É meu velho, pedir informação é uma arte.
Você precisa fazer com que o cara que vai te dar a informação, entenda aquilo que você não conseguiu entender. Eu raramente pergunto, prefiro me perder sozinho a ter que ficar ouvindo explicações que não terminam nunca e me confundem muito mais.
Começa que eu preciso sentir confiança no cara que vai me dar a informação.
Eu olho a cara do sujeito e já concluo que o cara não tem cara de quem sabe alguma coisa de relevante na vida. E mais, o quê um cara competente estaria fazendo parado numa esquina ou empurrando uma bicicleta morro acima? Pessoas capazes estão sempre em outros lugares fazendo coisas relevantes.
Uma vez fui pedir informação para um velhinho num portão em Santo André. Fazia um baita calor e o velho de blusa e paletó, qualquer idiota sacaria que o velho era maluco, menos eu, o velho se ofendeu com a minha pergunta e ficou irado, saiu um irmão dele de dentro de casa, bem velhinho também e veio prá cima querendo saber o que estava acontecendo, juntou vizinhos pro deixa prá lá e eu sai correndo achando que ia ser linchado.
A partir dai nunca mais quis pedir informação, mas me perco sempre.
Gosto no entanto de dar informações, se bem que eu confunda esquerda com direita e muitas vezes explique errado, mas tudo bem, se a pessoa se perder pergunta depois prá outra pessoa.
PENSANDO
segunda-feira, 29 de junho de 2009
MEXICO
Em Julho estarei também imerso na cultura mexicana por conta de uma trabalho que deverá me ocupar por todo os mês. Farei painéis enormes, esculturas e colagens em madeira e talvez alguns afrescos, tudo sobre a colorida e alucinada cultura mexicana. Se possível mostrarei os resultados aqui. A relação cultural com a morte é muito doida, eles fazem do finados uma tremenda festa, com ceia no cemitério sobre o túmulo dos parentes, muitos fogos, música e cantoria, caveiras comestíveis feitas de açúcar. Mas não é só isso, tem a cor que é um elemento chave em sua fluorecência absurda.
Deixarei vazar um pouco disso por este espaço.
Deixarei vazar um pouco disso por este espaço.
NA REAL, JÁ VI PARECIDO...
Estava eu na estrada aqui perto de casa e o cara me passa de moto levando dois pneus de carro com ele. Ou seja ele sentou-se sobre a moto e foram colocando os pneus pela cabeça dele até chegarem a cintura, ele ficou parecido com o boneco da Michelin, e não perdeu a habilidade, passou no maior gás, dando um tremendo pó.
Essa semana vi um fusca carregando sacos de milho, pelo menos cinco na frente do carro com o capo amarrado por uma corda para não abrir de vez e o motorista olhando pela lateral dele para guiar o carro, que alias estava embicado para frente com os 300 quilos de peso da carga. O mesmo fusca que vai ao deposito de material e compra as barras de ferro de 12 metros, amarra por baixo do carro no parachoque da frente e vai arrastando até em casa.
Dai você ver uma moto com quatro pessoas sobre ela a toda é fichinha.
Pô, tem gente que tem vergonha de carregar guarda-chuva, tem gente que trompa com orelhão na calçada, e um cara tem a coragem de andar de bicicleta carregando um carrinho de mão na cabeça.
Melhor que ver o Cirque de Soleil.
Essa semana vi um fusca carregando sacos de milho, pelo menos cinco na frente do carro com o capo amarrado por uma corda para não abrir de vez e o motorista olhando pela lateral dele para guiar o carro, que alias estava embicado para frente com os 300 quilos de peso da carga. O mesmo fusca que vai ao deposito de material e compra as barras de ferro de 12 metros, amarra por baixo do carro no parachoque da frente e vai arrastando até em casa.
Dai você ver uma moto com quatro pessoas sobre ela a toda é fichinha.
Pô, tem gente que tem vergonha de carregar guarda-chuva, tem gente que trompa com orelhão na calçada, e um cara tem a coragem de andar de bicicleta carregando um carrinho de mão na cabeça.
Melhor que ver o Cirque de Soleil.
LOWBROW ART
Em Julho postarei sobre Lowbrow Art, ou a arte do mau gosto.
O movimento surgiu em Los Angeles um pouco no meio dos ilustradores, um pouco com os graffitis de rua e ligado também ao Hot Rod, aqueles trablalhos sobre carrões, caveiras e mulheres boazudas. É uma espécie de surrealismo pop e encarado pelo mais conservadores como um estilo de arte marginal, sem valor comercial.
Na verdade o lowbrow apresenta uma infinidade de obras primas e resultados plásticos belíssimos que qualquer um desvirtuado gostaria de ter em sua parede.
O mau gosto fica portanto não por conta da técnica, mas sim por conta do tema, que busca expressar uma morbidez agregada a escatologismo e violência moderada.
Ingênuas criancinhas sempre aparecem e eu não compreendi ainda o significado delas tão permanentemente nos trabalhos. Mas na grande média é uma forma de arte bastante divertida, com humor negro e criatividade absoluta nas formas.
Todo surrealismo é muito psicanalítico, e você fica se perguntando o que que o cara quis dizer com isso?
Mas vai ser uma jornada muito interessante, pois teremos uma mostra legal de uma obra bastante volumosa existente.
O movimento surgiu em Los Angeles um pouco no meio dos ilustradores, um pouco com os graffitis de rua e ligado também ao Hot Rod, aqueles trablalhos sobre carrões, caveiras e mulheres boazudas. É uma espécie de surrealismo pop e encarado pelo mais conservadores como um estilo de arte marginal, sem valor comercial.
Na verdade o lowbrow apresenta uma infinidade de obras primas e resultados plásticos belíssimos que qualquer um desvirtuado gostaria de ter em sua parede.
O mau gosto fica portanto não por conta da técnica, mas sim por conta do tema, que busca expressar uma morbidez agregada a escatologismo e violência moderada.
Ingênuas criancinhas sempre aparecem e eu não compreendi ainda o significado delas tão permanentemente nos trabalhos. Mas na grande média é uma forma de arte bastante divertida, com humor negro e criatividade absoluta nas formas.
Todo surrealismo é muito psicanalítico, e você fica se perguntando o que que o cara quis dizer com isso?
Mas vai ser uma jornada muito interessante, pois teremos uma mostra legal de uma obra bastante volumosa existente.
PULA, PULA, PULA....
Morro de medo de altura.
Fomos a algum tempo no topo do prédio do Banespa no centro de São Paulo, praticamente um sobradinho comparado aos que se constroem no mundo hoje a espera de um terrorista da AlQaeda.
Mas vi um helicóptero passando abaixo de mim, e a sensação lá é estranhamente ilusória de que você esta infinitamente mais alto do que realmente esta. Me doe o miolo dos ossos escrever sobre altura, lá no topo do prédio fiquei paralisado enquanto minha filha quase subia na mureta para ver mais e melhor. O bombeiro de plantão me olhou e disse: - O Sr. tem medo né?
Eu grudado à parede feito tinta já começava a arrancar as primeiras pastilhas do revestimento com as unhas. Depois fui relaxando, vendo que o prédio era antigo e não ia despencar de uma vez e racionalmente apenas mijei nas calças.
Mas por outro lado ver paisagens de pontos elevados me fascina, lembro quando fui a Pedra Bela, uma minúscula cidade próxima à São Paulo no alto da Serra da Cantareira já na divisa com Minas Gerais. Subi de carro até onde deu, depois tinha uma escada que me fez o coração saltar fora do peito e por fim uma paisagem deslumbrante. Coisa de cinema, mas ai sem medo, estava em terra firme e nesse caso não sinto mal. Espero nunca mais ter que subir num prédio muito alto, acho que eles deveria ser construídos na horizontal.
Mas uma coisa que acho estranho é que quando estou num lugar alto tenho a sensação que terei um surto de loucura e irei saltar. Dra. Creuza a senhora sabe me explicar isso?
Fomos a algum tempo no topo do prédio do Banespa no centro de São Paulo, praticamente um sobradinho comparado aos que se constroem no mundo hoje a espera de um terrorista da AlQaeda.
Mas vi um helicóptero passando abaixo de mim, e a sensação lá é estranhamente ilusória de que você esta infinitamente mais alto do que realmente esta. Me doe o miolo dos ossos escrever sobre altura, lá no topo do prédio fiquei paralisado enquanto minha filha quase subia na mureta para ver mais e melhor. O bombeiro de plantão me olhou e disse: - O Sr. tem medo né?
Eu grudado à parede feito tinta já começava a arrancar as primeiras pastilhas do revestimento com as unhas. Depois fui relaxando, vendo que o prédio era antigo e não ia despencar de uma vez e racionalmente apenas mijei nas calças.
Mas por outro lado ver paisagens de pontos elevados me fascina, lembro quando fui a Pedra Bela, uma minúscula cidade próxima à São Paulo no alto da Serra da Cantareira já na divisa com Minas Gerais. Subi de carro até onde deu, depois tinha uma escada que me fez o coração saltar fora do peito e por fim uma paisagem deslumbrante. Coisa de cinema, mas ai sem medo, estava em terra firme e nesse caso não sinto mal. Espero nunca mais ter que subir num prédio muito alto, acho que eles deveria ser construídos na horizontal.
Mas uma coisa que acho estranho é que quando estou num lugar alto tenho a sensação que terei um surto de loucura e irei saltar. Dra. Creuza a senhora sabe me explicar isso?
O POETA PIROU
Andando de blog em blog você encontra coisas muito interessantes e algumas coisas inesperadas.
