PENSANDO

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

REMOTO

Revimos por esses dias um filme que queríamos que outros amigos vissem sobre uma comunidade remota, que vivia numa ilha para a qual ninguém ligava.
Eles estavam à margem da economia e precisavam reverter isso.
Se unem para enganar um médico cuja decisão, se ele a tomar, de também morar na ilha, alteraria a vida de todo mundo para melhor.
Conhecendo, como conheço, pessoas que moram isoladas, eu parcialmente vivo assim, vejo sempre com grande fascínio a aventura de morar, ao menos parte do tempo, numa região mais isolada. Do quanto você é capaz nessas horas de se provar, de demonstrar habilidades de autosuficiencia e coragem mental de enfrentar o desafio de manter-se saudável emocionalmente.
A sensação de não fazer parte de algo grande que esta acontecendo é a coisa mais enganosa que pode acontecer nessas condições. Normalmente achamos que o mundo só acontece nos grandes centros, e isso é em partes verdade, mas nos grandes centros ele acontece para poucos. Você isolado do mundo continua um desenvolvedor potencial e viável. Dá pra desenvolver muita coisa interessante nesses momentos sabáticos. E de forma até melhor, mais concentrada, sem as influências nocivas e hipermidiáticas dos grandes centros. Com um ritmo e rotinas mais lentos o tempo se dilata e a vida flui de forma mais lúcida. Pode ocorrer alguma improdutivida em função da necessidade de aderir ao ócio, mas isso é superável se você for forte.
Só vejo vantagens em pertencer a uma comunidade diminuta e remota, desde que com algumas investidas ocasionais aos grandes centros para respirar um pouco de fumaça.

4 comentários:

Mary Joe disse...

Esse filme é um filme francês chamado "La grand seduction" não é?

Família Meneghel disse...

MaRy JoE

Resposta certa.
Ponto para as meninas.
Eu achava que era canadense, tb achava que era francês, na verdade não sei ao certo, mas o filme é esse mesmo e é muito legal.
Abç.s

Mary Joe disse...

Vitorio, na verdade, VC está certo. O filme é canadense... me perdi porque ele é falado em francês né?

Sabe, me identifiquei muito, mas muito mesmo com esse filme e com seu texto. Porque ao me mudar para cá, tive uma completa sensação de exílio. Hoje percebo que podemos "estar" em qualquer lugar "morando" em qualquer lugar.
Depende de nós.
Beijokas
Mary

Família Meneghel disse...

MaRy JoE
Tb sempre vivi exilado, mas sempre fui mais produtivo em lugares assim. SPaulo tem muitas oportunidades, isso é sem duvida, mas tb tem muito mais candidatos e publico, as opções são sempre muito disputadas, ir aos lugares é muito caro pq tudo é longe, vc paga prá tudo mesmo que o evento seja grátis tem um bando de urubu prá te tungar. Já nos cantos remotos a coisa é mais fraca em opções mas qdo somos produtivos e criativos a coisa acaba finado melhor.
Abçs.
PS, tirar meio ponto das meninas.