para um problema que não sabem qual é.
Mostrar que um dia fomos assim - ingênuos, puros e carentes de proteção para nos mantermos vivos - e que a vida ao invés de nos levar a um plano ideal de sensibilidade e atenção aos sentimentos e valores alheios nos leva a um estado de malícia e prevenção em relação aos outros é no mínimo dolorido.
Pior é ver que quem não se torna velhaco, dança inevitavelmente; ver que o único caminho possível para se viver nesse mundo é ser mais esperto, mais forte, mais ousado e cruel que os outros. Tratar sobre a perda da ingenuidade não é tarefa fácil, mas neste filme a manipulação dessa ideia é absolutamente original.
Gostaria até de ler o livro, mesmo depois de ter visto filme.
Tendo como fundo um face da segunda guerra mundial, a história filmada, mostra uma abordagem muito interessante do feitiço virando contra o feiticeiro. Um grande filme que vai tecendo a trama muito aos poucos e você em momento algum de ideia de que o final terá uma ocorrência onde não é possível desarmar os mecanismos que levarão à tragédia.
Assistimos num cinema particular e o filme gerou reações fortes em toda a plateia. Fortes e inesperadas. Pessoas de origem europeia preferiram deixar a sala antes do final do filme por acharem a trama bastante carregada, e todos achamos plenamente justificável. Temas como o genocídio do povo judeu parecem já ter esgotado as possibilidades cinematográficas. Mas este filme na verdade tem uma conotação, a meu ver, diferenciada, ele trata de moral e ética profissional, trata da ingenuidade infantil e de uma fatalidade. O pano de fundo é a guerra, mas não é um filme sobre a guerra.
Eu entendo tanto o sentimento de quem preferiu não ver o final do filme, como os que se desmancharam em lágrimas diante da fatalidade.
É que o autor montou de forma muito contundente um personagem de total ingenuidade e de como uma pessoa de alma pura vê e encara o mundo. É brutal ver que os puros sempre vão se dar mal em suas boas intenções. Que o mundo prepara armadilhas para aqueles que tratam a todos como iguais. O filme é tocante nesse ponto, ver os dois garotos discutindo suas sortes sem saber sobre o quê estão de verdade conversando. Essa dimensão do filme é incomoda, ver um garoto judeu trabalhando em serviços pesados e forçados, passando fome e tentando explicar ao filho de um oficial nazista por que ele vive aquela vida ruim que nenhum dos dois consegue compreender. Eles não viveram o suficiente para entender os mecanismos cruéis da vida e procuram uma solução para um problema que não sabem qual é.
Mostrar que um dia fomos assim - ingênuos, puros e carentes de proteção para nos mantermos vivos - e que a vida ao invés de nos levar a um plano ideal de sensibilidade e atenção aos sentimentos e valores alheios nos leva a um estado de malícia e prevenção em relação aos outros é no mínimo dolorido.
Pior é ver que quem não se torna velhaco, dança inevitavelmente; ver que o único caminho possível para se viver nesse mundo é ser mais esperto, mais forte, mais ousado e cruel que os outros. Tratar sobre a perda da ingenuidade não é tarefa fácil, mas neste filme a manipulação dessa ideia é absolutamente original.
Gostaria até de ler o livro, mesmo depois de ter visto filme.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
PRODUZIR ARTE CANSA.
Cansa física e mentalmente.
Estou finalizando um trabalho com 15 metros quadrados, repleto de detalhes e cores.
O esgotamento físico é total, é tão cansativo quanto virar concreto.
A cabeça que no inicio viaja na obra depois começa a estressar, mesmo com o trabalho avançando e ficando satisfatório a sensação de gratificação sucumbi à fadiga mental.
Cores cansam a vista e depois de horas fazendo contorções para conseguir ângulos favoráveis no pincel o corpo pede cama. Numa etapa do trabalho contei 8.000 pequenas pinceladas para reproduzir espinhos em duas toceiras de cactos. Meio dia de trabalho para os espinhos. Bisnagas de tinta vão se esgotando. E o trabalho vai surgindo bem ao meu gosto e ao gosto dos poucos que já o viram. Sobre o resultado todos poderão ter suas opiniões quando eu publicar aqui os resultados, sobre o sofrimento físico e mental apenas essa nota. Algumas operações são imensamente prazerosas, outras são enfadonhas, de quando em vez meu pastor alemão vem me tirar o equilíbrio me empurrando com a cabeça e querendo brincar, em outras ocasiões algum gato resolve pular em mim. Amanha será o último dia de pintura.
Depois ficarei com saudades e torcendo para aparecer outro trabalho tão gostoso como esse.