Eu normalmente não para para ler poesias, mas por alguma razão li as primeiras linhas e acabei indo até o final. Achei patético. O poeta ou poetisa, não fica claro, mergulha de cabeça na perda daquilo que não foi seu. Um amor que tinha tudo para ser perfeito mas que não aconteceu. Ele(a) coloca muita expectativa e com doses cavalares de ansiedade vê seu amor se encantar por outro mundo e nele encontra outra pessoa. Vai-se para o outro lado do planeta e o(a) pobre nem grana tem para ir atrás. Faz então um profundo lamento e tenta com o subterfúgio das palavras completar dentro de si aquilo que nunca terá de verdade. E torna-se triste, fala em não ver mais o sol e o nascer no dia seguinte. E por ai vai, pô se é paixão: tô dentro, deixar de existir: tô fora. Sofrer de amor não é fácil, quero ver quando minha pré adolescente entrar nessa de se apaixonar e perder o apetite. Vou encara-la seriamente, já perdi o apetite também, vou respeitar sua dor, lembrar das minhas e entender que poesia é feita no pior momento do sofrimento. Até aqui tudo bem, é isso que move a criação, é isso que faz com que belas histórias existam e sejam contadas. Mas...
o objeto do amor as vezes é tão mulambento, fútil, sem graça que agente não entende como alguém pode sofrer tanto por uma outra pessoa que nos parece tão comum e facilmente substituível por outra melhor.
Inútil mostrar os defeitos da amada ao apaixonado, ele releva tudo.
Inútil dizer que existem outras pessoas melhores esperando por ele, desde que ele não fique prostrado, parado, esperando aquela pessoa especificamente mudar em favor dele.
Ao apaixonado ou o máximo da felicidade ou a morte, inexiste o meio termo, inexistem as outras possibilidades.
Depois de gente a coisa que mais tem no mundo é Barbie. Já foram fabricadas mas de 5 bilhões, em breve serão a maioria e nós humanos ficaremos em segundo lugar, e convenhamos, a Barbie tem uma vidazinha fútil prá caramba, mas todos a adoram, querem ter uma coleção. Volto portanto a dizer que são inúmeras as opções. Mas essa porra de paixão não deixa escolha, quer uma opção única de felicidade.
Eu normalmente não para para ler poesias, mas por alguma razão li as primeiras linhas e acabei indo até o final. Achei patético. O poeta ou poetisa, não fica claro, mergulha de cabeça na perda daquilo que não foi seu. Um amor que tinha tudo para ser perfeito mas que não aconteceu. Ele(a) coloca muita expectativa e com doses cavalares de ansiedade vê seu amor se encantar por outro mundo e nele encontra outra pessoa. Vai-se para o outro lado do planeta e o(a) pobre nem grana tem para ir atrás. Faz então um profundo lamento e tenta com o subterfúgio das palavras completar dentro de si aquilo que nunca terá de verdade. E torna-se triste, fala em não ver mais o sol e o nascer no dia seguinte. E por ai vai, pô se é paixão: tô dentro, deixar de existir: tô fora. Sofrer de amor não é fácil, quero ver quando minha pré adolescente entrar nessa de se apaixonar e perder o apetite. Vou encara-la seriamente, já perdi o apetite também, vou respeitar sua dor, lembrar das minhas e entender que poesia é feita no pior momento do sofrimento. Até aqui tudo bem, é isso que move a criação, é isso que faz com que belas histórias existam e sejam contadas. Mas...
o objeto do amor as vezes é tão mulambento, fútil, sem graça que agente não entende como alguém pode sofrer tanto por uma outra pessoa que nos parece tão comum e facilmente substituível por outra melhor.
Inútil mostrar os defeitos da amada ao apaixonado, ele releva tudo.
Inútil dizer que existem outras pessoas melhores esperando por ele, desde que ele não fique prostrado, parado, esperando aquela pessoa especificamente mudar em favor dele.
Ao apaixonado ou o máximo da felicidade ou a morte, inexiste o meio termo, inexistem as outras possibilidades.
Depois de gente a coisa que mais tem no mundo é Barbie. Já foram fabricadas mas de 5 bilhões, em breve serão a maioria e nós humanos ficaremos em segundo lugar, e convenhamos, a Barbie tem uma vidazinha fútil prá caramba, mas todos a adoram, querem ter uma coleção. Volto portanto a dizer que são inúmeras as opções. Mas essa porra de paixão não deixa escolha, quer uma opção única de felicidade.
domingo, 28 de junho de 2009
BANDINHA
Bandinha prá mim é tudo.
Nem precisa ser boa, só tem que existir.
Mas são tão raras, que já fazem uns 5 anos não vejo uma.
Eu poderia me esforçar um pouco mais e ver onde as encontro.
Ouvir musica ao vivo tornou-se caro, e as bandas eram uma forma gratuita e muito divertida de ouvir musica ao vivo.
Semana dessas numa festa junina eu ouvia em CD uma banda tocando musicas de São João, com toda aquela arquitetura musical que ouvida parece caótica. Entendida é pura arte. Nela os instrumentos tocam por arranjos que parecem induzir a que cada uma toque uma musica diferente ao mesmo tempo, mas que quando se ouve em conjunto é algo muito agradável.
Ouça com atenção da próxima vez, é uma zona, mas é muito bem feito.
Não entendo de musica, entendo de gosto, e gosto de bandinha.
Nem precisa ser boa, só tem que existir.
Mas são tão raras, que já fazem uns 5 anos não vejo uma.
Eu poderia me esforçar um pouco mais e ver onde as encontro.
Ouvir musica ao vivo tornou-se caro, e as bandas eram uma forma gratuita e muito divertida de ouvir musica ao vivo.
Semana dessas numa festa junina eu ouvia em CD uma banda tocando musicas de São João, com toda aquela arquitetura musical que ouvida parece caótica. Entendida é pura arte. Nela os instrumentos tocam por arranjos que parecem induzir a que cada uma toque uma musica diferente ao mesmo tempo, mas que quando se ouve em conjunto é algo muito agradável.
Ouça com atenção da próxima vez, é uma zona, mas é muito bem feito.
Não entendo de musica, entendo de gosto, e gosto de bandinha.
TORNANDO-SE CULTO.
Quanto mais você aprende mais fácil fica de aprender.
Você vai acumulando uma série de informações que funcionam com chaves para abrir outras etapas de conhecimento. E as coisas se encaixam na medida em que já encontram informações relacionadas a elas. Um pouco de raciocínio e você passa a chegar a conclusões e essas conclusões são parcialmente conhecimento também, elas assanham a curiosidade, você vai, pesquisa, completa a informação e comprova sua conclusão ou dá uma aperfeiçoada nela.É uma daqueles puzzles de 300.000 peças, você tem que ter alguma coisa para encaixar na outra, ficam lacunas, mas uma hora, até por exclusão você acaba completando um belo quadro.
A cultura é isso, é um puzzles que você começa a montar um dia e só acaba no dia que morre.
Quanto mais o tempo passa, mais você vai ficando culto.
Por algum tipo de informação você acaba se encantando mais e vai se especializando naquilo.
O leque vai aumentando e sua cultura vai ficando mais sólida.
Tudo vem naturalmente, por puro gosto, por prazer.
Ninguém se torna culto na marra.
Mas o incrível é que não importa o quanto você conheça, há sempre lacunas imensas.
E isso estranhamente causa um certo constrangimento.
Dá vergonha não saber tudo.
A cultura te afasta um pouco da humildade.
Você vai acumulando uma série de informações que funcionam com chaves para abrir outras etapas de conhecimento. E as coisas se encaixam na medida em que já encontram informações relacionadas a elas. Um pouco de raciocínio e você passa a chegar a conclusões e essas conclusões são parcialmente conhecimento também, elas assanham a curiosidade, você vai, pesquisa, completa a informação e comprova sua conclusão ou dá uma aperfeiçoada nela.É uma daqueles puzzles de 300.000 peças, você tem que ter alguma coisa para encaixar na outra, ficam lacunas, mas uma hora, até por exclusão você acaba completando um belo quadro.
A cultura é isso, é um puzzles que você começa a montar um dia e só acaba no dia que morre.
Quanto mais o tempo passa, mais você vai ficando culto.
Por algum tipo de informação você acaba se encantando mais e vai se especializando naquilo.
O leque vai aumentando e sua cultura vai ficando mais sólida.
Tudo vem naturalmente, por puro gosto, por prazer.
Ninguém se torna culto na marra.
Mas o incrível é que não importa o quanto você conheça, há sempre lacunas imensas.
E isso estranhamente causa um certo constrangimento.
Dá vergonha não saber tudo.
A cultura te afasta um pouco da humildade.
sábado, 27 de junho de 2009
DOUGLAS ADAMS
TALES DE MILETO
MARIO QUINTANA
As Falsas Recordações
Se a gente pudesse escolher a infância que teria vivido, com que enternecimento eu não recordaria agora aquele velho tio de perna de pau, que nunca existiu na família, e aquele arroio que nunca passou aos fundos do quintal, e onde íamos pescar e sestear nas tardes de verão, sob o zumbido inquietante dos besouros...
- (In: Sapato Florido) p. 183 [2]
Mario Quintana.
Se a gente pudesse escolher a infância que teria vivido, com que enternecimento eu não recordaria agora aquele velho tio de perna de pau, que nunca existiu na família, e aquele arroio que nunca passou aos fundos do quintal, e onde íamos pescar e sestear nas tardes de verão, sob o zumbido inquietante dos besouros...
- (In: Sapato Florido) p. 183 [2]
Mario Quintana.
FERNADO PESSOA
O universo não é uma idéia minha.
A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos,
A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos.
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos
A noite anoitece concretamente
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso."
Fernando Pessoa/Alberto Caeiro
A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos,
A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos.
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos
A noite anoitece concretamente
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso."
Fernando Pessoa/Alberto Caeiro
DOI EM MIM, DOERA EM VOCÊ TAMBÉM.
"Deves apreciar o afeto do amigo que corre o risco de provocar teu ódio ao chamar tua atenção para as tuas fraquezas e faltas; pois somos todos tão levianos que só percebemos qualidades em nós mesmos e só gostamos de ouvir elogios. Assim nossas imperfeições , vistas por todos, são por nós ignoradas e acompanham-nos até o fim da vida. E nove em dez, odiamos quem no-las revela, mesmo com a intenção de nos beneficiar."(Walter Raleigh)
Um mundo cheio de coisas demais para a gente dar conta de tudo.
