PENSANDO

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sábado, 13 de junho de 2009

ESTIVE PENSANDO NUMA PESSOA...

que conheci a alguns anos e que era muito bonita. Já não a vejo a algum tempo e por alguma razão que não sei qual peguei-me pensando nela, nas irmãs dela e em seus filhos uma ou outra vez.
Forcei um pouco a memória para lembrar um pouco mais dela, mas por estranho que me pareceu eu já não lembro de algumas coisas que eram importantes. Não lembro mais como era exatamente o seu rosto, embora eu a achasse muito bonita, terá ela ficado feia? Terá ela fica mais bonita com o tempo? Acho que esta melhor, ela sempre valorizou demais a aparência.
Mas o esforço de memória trouxe outras coisas, impressões que na época eu não tinha.
E isso me assustou um pouco, num click descobrir hoje o que eu não havia percebido no passado.
A distância no tempo e o conjunto de lembranças me fez rever minha opinião sobre uma pessoa.
Achei interessante a entrada no assunto e resolvi aprofundar a busca na memória pelas novas impressões que teriam. Eu mudei e minha opinião mudou junto comigo.
Demoli completamente a imagem que tinha dela.
Era bonita, mas era ingrata, era gentil mas também era egoísta, levemente desonesta em algumas coisas e acentuadamente desonesta em outras, presa fácil de certos vícios e uma péssima educadora. Deslumbrada e jeca, inculta e ingênua, não tinha panelas suficientes em sua cozinha e seus talheres eram ordinários. Não entendia nada de mecânica, mentia e tomava muito café. Mas fazia viagens físicas e químicas o tempo todo. Resumia um desleixo e uma enorme contradição, mas envolvia a todos, mas não por muito tempo. Humor oscilante e um bocado depressiva dava trabalho acompanha-la.
Não restou mais que isso. Uma imagem um pouco triste e pesada, em resumo feia.
Hoje se tivesse que iniciar uma amizade com alguém, não a escolheria como amiga.
E fora ela uma grande amiga, ou fui eu um grande cego e tolerante. Acho que a vida me ensinou a não ser tão tolerante com os defeitos os outros, só com os meus.
Vejam como a gente muda e passa a ver os outros com os olhos da nossa severa atualidade.
Mas se eu a encontrar de novo um dia, vou ver de verdade como ela é atualmente.
Mas acho que não mudou muito não. Nem eu.

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