A ilustração desta postagem não é parte de meu trabalho, é apenas uma ilustração qualquer.
Estou finalizando um trabalho com 15 metros quadrados, repleto de detalhes e cores.
O esgotamento físico é total, é tão cansativo quanto virar concreto.
A cabeça que no inicio viaja na obra depois começa a estressar, mesmo com o trabalho avançando e ficando satisfatório a sensação de gratificação sucumbi à fadiga mental.
Cores cansam a vista e depois de horas fazendo contorções para conseguir ângulos favoráveis no pincel o corpo pede cama. Numa etapa do trabalho contei 8.000 pequenas pinceladas para reproduzir espinhos em duas toceiras de cactos. Meio dia de trabalho para os espinhos. Bisnagas de tinta vão se esgotando. E o trabalho vai surgindo bem ao meu gosto e ao gosto dos poucos que já o viram. Sobre o resultado todos poderão ter suas opiniões quando eu publicar aqui os resultados, sobre o sofrimento físico e mental apenas essa nota. Algumas operações são imensamente prazerosas, outras são enfadonhas, de quando em vez meu pastor alemão vem me tirar o equilíbrio me empurrando com a cabeça e querendo brincar, em outras ocasiões algum gato resolve pular em mim. Amanha será o último dia de pintura.
Depois ficarei com saudades e torcendo para aparecer outro trabalho tão gostoso como esse.
A ilustração desta postagem não é parte de meu trabalho, é apenas uma ilustração qualquer.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
ATITUDE.
O termo atitude ganhou tradução e uma dimensão elaboradissima.
Antes queria dizer apenas algo como: tome um providência sobre tal coisa.
Hoje dentro dos diversos guetos significa o oposto de vacilão, ou como aquele programeto do Bamerindus aos sábados antes do Jornal Nacional: Gente que faz.
Ter uma atitude é ir a luta e fazer aquilo que precisa e deve ser feito.
Uma pessoa de atitude é uma pessoa respeitada acima de tudo por sua iniciativa para as coisas de forma positiva. Alguém que não espera acontecer, que é agente das mudanças, que não se intimida diante das situações e das pseu-autoridades.
Uma pessoa com atitude sabe quem ela é, detém um tipo de auto-conhecimento , não tanto no aspecto mental, mas mais na sua capacidade de reação às adversidades. E nessas horas, de sangue frio, tem as tais atitudes adequadas para sair das dificuldades. Se quer uma exemplo assista a um dos filmes : Duro de matar ( 4 opções ), lá o mocinho é pleno em atitude, ele nunca desiste, ele corre atrás de soluções por mais absurdas que possam parecer o tempo todo, e vence, se lasca mas vence. Ele se machuca todo, mas não tem medo de pequenos ferimentos ou de alguns tiros não fatais que sempre leva. O vislumbre da solução é superior ao risco nela contido. E ele conta com uma enorme margem de risco em todas as soluções que encontra. Isso é um aspecto importante, ele conta com uma dose certa de sofrimento para obter a solução desejada. Sabe que não haverá solução sem um volume aceitável de perdas e danos.
Mas sua atitude o faz ir em frente sem medo dos arranhões, ciente da dor ela se torna melhor.
Quem diria que dos guetos aparentemente incultos surgiria uma definição tão perfeita como essa.
Atitude, bom saber o que é, e bom ter sempre.
Antes queria dizer apenas algo como: tome um providência sobre tal coisa.
Hoje dentro dos diversos guetos significa o oposto de vacilão, ou como aquele programeto do Bamerindus aos sábados antes do Jornal Nacional: Gente que faz.
Ter uma atitude é ir a luta e fazer aquilo que precisa e deve ser feito.
Uma pessoa de atitude é uma pessoa respeitada acima de tudo por sua iniciativa para as coisas de forma positiva. Alguém que não espera acontecer, que é agente das mudanças, que não se intimida diante das situações e das pseu-autoridades.
Uma pessoa com atitude sabe quem ela é, detém um tipo de auto-conhecimento , não tanto no aspecto mental, mas mais na sua capacidade de reação às adversidades. E nessas horas, de sangue frio, tem as tais atitudes adequadas para sair das dificuldades. Se quer uma exemplo assista a um dos filmes : Duro de matar ( 4 opções ), lá o mocinho é pleno em atitude, ele nunca desiste, ele corre atrás de soluções por mais absurdas que possam parecer o tempo todo, e vence, se lasca mas vence. Ele se machuca todo, mas não tem medo de pequenos ferimentos ou de alguns tiros não fatais que sempre leva. O vislumbre da solução é superior ao risco nela contido. E ele conta com uma enorme margem de risco em todas as soluções que encontra. Isso é um aspecto importante, ele conta com uma dose certa de sofrimento para obter a solução desejada. Sabe que não haverá solução sem um volume aceitável de perdas e danos.