Mas com um pouco de vontade, sorte e sei lá o que e você descobre algo legal para ocupar seu tempo. Ou encontra uma pessoa tão especial que você tinha se esquecido já de como são infinitas as possibilidades das pessoas se construírem e se tornarem únicas num universo de 6 bilhões de pessoas. Portanto, por razões obscuras essas pessoas trombam com a gente. Saem do nada e não adianta sair procurando, pois só se acham por acaso.
O que fazer quando se acha uma? É preciso nessa hora ter uma estratégia de sedução e aprisionamento. Tornar-se interessante para que ela também queira a sua permanência.
Isso é berço, não dá pra fazer na hora, se você for mulambento já era, tá fora do jogo. Cuide-se o tempo todo, você nunca sabe quando esta sendo observado ou quando a trombada vai acontecer.
Você tem que estar pronto, ser completo e transmitir isso para o entorno, se não não captam e você não existe.
Falo isso porque vi ontem na TV as pessoas que tiveram contactos relâmpagos com o Michel Jackson contarem como foram os 2 ou 3 segundos de contacto e como isso marcou suas memórias, mas ao Michel não fizeram o mesmo efeito. Pelo contrário, ele nunca percebeu o efeito que causava e era um cara solitário e tipicamente incapaz de desenvolver afetividade sólida e duradoura. Ele contagiava mas nunca foi contagiado, parte por ser famoso e meio imune aos não famosos e em grande parte porque na vida pública de uma pessoa carismática os eventos ocorrem numa velocidade estonteante até para elas. Na vida normal que levam privadamente a velocidade é aparentemente mais lenta que na nossa. Mas esta falta de capacidade de todos impressionarem a todos é uma grande perda para o social. Todos tem algo de especial a ser apreciado mas poucos sabem impressionar e aprisionar. Não adianta você ter múltiplos valores se eles só são conhecidos e apreciados por você mesmo.
Não ser famoso como o Michael te dá a chance de se mostrar mais verdadeiramente, mas te coloca também num catálogo de 6 bilhões de itens, e francamente ninguém tem saco para ver um catalogo desses com a calma necessária para sentir de cada item seus melhores valores.
Mas com um pouco de vontade, sorte e sei lá o que e você descobre algo legal para ocupar seu tempo. Ou encontra uma pessoa tão especial que você tinha se esquecido já de como são infinitas as possibilidades das pessoas se construírem e se tornarem únicas num universo de 6 bilhões de pessoas. Portanto, por razões obscuras essas pessoas trombam com a gente. Saem do nada e não adianta sair procurando, pois só se acham por acaso.
O que fazer quando se acha uma? É preciso nessa hora ter uma estratégia de sedução e aprisionamento. Tornar-se interessante para que ela também queira a sua permanência.
Isso é berço, não dá pra fazer na hora, se você for mulambento já era, tá fora do jogo. Cuide-se o tempo todo, você nunca sabe quando esta sendo observado ou quando a trombada vai acontecer.
Você tem que estar pronto, ser completo e transmitir isso para o entorno, se não não captam e você não existe.
Falo isso porque vi ontem na TV as pessoas que tiveram contactos relâmpagos com o Michel Jackson contarem como foram os 2 ou 3 segundos de contacto e como isso marcou suas memórias, mas ao Michel não fizeram o mesmo efeito. Pelo contrário, ele nunca percebeu o efeito que causava e era um cara solitário e tipicamente incapaz de desenvolver afetividade sólida e duradoura. Ele contagiava mas nunca foi contagiado, parte por ser famoso e meio imune aos não famosos e em grande parte porque na vida pública de uma pessoa carismática os eventos ocorrem numa velocidade estonteante até para elas. Na vida normal que levam privadamente a velocidade é aparentemente mais lenta que na nossa. Mas esta falta de capacidade de todos impressionarem a todos é uma grande perda para o social. Todos tem algo de especial a ser apreciado mas poucos sabem impressionar e aprisionar. Não adianta você ter múltiplos valores se eles só são conhecidos e apreciados por você mesmo.
Não ser famoso como o Michael te dá a chance de se mostrar mais verdadeiramente, mas te coloca também num catálogo de 6 bilhões de itens, e francamente ninguém tem saco para ver um catalogo desses com a calma necessária para sentir de cada item seus melhores valores.
O CARIMBO DO GALO
Quando eu tinha uns 7 anos de idade fiz algumas aulas de reforço não lembro em que matéria.
Lembro da professora, do lugar e sei onde é hoje e lembro da professora ter me prometido carimbar as folhas de meu caderno com figuras de bichos se eu na semana seguinte tivesse feito tudo certinho. Fiquei fascinado pela figura de uma galo e fui prá casa imaginando as cores e tinha na minha mente um retrato perfeitamente acabado do carimbinho pintado. Se você quer saber como é? Olhe uma lata de azeito português Galo que é exatamente assim, embora até naquela ocasião eu nunca tivesse visto uma lata daquelas.
Só que não aconteceu a aula seguinte nem nunca mais tive aulas e nem ganhei a carimbada. 44 anos depois ainda sinto, lamento e fico triste em saber que aquela espera foi em vão, a semana foi longa e eu fiz a minha parte, até hoje não sei por que meu mérito não foi compensado, por que não teve mais aula de reforço ou que foi afinal que eu fiz de errado.
Mas vamos ao ponto... era de se esperar que a gente tivesse uma resposta prá isso tanto tempo depois, mas eu não só não tenho, como de pensar achei outros eventos idênticos que foram se sucedendo em minha vida e descobri o quanto é banal a gente acreditar que vai receber o justo.
Mais ainda, o quanto somos indefesos e o quanto deixamos prá lá esse tipo de coisas para não criar mais confusões na vida da gente. De sorte que o saldo negativo vai aumentando e você não percebe o quanto até chegar o seu dia de fúria. O dia em que você resolve cobrar de uma só vez tudo que a vida te deve. Você quer tudo de uma vez, não tolera mais esperar sua vez que nunca chega, se cansa de esperar que lhe seja feita justiça, não vai mais deixar nada para lá.
Te taxam de louco, mas dane-se, você liga o famoso botão do foda-se a vai atrás daquilo que é seu. E é engraçado como nessa hora você sabe exatamente a dimensão daquilo que a vida te deve. Você passou a vida acumulando, mas tem uma hora que você tem uma descarga eletrica que calcula os números e te dá o saldo exato.
Eu tinha que aprender algo com isso, e aprendi, já faz tempo, que quando você se compromete tem que ir em frente tem que arcar com o ônus do compromisso. Não se pode fazer um olho brilhar e depois esquecer-se disso e fazer de conta que não foi bem assim, achar que você pode dar um thomé na maior e tudo fica bem, não fica, um dia a fúria chega e nesse dia a cobrança será feita.
Eu cumpro, se não posso esclareço, e me dedico a poder cumprir assim que possível.
O estranho é que eu achava que os adultos não ligavam para o coisas assim porque quando eu era criança eu ouvia que isso era besteira, mas acho que só os adultos insensíveis não ligam, sentimentos independem de idade.
Lembro da professora, do lugar e sei onde é hoje e lembro da professora ter me prometido carimbar as folhas de meu caderno com figuras de bichos se eu na semana seguinte tivesse feito tudo certinho. Fiquei fascinado pela figura de uma galo e fui prá casa imaginando as cores e tinha na minha mente um retrato perfeitamente acabado do carimbinho pintado. Se você quer saber como é? Olhe uma lata de azeito português Galo que é exatamente assim, embora até naquela ocasião eu nunca tivesse visto uma lata daquelas.
Só que não aconteceu a aula seguinte nem nunca mais tive aulas e nem ganhei a carimbada. 44 anos depois ainda sinto, lamento e fico triste em saber que aquela espera foi em vão, a semana foi longa e eu fiz a minha parte, até hoje não sei por que meu mérito não foi compensado, por que não teve mais aula de reforço ou que foi afinal que eu fiz de errado.
Mas vamos ao ponto... era de se esperar que a gente tivesse uma resposta prá isso tanto tempo depois, mas eu não só não tenho, como de pensar achei outros eventos idênticos que foram se sucedendo em minha vida e descobri o quanto é banal a gente acreditar que vai receber o justo.
Mais ainda, o quanto somos indefesos e o quanto deixamos prá lá esse tipo de coisas para não criar mais confusões na vida da gente. De sorte que o saldo negativo vai aumentando e você não percebe o quanto até chegar o seu dia de fúria. O dia em que você resolve cobrar de uma só vez tudo que a vida te deve. Você quer tudo de uma vez, não tolera mais esperar sua vez que nunca chega, se cansa de esperar que lhe seja feita justiça, não vai mais deixar nada para lá.
Te taxam de louco, mas dane-se, você liga o famoso botão do foda-se a vai atrás daquilo que é seu. E é engraçado como nessa hora você sabe exatamente a dimensão daquilo que a vida te deve. Você passou a vida acumulando, mas tem uma hora que você tem uma descarga eletrica que calcula os números e te dá o saldo exato.
Eu tinha que aprender algo com isso, e aprendi, já faz tempo, que quando você se compromete tem que ir em frente tem que arcar com o ônus do compromisso. Não se pode fazer um olho brilhar e depois esquecer-se disso e fazer de conta que não foi bem assim, achar que você pode dar um thomé na maior e tudo fica bem, não fica, um dia a fúria chega e nesse dia a cobrança será feita.
Eu cumpro, se não posso esclareço, e me dedico a poder cumprir assim que possível.
O estranho é que eu achava que os adultos não ligavam para o coisas assim porque quando eu era criança eu ouvia que isso era besteira, mas acho que só os adultos insensíveis não ligam, sentimentos independem de idade.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
TUDO DE REPENTE FICOU RELATIVO.
Baseado num comentário da Mary Joe eu senti necessidade de acrescentar que:
O fato de uma pessoa não conseguir trair não a torna fiel. Porque ela passa os dias sonhando com as possibilidades. O fato de não conseguir roubar não te torna honesto, porque você passa os dias planejando a coisa. O fato de ninguém descobrir suas cagadas não te torna competente, só te torna um omisso dissimulado. E o fato de você nunca ter batido o carro ou ter tomado uma multa não te torna um bom motorista, apenas atesta a sorte que te acompanha.
