PENSANDO

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domingo, 21 de junho de 2009

DESDENHADOS E ADORADOS


Sem modéstia, posso do alto de toda a minha cultura, formação, vivência e consumo cultural dizer ou afirmar que mesmo sendo desdenhados, feios e aparentemente improvisados Chaves e sua turma vieram para ser adorados e o são já por pelo menos 3 gerações. Eternamente no ar eles nunca cansam e são muito engraçados.
Representam a pobreza, os vícius, a falta de carater, o ceder fácil às tentações, a guerra de egos, sempre com o aluguel atrasado e tantas outras possibilidades de definições que os tornam por isso mesmos amplos e sempre atuais demais.
Tudo muito simplizinho, os textos, as piadas, os tapas, os cenários - paupérrimos - os figurinos de 5ª, em resumo tudo feito muito nas coxas, muita improvisação, mas num encaixe tão perfeito que você se diverte também com a rusticidade do trabalho.
Os atores são péssimos, ou são ótimos, não sei definir. Não consigo dizer se são bons demais e nos fazem acreditar que são ruins ou se são ruins mesmo e por isso são tão engraçados.
O Seu Madruga já disputa com Che Guevara em popularidade iconográfica. Sua feiura e vida fracassada formam um mito admirado e que encontra poucos concorrentes na história da tv, mas como ele é adorado.
A não sei quantos muitos anos ininterruptos no ar, vão seguindo conquistando novos e novos fãs nas gerações que vão se sucedendo.
Eu assisto muito pouco, gostaria de ver mais, mas o pouco que vejo posso afirmar: é diversão de primeira qualidade, entre tapas, banhos de água e choradeiras estéricas.

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