
Gosto de procurar uma pequena cicatriz que tenho no dedo médio da mão esquerda que consegui cortando uma penca de bananas para fazer um arranjo de frutas para o aniversário da
Roberta. Tenho outra na canela de um tombo ridículo de bicicleta no
Ibirapuera junto com a Regina, e tenho na perna esquerda junto ao joelho uma cicatriz em forma de ferradura conseguida furando uma cerca de arame farpado enferrujado para encurtar caminho até a casa de meu vizinho. A outra cicatriz forte que tenho é a morte de meu pai aos meus 9 anos e ele em seus 33 anos. Tem uma outra também que é do meu primeiro casamento que é enorme mas não lateja nem
doí mais a uns 18 anos e da qual raramente me lembro, tem uma grande também de eu ter abandonado o ramo de informática em 1982 quando ninguém sabia ainda o que era isso, perdi uma grande oportunidade na vida por não prever minimamente o futuro. Tem uma outra de uns 6 anos no dedo médio da mão direita de tanto usar pincel para pintar - mas isso não é cicatriz é deformação tipo Aleijadinho, entendeu? - e tem umas
pequenininhas que ando fazendo por decidir descartar pessoas que me incomodam. Só para terminar a arte acima é de Andy
Warhol.
3 comentários:
Bacana seu blog. Cheguei aqui através do da Maria José e tenho visitado diariamente.
Parabéns!
Abraços...
Valeu Alvâni pelo comentário.
Obrigado.
Um carinhoso abraço.
Adorei esse texto. Gostei muito mesmo.
Acho que uma vida sem cicatrizes é feito água...inodora, insípida e incolor.
E Alvani, que bom que vc está por aqui. O Vitório é tudo de bom.
Beijokas
Mary
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