Tudo completamente relativizado e todas as palavras perdendo o seu significado e ganhando outros ou se dividindo em sentidos mais afinados ( olha ai Mary ). Semi-honesto, traidor-frustrado, incompetente-acobertado ou barbeiro-oculto. Que no final dá tudo num único significado: incapaz-conformado
ATRAVESANDO PELO MEIO DE...
...sentimento opostos. É melhor estar completamente triste ou totalmente alegre do que estar as duas coisas ao mesmo tempo.
Querer viver muitas coisas ao mesmo tempo, interagir com muitas pessoas e possibilidades na mesma hora, não lá muito por escolha própria mas como sempre sendo levado pela vida e não tendo as rédeas para controlar, é caus interno.
Num momento a ansiedade de estar indo trabalhar num cliente complicado, é um cliente que não quer ser feliz, detonando meu trabalho que foi executado com toda qualidade mas ele não esta feliz e quer te arrastar para a mesma sepultura que a dele, meia hora depois outros clientes te elevando aos céus pela qualidade de seu trabalho e te dando a possibilidade de fazer uma trabalho de projeção, gostoso e bem remunerado. Logo em seguida mais convites de trabalho e propostas para o futuro, alterna para um café com bolo caseiro delicioso e um papo amigável com um cara muito cabeça numa galeria domestica de artes com quadros deslumbrantes e recepção prá lá de calorosa, depois um parente passando por uma dificuldade de saúde que nos faz pensar e sofrer juntos, intercala uma passada na casa da sogra, em seguida um papo com cerveja com uma amigo muito alto-astral e cabeça fresca, uma visita surpresa na casa da mãe e ganho um presente, a seguir um transito infernal, frio e chuva, depois conversar com outro membro da família que perdeu a mãe depois de uma triste agonia, mas em seguida uma saborosa pizza.
Você oscila num mesmo dia de um estremo a outro, do saldo negativo ao bolso cheio, do calor de um apartamento novinho e bem decorado para o transito enfumaçado dos caminhões cruzando São Paulo.
É como passar por dentro de uma máquina de moer carne.
Final de noite, chegar em casa quase 1 da manhã, fila para o banho, um dia sem almoço, baldes de café, fileiras de latas de cerveja, 40 reais de álcool e o ciático no limite da descencia.
Um relógio de pêndulo. Lampejos de outras questões em aberto, o cliente chato cutucando a memória o dia todo.
É preciso ser sólido.
Precisa de massa cinza, memoria RAM disponível, e o maluco de Michael Jackson ainda me morre e tudo. E com isso ninguém notou a Pantera Farrah Fawcett morrendo.
Querer viver muitas coisas ao mesmo tempo, interagir com muitas pessoas e possibilidades na mesma hora, não lá muito por escolha própria mas como sempre sendo levado pela vida e não tendo as rédeas para controlar, é caus interno.
Num momento a ansiedade de estar indo trabalhar num cliente complicado, é um cliente que não quer ser feliz, detonando meu trabalho que foi executado com toda qualidade mas ele não esta feliz e quer te arrastar para a mesma sepultura que a dele, meia hora depois outros clientes te elevando aos céus pela qualidade de seu trabalho e te dando a possibilidade de fazer uma trabalho de projeção, gostoso e bem remunerado. Logo em seguida mais convites de trabalho e propostas para o futuro, alterna para um café com bolo caseiro delicioso e um papo amigável com um cara muito cabeça numa galeria domestica de artes com quadros deslumbrantes e recepção prá lá de calorosa, depois um parente passando por uma dificuldade de saúde que nos faz pensar e sofrer juntos, intercala uma passada na casa da sogra, em seguida um papo com cerveja com uma amigo muito alto-astral e cabeça fresca, uma visita surpresa na casa da mãe e ganho um presente, a seguir um transito infernal, frio e chuva, depois conversar com outro membro da família que perdeu a mãe depois de uma triste agonia, mas em seguida uma saborosa pizza.
Você oscila num mesmo dia de um estremo a outro, do saldo negativo ao bolso cheio, do calor de um apartamento novinho e bem decorado para o transito enfumaçado dos caminhões cruzando São Paulo.
É como passar por dentro de uma máquina de moer carne.
Final de noite, chegar em casa quase 1 da manhã, fila para o banho, um dia sem almoço, baldes de café, fileiras de latas de cerveja, 40 reais de álcool e o ciático no limite da descencia.
Um relógio de pêndulo. Lampejos de outras questões em aberto, o cliente chato cutucando a memória o dia todo.
É preciso ser sólido.
Precisa de massa cinza, memoria RAM disponível, e o maluco de Michael Jackson ainda me morre e tudo. E com isso ninguém notou a Pantera Farrah Fawcett morrendo.
terça-feira, 23 de junho de 2009
HONESTIDADE
Acima um momento de honestidade na vida de uma pessoa.
Um mirante, uma paisagem um cachimbo e um tempo para usufruir para isso tudo.
Mas o honestidade é uma coisa muito variável.
Quando atribuída a alguém que não é, torna-se muito ofensiva.
Quando a pessoa injustiçada é honesta com quem lhe prejudica é doloroso de ver. Queria ver o troco ser dado.
Quando alguém é honesto nas pequenas coisas mas descaradamente esperto nas grandes coisas é revoltante.
A relatividade da honestidade é imensa. Falaram-me da honestidade de uma pessoa que só vejo armando pequenos golpes e se dando mal, deram-me ele como exemplo e eu não pude falar nada pois como ele tenta dar os golpes mas é incompetente demais para conseguir sucesso, nunca consta na lista dos desonestos. Mas quem o conhece bem de perto sabe que ele é. Engoli seco mais uma vez na vida embora pudesse dizer que ele não obtém sucesso porque é burro demais para fazer coisas erradas mas vive tentando dar o golpe. Sairiam em defesa dizendo: - Mas quem não é? Eu não sou.
Portanto, não conseguir roubar não te torna um cara honesto.
Mentir descaradamente e conseguir enganar fácil alguns tipos de ingênuos é uma grande qualidade dele, talvez por isso tenha lá sua admiradora.
Mas a honestidade nos chega com varias dissimulações. Esse é o jogo.
Quem já assistiu esse tipo de jogo deve sentir o mesmo que eu.
Um mirante, uma paisagem um cachimbo e um tempo para usufruir para isso tudo.
Mas o honestidade é uma coisa muito variável.
Quando atribuída a alguém que não é, torna-se muito ofensiva.
Quando a pessoa injustiçada é honesta com quem lhe prejudica é doloroso de ver. Queria ver o troco ser dado.
Quando alguém é honesto nas pequenas coisas mas descaradamente esperto nas grandes coisas é revoltante.
A relatividade da honestidade é imensa. Falaram-me da honestidade de uma pessoa que só vejo armando pequenos golpes e se dando mal, deram-me ele como exemplo e eu não pude falar nada pois como ele tenta dar os golpes mas é incompetente demais para conseguir sucesso, nunca consta na lista dos desonestos. Mas quem o conhece bem de perto sabe que ele é. Engoli seco mais uma vez na vida embora pudesse dizer que ele não obtém sucesso porque é burro demais para fazer coisas erradas mas vive tentando dar o golpe. Sairiam em defesa dizendo: - Mas quem não é? Eu não sou.
Portanto, não conseguir roubar não te torna um cara honesto.
Mentir descaradamente e conseguir enganar fácil alguns tipos de ingênuos é uma grande qualidade dele, talvez por isso tenha lá sua admiradora.
Mas a honestidade nos chega com varias dissimulações. Esse é o jogo.
Quem já assistiu esse tipo de jogo deve sentir o mesmo que eu.
QUAL SERÁ A MELHOR ÁRVORE QUE EXISTE?
Existem trilhões e mais trilhões de árvores no planeta, uma delas deve ser a melhor árvore que existe. Não sei por qual critério ela seria escolhida, mas deve existir de forma anônima a melhor árvore do mundo. E a melhor pessoa do mundo, será que existe? Será que alguém também de forma anônima é a melhor pessoa do mundo? Que posição no ranking será que você ocupa neste momento?
Vi um filme onde o pai judeu abandonou a família e depois de muitos anos voltou para ver um evento na vida do neto. Confessou que não tinha conseguido dar tudo que o filho rancoroso queria por que era um vendedor não muito bom, era apenas o que conseguira ser.
Tenho uma amiga que esta doente porque se sente desconsiderada pela família e pelos amigos.
Ela trabalha 15 horas por dia 7 dias por semana ( comércio é fogo ) e a vinte e cinco anos supri a família e alguns outros conhecidos que foram se tornando dela dependentes. Ele afirma - e eu concordo com ela - que trabalhou demais pelos outros e que não recebe o retorno merecido. Fora o lado fazer para receber depois que não é lá muito certo nem esperto, tem o lado fazer porque se é responsável e porque a vida tem muitas imposições as quais não temos como pular fora.
Mas a conclusão que ela chega é de que não gostam dela, não bastou ter sido correta e boa, teria que ter sido a melhor. Como ser melhor ainda do que se é? Como dar mais ainda na certeza de receber menos ainda?
Meu conselho foi: - Tenha um plano bem claro para você, para usufruir a vida, encontrar novas pessoas e num determinado momento deixe de ser provedora. Todos terão que se virar sozinhos. Você terá que ser integralmente dona de você e viver prioritariamente para você.
Acho triste ficar doente fisicamente por questões de estresse.
Como acho muito triste não se sentir o melhor dos seres humanos.
Naturalmente deveríamos nos achar os melhores, ser o exemplo, até para estar em paz com a consciência. Mas notamos que tem alguém que faz, não melhor, mas diferente da gente e conquista aquilo que é nosso por nosso critério de direito. E esse não compreender porque alguns conseguem encantar e nós não é muito difícil de enfrentar.
Tem uma coisa que uns aprendem a fazer e outros não.
E tem também um erro clássico de ficar investindo nas pessoas erradas e não ver a pessoa certa logo ao seu lado abandonado por você.
