PENSANDO

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quinta-feira, 18 de junho de 2009

A GRAÇA DE SER MENINA.

Quando soube que ia ser pai, queria ser pai de menina e deu certo.
Sempre achei o universo infantil/adolescente das meninas muito mais amplo.
Tem mais variedade de roupas e acessórios, de calçados de frescurinhas.
Meninas tem baile de 15 anos, são damas de honra e periquetagens afins.
O universo masculino é chuteira, bola e bermudão. Babaca demais.
Mas nem tudo saiu como eu queria, ela gosta de ver dança mas não quer fazer, não quer praticar ginástica olímpica, não quer judô, nem kung-fu nem vale-tudo. Não quer nada com nada.
Gosta da frufruzagem geral do universo feminino, de maquiagem de roupitchas e perfumes e prendedores de cabelos e tudo aquilo que eu achei que iria querer, mas é meio muleque.
Eles vão indo assim até uma certa fase, depois ou se definem ou ficam sem graça.
Algumas abraçam logo de cara um sonho profissional ou de carreira, outras deixam acontecer.
Como já vi muita gente ralar e não chegar lá e muita gente que não ralou ter a coisa caindo na cabeça, vou levar a coisa com calma e sem cobranças. Espero só que fique rica prá amparar minha velhice.

Um comentário:

Mary Joe disse...

Adorei Vitório, adorei seu texto e sua visão da coisa.

Sabe, eu tinha um sonho de ter uma filha. Mãe natureza me dotou de três... mas aprendi que apesar da gente fantasiar, as coisas acontecem como as crias querem.

Da mesma forma que vc, achava o universo feminino mais rico... e tinha uma visão lúdica de que ia ter uma cheerleader, uma menininha popular (como eu nunca fui) e eu ia aplaudir de pé o sucesso dela na escola.
Bom, o que tive foi uma menininha tão tímida que parecia um picolé de chuchu, rs.
Mas depois que deixei de sonhar por ela, aprendi a curtir as conquistas que ela queria e fazia.
Hoje ela (e as irmãs) são meu orgulho... embora as vezes eu ainda caia em tentação e sonhe por elas. Mas em geral, acordo em tempo...