PENSANDO

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sexta-feira, 26 de junho de 2009

ATRAVESANDO PELO MEIO DE...

...sentimento opostos. É melhor estar completamente triste ou totalmente alegre do que estar as duas coisas ao mesmo tempo.
Querer viver muitas coisas ao mesmo tempo, interagir com muitas pessoas e possibilidades na mesma hora, não lá muito por escolha própria mas como sempre sendo levado pela vida e não tendo as rédeas para controlar, é caus interno.
Num momento a ansiedade de estar indo trabalhar num cliente complicado, é um cliente que não quer ser feliz, detonando meu trabalho que foi executado com toda qualidade mas ele não esta feliz e quer te arrastar para a mesma sepultura que a dele, meia hora depois outros clientes te elevando aos céus pela qualidade de seu trabalho e te dando a possibilidade de fazer uma trabalho de projeção, gostoso e bem remunerado. Logo em seguida mais convites de trabalho e propostas para o futuro, alterna para um café com bolo caseiro delicioso e um papo amigável com um cara muito cabeça numa galeria domestica de artes com quadros deslumbrantes e recepção prá lá de calorosa, depois um parente passando por uma dificuldade de saúde que nos faz pensar e sofrer juntos, intercala uma passada na casa da sogra, em seguida um papo com cerveja com uma amigo muito alto-astral e cabeça fresca, uma visita surpresa na casa da mãe e ganho um presente, a seguir um transito infernal, frio e chuva, depois conversar com outro membro da família que perdeu a mãe depois de uma triste agonia, mas em seguida uma saborosa pizza.
Você oscila num mesmo dia de um estremo a outro, do saldo negativo ao bolso cheio, do calor de um apartamento novinho e bem decorado para o transito enfumaçado dos caminhões cruzando São Paulo.
É como passar por dentro de uma máquina de moer carne.
Final de noite, chegar em casa quase 1 da manhã, fila para o banho, um dia sem almoço, baldes de café, fileiras de latas de cerveja, 40 reais de álcool e o ciático no limite da descencia.
Um relógio de pêndulo. Lampejos de outras questões em aberto, o cliente chato cutucando a memória o dia todo.
É preciso ser sólido.
Precisa de massa cinza, memoria RAM disponível, e o maluco de Michael Jackson ainda me morre e tudo. E com isso ninguém notou a Pantera Farrah Fawcett morrendo.

Um comentário:

Mary Joe disse...

Vitorio, certa vez li um texto do Paulo Mendes Campos (se vc quiser, te mando por email) que fala o seguinte:
Todas as vidas bem vividas dariam romances.

Acho que essa multiplicidade de sentimentos, cores e sabores é que dão tom a seu romance particular.
E me parece ser bem interessante, diga-se de passagem.
Beijo carinhoso
Mary