Você constroi um modêlo de felicidade baseado numa premissa errada, e leva isso até o fim da vida.
Sacar o erro inicial e descobrir um novo caminho torna a tua vida melhor, mas é preciso romper com o passado, mesmo sentindo alguma dor.
Vi um filme onde o pai judeu abandonou a família e depois de muitos anos voltou para ver um evento na vida do neto. Confessou que não tinha conseguido dar tudo que o filho rancoroso queria por que era um vendedor não muito bom, era apenas o que conseguira ser.
Tenho uma amiga que esta doente porque se sente desconsiderada pela família e pelos amigos.
Ela trabalha 15 horas por dia 7 dias por semana ( comércio é fogo ) e a vinte e cinco anos supri a família e alguns outros conhecidos que foram se tornando dela dependentes. Ele afirma - e eu concordo com ela - que trabalhou demais pelos outros e que não recebe o retorno merecido. Fora o lado fazer para receber depois que não é lá muito certo nem esperto, tem o lado fazer porque se é responsável e porque a vida tem muitas imposições as quais não temos como pular fora.
Mas a conclusão que ela chega é de que não gostam dela, não bastou ter sido correta e boa, teria que ter sido a melhor. Como ser melhor ainda do que se é? Como dar mais ainda na certeza de receber menos ainda?
Meu conselho foi: - Tenha um plano bem claro para você, para usufruir a vida, encontrar novas pessoas e num determinado momento deixe de ser provedora. Todos terão que se virar sozinhos. Você terá que ser integralmente dona de você e viver prioritariamente para você.
Acho triste ficar doente fisicamente por questões de estresse.
Como acho muito triste não se sentir o melhor dos seres humanos.
Naturalmente deveríamos nos achar os melhores, ser o exemplo, até para estar em paz com a consciência. Mas notamos que tem alguém que faz, não melhor, mas diferente da gente e conquista aquilo que é nosso por nosso critério de direito. E esse não compreender porque alguns conseguem encantar e nós não é muito difícil de enfrentar.
Tem uma coisa que uns aprendem a fazer e outros não.
E tem também um erro clássico de ficar investindo nas pessoas erradas e não ver a pessoa certa logo ao seu lado abandonado por você.
Você constroi um modêlo de felicidade baseado numa premissa errada, e leva isso até o fim da vida.
Sacar o erro inicial e descobrir um novo caminho torna a tua vida melhor, mas é preciso romper com o passado, mesmo sentindo alguma dor.
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segunda-feira, 22 de junho de 2009
IMAN MALEKI
Iman Maleki nasceu em Teerã-Irã em 1976, formou-se em arte pela Universidade de Teerã em 1999 e realiza trabalhos de pintura hiper-realista com qualidade fotográfica.
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IMAN MALEKI - NESTE TRABALHO DÊ UM ZOOM
IMAN MALEKI - EM UM OUTRO TRABALHO FOTOGRÁFICO
IMAN MALEKI - A BELESA DOS ROSTOS
JÁ VI ISSO 1, 2, 3, 4, 5.....
domingo, 21 de junho de 2009
DESDENHADOS E ADORADOS
Sem modéstia, posso do alto de toda a minha cultura, formação, vivência e consumo cultural dizer ou afirmar que mesmo sendo desdenhados, feios e aparentemente improvisados Chaves e sua turma vieram para ser adorados e o são já por pelo menos 3 gerações. Eternamente no ar eles nunca cansam e são muito engraçados.
Representam a pobreza, os vícius, a falta de carater, o ceder fácil às tentações, a guerra de egos, sempre com o aluguel atrasado e tantas outras possibilidades de definições que os tornam por isso mesmos amplos e sempre atuais demais.
Tudo muito simplizinho, os textos, as piadas, os tapas, os cenários - paupérrimos - os figurinos de 5ª, em resumo tudo feito muito nas coxas, muita improvisação, mas num encaixe tão perfeito que você se diverte também com a rusticidade do trabalho.
Os atores são péssimos, ou são ótimos, não sei definir. Não consigo dizer se são bons demais e nos fazem acreditar que são ruins ou se são ruins mesmo e por isso são tão engraçados.
O Seu Madruga já disputa com Che Guevara em popularidade iconográfica. Sua feiura e vida fracassada formam um mito admirado e que encontra poucos concorrentes na história da tv, mas como ele é adorado.
A não sei quantos muitos anos ininterruptos no ar, vão seguindo conquistando novos e novos fãs nas gerações que vão se sucedendo.
Eu assisto muito pouco, gostaria de ver mais, mas o pouco que vejo posso afirmar: é diversão de primeira qualidade, entre tapas, banhos de água e choradeiras estéricas.
JÁ QUE É PRA COÇAR O SACO, QUE SEJA NUM LUGAR BONITO.
Quando você estiver a fim de fazer nada, faça num lugar bonito, não no sofá da sala em frente da tv. Saia e procure um lugar com possibilidades de enxergar longe ou ver algo interessante, pode ser o vitrô do vestiário feminino da academia.
Se fazer nada já é uma coisa absurda para quem vive apenas 80 anos e não deve perder tempo,
fazer nada num lugar batidissimo é dar com a cabeça na quina da parede sis-te-ma-ti-ca-men-te. Procure novos horizontes, lugares para os quais você tem dado pouca atenção e são merecedores de mais. Tem sempre um ângulo ou uma fresta para serem atendidos com seu olhar capaz de decifrar novos detalhes e fazer novas leituras de velhas imagens sempre tratadas com descaso.
Se você tiver o privilégio de ir a um mirante, faça lá toda a lição de casa e observe atentamente toda a paisagem e as mudanças de luminosidade, vale por uma semana de férias.
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COLANDO COM DISCRIÇÃO.
Dá gosto ver a rapaziada se esforçando prá concluir uma prova e consequentemente concluir um curso e obter depois um diploma cheio de méritos.
A discrição é total, ninguém sai gritando: - Estou colando!!!!!!
Nem depois de formado sai falando - Não sei porra nenhuma!!!!
Deveria pelo menos ter uma lei que obrigasse o profissional que se formou colando a colocar em seu cartão de visitas ou na porta de seu consultório os dizeres:
Dr. José Carlos
Cardiologista
"Eu me formei colando"
Mas não seria tão mal para:
José Carlos
Colocador de carpetes
"Eu me formei colando"
A discrição é total, ninguém sai gritando: - Estou colando!!!!!!
Nem depois de formado sai falando - Não sei porra nenhuma!!!!
Deveria pelo menos ter uma lei que obrigasse o profissional que se formou colando a colocar em seu cartão de visitas ou na porta de seu consultório os dizeres:
Dr. José Carlos
Cardiologista
"Eu me formei colando"
Mas não seria tão mal para:
José Carlos
Colocador de carpetes
"Eu me formei colando"
sexta-feira, 19 de junho de 2009
BURACOS DO OBAMA
Sou publicitário.
Formado em comunicação social.
Não acredito em nada.
Jamais um cara como ele usaria uns sapatos nesse estado. Jamais.
Não é confortável, não é seguro e não é digno.
Mas é conveniente mostra-se dessa maneira para a midia, pois em primeiro lugar chama a atenção e vira noticia. Depois porque coloca o sugeito numa posição de uma cara muito comum e essa imagem gruda na memória das pessoas mais simples e essas pessoas votam com o coração, raramente com a razão.
Populismo puro e mal feito.
Na terra dos bem sucedidos, imagino um Bill Gates saído de uma garagem para a maior fortuna do mundo olhando as solas furadas do presidente a pensando: ...Não há mal em ser humilde, não há mal e ter origem afro-proletária mas ser desleixado e não ter crédito na sapataria é foda.
Formado em comunicação social.
Não acredito em nada.
Jamais um cara como ele usaria uns sapatos nesse estado. Jamais.
Não é confortável, não é seguro e não é digno.
Mas é conveniente mostra-se dessa maneira para a midia, pois em primeiro lugar chama a atenção e vira noticia. Depois porque coloca o sugeito numa posição de uma cara muito comum e essa imagem gruda na memória das pessoas mais simples e essas pessoas votam com o coração, raramente com a razão.
Populismo puro e mal feito.
Na terra dos bem sucedidos, imagino um Bill Gates saído de uma garagem para a maior fortuna do mundo olhando as solas furadas do presidente a pensando: ...Não há mal em ser humilde, não há mal e ter origem afro-proletária mas ser desleixado e não ter crédito na sapataria é foda.
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O FUTURO VEM DEPOIS DO PRESENTE.
Penso em imprimir e juntar tudo num volume as postagens que faço neste blog.
Daqui a alguns anos blogs não existirão mais, não são como livros. Livros envelhecem mas permanecem livros. Ficam enfurnados em alguma prateleira e um dia alguém resolve lê-lo.
Eu tenho livros com mais de 100 anos de idade, não leio porque são em alemão, mas vejo as figuras. Os blogs estão vivos enquanto você publica neles, você se afasta e deixa de escrever, deixam de te ler e com o tempo tudo se perde. Um dia o provedor deleta.
Lemos filósofos gregos 4000 anos depois, acham que alguém lera nossos blogs em 6009.
Essa coisa de imprimir é também bastante dúbia porque não sabemos se essa tinta, carésima, durará 100 anos. Enfim, quero que o meu trabalho dure mais do que eu.
Acho que vou ter que encontrar uma máquina de escrever para comprar.
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SURREALISMO ABSOLUTO EM MIM.
Se há algo na cultura que me define é o surrealismo.
É a única coisa de minha adolescência que nunca perdeu sua essência básica em mim.
Desde as primeiras leituras de Kafka, aos filmes do Mont Phiton aos quadros de Dalí, que mais tarde desdenhei por seu charlatanismo descarado.
A literatura surreal me completa e a arte visual surreal me seduz e me arrebata.
Sempre fui instigado por qualquer coisa surreal, mesmo as coisas mal feitas e pouco criativas.
Vivemos num pais surrealista.
Um coisa é um sonho ou um pesadelo, outra é o surrealismo.