Mas sua atitude o faz ir em frente sem medo dos arranhões, ciente da dor ela se torna melhor.
Quem diria que dos guetos aparentemente incultos surgiria uma definição tão perfeita como essa.
Atitude, bom saber o que é, e bom ter sempre.
FILOSOFANDO MEIO QUE AMPLAMENTE SOBRE ALGO ESPECÍFICO.
É uma imagem linda esta reprodução do Sermão da montanha.Embora eu não seja religioso, gosto de algumas passagens realmente muito belas da vida de Jesus e de algumas frases supostamente ditas por ele.Acredito que foram frases traduzidas e adaptadas conforme a conveniencia de evangelização de cada época e de cada povo. Um exemplo, não propriamente de Jesus mas do Paizão, é de quê: Ele responde às nossas perguntas não como nós gostariasmos, mas como ele acha que deve.Eu faço isso também com minha fila e minha mulher.E quando estudei sobre pesquisa de opinião na disciplina de sociologia na faculdade de comunicação social, lembro dos tabulamentos que alguns colegas faziam visando obter as respostas que queriam. Não digo que fazia conscientes, mas faziam.Eu já me peguei muitas vezes na vida buscando a resposta que queria para perguntas que formulei em momentos críticos, e hoje vejo o quanto forcei para ouvir apenas a resposta que eu queria ouvir. As respostas eram outras mas eu fazia todas as considerações possíveis até ela ganhar a cara que era a que eu imaginava que ela deveria ter para me agradar.Ou seja eu mesmo me enganava e confundia.Num determinado momento da vida percebi que a religião também me enganava e confundia com sua beleza e elaboração de respostas. O caminho natural então era ficar com a poesia da religião e fugir do dogmatismo.Quando me casei pela primeira vez, queríamos morar longe de São Paulo, buscávamos algum lugar que tivesse atividade turística para poder viver disso e viver também num lugar bonito.Íamos aos lugares procurar casa, e nunca achávamos nada, então entendíamos que a resposta estava em outro lugar, e assim fomos nos encantando com lugares e se desencantando para poder abrir espaço para outros encantamentos. Por fim acabamos indo morar em Paraty, que foi um bom negócio, e focamos nossas apostas e respostas naquele lugar. Mas lembro bem do processo onde passávamos a falar bem do próximo lugar a tentar e depois passávamos a desqualifica-lo para não sofrer tanto com a perda.Assim fomos e assim somos. Buscamos uma resposta conveniente, e não a resposta certa, e com isso perdemos muito tempo e oportunidades na vida.Os religiosos diante do beco do inconformismo se saem com: Deus tem um propósito.Ou que: Ele escreve certo por linhas tortas, e assim por diante.Poesia e armadilhas. Perigoso atravessar esta estreita linha, perigoso olhar para baixo, perigoso nascer e pensar.
sábado, 1 de agosto de 2009
VIRANDO DEZ...
Fazer, fazer, fazer cada vez mais.
Tenho arranjado tempo em minha absoluta falta de tempo para levar adiante alguns projetos.
Um deles é o Blog dirigido aos membros de minha família onde vamos coletivamente reunir imagens e memórias de nossa família básica os Meneghel e das demais famílias que a ela foram se ligando por casamentos entre seus membros formando uma imensa família sobre uma família que originalmente já era muito grande. O blog é aberto a qualquer um que queira conhecer mas de uma forma geral acredito que embora tenha coisas muito curiosas é mais interessante para o pessoal da família mesmo, mas o link tá aqui ao lado e você encontra nele imagens de meu tio de 120 anos ( ele já tá morto a mais de 40 anos ). É um museu familiar muito gostoso de desenvolver.
O outro blog é o Viver no Surreal que estou liberando hoje e que é com conteúdo só para adultos. Mas só para adultos muito tolerantes com ideias muito alucinadas. Não é prá entender.
É apenas para viajar nas infinitas possibilidades que se abrem quando pessoas resolvem viver num mundo paralelo dentro deste mesmo nosso mundo engessado por outras loucuras socialmente aceitas.
Esse eu recomendo conhecer. Links grátis ao lado.
Tenho arranjado tempo em minha absoluta falta de tempo para levar adiante alguns projetos.
