PENSANDO

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

TEM COMO ACERTAR.

Quando a MaRy JoE me mandou um e-mail com a foto acima achei que era importante guarda-la porque aquilo me acertou no queixo.
Eu moro num lugar pobre e coisas engraças como a da foto estão sempre no meu caminho.
Havia no centro de Embu-Guaçu uma placa mal feita onde queriam escrever PARE CALDO DE CANA, mas da forma como estava escrito ficou mais ou menos assim:
PA CAL RE
DO
CA DE NA.
Eu honestamente acho engraçado, mas é como a conversa do momento sobre o Robin Willians falar que ganhamos a competição para sediar as Olimpíadas porque mandamos 50 stripers e 500 gr de cocaina. É engraçado porque o cara é um comediante e faz piada sobre os fatos não sobre a ficção.
O fato é que não fazemos as coisas direito em nenhuma das escalas.
As grandes operadoras de tudo aqui em São Paulo são um caos, a tecnologia não suporta a demanda da telefonia, da internet, da tv a cabo e de outros embarques tecnológicos ; pontos de onibus inteligentes que tem painéis onde estão listados os onibus que estão a caminho, o itinerário e quanto tempo levarão prá chegar naquele ponto, na verdade informam mentiras, pois o onibus não aparece, quem vem é o de outra linha e não há informação sobre lotação, e eles sempre chegam abarrotados e impraticáveis. Quando chove, já pegamos uma sequência de 8 km de faróis apagados, não são meia dúzia, são todos de uma avenida de 8 kms. Alguém resolveu sincronizar e deu nisso. A lista de tecnologias que não funcionam quando são aplicadas a grandes demandas e infindável.
Mas nesses casos a cobertura profissional e financeira é sempre muito elevada.
Tem muito envolvido naquilo, muitos empregos, muitos direitos de patentes, muitos impostos, muito investidores e muito lucro gerado com cobranças aos consumidores e enormes e
implacáveis. Podemos fazer piada a vontade, temos assunto de sobra, nossa sociedade não esta funcionando. Nem na escala onde existe o dinheiro e a competência nem onde nunca se viu dinheiro e a competência é um mero exercício de sobrevivencia.
Mas acho que tem como acertar tudo isso, acho que passa primeiro por não ir tão acelerado, segundo por tratar a todos como diferentes e com isso aplicar medidas e remédios distintos.
Um grande sociedade não precisa de grandes soluções, precisa de soluções do tamanho de cada micro partícula que precisa delas.
Eu já fiz trabalhos de comunicação visual com erro de português, fui advertido e corrigi.
Já dei toques a algumas pessoas sobre erros que elas haviam cometido.
Mas não há como você querer ajeitar uma grande operadora que só pensa no lucro e não no produto. Ou como solucionar um governo que não sabe consertar buracos nas ruas. Ou quem faz uma obra que desaba antes de ser inaugurada porque a viga, uma entre 2000 utilizadas, trincou.
Tudo tem remédio no tempo certo mas é preciso ter honestidade de propósito.
Por fim é difícil saber como vai se alavancar um individuo como o da foto, por suas próprias competências jamais sairá de sua ALFISINA , vai precisar de muita ajuda e boa vontade para um dia ser o que é uma Ferrari ou BMW.
Esta comparação doeu em mim agora, o abismo é muito grande e não podíamos ter deixado isso acontecer.

Um comentário:

Mary Joe disse...

Será, Vitório? Que tem como acertar? Procuro pensar assim no meu dia a dia... mas confesso que nem sempre consigo achar o fio da meada. Onde começar o conserto, para que o todo fique nos eixos.

Mas, usando um clichê: "sou brasileira, não desisto nunca!".
Beijokas
Mary Joe