No sonho as realidades são desconexas e vivemos uma aventura onde tentamos alinhavar e costurar coisas que não tem uma relação comum entre sí e parecem flutuar à nossa volta juntando vivos e mortos, distancias desproporcionais, deslocamentos instantâneos, constrangimentos, sustos, prazeres e voltas ao passado.
O Surrealismo é diferente. Ele desqualifica a lógica, desmonta todo o seu sentido e faz um reagrupamento afetivo de coisas e valores. Mostra que o mundo pode ter outras alternativas, que aceitamos as coisas sem questionamento, que a realidade também é uma farsa e que não notamos isso porque buscamos uma zona de conforto para não sofrer com os solavancos constante das mudanças. Queremos um mundo definido e controlável, queremos reger.
No surrealismo tudo esta fora do lugar e fora do controle convencional, mas se você é atento, verá que cada obra tem um profundo agrupamento de sentimentos e objetos ligados por uma ordem afetiva que esta enraizadissima em você. Por isso surrealismo é paixão, você vê uma obra e se gruda a ela porque ela diz tudo. É absolutamente sem sentido para quase todos, mas faz todo o sentido para você. Mergulhar no surrealismo é mergulhar numa forma meio cruel de terapia, que primeiro descarna e machuca mas depois sopra e cura. Existem obras das quais se sente a brisa emanado delas.
A unica coisa permanete no surrealismo é a duvida. E eu sou basicamente formado por 1% de resto e 99% de duvidas.
É a única coisa de minha adolescência que nunca perdeu sua essência básica em mim.
Desde as primeiras leituras de Kafka, aos filmes do Mont Phiton aos quadros de Dalí, que mais tarde desdenhei por seu charlatanismo descarado.
A literatura surreal me completa e a arte visual surreal me seduz e me arrebata.
Sempre fui instigado por qualquer coisa surreal, mesmo as coisas mal feitas e pouco criativas.
Vivemos num pais surrealista.
Um coisa é um sonho ou um pesadelo, outra é o surrealismo.
No sonho as realidades são desconexas e vivemos uma aventura onde tentamos alinhavar e costurar coisas que não tem uma relação comum entre sí e parecem flutuar à nossa volta juntando vivos e mortos, distancias desproporcionais, deslocamentos instantâneos, constrangimentos, sustos, prazeres e voltas ao passado.
O Surrealismo é diferente. Ele desqualifica a lógica, desmonta todo o seu sentido e faz um reagrupamento afetivo de coisas e valores. Mostra que o mundo pode ter outras alternativas, que aceitamos as coisas sem questionamento, que a realidade também é uma farsa e que não notamos isso porque buscamos uma zona de conforto para não sofrer com os solavancos constante das mudanças. Queremos um mundo definido e controlável, queremos reger.
No surrealismo tudo esta fora do lugar e fora do controle convencional, mas se você é atento, verá que cada obra tem um profundo agrupamento de sentimentos e objetos ligados por uma ordem afetiva que esta enraizadissima em você. Por isso surrealismo é paixão, você vê uma obra e se gruda a ela porque ela diz tudo. É absolutamente sem sentido para quase todos, mas faz todo o sentido para você. Mergulhar no surrealismo é mergulhar numa forma meio cruel de terapia, que primeiro descarna e machuca mas depois sopra e cura. Existem obras das quais se sente a brisa emanado delas.
A unica coisa permanete no surrealismo é a duvida. E eu sou basicamente formado por 1% de resto e 99% de duvidas.
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quinta-feira, 18 de junho de 2009
PARA ONDE PRETENDES IR?
Você tem um projeto de vida além do normal?
Raras pessoas tem.
Aquelas coisas radiais, mudanças radicais, rompimentos corajosos e atrevidos.
Em geral os projetos são bastante conservadores.
Se igualam ao da maioria das pessoas.
Não são fundamentados numa ideia original e arquitetada numa estrutura bem elaborada.
Tipo: serviu bem aos outros me darei bem nela também.
Fazer aquilo que ( quase ) ninguém fez até agora.
Deixar de ser balconista numa padaria para ser coletador de besouros nas florestas de Bornéu.
Viver sem nenhuma estabilidade economica, ser dono da segunda-feira.
Repetir o cardápio por trinta dias seguidos.
Ser o primeiro, o único a pisar em tal lugar.
É preciso ter origem para produzir um destino único. É preciso saber exatamente.
Assumir-se diferente. Não ter medo de parecer louco, e gostar de contar as histórias depois.
Raras pessoas tem.
Aquelas coisas radiais, mudanças radicais, rompimentos corajosos e atrevidos.
Em geral os projetos são bastante conservadores.
Se igualam ao da maioria das pessoas.
Não são fundamentados numa ideia original e arquitetada numa estrutura bem elaborada.
Tipo: serviu bem aos outros me darei bem nela também.
Fazer aquilo que ( quase ) ninguém fez até agora.
Deixar de ser balconista numa padaria para ser coletador de besouros nas florestas de Bornéu.
Viver sem nenhuma estabilidade economica, ser dono da segunda-feira.
Repetir o cardápio por trinta dias seguidos.
Ser o primeiro, o único a pisar em tal lugar.
É preciso ter origem para produzir um destino único. É preciso saber exatamente.
Assumir-se diferente. Não ter medo de parecer louco, e gostar de contar as histórias depois.
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A GRAÇA DE SER MENINA.
Quando soube que ia ser pai, queria ser pai de menina e deu certo.
Sempre achei o universo infantil/adolescente das meninas muito mais amplo.
Tem mais variedade de roupas e acessórios, de calçados de frescurinhas.
Meninas tem baile de 15 anos, são damas de honra e periquetagens afins.
O universo masculino é chuteira, bola e bermudão. Babaca demais.
Mas nem tudo saiu como eu queria, ela gosta de ver dança mas não quer fazer, não quer praticar ginástica olímpica, não quer judô, nem kung-fu nem vale-tudo. Não quer nada com nada.
Gosta da frufruzagem geral do universo feminino, de maquiagem de roupitchas e perfumes e prendedores de cabelos e tudo aquilo que eu achei que iria querer, mas é meio muleque.
Eles vão indo assim até uma certa fase, depois ou se definem ou ficam sem graça.
Algumas abraçam logo de cara um sonho profissional ou de carreira, outras deixam acontecer.
Como já vi muita gente ralar e não chegar lá e muita gente que não ralou ter a coisa caindo na cabeça, vou levar a coisa com calma e sem cobranças. Espero só que fique rica prá amparar minha velhice.
Sempre achei o universo infantil/adolescente das meninas muito mais amplo.
Tem mais variedade de roupas e acessórios, de calçados de frescurinhas.
Meninas tem baile de 15 anos, são damas de honra e periquetagens afins.
O universo masculino é chuteira, bola e bermudão. Babaca demais.
Mas nem tudo saiu como eu queria, ela gosta de ver dança mas não quer fazer, não quer praticar ginástica olímpica, não quer judô, nem kung-fu nem vale-tudo. Não quer nada com nada.
Gosta da frufruzagem geral do universo feminino, de maquiagem de roupitchas e perfumes e prendedores de cabelos e tudo aquilo que eu achei que iria querer, mas é meio muleque.
Eles vão indo assim até uma certa fase, depois ou se definem ou ficam sem graça.
Algumas abraçam logo de cara um sonho profissional ou de carreira, outras deixam acontecer.
Como já vi muita gente ralar e não chegar lá e muita gente que não ralou ter a coisa caindo na cabeça, vou levar a coisa com calma e sem cobranças. Espero só que fique rica prá amparar minha velhice.
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quarta-feira, 17 de junho de 2009
FALEM PARA A NOIVA....
Contem para ela que ela esta diante de um abismo. Que cairá nele, e quando de lá sair, já não será mais a mesma pessoa.
Dois casamentos este mês em minha família. Duas lua de mel no México.
Mas o que me toca é a empolgação, a forma tradicional com que um dos casamentos esta se realizando e o quanto ele esta envolvendo as pessoas a ele ligadas.
Já sonhamos assim, já batalhamos assim, corremos atrás de tantos detalhes que depois se mostraram desimportantes. Poucas lembranças dos detalhes ficam. Eles se evaporam por só terem sido relevantes em nossa imaginação, ninguém notou a maioria deles.
Mas a vida se transforma no principio para melhor, depois para mais-ou-menos e depois para igual ao que sempre foi, com alguns acréscimos importantes como a casa própria e os filhos.
Mas aquele sonho maravilhoso nunca se realiza. Ele é fruto de um estado momentâneo de loucura que nos ataca a todos, nos leva a fazer coisas e depois nos abandona sem que possamos perceber o que aconteceu com a gente. Um mal necessário.
Mas há o abismo, ele se cria em relação ao nosso passado, à nossa juventude, à nossa falta de liberdade que achávamos iríamos conseguir casando, vejam só.
Há uma pequena confusão aqui. Confunde-se sair da casa dos pais com conquistar a liberdade.
E mais, você acha que vai ter uma pessoa só sua, não vai mais temer ser abandonado pela namorada, ou ter que ficar sempre paquerando para ter alguém ao seu lado.
Mergulhar nesse assunto geraria paginas e mais paginas e blog não é prá isso.
Avisem portanto a noiva que ela esta sob efeito de uma ilusão que vai transformar sua vida.
A ilusão vai te abandonar assim que notar que você já foi mudado.
Dois casamentos este mês em minha família. Duas lua de mel no México.
Mas o que me toca é a empolgação, a forma tradicional com que um dos casamentos esta se realizando e o quanto ele esta envolvendo as pessoas a ele ligadas.
Já sonhamos assim, já batalhamos assim, corremos atrás de tantos detalhes que depois se mostraram desimportantes. Poucas lembranças dos detalhes ficam. Eles se evaporam por só terem sido relevantes em nossa imaginação, ninguém notou a maioria deles.
Mas a vida se transforma no principio para melhor, depois para mais-ou-menos e depois para igual ao que sempre foi, com alguns acréscimos importantes como a casa própria e os filhos.
