Por um lado eu diria: ninguém paga minhas contas, pensem o que quiserem.
Por outro: quem vive em um grupo social, dependendo dele ou não, deve preservar os sentimentos e a harmonia do mesmo.
Vamos primeiro por um lado: devemos ter independência. Independência de pensar, de agir, de falar, de se comportar, de gostar ou não gostar e por isso a opinião dos demais, contra ou a favor, só servem para romper com sua liberdade. Importar-se com a opinião dos demais é portanto desimportar-se consigo mesmo. É deixar de ser aquilo que se quer para ser aquilo que agrada ou serve aos outros.
Vamos agora pelo outro lado: ninguém vive sozinho, ninguém sabe tudo sobre tudo, vivemos numa completa interdependência, portanto políticas de boa vizinhança são indispensáveis mesmo que roubem um parcela de nossa autonomia.
Então a questão deve ter um outro lado, já que por estes dois lados não se resolve.
A questão passa em seu aspecto mais extremo pela possibilidade de ofender gravemente alguém, depois por magoar, depois por incomodar, depois por provocar, depois por gerar hostilidades, depois por gerar comentários, depois por um monte de coisas, afinal nunca se sabe o que se pode estar provocando. Se você quer fazer o que bem entende e não quer perder sua plena liberdade saiba que se você ofende gravemente uma pessoa perdeu sua liberdade por conta de que você não esta mais livre para ir e vir, chegar e entrar, se alguém esta furioso com você. Sua liberdade sempre será relativa. Relativa ao dano que causa aos outros. Quanto maior o dano provocado por sua ação menor sua liberdade de praticá-lo.
Então abordarei pelo lado da coragem que cada um deve ter de atuar por suas próprias convicções desprezando um certo retardo comportamental que existe na sociedade. A sociedade sempre vende caro sua aceitação de mudanças, e os pioneiros é que tem que pagar. A sociedade segura o quanto pode os avanços comportamentais porque isso é genético, não tem lógica. A lógica diz que todas as vezes que pessoas avançadas puxam o comportamento social para frente a sociedade ganha. Mas a sociedade mesmo ciente disso reage contra. Agir avançadamente é então pagar o preço, ouvir opiniões contrárias, criticas pesadas e não ser bem recebido. Mas no final o grupo sempre se beneficia disso.
Importar-se demais com a opinião dos outros é uma escolha isolada.
Ou você opta por avançar ou por agradar.
3 comentários:
Aos 15anos li um livro deum pioneiro na auto-ajuda, o Dale Carnegie. Ele tinha uma frase que dizia o seguinte:
-Quando vc souber que está agindo certo, abra seu guarda chuva, e deixe que a chuva de críticas caia e não o atinja.
Confesso que nem sempre consigo fazer isso. As vezes meu guarda chuvas tem buracos. Mas realmente, ou vc opta por ser mais um na manada e ter (quase sempre ) os aplausos de seus pares, ou será alguém que busca o que vem depois.
Com a picareta, ou sendo picareta, rsrsrsrs.
Beijokas
Mary, a chata que todo dia tá por aqui...
Eu já fui uma pessoa que me importei demais com ou outros. Imaturidade? Baixa auto-estima? Não sei, larguei dessa vida e sou muito mais feliz agora. Aprendi que a única pessoa que não te julga é o seu terapeuta e em consulta, o resto...
ps. Mary Joe, vc está quase uma coautora do blog, adoro seus comentários. Essa do guarda chuva é muito boa!
bom dia pra vcs
Andréa
MaRy JoE e Andréa.
Obrigado pela presença e pelos comentários.
Quando escrevo de forma bifurcada, ou trifurcada é porque não sei a resposta.
Seus comentários sempre mostram uma relevante possibilidade de rumo.
Muitas vezes fico motivado a postar um proseguimento do assunto, coisa que tenho evitado para não tornar o blog massante, pois lendo os comentários percebo que o assunto poderia render muito mais.
Um carinhoso beijo.
É um prazer e um honra ter coautores em meus blogs.
Postar um comentário