Um deles é o Blog dirigido aos membros de minha família onde vamos coletivamente reunir imagens e memórias de nossa família básica os Meneghel e das demais famílias que a ela foram se ligando por casamentos entre seus membros formando uma imensa família sobre uma família que originalmente já era muito grande. O blog é aberto a qualquer um que queira conhecer mas de uma forma geral acredito que embora tenha coisas muito curiosas é mais interessante para o pessoal da família mesmo, mas o link tá aqui ao lado e você encontra nele imagens de meu tio de 120 anos ( ele já tá morto a mais de 40 anos ). É um museu familiar muito gostoso de desenvolver.
O outro blog é o Viver no Surreal que estou liberando hoje e que é com conteúdo só para adultos. Mas só para adultos muito tolerantes com ideias muito alucinadas. Não é prá entender.
É apenas para viajar nas infinitas possibilidades que se abrem quando pessoas resolvem viver num mundo paralelo dentro deste mesmo nosso mundo engessado por outras loucuras socialmente aceitas.
Esse eu recomendo conhecer. Links grátis ao lado.
AMIZADE ADULTA E SEM ARESTAS.
Li parte disso que vou escrever e completei o pensamento com minhas percepções, misturando tudo na forma como acho que a coisa deva ser entendida.
Que a amizade adulta e amadurecida não tem arestas, ela se forma pela afinidade, e essa afinidade é uma zona de conforto onde nos abrigamos.
Que a amizade não significa exatamente amor pela outra pessoa, mas pode ser muito superior a muitas formas de amor.
Que dentro de uma amizade se forma um clima de indiscrição e confiança onde confidências intimas são trocadas, há uma liberdade de contactos e assuntos sobre sexo mas isso necessariamente não leva à pratica de sexo entre as partes.
Que de uma amizade pode surgir um amor, uma paixão, um namoro, uma caso ou um casamento, é possível, é viável e é natural que ocorra já que o ambiente é bastante favorável.
Que havendo sexo a amizade não será arruinada, como sempre é dito.
Que é plenamente possível ser amigo sem nunca amar.
Que é possível gostar dos assuntos e das mesmas preferências mas não ver na pessoal a pessoa ideal, mas sim a mais transitável para certas atividades.
Enfim, que amizade e amor são coisas muito amplas e difíceis de definir.
Que a amizade adulta e amadurecida não tem arestas, ela se forma pela afinidade, e essa afinidade é uma zona de conforto onde nos abrigamos.
Que a amizade não significa exatamente amor pela outra pessoa, mas pode ser muito superior a muitas formas de amor.
Que dentro de uma amizade se forma um clima de indiscrição e confiança onde confidências intimas são trocadas, há uma liberdade de contactos e assuntos sobre sexo mas isso necessariamente não leva à pratica de sexo entre as partes.
Que de uma amizade pode surgir um amor, uma paixão, um namoro, uma caso ou um casamento, é possível, é viável e é natural que ocorra já que o ambiente é bastante favorável.
Que havendo sexo a amizade não será arruinada, como sempre é dito.
Que é plenamente possível ser amigo sem nunca amar.
Que é possível gostar dos assuntos e das mesmas preferências mas não ver na pessoal a pessoa ideal, mas sim a mais transitável para certas atividades.
Enfim, que amizade e amor são coisas muito amplas e difíceis de definir.
INFIDELIDADE E FURIA.
Ontem depois de 3 semanas ligamos a televisão e vi uma propaganda do Globo Repórter sobre infidelidade. Falava da pesquisadora americana que correu o mundo pesquisando sobre a infidelidade e às duas conclusões a que ela havia chegado. Não vi o programa mas já havia lido sopre a pesquisa e sobra a pesquisadora recentemente.
As conclusões são:
1) Para uma mulher trair ela precisa apenas de um motivo.
2) Para o homem trair ele precisa apenas de uma mulher.
Minha fúria.
Me senti ofendido quando li isso e mais ainda ontem quando vi que a opinião da americana, que alias fala português, ainda esta se propagando.
Na minha opinião que darei em partes a coisa é assim:
1) O motivo que a mulher precisa é ter um homem atraente.
2) Homem não precisa apenas de uma mulher para trair, a grande fantasia dos homens é ter duas mulheres ao mesmo tempo. Transar com as duas e depois vê-las transar para ele.
Tá ficando pesado né? Eu falei que é em estado de fúria que estou.
3) Homem também tem sentimentos, se encanta, se apaixona, sofre, quer estabilidade emocional, sente mais prazer quando encontra alguém com quem possa estabelecer cumplicidade e assim vai.... não é só ter uma mulher disponível, qualquer mulher, mocreia, barraqueira, mal cuidada, e assim vai... é óbvio que nenhum dispensaria a Angelina Jolie nem tampouco alguma dispensaria o Brad Pitt e assim vai... até aqui zero a zero.