Mas aquele sonho maravilhoso nunca se realiza. Ele é fruto de um estado momentâneo de loucura que nos ataca a todos, nos leva a fazer coisas e depois nos abandona sem que possamos perceber o que aconteceu com a gente. Um mal necessário.
Mas há o abismo, ele se cria em relação ao nosso passado, à nossa juventude, à nossa falta de liberdade que achávamos iríamos conseguir casando, vejam só.
Há uma pequena confusão aqui. Confunde-se sair da casa dos pais com conquistar a liberdade.
E mais, você acha que vai ter uma pessoa só sua, não vai mais temer ser abandonado pela namorada, ou ter que ficar sempre paquerando para ter alguém ao seu lado.
Mergulhar nesse assunto geraria paginas e mais paginas e blog não é prá isso.
Avisem portanto a noiva que ela esta sob efeito de uma ilusão que vai transformar sua vida.
A ilusão vai te abandonar assim que notar que você já foi mudado.
PRAZERES REMOTOS
Quando era adolescente trabalhava e estudava.
Trabalho era trabalho mesmo, muito serviço e não dava tempo nem prá ir no banheiro, muitos papeis, pilhas deles, e ainda hora extra no sábado prá tentar por em dia alguma coisa que tinha um volume muito grande. Me lembro de ter numa época 30.000 notas fiscais para lançar, dobrar e arquivar, não chegava nunca no final. Ficava um sábado inteiro na hora extra e conseguia dar conta de 500 ou 600 apenas, obtendo um esgotamento total.
Trabalhos de escola, pesquisa só na biblioteca publica, tinha fila prá entrar e horas de espera até por as mãos nos livros. Tinha que copiar a lápis e escrever umas 20 paginas a biblioteca fecha as 3 da tarde, tinha que correr. Em casa passava a limpo, ilustrava, fazia capa e ia estudar matéria prá prova. Lazer? Televisão.
Era muito trabalho, muita responsabilidade, muito estudo,pouco dinheiro, pouca comida, poucas horas de sono, ir para todos os lados a pé, nenhum lazer e lá vem a segunda feira novamente. Churrasco? Não existia, não tinha sido inventado ainda. Só existia macarrão com frango ensopado (uurrrhhhgggg!!!!).
A vida não tinha brilho, não tinha arte, não tinha acontecimentos.
Mas quando tinha eram especiais. Grandes quebras de rotina nem que fosse só por algumas horas. Ficávamos sempre atentos às possibilidades. Nada podia escapar.
A mundo dormia cedo, os acontecimentos duravam pouco e tudo acontecia só uma vez por ano.
Mas tinha que trabalhar muito prá ter direito a se divertir.
Trabalho era trabalho mesmo, muito serviço e não dava tempo nem prá ir no banheiro, muitos papeis, pilhas deles, e ainda hora extra no sábado prá tentar por em dia alguma coisa que tinha um volume muito grande. Me lembro de ter numa época 30.000 notas fiscais para lançar, dobrar e arquivar, não chegava nunca no final. Ficava um sábado inteiro na hora extra e conseguia dar conta de 500 ou 600 apenas, obtendo um esgotamento total.
Trabalhos de escola, pesquisa só na biblioteca publica, tinha fila prá entrar e horas de espera até por as mãos nos livros. Tinha que copiar a lápis e escrever umas 20 paginas a biblioteca fecha as 3 da tarde, tinha que correr. Em casa passava a limpo, ilustrava, fazia capa e ia estudar matéria prá prova. Lazer? Televisão.
Era muito trabalho, muita responsabilidade, muito estudo,pouco dinheiro, pouca comida, poucas horas de sono, ir para todos os lados a pé, nenhum lazer e lá vem a segunda feira novamente. Churrasco? Não existia, não tinha sido inventado ainda. Só existia macarrão com frango ensopado (uurrrhhhgggg!!!!).
A vida não tinha brilho, não tinha arte, não tinha acontecimentos.
Mas quando tinha eram especiais. Grandes quebras de rotina nem que fosse só por algumas horas. Ficávamos sempre atentos às possibilidades. Nada podia escapar.
A mundo dormia cedo, os acontecimentos duravam pouco e tudo acontecia só uma vez por ano.
Mas tinha que trabalhar muito prá ter direito a se divertir.
UM RALA... TODOS SONHAM.
Antigamente era assim, o pai trabalhava, a mãe cuidava da casa, os filhos estudavam, todos tinham planos. Mas os planos tinha uma ordem hierárquica rígida. Primeiro construir a casa própria num bairro onde a família tinha algum tipo de ligação ou num loteamento novo, depois a mobília nova, depois um carro, e talvez uma faculdade para um dos filhos e quem sabe um dia uma linha telefonica, o máximo do luxo.
De supérfluo uma semana numa praia, uma maquina de lavar roupas.
Sonhos individuais praticamente inexistiam. Os sonhos eram coletivos beneficiando a todos os membros da família.
Mudou.
Hoje quase todo mundo rala, e cada um tem seu sonho de consumo que na maioria das vezes é trocar de celular. Os sonhos estão ficando cada vez mais ridículos.
Eu ralo por 3 pessoas, e não tenho grandes sonhos de consumo, nem celular tenho nem quero comprar. Os demais itens acima já temos todos e vários em duplicidade, ou, mais de duas casa, dois carros, três telefones, duas maquinas de lavar, duas faculdades, varias semanas na praia.
A falta de um sonho comum gera um enorme vazio que é preenchido frequentemente com discussões inúteis, fúteis e chorumelas intermináveis por pequenos prazeres que são em verdade desprazeres para a maioria da família.
Antes era mais fácil sonhar e mais difícil de conseguir. E cada conquista contava muito.
Hoje quando você esta abrindo a caixa do celular novo não pode olhar na televisão ao mesmo tempo, senão vai descobrir que o sonho já mudou.
De supérfluo uma semana numa praia, uma maquina de lavar roupas.
Sonhos individuais praticamente inexistiam. Os sonhos eram coletivos beneficiando a todos os membros da família.
Mudou.
Hoje quase todo mundo rala, e cada um tem seu sonho de consumo que na maioria das vezes é trocar de celular. Os sonhos estão ficando cada vez mais ridículos.
Eu ralo por 3 pessoas, e não tenho grandes sonhos de consumo, nem celular tenho nem quero comprar. Os demais itens acima já temos todos e vários em duplicidade, ou, mais de duas casa, dois carros, três telefones, duas maquinas de lavar, duas faculdades, varias semanas na praia.
A falta de um sonho comum gera um enorme vazio que é preenchido frequentemente com discussões inúteis, fúteis e chorumelas intermináveis por pequenos prazeres que são em verdade desprazeres para a maioria da família.
Antes era mais fácil sonhar e mais difícil de conseguir. E cada conquista contava muito.
Hoje quando você esta abrindo a caixa do celular novo não pode olhar na televisão ao mesmo tempo, senão vai descobrir que o sonho já mudou.
terça-feira, 16 de junho de 2009
O RANGO DA RAINHA.
Esta postagem vem sendo elaborada a muito tempo, pois quando estou com muita fome ou quando o prato é muito apetitoso perco a classe e como como um grosseiro esfomeado.
Mas penso, será que a rainha sente aquela fome fora de hora ( minha resposta é: sim ), será que ela reservadamente perde a classe também ( minha resposta é: as vezes sim ). Comer numa mesa arrumadissima uma comida bem apresentável é sempre um enorme prazer, e a rainha deve ter isso todos os dias, mas esperar para comer é algo bastante desagradável. Imagino então aquela cerimonia que nunca acaba, ela tendo que cumprir o protocolo e depois sentar-se para comer e ter que comer com muita classe e o mínimo diante das visitas, apenas para sair na foto e fazer um representaçãozinha. Depois que a cerimonia acaba ela deve entrar em seus aposentos privados onde deve ter uma cozinha prá lá de bem abastecida e cair de boca num bruta pratão de torresmo, linguiça, farofa, batatas fritas e uma porrada de gordureira com muita coca-cola gelada. Você não imagina uma rainha comendo linguiça, mas pode ter certeza que deve ser desse tipo de prato gorduroso que ela realmente gosta. Você imagina ela recebendo uma visita do primeiro ministro britânico em seus aposentos usando bolsa no braço, vi isso num filme, deve ter chiclete, bolacha e um sandubão de mortadela dentro da bolsa, senão ela não apareceria de bolsa dentro de casa prá receber o primeiro ministro.
É um mistério, vou tentar descobrir no google o cardápio da rainha e prometo que volto pra contar.
Mas de qualquer modos é muito comum a vida dela quando não esta em publico.
Acredite que é igual a sua ou a minha. Consequentemente o gosto por comida é igual ao nosso.
domingo, 14 de junho de 2009
É ASSIM.
AO PÉ DA LETRA.
Gosto da língua portuguesa, mas não sei gramática.
Já tentei estudar varias vezes, mas tem uma hora que a falta absoluta de lógica, ao meu ver, impede que eu prossiga sem ter que adotar a decoreba, e de decoreba sou péssimo. Só aprendo entendendo o significado e se não consigo entender o significado não consigo reter a informação.
Mas me esforço muito em aprender cada vez mais significados de palavras e sou leitor de dicionários em português, inglês, espanhol e italiano, este o mais difícil. Leio dicionários por prazer.
Gosto no entanto de ver as armadilhas da língua portuguesa, do tipo:
-Garçon, quero comer exatamente aquilo que aquele senhor esta comendo.
E se o garçon é burro, grosso ou esta desatento dá no que dá.
-Garçon, eu escolhi comer um prato que contenha os mesmos ingredientes, na mesma proporção e que seja elaborado de forma idêntica ao que foi servido a aquele senhor sentado naquela cadeira diante daquela mesa ali.
Ainda assim poderemos estar falando de comer um prato, objeto de louça, porcelana ou faiança onde foi servida a refeição e não a refeição propriamente dita.
-Garçon, eu escolhi e quero comer um refeição que seja servida num prato que contenha os mesmos ingredientes, na mesma proporção e que seja elaborado de forma idêntica ao que foi pedido e servido àquele senhor ali, sentado naquela cadeira deste restaurante diante daquela mesa que lhe foi oferecida..... e por ai vai.
