Andando de blog em blog você encontra coisas muito interessantes e algumas coisas inesperadas.
Eu normalmente não para para ler poesias, mas por alguma razão li as primeiras linhas e acabei indo até o final. Achei patético. O poeta ou poetisa, não fica claro, mergulha de cabeça na perda daquilo que não foi seu. Um amor que tinha tudo para ser perfeito mas que não aconteceu. Ele(a) coloca muita expectativa e com doses cavalares de ansiedade vê seu amor se encantar por outro mundo e nele encontra outra pessoa. Vai-se para o outro lado do planeta e o(a) pobre nem grana tem para ir atrás. Faz então um profundo lamento e tenta com o subterfúgio das palavras completar dentro de si aquilo que nunca terá de verdade. E torna-se triste, fala em não ver mais o sol e o nascer no dia seguinte. E por ai vai, pô se é paixão: tô dentro, deixar de existir: tô fora. Sofrer de amor não é fácil, quero ver quando minha pré adolescente entrar nessa de se apaixonar e perder o apetite. Vou encara-la seriamente, já perdi o apetite também, vou respeitar sua dor, lembrar das minhas e entender que poesia é feita no pior momento do sofrimento. Até aqui tudo bem, é isso que move a criação, é isso que faz com que belas histórias existam e sejam contadas. Mas...
o objeto do amor as vezes é tão mulambento, fútil, sem graça que agente não entende como alguém pode sofrer tanto por uma outra pessoa que nos parece tão comum e facilmente substituível por outra melhor.
Inútil mostrar os defeitos da amada ao apaixonado, ele releva tudo.
Inútil dizer que existem outras pessoas melhores esperando por ele, desde que ele não fique prostrado, parado, esperando aquela pessoa especificamente mudar em favor dele.
Ao apaixonado ou o máximo da felicidade ou a morte, inexiste o meio termo, inexistem as outras possibilidades.
Depois de gente a coisa que mais tem no mundo é Barbie. Já foram fabricadas mas de 5 bilhões, em breve serão a maioria e nós humanos ficaremos em segundo lugar, e convenhamos, a Barbie tem uma vidazinha fútil prá caramba, mas todos a adoram, querem ter uma coleção. Volto portanto a dizer que são inúmeras as opções. Mas essa porra de paixão não deixa escolha, quer uma opção única de felicidade.
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