PENSANDO

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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

ELAS SÓ DIZIAM NÃO.

Buscando informações em minha memória para uma postagem já publicada deparei com algo que ocorria com frequência no ginásio em minha adolescência. As garotas que só diziam não.
Elas provocavam os garotos de todas as maneiras. Beijos na trave, minisaias muito minis, olhares perdidos, lagrimas inesperadas ou crises de choro inexplicáveis ( eu não imaginava que cabia tanta água dentro de uma mulher ), revoltas por banalidades ouvidas e uma porção de mecanismos e futilidades para incomodar-nos. Havia uma confraria delas que vazava informações falsas dizendo que tal garota estava apaixonada por você para você se sentir o tal e depois perder o chão. Depois que o cara ficava todo bobo e corria atrás delas elas diziam não. Estavam com um cara mais velho, que tinha carro, um cara casado ( isso era a heresia das heresias). E nós garotos que nos divertíamos em bandos, andando de ônibus, com o dinheiro contado, ficavamos apenas babando e sonhando, mas logo descobriamos que a farsa era generalizada. Sábado a noite a gente na rua e as tais garotas vendo novela. Na verdade elas também tinha entre 15 e 16 anos e não tinham autonomia prá sair de casa todos os sábados. Mas nos alugavam fazendo-nos endoidecer pelo que não conseguíamos nunca conquistar.
As que não faziam esse jogo, namoravam, beijavam muito e se divertiam.
Depois que inventaram o tal orkut começamos a redescobrir o paradeiro de nossos amigos de infância, iu da escola e junto com eles um bom pedaço de história que não acompanhamos.
E dentro dessa história um bocado de caídas na real. As garotas estavam solteironas ( ninguém quis ), ou separadas ( ninguém aguentou ) ou pior... muito pior... sabe com quem elas casaram????
Quá, quá, quá... com o pior dos piores ( ficaram com a sobra ).
Parece que quem queria só brincar acabou assumindo a brincadeira e encarnado o personagem.
Hoje ainda encontro facetas assim em algumas pessoas, jogam muito charme mas nunca estão disponíveis nem prá um cafézinho. Tem sempre algo muito, mas muito, mas muito mais interessante para fazer, e nunca aparecem.

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