Já tentei estudar varias vezes, mas tem uma hora que a falta absoluta de lógica, ao meu ver, impede que eu prossiga sem ter que adotar a decoreba, e de decoreba sou péssimo. Só aprendo entendendo o significado e se não consigo entender o significado não consigo reter a informação.
Mas me esforço muito em aprender cada vez mais significados de palavras e sou leitor de dicionários em português, inglês, espanhol e italiano, este o mais difícil. Leio dicionários por prazer.
Gosto no entanto de ver as armadilhas da língua portuguesa, do tipo:
-Garçon, quero comer exatamente aquilo que aquele senhor esta comendo.
E se o garçon é burro, grosso ou esta desatento dá no que dá.
-Garçon, eu escolhi comer um prato que contenha os mesmos ingredientes, na mesma proporção e que seja elaborado de forma idêntica ao que foi servido a aquele senhor sentado naquela cadeira diante daquela mesa ali.
Ainda assim poderemos estar falando de comer um prato, objeto de louça, porcelana ou faiança onde foi servida a refeição e não a refeição propriamente dita.
-Garçon, eu escolhi e quero comer um refeição que seja servida num prato que contenha os mesmos ingredientes, na mesma proporção e que seja elaborado de forma idêntica ao que foi pedido e servido àquele senhor ali, sentado naquela cadeira deste restaurante diante daquela mesa que lhe foi oferecida..... e por ai vai.
EVA E ADÃO.
Sempre me deparo com pessoas que tem fé absoluta em coisas paras as quais eu não consigo mais parar e discutir. A algum tempo eu conversava com uma amigo padre e ele como era muito doido não transmitia aquela confiança necessária para que a gente acreditasse no mesmo que ele.
Eu perguntava a ele: - Você acredita em deus? E ele fazia uma longa explicação, muito poética e comovente e pouco convincente e nunca me convenceu. Uma outra amiga lia parágrafos e mais parágrafos da Bíblia para mim na infrutífera tarefa de me convencer sobre certas coisas, mas suas atitudes ia frontalmente contra o que ela pronunciava, também não me convencia. E a cada tempo encontro um novo crente, cheio de fé, e eu em respeito fico em silêncio ouvindo até arranjar uma deixa para escapar e não ter que enfrentar algo que não faz parte de mim.
Mas me fascina o processo que leva uma pessoa a acreditar tão fortemente em algo. Minha vó tinha uma fé muito sólida nas coisas, era admirável.
Um dia entenderei mais sobre esse processo e dai então entenderei melhor a fé, mas não acho que chegarei a entender o objeto para onde é dirigida a fé. Vou ficar na periferia do saber, vou parar na margem do sonho, da fantasia e da desesperança. Saberei porque as pessoas precisam ter fé, mas não saberei porque elas não substituem a fé no incerto por soluções mais práticas.
Por enquanto fico com Adão de correntinha no pescoço cabelo aparadinho e Eva com marca de biquini e sandalia havaiana nos pés.
Eu perguntava a ele: - Você acredita em deus? E ele fazia uma longa explicação, muito poética e comovente e pouco convincente e nunca me convenceu. Uma outra amiga lia parágrafos e mais parágrafos da Bíblia para mim na infrutífera tarefa de me convencer sobre certas coisas, mas suas atitudes ia frontalmente contra o que ela pronunciava, também não me convencia. E a cada tempo encontro um novo crente, cheio de fé, e eu em respeito fico em silêncio ouvindo até arranjar uma deixa para escapar e não ter que enfrentar algo que não faz parte de mim.
Mas me fascina o processo que leva uma pessoa a acreditar tão fortemente em algo. Minha vó tinha uma fé muito sólida nas coisas, era admirável.
Um dia entenderei mais sobre esse processo e dai então entenderei melhor a fé, mas não acho que chegarei a entender o objeto para onde é dirigida a fé. Vou ficar na periferia do saber, vou parar na margem do sonho, da fantasia e da desesperança. Saberei porque as pessoas precisam ter fé, mas não saberei porque elas não substituem a fé no incerto por soluções mais práticas.
Por enquanto fico com Adão de correntinha no pescoço cabelo aparadinho e Eva com marca de biquini e sandalia havaiana nos pés.
A MARCHA DOS BURRINHOS.
Assistimos só agora o documentário que ganhou o Oscar na categoria o ano passado.
A marcha dos pinguins; sempre achei ou desconfiei que pinguim fosse um bicho meio idiota, mas no documentário fica claro a burrice da espécie.
São fiéis, amorosos, responsáveis e uma porção de outras coisas boas, mas se fossem minimamente mais espertos não sofreriam tanto e nem imporiam tanto sofrimento aos filhotes e parceiros.
Num enfrentamento suicida contra a fúria da natureza onde ela é mais furiosa os panacas vão tentar de dar bem, e se dão bem mal. Ralam para conseguir com um sofrimento de Jó aquilo que um coelho, que também habita regiões extremamente frias em algumas partes do planeta, faz tirando de letra e procriando como praga. A própria natureza demonstra que outras espécies resolvem seus problemas de forma muito mais simples e inteligente na maioria absoluta das vezes.
Alguém ensinou a coisa errada para o primeiro pinguim, só de sacanagem, e os outros seguiram a marcha sem questionar.
Assista ao documentário, que é muito bom, tirando a trilha sonora e a dublagem em forma de jogral que são lamentáveis. Verá que é só sofrimento. Não tirei lição alguma do filme, também, não sou pinguim.
A marcha dos pinguins; sempre achei ou desconfiei que pinguim fosse um bicho meio idiota, mas no documentário fica claro a burrice da espécie.
São fiéis, amorosos, responsáveis e uma porção de outras coisas boas, mas se fossem minimamente mais espertos não sofreriam tanto e nem imporiam tanto sofrimento aos filhotes e parceiros.
Num enfrentamento suicida contra a fúria da natureza onde ela é mais furiosa os panacas vão tentar de dar bem, e se dão bem mal. Ralam para conseguir com um sofrimento de Jó aquilo que um coelho, que também habita regiões extremamente frias em algumas partes do planeta, faz tirando de letra e procriando como praga. A própria natureza demonstra que outras espécies resolvem seus problemas de forma muito mais simples e inteligente na maioria absoluta das vezes.
Alguém ensinou a coisa errada para o primeiro pinguim, só de sacanagem, e os outros seguiram a marcha sem questionar.
Assista ao documentário, que é muito bom, tirando a trilha sonora e a dublagem em forma de jogral que são lamentáveis. Verá que é só sofrimento. Não tirei lição alguma do filme, também, não sou pinguim.
MEU ESPELHO SE ASSUSTA.
Meu espelho se assusta todas as manhãs com minha aparência. Não tem outro modo de ser.
Cabelo em pé, inchaço no rosto, a roupa parece que virada no avesso.
Quanto mais pesado o sono maior o susto. Como sou o primeiro a acordar todos os dias aqui em casa, só meu espelho passa pelo tormento, enquanto os outros roncam.
Minha verdadeira cara. Minha aparência sem retoques, meu natural externo.
Já meu natural interno nem eu mesmo vejo a muitos anos.
Olha na foto acima e me consolo.
Cabelo em pé, inchaço no rosto, a roupa parece que virada no avesso.
Quanto mais pesado o sono maior o susto. Como sou o primeiro a acordar todos os dias aqui em casa, só meu espelho passa pelo tormento, enquanto os outros roncam.
Minha verdadeira cara. Minha aparência sem retoques, meu natural externo.
Já meu natural interno nem eu mesmo vejo a muitos anos.
Olha na foto acima e me consolo.
sábado, 13 de junho de 2009
MINHA VIAGEM NA NATIONAL GEOGRAPHIC
Quem convive muito de perto comigo não precisa ler a National Geographic Magazine-Brazil, porque eu leio e conto tudo prá todo mundo. Já foi melhor, hoje deu uma guinada para o ambientalismo esquecendo um pouco da geografia. Mas o apelo de mercado faz isso com tudo.
Quando a li pela primeira vez nos anos 70 fiquei apaixonado pelas fotos e não mais que isso, porque era em inglês e eu sabia uma dúzia de palavras no máximo, mas me esforcei e entendi muitas coisas por conta própria e outras com a ajuda de uma colega de trabalho que era fera em inglês. Já a 8 anos tem a edição em português do Brasil, mas o mundo mudou e a revista também, ela esta mais cientifica e menos documentalista. Mas é uma viagem. Tem coisas ali que você nunca vai encontrar em nenhum outro lugar. Matérias longas e completas e novamente com boas fotos, por alguns anos havia uma gosto por publicar fotos com longa exposição que desfocavam e você não conseguia ver o que deveria realmente ser mostrado, curaram-se disso felizmente. Hoje o papel é mais fino, 7 anos atrás a revista pesava o dobro e era muito mais gostoso de ler assim pesadona.
Com mais de cem anos de existência é um primor editorial e daqui a algum tempo todas as suas matérias publicadas até hoje estarão disponíveis na internet.
Quando a li pela primeira vez nos anos 70 fiquei apaixonado pelas fotos e não mais que isso, porque era em inglês e eu sabia uma dúzia de palavras no máximo, mas me esforcei e entendi muitas coisas por conta própria e outras com a ajuda de uma colega de trabalho que era fera em inglês. Já a 8 anos tem a edição em português do Brasil, mas o mundo mudou e a revista também, ela esta mais cientifica e menos documentalista. Mas é uma viagem. Tem coisas ali que você nunca vai encontrar em nenhum outro lugar. Matérias longas e completas e novamente com boas fotos, por alguns anos havia uma gosto por publicar fotos com longa exposição que desfocavam e você não conseguia ver o que deveria realmente ser mostrado, curaram-se disso felizmente. Hoje o papel é mais fino, 7 anos atrás a revista pesava o dobro e era muito mais gostoso de ler assim pesadona.
Com mais de cem anos de existência é um primor editorial e daqui a algum tempo todas as suas matérias publicadas até hoje estarão disponíveis na internet.
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