Mas a coisa é sempre colocada de uma forma muito generalizada e feminista ao extremo.
Então falemos de sensibilidade.
Mulheres são sensíveis, homens são selvagens e instintivos.
Pois então vejamos: Quantos grandes pintores conhecemos na história da humanidade, todos, e quantas mulheres pintaram por exemplo uma Mona Lisa ou Capela Sistina? Quantos compuseram óperas e sinfonias e quantas mulheres compuseram 9ªs Sinfonias e La Traviattas?
Quantos homens dirigiram filmes maravilhosos e quantas mulheres dirigiram Casablanca, Cidadão Kaine ou ET? Quantas bandas de rock eram compostas só por mulheres e mantiveram discos por décadas no topo das paradas? Quantas mulheres escreveram peças de teatro como Romeu e Julieta, Esperando Godot, Gata em teto de zinco quente? Quantas mulheres escreveram romances arrebatadores entre os cem mais indispensáveis de serem lidos? Quantas mulheres foram filosofas que se tornaram clássicas? Quantas mulheres foram desenhistas de histórias em quadrinhos de sucesso? Quantas foram revolucionárias em design ou criaram movimentos como cubismo, renascentismo, modernismo, ismo, ismo, ismo?
Tá vendo como é fácil inverter. Com isso então concluímos que mulheres não tem sentimentos?
Que são apenas musas inspiradoras, que só sabem fazer sofrer? E que esse sofrimento faz criar?
Homens e mulheres traem pelos mesmos motivos.
Quais os motivos? Sei lá, acho que cada um tem o seu, mas não estão divididos por sexo ou preferência sexual, melhor dizendo.
As conclusões são:
1) Para uma mulher trair ela precisa apenas de um motivo.
2) Para o homem trair ele precisa apenas de uma mulher.
Minha fúria.
Me senti ofendido quando li isso e mais ainda ontem quando vi que a opinião da americana, que alias fala português, ainda esta se propagando.
Na minha opinião que darei em partes a coisa é assim:
1) O motivo que a mulher precisa é ter um homem atraente.
2) Homem não precisa apenas de uma mulher para trair, a grande fantasia dos homens é ter duas mulheres ao mesmo tempo. Transar com as duas e depois vê-las transar para ele.
Tá ficando pesado né? Eu falei que é em estado de fúria que estou.
3) Homem também tem sentimentos, se encanta, se apaixona, sofre, quer estabilidade emocional, sente mais prazer quando encontra alguém com quem possa estabelecer cumplicidade e assim vai.... não é só ter uma mulher disponível, qualquer mulher, mocreia, barraqueira, mal cuidada, e assim vai... é óbvio que nenhum dispensaria a Angelina Jolie nem tampouco alguma dispensaria o Brad Pitt e assim vai... até aqui zero a zero.
Mas a coisa é sempre colocada de uma forma muito generalizada e feminista ao extremo.
Então falemos de sensibilidade.
Mulheres são sensíveis, homens são selvagens e instintivos.
Pois então vejamos: Quantos grandes pintores conhecemos na história da humanidade, todos, e quantas mulheres pintaram por exemplo uma Mona Lisa ou Capela Sistina? Quantos compuseram óperas e sinfonias e quantas mulheres compuseram 9ªs Sinfonias e La Traviattas?
Quantos homens dirigiram filmes maravilhosos e quantas mulheres dirigiram Casablanca, Cidadão Kaine ou ET? Quantas bandas de rock eram compostas só por mulheres e mantiveram discos por décadas no topo das paradas? Quantas mulheres escreveram peças de teatro como Romeu e Julieta, Esperando Godot, Gata em teto de zinco quente? Quantas mulheres escreveram romances arrebatadores entre os cem mais indispensáveis de serem lidos? Quantas mulheres foram filosofas que se tornaram clássicas? Quantas mulheres foram desenhistas de histórias em quadrinhos de sucesso? Quantas foram revolucionárias em design ou criaram movimentos como cubismo, renascentismo, modernismo, ismo, ismo, ismo?
Tá vendo como é fácil inverter. Com isso então concluímos que mulheres não tem sentimentos?
Que são apenas musas inspiradoras, que só sabem fazer sofrer? E que esse sofrimento faz criar?
Homens e mulheres traem pelos mesmos motivos.
Quais os motivos? Sei lá, acho que cada um tem o seu, mas não estão divididos por sexo ou preferência sexual, melhor dizendo.
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